Amenorreia, SOP e infertilidade Flashcards

1
Q

O que deve existir para que ocorra menstruação?

A
  • deve haver equilíbrio hormonal entre hipotálamo, hipófise e ovários
  • deve haver anatomia genital normal
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2
Q

Como ocorre a formação embriológica da genitália feminina?

A
  • genitália interna: ducto de müller (paramesonéfrico) da origem a genitália interna (útero, trompa e 1/3 superior da vagina). No homem há os ductos de wolf (mesonéfrico) e produção de hormônio anti-mulleriano para involuir o müller
  • genitália externa: depende de ação androgênica. Na presença de DHT ocorre formação de genitália masculina, e na ausência, feminina
  • ovário: 3 folhetos embrionários
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3
Q

Quais as definições de amenorreia? Quando investigar?

A
  • primária: nunca mestruou. Investigar com 13-14 anos se não tiver caracter sexual 2º e com 15-16 se tiver
  • secundária: menstruava mas parou por 3 ciclos ou 6 meses (alguns falam 3 meses)
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4
Q

Qual 1º e 2º passos quando se investiga amenorreia 2ª? Quais os mecanismos

A
  • pedir ß-HCG (excluir gestação)
  • TSH: 40% das pacientes com hipotireoidismo tem hiperprolactinemia. TRH estimula prolactina
  • prolactina (excluir hiperprolactinemia, que inibe GnRH)
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5
Q

Como investigar a causa de hiperprolactinemia?

A
  • hipotireoidismo é grande causa, então deve tratar
  • se não resolver procurar causa farmacológica
  • procurar prolactinoma com RNM de sela túrsica
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6
Q

Como tratar prolactinoma? Quais as principais medicações envolvidas nas causas farmacológicas?

A
  • primeiro tenta clinicamente: cabergolina e bromocriptina, se não resolver cirurgia
  • ranitidina, anti-psicóticos, metoclopramida, tricíclicos, ACO
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7
Q

Qual o 3º passo? O que ele avalia? Como fazer?Se for positivo, qual a implicação? E se for negativo?

A
  • teste de progesterona
  • avalia os níveis de estrógeno e anatomia genital
  • 10mg de 5-10 dias e esperar 1 semana para ver se sangra
  • se positivo a causa é anovulação
  • se negativo há dúvida entre hipoestrogenismo e causa anatômica
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8
Q

Qual o 4º passo? O que avalia? Como fazer? Se negativo qual o raciocínio?

A
  • dar estrogênio + progesterona
  • avalia causa anatômica
  • dar ACO por 21 dias esperar 7d para ver se sangra
  • se der negativo é causa anatômica
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9
Q

Qual o 5º passo?

A
  • se paciente sangrar pede FSH para ver se a causa é ovariana ou central
  • se alto (hipogonadismo hipergonadotrófico), a causa é ovariana, se baixo vai para o passo 6 (hipogonadismo hipogonadotrófico)
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10
Q

Qual o 6ºpasso?

A
  • dar GNHR e dosar FSH e LH. Se aumentou a causa é hipotalâmica, se não a causa é hipofisária
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11
Q

Como investigar amenorreia primária?

A
  • se a menina tem caracter sexual secundário os hormônios estão funcionando e a causa é uterovaginal
  • se não tem, pede FSH e LH. Se altos a culpa é do ovário
  • Se LH e FSH normais faz igual o 6º passo
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12
Q

Quais as principais causas do compartimento IV (hipotálamo?

A
  • craniofaringioma
  • síndrome de Kallman: amenorreia 1ª, infantilismo sexual e anosmia
  • estresse, anorexia, exercício estenuantes
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13
Q

Quais as principais causas do compartimento III (hipófise)

A
  • prolactinoma ou outros tumores de hipófise

- síndrome de Sheehan: amenorrei pós parto e hipolactismo

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14
Q

Quais as causas do compartimento II (ovário)?

A
  • falência ovariana precoce (<40 anos): esgotaram os folículos (FSH > 40). Pode ser autoimune, idiopático, irradiação, QT
  • síndrome de Savage: folículos resistentes a gonadotrofinas. Pode se manifestar com amenorreia 1ª ou 2ª. Dx com biópsia e faz terapia hormonal
  • disgenesia gonadal: maior causa de infatilismo sexual com FSH aumentado. Mais comum é Turner
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15
Q

Como suspeitar de síndrome de Turner? O que fazer se cariótipo XY?

A
  • fenótipo: pescoço alado, tórax em escudo, ovário em fita, baixa estatura e baixa implantação da orelhas
  • cariótipos XO
  • se nos pacientes com disgenesia o cariótipo for XY retirar a gônada por risco de disgerminoma
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16
Q

Quais as causa do compartimento I (uterovaginais)?

A
  • síndrome de Roktansky: cariótipo XX, pelo normal, agenesia mülleriana. Vagina curta e sem útero
  • síndrome de Asherman: lesão uterina pós-procedimento invasivo uterino (curetagem). Faz histeroscopia para diagnosticar e tratar
  • hiperplasia adrenal congênita: maior causa de genitália ambígua no sexo feminino. Pode ter como 1ª manifestação a amenorreia
  • hímen imperfurado
  • síndrome de morris
17
Q

O que é síndrome de Morris? Qual o principal diagnóstico diferencial? O que fazer com a gônada?

A
  • é uma insensibilidade a andrógenos. O cariótipo da paciente é XY, mas como não teve estímulo androgênico não formou genitália externa masculina e nem pelos pubianos. Amenorreia primária, vagina curta e sem pelos. Na puberdade ocorre conversão periférica de estrógenos e desenvolvimento mamário
  • deve tirar o testículo
18
Q

Qual a epidemiologia da SOP anovulação crônica hiperandrogênica?

