8 - Musculoskeletal Trauma Flashcards
Traumas penetrantes ou contusos podem gerar ruptura de artérias. Exemplifique um as características clínicas de um paciente com essa complicação.
Pode haver sangramento externo, perda de pulso previamente palpável e mudanças na qualidade do pulso, no tônus ao doppler e no índice tornozelo-braquial (PASt/PASb do lado lesionado). Além disso, pode haver extremidade pálida, fria, sem pulso e extensão rápida do hematoma.
A Síndrome de esmagamento ou Rabdomiólise traumática ocorre pela compressão de uma massa muscular significativa. Quais os mecanismos de injúria muscular nessa situação e quais as consequências caso esta não seja tratada?
São por insulto muscular direto, isquemia muscular e morte celular com liberação de mioglobina.
Levam à falência renal (pela intensa liberação de mioglobina) e à choque, além de acidose metabólica, hipercalemia, hipocalcemia e coagulação intravascular disseminada.
Paciente apresenta urina cor de ambar escura, a qual testa positivo para mioglobina. Pela história recente de trauma muscular, você suspeita de Sd de esmagamento. Como confirmar?
Pode ser requisitada pesquisa de Mioglobina na urina ou, caso não disponível, a presença da urina com cor de ambar e de creatinoquinase (CK) sérica de 10.000 U/L ou mais é indicativo de rabdomiólise.
Qual deve ser o manejo de um paciente com Sd de esmagamento?
- Reposição de fluido intravenoso de forma agressiva e precoce, a qual é importante para prevenção de falha renal.
- Alcalinização da urina, por meio da administração de bicarbonato
- Diuréticos osmóticos.
Em paciente com trauma músculo esquelético, quando a fratura é causa suspeita para o choque, qual deve ser a conduta? Explique.
Imobilização da fratura:
- Realinhar em posição próxima à anatômica (por meio da aplicação de uma tração linear). Se fratura exposta, colocar o osso exposto para dentro da ferida. Se articulação deslocada, realinhar também.
- Colocação de um dispositivo que exerça tração de manutenção para imobilizar (como talas). Em caso de realinhamento de articulação não bem sucedido, imobilizar como foi encontrada. É importante acessar o status neurovascular da extremidade antes e depois de manipular e imobilizar.
- Prevenir movimentação excessiva
- Remover contaminação grosseira e material particulado da ferida e administrar antibiótico em dose baseada no peso assim que possível.
Realização de RX
Qual medida pode diminuir significativamente o sangramento de uma fratura por meio da redução da mobilidade e do aprimoramento do efeito tamponado do músculo e fáscia.
A aplicação da tala.
Qual a primeira medida a ser aplicada com o intuito de de controlar um sangramento?
Pressão manual na ferida.
Com a presença de materiais dos materiais necessários, pode-se fazer uma pilha de de gazes a qual será fixada por uma bandagem circunferencial no membro de modo a concentrar pressão sobre o local da injúria.
Quando devemos aplicar um torniquete manual ou pneumático?
Após a persistência de sangramento com compressão manual e com pilha de gazes. Além disso, pacientes com amputação traumática têm benefício com a aplicação do torniquete.
Até quando devemos arrochar um torniquete? Quais as complicações podem ser desencadeadas devido a uma oclusão ineficiente?
Até que o sangramento arterial pare.
A oclusão de apenas o sistema venoso (que necessita de menor pressão), pode aumentar a hemorragia e resultar em edema e extremidade cianótica.
Em que situação devemos considerar retirar o torniquete?
Quando o tempo estimado para operação for maior que uma hora e paciente estiver estável.
Em quais pacientes a arteriografia e outras ferramentas diagnósticas em paciente com amputação traumática e suspeita hemorragia arterial maior estão indicadas?
Naqueles pacientes que foram ressuscitados e não possuem anormalidades hemodinâmicas.
Qual conduta terapêutica para os pacientes com injúria vascular diagnosticada?
Operação de urgência.
Qual tipo de paciente possui potencial para reimplante de membro?
Aquele que possui injúria isolada de extremidade.
Como devemos manejar o membro amputado para que ele se torne mais capaz de reimplante.
Devemos lavá-lo com solução isotônica (por ex, Ringer Lactato) e envolvê-lo com gaze estéril úmida. Em seguida, devemos envolver a porção com gaze em uma toalha molhada estéril, colocá-la em uma sacola plástica e transportar com o paciente em um cooler com gelo moído. Devemos ter cuidado para não congelar essa parte, apenas refrigerar.
No atendimento secundário de paciente vítima de trauma músculo-esquelético, é essencial colher bem a história da vítima. Tente lembrar de algumas perguntas importantes a serem feitas nesse caso com relação ao mecanismo de injúria.
- Onde estava o paciente antes e após o acidente? Ex.: no lugar do motorista? Foi ejetado do veículo (distância, condições do local)?
- Usava equipamentos de proteção? Ex.: Cinto de segurança, airbag.
- Magnitude dos danos ao exterior e ao interior do veículo? Ex.: deformação da parte dianteira por colisão frente-frente eleva suspeita de deslocamento do quadril; deformação no painel de controle eleva suspeita para injúrias em extremidades inferiores.
- Se paciente caiu: distância da queda, posição.
- Se foi atingido por algum objeto: peso, local da injúria, duração do esmagamento.
- Se houve alguma explosão: magnitude, distância.
Quais informações são importantes serem perguntadas sobre o ambiente do trauma e os cuidados/observações pré hospitalares?
Ambiente: - Era contaminado? Ex.: se fratura aberta. - Temperaturas extremas? - Fragmentos de vidro? - Fezes de animais ou água salgada? P´re-hospitalar: - Tempo da injúria? - Deformidade ou deslocamento visível? - Função motora e sensitiva nas extremidades? - Status neurovascular das extremidades? - Redução de fraturas ou deslocamentos? - Torniquete ou outras imobilizações com pressão excessiva?
Quanto ao exame físico de pacientes com trauma músculo-esquelético, assinale V ou F:
1) Deve-se palpar as extremidades para determinar a sensibilidade na pele e identificar áreas de tensão ou dor, as quais podem indicar fraturas ou contusões.
2) Deve-se analisar se é possível provocar creptos e e demonstrar movimentação anormal.
3) Deve-se buscar por líquido intra-articular.
1) V
2) F
3) V
No exame físico de um paciente vítima de trauma qual a gravidade das lesões que devem ser identificadas em cada etapa do exame físico (avaliação primária, avaliação secundária e reavaliação contínua) no aspecto dos traumas musculoesqueléticos?
Avaliação primária: Lesões que põem em risco a vida.
Avaliação secundária: Lesões que põem em risco o membro.
Reavaliação contínua: Fazer uma avaliação contínua para não perder nenhuma lesão sequer.
Como deve ser feita a avaliação musculoesquelética de um paciente vítima de trauma?
O médico deve está falando (perguntando) e olhando para o paciente enquanto palpa as extremidades e perfaz uma revisão sistemática de cada extremidade.
Quais os 4 componentes que devem ser avaliados para que não deixemos passar nenhuma lesão em um exame físico de extremidades?
Pele: A qual protege o paciente de uma perda excessiva de fluidos a de infecção;
Função neuromuscular;
Estado circulatório;
Integridade ligamentar e esquelética.