Afecções de VAS - Faringoamigdalite, laringotraqueobronquites e supraglotite / epiglotite Flashcards
Faringoamigdalite bacteriana: principal agente etiológico
Streptococcus pyogenes (beta-hemolítico do grupo A)
Faringoamigdalites: aspectos clínicos que fazem o DDx de origem viral e bacteriana
VIRAL: quadro mais “nasal”, resfriado
- Tosse, coriza, obstrução nasal, espirros, rouquidão, aftas, diarreia, +-febre
BACTERIANA:
- Início súbito, 5-15 ANOS, FEBRE ALTA (>38.5ºC), cefaleia, náuseas, vômitos, dor abdominal, inflamação tonsilar e faríngea com exsudato em placas, PETÉQUIAS EM PALATO, adenite cervical anterior, exantema escarlatiniforme
Faringoamigdalite: diagnóstico
NÃO confiar apenas na clínica ❗❗
TESTE RÁPIDO DE DETECÇÃO DO ANTÍGENO ESTREPTOCÓCICO
\+ = Tratar! - = Solicitar cultura
Faringoamigdalite: padrão-ouro para o diagnóstico
CULTURA DE OROFARINGE
*Demora de 20-48h. Se o teste rápido vier negativo, solicitar CULTURA de material de orofaringe
Faringoamigdalite bacteriana: tratamento
Amoxacilina VO 50 mg/kg/dia, 10 dias
ou
Penicilina benzatina IM dose única 1.2mi UI
Outros: macrolídeos (claritromicina, azitromicina)
Critérios de Paradise para realização de amigdalectomia
INFECÇÕES RECORRENTES (7x no último ano / 5x ao ano nos últimos 2 anos / 3x ao anos últimos 3 anos)
+ pelo menos 1:
1) Febre >38ºC
2) Adenopatia cervical dolorosa
3) Exsudato tonsilar
4) Teste positivo para EBHGA
2 complicações não supurativas da faringoamigdalite
Febre reumática
GNPE
3 complicações supurativas da faringoamigdalite
. Abscesso peritonsilar
. Abscesso retrofaríngeo
. Abscesso cervical / adenite
DDx de duas das complicações supurativas da faringoamigdalite, e o manejo semelhante em ambos os casos
ABSCESSO PERITONSILAR (em volta da tonsila)
. Mais comum
. Odinofagia + trismo + desvio da úvula + “hot potato voice”
ABSCESSO RETROFARÍNGEO
. Menos comum, mais grave
. Odinofagia + sialorreia + rigidez nucal (DDx meningite)
🚑 ASSEGURAR VIA AÉREA + ATB EV (Ceftriaxona + Clindamicina) + DRENAGEM
Se a questão nos falar de um paciente com dor de garganta unilateral, com febre, queda do estado geral, trismo e sialorreia, devemos pensar em ___
Se a questão nos falar de um paciente com dor de garganta unilateral, com febre, queda do estado geral, trismo e sialorreia, devemos pensar em ABSCESSO PERITONSILAR
Principal DDx com faringoamigdalite, seu agente etiológico, quadro clínico, hemograma característico, dica de um evento clínico que nos faz pensar nesse diagnóstico
MONONUCLEOSE INFECCIOSA
. Epstein-Barr Vírus (EBV)
. Linfadenopatia generalizada + hepatoesplenomegalia + aumento tonsilar
. Hemograma: LINFOCITOSE com presença de ATÍPICOS
. Rash cutâneo após o uso de amoxacilina pensando em faringoamigdalite
Hipótese diagnóstica e tratamento para um paciente que não melhora a faringoamigdalite com antibiótico e que se apresente com manifestações imunoinflamatórias
SÍNDROME PFAPA
. Periodic fever
. Aphtous stomatitis
. Pharyngitis
. Adenitis
linfonodomegalia + aumento do PCR
💊 CORTICOIDES
As laringotraqueítes, também conhecidas como “___”, são um grupo de doenças caracterizado pelos sintomas: ___ e ___. A depender da anatomia acometida, podem ser classificadas em ___, ___ ou ___