A
  • 5-10% das mulheres

- se não tiver hiperandrogenismo é somente síndrome da anovulação crônica

19
Q

Qual a fisiopatologia da SOP anovulação crônica hiperandrogênica?

A
  • resistência insulínica reduz a SHBG
  • aumenta concentração de testosterona e estradiol livres, inibem o ciclo e destroem os folículos cursando com anovulação e hiperandrogenismo
20
Q

Qual a clínica?

A
  • resistência a insulina: acantose nigricans
  • hiperandrogenismo: acne, hirsutismo, alopecia androgenética
  • anovulação: irregularidade menstrual (oligomenorreia), infertilidade
21
Q

Qual é o laboratório? O que pedir para auxiliar no diagnóstico?

A
  • diagnóstico de exclusão: deve dosar ß-HCG, TSH, prolactina, 17-OH-progesterona, cortisol
  • SHBG, progesterona e FSH reduzidos
  • resto alto: andrógenos todos, estrgênio, LH
22
Q

Como fazer o diagnóstico?

A

Critérios de Rotterdam (2 de 3):

  • ovários policísticos ao US (20% tem mas não tem SOP) ou aumento > 10cm3
  • oligoanovulação
  • hiperandrogenismo: clínica (Ferrima ≥ 8) ou laboratorial
23
Q

Como fazer o tratamento?

A
  • para todas: mudança de estilo de vida com atividade física e perda de peso
  • se tem desejo de gestar: faz clomifeno (indutor de ovulação) e metformina. Pode fazer letrozol (trabalhos mais novos falam que é 1ª linha). Não precisa esperar os 12 meses
  • se não tem ACO (com ciproterona) + tratamento cosmético
24
Q

Quais as complicações da SOP?

A
  • infertilidade, obesidade, DMG, câncer de endométrio (FR), abortamento, doença cardiovascular
25
Q

Qual a definição de casal infertil? Quando reduzir o tempo?

Quais as principais causas?

A
  • que tenta mais não consegue engravidar após 1 ano
  • pelo menos 2-4 relações sexuais por semana
  • mulheres > 35 anos investigação imediata ou com 6 meses
  • fator masculino (35%), tuboperitoneal (35%), ovulatório (15%), sem causa aparente (10%)
26
Q

Qual a avaliação básica do homem? Qual o normal?

A
  • espermograma
  • normal: > 40 milhões e 1/3 tem que ser bom em motilidade e morfologia
  • não há necessidade de repetir
  • se anormal: repete em 3 meses
27
Q

O que fazer se vier azoospermia? Quais os tipos de azoospermia?

A
  • pode ser obstrutiva ou não obstrutiva (mais comum)

- biópsia de testículo, cariótipo, FSH e tamanho testicular

28
Q

Qual a avaliação hormonal da mulher?

A

FSH: avalia reserva ovariana

  • idade é o melhor preditor
  • bom se < 10 no 3ºdia
  • anti-mülleriano: em qualquer fase do ciclo é opção. Quanto menor pior, o contrário do FSH

Progesterona:
- avaliar a ovulação: dosar no 21-24ºdia do ciciclo

TSH e prolactina

29
Q

Quais outros exames pedir?

A
  • USTV seriada

- uterossalpingografia

30
Q

O que a USTV seriada vê?

A
  • contagem de folículos: < 5-7 é pouco
  • documento a ovulação: coito programado ou captação ovular
  • vê alguma malformação uterina
31
Q

O que a uterossalpingografia vê? Quais os resultados?

A
  • avalia o fator tuboperitoneal
  • prova de Cottè positiva: saiu o contraste para o peritônio, sem obstrução tubo-ovariana
  • prova de Cottè negativa: não saiu contraste.
32
Q

O que fazer se prova de Cottè negativa, ou sugerir imobilidade de trompa?

A
  • laparoscopia: padrão ouro e terapêutico

- vê tambem cavidade uterina, que se alterado indica histeroscopia

33
Q

Como fazer o tratamento se for fator masculino?

A
  • A maioria é FIV

- se for fator masculino leve isolado (>5 milhões de SPTZ normais) pode tentar fertilização intrauterina

34
Q

Como fazer o tratamento se for fator feminino?

A
  • fator ovariano: indução com clomifeno ou FIV
  • fator tuboperitoneal: se for o único, faz laparoscopia para tirar aderências, endometriose e salpingoplastia. Se não for único FIV
  • fator uterino: se for o único, faz histeroscopia e retira pólipo, septo, mioma. Se não é FIV
35
Q

Quando tentar inseminação intrauterina?

A
  • fator masculino leve isolado (> 5 milhões com morfologia e motilidade normal) - problema só na concentração
  • infertilidade sem causa aparente
36
Q

Qual o limite de idade para doação de gametas segundo resolução do CFM 2.294/2021?

A
  • mulheres 37 anos e homem 45
37
Q

Qual o limite de embriões a serem transferidos segundo resolução do CFM 2.294/2021?

A
  • mulher até 37 anos: 2
  • mulher > 37 anos: 3
  • se embriões testados genéticamente e normais: até 2
38
Q

O que é o hirsutismo idiopático?

A
  • aumento da atividade da 5-alfa-redutase na pele
  • ciclos normais
  • dosagens androgênicas normais
39
Q

Como tratar? Qual o principal efeito colateral?-

A
  • espironolactona
  • pode causar irregularidade menstrual e escapes
  • hiperpoteassemia