Afecções Anorretais Flashcards

1
Q

O que é canal anal?

A

Região compreendida entre a borda anal e a musculatura, com cerca de 2 a 4 cm

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2
Q

Qual a principal função e do que é composta a parte funcional do canal anal?

A

Principal função = regulação da evacuação e controle da continência
Composta por esfíncteres interno e externo e a musculatura puborretal

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3
Q

Quais sintomas são relacionados às patologias que comprometem o canal anal?

A

Dor
Prurido
Sangramento
Corrimento purulento ou mucoide
Mudança do hábito intestinal

Melena diz respeito a evacuação de fezes com sangue digerido, o que não pode estar presente nas patologias de canal anal

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4
Q

Quais manifestações clínicas encontradas, geralmente, numa patologia que compromete o canal anal?

A
  • Mudança de coloração local
  • Cicatrizes à inspeção
  • Distensão anal mais evidente frente a manobras de elevação da pressão abdominal
  • Prolapso
  • Plicoma: exacerbação da cicatrização de fissuras (como uma cicatriz hipertrófica)
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5
Q

O que é Incontinência Fecal?

A

Passagem descontrolada de material fecal durante pelo menos 1 mês em maiores de 4 anos.

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6
Q

Quais os fatores de risco para desenvolver Incontinência Fecal?

A

Cirurgias prévias
Alterações fisiológicas
Muitos partos normais (acometendo o nervo pudendo)

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7
Q

Para realizar o diagnóstico de Incontinência Fecal, o que investigamos na(o):
a) Anamnese
b) Exame físico
c) Outras análises

A

a) Anamnese: pode haver perda completa de fezes sólidas (incontinência maior) ou mínimas ocasionais (menor).

b) Exame físico: toque retal percebe um tônus em repouso ou pressão de contração diminuídos ou um ânus hipotônica e a presença de cicatrizes, defeitos e deformidades.

c) Outras análises: manometria anorretal confirma a extensão da disfunção dos esfíncteres interno e externo, além de qualquer defeito anatômico. Pode-se utilizar também a USG endoanal ou RM.

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8
Q

Qual o tratamento cirúrgico e não cirúrgico no paciente com Incontinência Fecal?

A

Clínico:
- Dieta (melhorar consistência das fezes)
- Medicamentos que retardam o trânsito intestinal
- Exercícios de fortalecimento do assoalho pélvico; biofeedback (treinamento da musculatura, como fisioterapia; participação ativa do paciente)

Cirúrgico:
- Esfincteroplastia: correção de defeitos anatômicos; uso de retalhos mm e implante de neuroestimulador sacral

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9
Q

O que é Prolapso do Reto?

A

Eversão do reto através do ânus, podendo ser total ou parcial.

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10
Q

Quais os fatores de risco para desenvolver prolapso do reto?

A

Feminino
Idade maior que 40 anos
Multiparidade
Parto vaginal
Cirurgia pélvica prévia
Esforço crônico
Demência
Defeitos na anatomia do assoalho pélvico.

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11
Q

Para realizar o diagnóstico de Prolapso do Reto, o que investigamos na(o):
a) Anamnese
b) Exame físico
c) Outras análises

A

a) Anamnese: desconforto, sensação de evacuação incompleta durante a defecação, hemorragia e incontinência.

b) Exame físico: toque retal durante o esforço; se na inspeção houver uma borda arroxeada, mostra sinais de sofrimento da mucosa

c) Outras análises: RM avalia a dinâmica do assoalho pélvico

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12
Q

Quais as opções cirúrgicas para prolapso do reto?

A

Abordagem perineal = menos agressiva e com mais recidivas; indicada para quem tem alto risco cirúrgico ou expectativa de vida reduzida

Abordagem abdominal, com retopexia pré-sacral = mais agressiva e menor recorrência; fixação do reto ao sacro (região do promontório) com o objetivo de impedir a sua movimentação durante a defecação, quando há aumento da pressão abdominal

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13
Q

Como se define a hemorroida?

