Afecções de VAS - Rinossinusite, OMA e OEA Flashcards
Sequência temporal da formação dos seios da face
Etmoidal ➙ Maxilar ➙Esfenoidal ➙ Frontal
*O esfenoidal vem do etmoidal
3 principais fatores fisiopatológicos envolvidos nas rinossinusites
. OBSTRUÇÃO DO ÓSTIO DO SEIO ➙ alterações anatômicas
. MAU FUNCIONAMENTO CILIAR ➙ imunodeficiências, fatores ambientais, pós-infeccioso
. ESPESSAMENTO DA SECREÇÃO
Principal forma clínica da rinossinusite e outras 2 possíveis
🥇 RESFRIADOS COMUNS (rinossinusite de até 10 dias de duração)
. PÓS-VIRAIS
. BACTERIANAS
Classificação quanto ao tempo de sintomas das rinossinusites
AGUDAS < 12 semanas (3 meses)
CRÔNICAS > 12 semanas
“RINO / SINUS / ITE ➙ 3”
Conceito de rinossinusite recorrente
≥ 4 episódios em 1 ano
+
Assintomático no intercrises
Principal agente viral da rinossinusite e os 3 principais agentes bacterianos
RINOVÍRUS
. Outros: adenovírus, coronavírus, metapneumovírus humano
STREPTOCOCCUS PNEUMONIAE (PNEUMOCOCO)
MORAXELLA CATARRHALIS
HAEMOPHILUS INFLUENZAE NÃO TIPÁVEL
Critérios clínicos diagnósticos de rinossinusite aguda
≥2 sintomas cardinais (sendo um dos dois primeiros obrigatórios):
1) Obstrução ou congestão nasal
2) Rinorreia anterior ou posterior
3) Dor ou pressão facial
4) Tosse / Febre baixa (criança pequena); Hiposmia ou anosmia (criança maior)
Rinossinusite: critérios segundo a AAP para um quadro bacteriano
1) Persistência do quadro (>10 dias)
2) Purulenta: secreção nasal + febre ≥39º (pelo menos 3 dias seguidos)
3) Piora do quadro clínico (melhora inicial com piora posterior, geralmente no 6º ou 7ºdia de evolução)
Resfriado comum leve: tratamento e 2 medicações que não devem ser usadas de rotina
SINTOMÁTICOS
. Não usar: AAS (síndrome de Reye) e descongestionantes nasais (efeito sistêmico e intoxicação)
Sinusite bacteriana: tratamento convencional de quadros não complicados, fatores de risco e esquema utilizado na presença desses fatores
Sinusite bacteriana
💊 Amoxacilina 50 mg/Kg/dia VO, 2-3x/dia por 7-10 dias
⚠️ Fatores de risco: <2 ANOS, CRECHE, ATB RECENTE (<30 DIAS), COMPLICAÇÕES (CELULITE PERIORBITÁRIA)
💊 Amoxacilina + clavulanato / amoxacilina 90 mg/Kg/dia
Rinossinusite aguda: complicação mais frequente (localização anatômica) e 2 possíveis DDx
Complicação mais frequente: 👁️👁️
Tipos:
. PRÉ-SEPTAL = CELULITE PERIORBITÁRIA (à frente do septo orbitário)
. PÓS-SEPTAL = CELULITE ORBITÁRIA (atrás do septo orbitário)
- Celulite difusa, abscesso orbitário, abscesso subperiosteal, trombose do seio cavernoso
DDx clínico entre as complicações orbitárias mais frequentes na rinossinusite
. PRÉ-SEPTAL (CELULITE PERIORBITÁRIA):
Infecção de pele, sem origem nasossinusal ➔ edema palpebral e conjuntival + SEM ALTERAÇÃO da visão, da acuidade, da movimentação dos mm. extrínsecos, dos reflexos pupilares
. PÓS-SEPTAL (CELULITE ORIBITÁRIA):
Origem nasossinusal ➔ borramento da visão, redução da acuidade visual, diplopia, oftalmoplegia, reflexos pupilares anormais, proptose
3 condutas diante da complicação orbitária mais frequente da rinossinusite
Celulite orbitária (pós-septal):
INTERNAÇÃO + TC COM CONTRASTE VENOSO + ATB EV
💊 Ceftriaxona + Clindamicina (anaróbios) / Oxacilina (Staphylo)
3 agentes bacterianos da OMA
Streptococcus pneumoniae
Moraxella catarrhalis
Haemophilus influenzar não tipável
2 pilares para a definição de OMA
INFLAMAÇÃO + SECREÇÃO / EFUSÃO em orelha média
IVAS ➔ disfunção da tuba auditiva ➔ acúmulo de líquido purulento em orelha média ➔ OMA
Fatores de risco para OMA
. Anatômicos (tuba auditiva horizontalizada em crianças)
. <2 anos 👶
. Sexo masculino
. Imunidade reduzida
. Chupeta / mamadeira🍼
. Desmame precoce (queda de IgG)
. Convívio em creche 🧒 🧒
. Tabagismo passivo 🚬
Apresentação clínica característica da OMA
