Anestesia pediátrica Flashcards
Aparelho respiratório pediátrico
dificuldade para a introdução da sonda endotraqueal em recém-nascidos devido ao tamanho aumentado da cabeça, língua volumosa, ângulo da mandíbula aumentado, laringe situada mais cranialmente, epiglote mais estreita e menor ângulo da laringe (cartilagem cricoide).
Aparelho cardiológico pediátrico
frequência cardíaca elevada no recém-nascido (mantém
a perfusão tecidual – drogas utilizadas na anestesia podem diminuí-la, com risco de parada), vagotonia (instabilidade vasomotora), menor PA (demanda manguito de tamanho adequado), maior volume sanguíneo, Hb fetal igual a
70%, anemia fisiológica do lactente.
Aparelho renal pediátrico
rim imaturo, menor capacidade de concentrar urina, intolerância à sobrecarga hídrica, pequeno volume urinário.
Aparelho nervoso
imaturo ao nascimento (tratos motores não completamente
mielinizados – sensoriais mielinizados, medula espinhal termina ao nível de L3), com grande desenvolvimento nos primeiros anos de vida. O SNA do recém nascido e lactente apresenta intenso predomínio vagal (vagotonia).
aparelho digestivo
capacidade do estômago de 60ml (depende da idade e do
peso) esvaziamento gástrico em 3-4h (mais rápido – demanda jejum diferente), rápido trânsito intestinal, imaturidade hepática, deficiência na metabolização
de drogas e na conjugação da bilirrubina.
Composição corporal da criança
Mais água e menos músculo
Essa composição leva a diferenças na farmacologia das medicações
Imaturidade do SNC respiratório → aumento dos reflexos laríngeos e risco de broncoespasmo
Menos proporção de fibras musculares tipo 1 - maior propensão à fadiga até 2 anos
Menor reserva funcional, metabolismo aumentado, menor tolerância a hipóxia
Shunts abertos na circulação pulmonar - demoram alguns meses para fechar → pode ter hipóxia e cianose
Maior volume de distribuição
via aérea da criança
Até 4 meses de idade, a criança é predominantemente um respirador nasal
A epiglote é estreita, a glote é mais alta e anteriorizada e as cordas vocais são mais horizontalizadas → mais difícil de intubar
Cartilagem cricoide mais estreita - as vezes força e não passa para intubar → causa laringo e broncoespasmo
Quando extuba, pode ter apneia se estiver dormindo
Deve-se evitar equipamentos que aumentem o espaço morto
Crianças têm volume corrente pequeno e FR alta, podendo duplicar a sua FR
Termorregulação
Mais suscetível à perda de calor
Temperatura crítica - entre 32 e 35ºC
Tríade da morte: hipotermia → acidose, coagulopatia
Alterações cardiovasculares
Coração possui um hunt devido ao forame oval e canal arterial
Circulação pós natal - após o nascimento, há expansão pulmonar, diminuindo a resistência vascular com diminuição do shunt
Risco de anestesia pediátrica
É mais perigosa quanto menor o peso da criança
Maioria das complicações são na indução
Laringoespasmo é mais frequente no bebê
Broncoespasmo ocorre em todas as faixas etárias
Maior chance de corpos estranhos chegarem na árvore brônquica
Dessaturação ocorre muito rápido na criança quando há laringoespasmo - agir rápido → ventilação com pressão, tentar intubar e administrar relaxante muscular
Raquianestesia deve ser feita na cauda equina - bloqueio do simpático → vasodilatação → hipotensão
Aminoester tem mais relação com alergia
Bupivacaína é pesada → colocar paciente em DDH absoluto para o anestésico não subir ou descer
Broselow Tape: tratamento emergencial - relaciona peso corporal e altura para fornecer a dosagem de medicamento e tamanho de instrumentos - máximo 12 anos e 36 kg