AC 2.3 - Ascite e cirrose Flashcards

1
Q

Quais são as principais causas de ascite?

A
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Q

Cite 4 mecanismos causadores da ascite em pcts cirroticos.

A
  • alteração da pressão hidrostática (lei de Starling).
  • Alteração da pressão coloido-osmótica (lei de Starling).
  • aumento dos níveis circulantes de óxido nítrico (ao contrário da redução observada ao nível intra-hepático), assim como a aumento nos níveis do fator de crescimento endotelial vascular e do fator de necrose tumoral resultando em vasodilatação arterial esplâncnica → . Segue-se vasoconstrição compensatória por meio de liberação de hormônio antidiurético; as consequências são retenção de água e ativação do sistema nervoso simpático e do sistema renina-angiotensina-aldosterona, o que produz retenção de água e sódio pelos rins.
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3
Q

Qual o quadro clínico de um pacinete com ascite?

A
  • Distensão ou plenitude abdominal;
  • Desconforto abdominal
  • Saciedade precoce
  • Edema periférico
  • Hérnia inguinal ou umbilical
  • Dispneiaaumento da pressão contra o diafragma
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4
Q

O que é underfiling?

A
  • Pressão portal aumentada à extravasamento de fluido
  • Hipovolemia resultante do extravasamento de fluido à ativação do sistema renina-angiotensina-aldosterona à retenção de sódio e água, aumento do volume plasmático e da pressão portal
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Q

O que é overflow?

A
  • Evento primário seja a retenção de sódio e água, expansão plasmática e aumento da pressão portal com extravasamento líquido
  • As duas teorias parecem contribuir para o aparecimento da cirrose em diferentes momentos, mas o mecanismo fisiopatológico mais aceito é a combinação de ambas associadas à vasodilatação generalizada que ocorre nesses pacientes
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6
Q

Qual a melhor manobra para detectar ascite?

A

macicez móvel

paciente em decúbito lateral e percute-se o flanco sobre o qual ele está apoiado, obtém-se um som maciço; a seguir, sem retirar o dedo do local, solicita-se que o paciente vire apoiando-se no decúbito contralateral e realiza-se nova percussão, obtém-se o som timpânico.

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7
Q

Como é avaliado o grau de asciite pelo tamanho?

A
  • Grau 1: ascite pequena, detectada apenas por exame de imagem.
  • Grau 2: ascite moderada, com distensão discreta do abdome.
  • Grau 3: grande ascite com importante distensão abdominal.
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8
Q

Quais são as contraindicações da paracentese?

A
  • Paciente não cooperativo.
  • Infecção de parede abdominal.
  • Gestação.
  • Coagulopatia grave (CIVD e aumento da fibrinólise).
  • Distensão grave de alças intestinais.
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9
Q
  • A análise do líquido ascítico deve verificar a concentração de albumina → GASA – representa a diferença entre concentração de albumina sérica e do líquido ascítico
    • GASA = albumina sérica – albumina do líquido ascítico.
    • GASA > 1,5 g/dL = hipertensão portal.
    • GASA < 1,5 g/dL = ausência de hipertensão portal.

Verdadeiro ou falso?

A

Falso

  • A análise do líquido ascítico deve verificar a concentração de albumina à GASA – representa a diferença entre concentração de albumina sérica e do líquido ascítico
    • GASA = albumina sérica – albumina do líquido ascítico.
    • GASA > 1,1 g/dL = hipertensão portal.
    • GASA < 1,1 g/dL = ausência de hipertensão portal.
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10
Q

Cite duas causas de ascite com GASA alterado e duas sem.

A
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11
Q

Veradeiro ou falso?

A contagem de proteínas totais do líquido ascítico também pode ser mensurada.

  • É muito importante a contagem total de células e seu diferencial, pois contagens acima de 400 células polimorfonucleares são diagnósticas de PBS
A

Falso

A contagem de proteínas totais do líquido ascítico também pode ser mensurada.

  • É muito importante a contagem total de células e seu diferencial, pois contagens acima de 250 células polimorfonucleares são diagnósticas de PBE
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12
Q

Quais exames devem ser aplicados nos pacientes com ascite?

A
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13
Q

Quais são as duas funções da paracentese?

A
  • No estudo diagnóstico do líquido (paracentese diagnóstica)
  • Para alívio da dispneia e do desconforto provocados pelo grande volume líquido (paracentese de alívio).
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14
Q

O que indica o GASA?

A
  • GASA < 1,1 g/dL: indica que a ascite não está relacionada com hipertensão portal
  • GASA ≥ 1,1 g/dL: reflete a presença de hipertensão portal e indica que a ascite é causada por aumento da pressão nos sinusoides hepáticos
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15
Q

Para as ascites com elevação do GASA (≥ 1,1), o nível de proteína no líquido ascítico dá novas pistas sobre a etiologia

verdadeiro ou falso?

A

verdadeiro

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16
Q

Em relação a GASA e ao nível de proteína, o que pode ser visto?