Criança com IVAS 3-4 dias, que evolui com OTALGIA + MANIPULAÇÃO EXCESSIVA DE ORELHA +- FEBRE +- irritabilidade, inapetência, vômito, odinofagia…
OMA: sinal mais específico da otoscopia e outras possíveis apresentações
🏆 ABAULAMENTO da membrana timpânica (túrgida, pra fora)
. Hiperemia . Opacidade . Vascularização . Perda de mobilidade (pneumática) . Otorreia
Critérios diagnósticos de OMA segundo a AAP
Pelo menos 1 dentre os seguintes:
. Abaulamento moderado a grave da membrana timpânica
. Otorreia na ausência de otite externa
. Abaulamento leve da membrana timpânica + otalgia <48h ou hiperemia importante
Exame padrão-ouro para determinar a etiologia bacteriana da OMA
CULTURA DO FLUIDO DA ORELHA MÉDIA - por meio da timpanocentese, da drenagem através dos tubos de ventilação ou pela otorreia espontânea
OMA: situações que permitem adotar o “watchful-waiting” (idade x lateralidade da OMA) e orientação que deve ser dada aos pais nesses casos
6 meses-2 anos: OMA UNILATERAL
≥2 anos: UNI ou BILATERAL
⚠️REAVALIAR EM 48-72H (houve piora? Como foi a evolução do quadro?)
Critérios que indicam tratamento imediato com antibiótico
. Otorreia
. Quadro grave: otalgia moderada a grave / otalgia >48h / febre ≥39°C / imunodeficiência ou implante coclear
. <6 meses
. 6m-2a OMA bilateral
“A T B”
A - Alerta (gravidade)
T - (oTorreia)
B - Baby (<6 meses)
OMA: Esquema terapêutico convencional, fatores de risco que indicam ampliação da cobertura antimicrobiana e 3 esquemas de atb nesse caso
💊 Amoxacilina 50 mg/Kg/dia VO, 2-3x/dia, 7-10 dias
Fatores de risco:
○ ATB RECENTE
○ CONJUTIVITE PURULENTA
○ OMA RECORRENTE (3 EM 6M / 4 EM 12M)
○ FALHA TERAPÊUTICA 48-72H
💊 Amoxacilina 90 mg/Kg/dia OU amoxacilina + clavulanato OU cefuroxima
Hipótese diagnóstica: OMA + conjutivite purulenta + refratariedade ao tratamento inicial
Infecção por H. influenzae não tipável
“SÍNROME OTITE-CONJUNTIVITE”
Após o tratamento da OMA, a presença de ___ não é considerada uma falha terapêutica e pode permanecer por até 3 meses em 25% dos casos
Após o tratamento da OMA, a presença de EFUSÃO não é considerada uma falha terapêutica e pode permanecer por até 3 meses em 25% dos casos
Complicação extracraniana mais comum da OMA
MASTOIDITE (abscesso retroauricular)
Apresentação clínica da complicação extracraniana mais comum da OMA
MASTOIDITE (abscesso retroauricular)
. Otalgia . Sinais flogísticos retroauriculares . Desvio do pavilhão auricular . Apagamento do sulco retroauricular . Perda progressiva da audição . Febre . Piora clínica
Diagnóstico da complicação extracraniana mais comum da OMA
MASTOIDITE (abscesso retroauricular)
Clínica + TC COM CONTRASTE
Manejo da complicação extracraniana mais comum da OMA
MASTOIDITE (abscesso retroauricular)
Internação + ATB EV (ceftriaxona + clindamicina ou oxacilina)
Fatores de risco para otite externa aguda
. Exposição prolongada à agua (piscina) 🏊♀️
. Calor (verão) ☀️/ umidade
. Cotonete / remoção de cerume / sabonete
. Corpo estranho
OEA: 2 principais agentes infecciosos
Pseudomonas aeruginosa
Staphylococcus aureus
OEA: quadro clínico e diagnóstico
Otalgia intensa de instalação aguda (<48h) + prurido + sensação de plenitude auricular + perda auditiva
CLÍNICO: otalgia intensa + secreção purulenta no canal auditivo externo
OEA: otoscopia
Acometimento do conduto auditivo externo + membrana timpânica NORMAL + hiperemia difusa + edema + exsudato purulento
OEA: tratamento
ATB tópico com cobertura anti-pseudomonas
OEA: formas de prevenção
. Remover apenas o cerume obstrutivo
. Acidificar o conduto auditivo externo antes e depois de nadar (solução de ácido acético 2% ou ácido bórico)
. Protetores auriculares ao nadar
. Evitar trauma e manipulação excessiva do canal auditivo externo