As laringotraqueítes, também conhecidas como “SÍNDROME DO CRUPE”, são um grupo de doenças caracterizado pelos sintomas: TOSSE DE CACHORRO (LADRANTE) e ESTRIDOR. A depender da anatomia acometida, podem ser classificadas em LARINGITE, LARINGOTRAQUEÍTE ou LARINGOTRAQUEOBRONQUITE
Principal agente viral e bacteriano das laringotraqueítes
Viral: PARAINFLUENZA
“o cachorro não PARA de latir”
Bacteriana (membranosa): STAPHYLOCOCCUS AUREUS
Manifestações clínicas do crupe viral a depender da estrutura anatômica acometida
LARINGE: estridor inspiratório, rouquidão e tosse ladrante
TRAQUEIA: estridor bifásico
BRONQUIOLOS: expiração prolongada e sibilos
Quadro clínico do crupe bacteriano
Pródromo viral leve que evolui para um quadro grave de febre alta + toxemia + sem resposta ao tratamento habitual
Diagnóstico das laringotraqueítes, destacando a peculiaridade do quadro bacteriano
CLÍNICO
. Crupe membranoso (bacteriano): VISUALIZAÇÃO DIRETA DA MEMBRANA POR LARINGOSCOPIA
Sinal radiológico que pode sugerir laringotraqueíte
Sinal da ponta do lápis ou da torre de igreja
Principal objetivo no tratamento das laringotraqueítes
MANTER A VIA AÉREA PÉRVIA!
. Acalmar o paciente, evitar choro, sem manipulações desnecessárias
2 medicamentos que possuem efeito comprovado no tratamento do crupe viral, a indicação de cada um deles e a posologia / diluição utilizada
. CORTICOIDES - para todos os pacientes
💊 Dexametasona VO ou EV, 0,15-0,60 mg/Kg)
. EPINEFRINA INALATÓRIA - casos moderados a graves (estridor de repouso, cianótico, evolução ruim, manipulação prévia da VAS)
💊 Nebulização com epinefrina não diluída (1:1.000) 0,5 mL/kg (máximo de 5 mL - 5 ampolas)
Indicações de internação do paciente com crupe viral
. Toxemia
. Desidratação
. Incapacidade de ingerir líquidos
. Estridor significativo ou retrações em repouso
. Ausência de resposta à administração de epinefrina ou piora clínica após 2h de sua administração
Como diferenciar o crupe viral do bacteriano pelo tratamento?
No bacteriano NÃO há resposta à epinefrina nem ao corticoide
Manejo do crupe bacteriano
UTI + IOT com endoscopia + ATB EV (cefuroxima, ceftriaxona)
Principal DDx com laringotraqueítes, uma característica clínica marcante do seu quadro e o tratamento
Crupe espasmódico
. Edema não inflamatório + sem infecção / IVAS / pródromos + ESTRIDOR DE INÍCIO SÚBITO À NOITE 🌙
. TTO: acalmar a criança + nebulização (água vaporizada)
Epiglotite: agente etiológico históricamente mais prevalente
H. INFLUENZAE TIPO B
. Outros: S. pyogenes, S. aureus, vírus, Candida
Epiglotite: apresentação clínica
Início rápido (sem pródromos, sem IVAS prévio) + toxemia precoce + odinofagia intensa + disfagia intensa + desconforto respiratório progressivo e rápido + sialorreia + estridor + febre alta
Epiglotite: posição característica da criança
Posição de tripé
. Ansiosa, inclinada para frente e apoiando sobre os joelhos
Diagnóstico confirmatório de epiglotite
Clínica
+
Epiglote “em cereja” (laringoscopia) - edemaciada, hiperemiada
Sinal radiológico caraterístico da epiglotite
Sinal do polegar (dedo de luva)
. Rx cervical perfil
Na suspeita de epiglotite, a conduta imediata deve ser ___. Além disso, prescreve-se ___
Na suspeita de epiglotite, a conduta imediata deve ser IOT PRECOCE. Além disso, prescreve-se ATB EV (H. influenzae: cefuroxima / ceftriaxona, cefotaxima; S. aureus: oxacilina / cefalotina; S. pyogenes: penicilina)