A

Tecido vascular normal dentro da submucosa no canal anal.

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14
Q

Qual a diferença entre hemorroida interna e externa?

Como é a clínica de cada uma delas?

A

Externa: se for distal à linha pectínea, podem periodicamente ingurgitar causando dor e dificuldade com a higiene

Interna: hemorragia de sangue vermelho vivo ou prolapso, em que o paciente se queixará de saída de muco, perda fecal e prurido.

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15
Q

O que é uma Trombose Hemorroidária e qual uma complicação possível?

A

Trombose hemorroidária: plexo vascular que, em um esforço exagerado (agachamento, força para evacuar), aumenta a pressão sanguínea e, na hemorróida, coagula

Complicação: rompimento - sangra e forma úlcera

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16
Q

Em relação ao diagnóstico, o que buscamos no exame físico do paciente com Hemorroida?

Se não for possível visualizar a extensão da doença hemorroidária, o que deve ser feito?

A

Fazemos inspeção do ânus, exame retal digital e anuscopia. Se não for possível visualizar a extensão da doença hemorroidária, deve-se fazer colonoscopia para excluir neoplasia.

17
Q

As hemorroidas internas podem ser classificadas em até 4 graus. Quais os sinais e sintomas de cada um deles e qual o tratamento?

A
18
Q

O que é uma fissura anal?

A

Úlcera linear que pode estar associada a um plicoma sentinela na porção distal e uma papila anal hipertrófica proximal.

19
Q

Quais as possíveis etiologias de um paciente com fissura anal?

A

Multifatorial: passagem de fezes grandes e duras, dieta pobre em fibra, cirurgia anal prévia, trauma e infecção

20
Q

Como é feito o diagnóstico do paciente com fissura anal?

A

Clínica: fissura anal (dor intensa (do tipo lancinante) no momento da evacuação, com permanência da dor após, com sangramento em alguns casos)

Exames complementares: diagnóstico é clínico (tríade da fissura: fissura em si, papila (componente da linha pectínea) hipertrófica e plicoma sentinela). Não precisa de nada complementar

21
Q

Qual o tratamento clínico e cirúrgico do paciente com fissura anal?

A

Clínico: melhorar a constipação e relaxamento do esfíncter interno sem causar incontinência fecal
- NO (nitroglicerina) tópico, isossorbida → vasodilatadores
- Diltiazem → bloqueador de canal de Ca)
- Toxina botulínica para tratar hipertonia muscular
- Cuidados locais e dietéticos

Cirúrgico: esfincterotomia para casos crônicos e graves e/ou falha do tratamento clínico

22
Q

Qual a relação entre abscesso e fístula?

A

O abscesso é a manifestação aguda enquanto a fístula é a sequela crônico

Tratamento do abcesso
* Não cirúrgico: se for um episódio agudo, deve ser drenado no momento do diagnóstico.
* Cirúrgico: debridamento do tecido necrótico e infectado através da incisão cirúrgica, combinado com antibiótico de amplo espectro.

23
Q

Como é a classificação de Parks para as fístulas anais?

A

Interesfincteriana: A fístula está confinada ao plano interesfínctérico.
Transesfincteriana: A fístula atravessa o esfíncter externo, comunicando com a fossa isquiorretal.
Supraesfincteriano: A fístula estende-se no sentido cefálico acima do esfíncter externo e perfura o elevador do ânus.
Extraesfincteriana: A fístula estende-se do reto à pele perianal, externamente ao aparelho esfinctérico.

24
Q

Como é o tratamento cirúrgico do paciente com fístula anal?

A
  • Laqueação do trajeto da fístula interesfincteriana ou abertura do trajeto por fistulotomia.
  • Para as fístulas que envolvem mais de 30% do esfíncter, distais à linha pectínea ou transesfincterianas alta, coloca-se um sedenho de drenagem.
  • Há como fechar as fístulas através de cola de fibrina ou plug anal derivado do porco.