A
  • Níveis de proteína no líquido ascítico ≥ 2,5 g/dL: sinusoides hepáticos estão normais e permitem a passagem de proteína para o líquido
  • Níveis de proteína no líquido ascítico < 2,5 g/dL: sinusoides hepáticos foram lesados e cicatrizaram e não permitem mais a passagem de proteína, como ocorre nos casos de cirrose, fase tardia da síndrome de Budd-Chiari ou metástase hepática maciça.
17
Q

Como é feita a abordagem terapeutica da ascite?

A
  • Identificar e tratar a etiologia (doença hepática alcoólica à abstinência de álcool. Uso de baclofeno pode auxiliar na abstinência…)
  • Dieta hipossódica (2 g/dia)
  • Restrição hídrica: somente se sódio <120 mEq/L (hiponatremia) ou sintomas neurológicos decorrentes da hiponatremia
  • Diuréticos: espironolactona* + furosemida (relação 100:40); *se ginecomastia dolorosa à substituir espironolactona por amilorida (5-40 mg/dia)
  • Monitorar paciente (função renal e eletrólitos)
  • Paracenteses: PGV é indicada em pacientes com ascite tensa (ascite de grande volume)
  • TIPS: se tratamento clínico insuficiente na ascite refratária
  • Transplante hepático à se doença de origem hepática (tratamento definitivo)
  • Infusão de albumina: dependendo do tipo de ascite à ascite tensa: paracentese terapêutica com infusão de albumina (8 g de albumina para cada litro retirado), particularmente em retiradas de volumes superiores a 5 litros, no intuito de evitar disfunção renal pós-paracentese; ascite refratária resistente a diuréticos ou ascite não tratável com diuréticos: paracenteses esvaziadoras de grande volume e de repetição, com infusão de albumina por veia periférica.
  • EVITAR: IECAs, BRAs, AINEs, betabloqueadores não seletivos.
18
Q

Quais são as possíveis complicações da ascite?

A
  • Peritonite bacteriana espontânea (PBE)
  • Hérnias umbilicais
  • Hidrotórax hepático
19
Q

Como é o algorítmo do pacinete ascítico?

A
20
Q

O que é cirrose?

A

Cirrose é caracterizada pela desorganização da arquitetura lobular do fígado, definida histologicamente por fibrose e formação de nódulos regenerativos.

21
Q

Quais são as principais causas de cirrose hepática?

A
22
Q

Qual a fisiopatologia da cirrose hepática?

A
  • Agressão hepatocelular → reparo com formação de septos fibrosos e nódulos regenerativosdeposição de matriz extracelular
    • Célula de Ito (célula estrelar) – principal responsável pela síntese de componentes da matriz extracelular no fígado
      • <strong>Lesão Hepatocelular </strong>à <strong>citocinas</strong> e <strong>quimiocinas</strong> (fator de crescimento de plaquetas e de endotélio, TGF-beta1, TNF) à <strong>ativação</strong> e proliferação das <strong>células estrelares</strong> à <strong>aumento</strong> da <strong>síntese</strong> de componentes da <strong>matriz extracelular (colágeno tipo 1)</strong>
  • Lesão hepatocelular persistente → formação de septos porta-porta e porta-centro, transformação nodular do parênquima hepático pela presença de nódulos hepáticos incompletos e, na presença de nódulos hepáticos constituídos, à caracterização da CH
23
Q

Como é causada a ahipertensão portal?

A
24
Q

Explique como é causada a circulação dinâmica, a hiponatremia, sindrome hepatorrenal e a hipotensão em um pacinete com cirrose hepática.

A
25
Q

O que é esperado achar em um paciente com cirrose hepática?

A
  • Diminuição da Pressão Arterial
  • Icterícia – não detectável até bilirrubina superior a 2 a 3 mg/dL
  • Angiomas em aranha (telangiectasias em aranha)
  • Fetor hepaticuscheiro doce e pungente no hálito de um paciente com cirrose - presença sugere desvio portal-sistêmico grave
  • Ascite – acúmulo de líquido na cavidade peritoneal
  • Hepatoesplenomegalia
  • Cabeça de Medusa (Caput Medusa)
  • Baqueteamento digital
26
Q

QUias testes laboratoriais e de imagem devem ser solicitados para o paciente cirrótico?

A
27
Q

Como é feito o diagnóstico em pacientes cirróticos?

A

O diagnóstico é feito com base em dados clínicos, laboratóriais e radiológicos (biópsia apenas se houver dúvidas).

28
Q

Quais são os fatores que melhor preveem cirrose em adultos?

A
  • Presença de ascite
  • Contagem de plaquetas < 160.000/mm3
  • Aranhas vasculares
  • Ultrassonografia (USG)
29
Q

Como é feito o tratamento em pacinetes com cirrose?

A
  • Internar e monitorar paciente
  • Dieta normosódica, com restrição hídrica
    • se hiponatremia (<130) – restrição de água (1L/dia)
  • Diuréticos
    • Monoterapia: espirolactona 100mg, EV
    • Esquema combinado: espirolactona 100mg, EV + furosemida 40mg, EV
    • Beclofeno 5mg, tomar VO, 3x ao dia por 3 dias
      • reduz desejo de consumo de álcool
  • Paracentese (+ análise do liquido ascitico)
  • Albumina 60ml, EV, correr 1ml/minuto.
30
Q
A