7 - Spine and spinal cord trauma Flashcards
Paciente com suspeita de trauma raquimedular necessita de imobilização cervical e uso de prancha longa até que seja descartado a lesão. Verdadeiro ou falso?
Falso. A prancha longa só deve ser usada para transporte.
Indique verdadeiro ou falso:
I - A coluna lombar é a mais vulnerável a injúria.
II - A medula acaba a nível de L1, no cone medular.
III - Os tratos que podem ser rapidamente avaliados no contexto do TRM são trato espinotalâmico, coluna dorsal e trato corticoespinal anterior.
I) Falso. A coluna cervical é a mais vulnerável à injúria.
II) Verdadeira.
III) Falso. O corticoespinal é o lateral.
O nível sensorial é o dermatomo mais inferior com função sensitiva normal. Indique tal nível nos seguintes exemplos:
1) Região perineal;
2) Polegar;
3) Umbigo;
4) Sínfise púbica;
5) Área acima do deltóide;
6) Borda lateral do pe;
7) 4° e 5° quirodáctilos;
8) Mamilos;
9) Região medial da panturrilha;
10) 2° e 3° quirodáctilos;
11) Apêndice xifóide;
12) 2° a 4° pododáctilos;
13) Área da tuberosidade isquial.
1) S4 a S5
2) C6
3) T10
4) T12
5) C5
6) S1
7) C8
8) T4
9) L4
10) C7
11) T8
12) L5
13) S3
Como testar os tratos espinotalâmico, corticoespinal lateral e coluna dorsal D e E?
- Espinotalâmico: Transmite dor e temperatura. Cruza e ascende pelo lado contralateral ao da inervação.
- Corticoespinal: Controla a motricidade. Só cruza à nível de decussação das pirâmides, logo, inerva o dimídio ipsilateral ao que ascende na medula.
- Coluna dorsal (Fascículos): Responsáveis pela propriocepção e tato fino do lado ipsilateral ao que ascende na medula.
Paciente vítima e trauma com lesão em T4 tem FC de 50 e hipotensão não responsiva à reposição de fluidos. Em que devemos pensar? Quais condutas podem ser úteis.
Choque eurogênico. Lesões em coluna cervical e torácica de T6 para cima podem levar à interrupção das vias descendentes simpáticas, causando perda do tônus vasomotor (dilatação visceral e de vasos periféricos, levando à hipotensão) e da inervação simpática cardíaca (o que explica a bradicardia ou perda da capacidade de resposta taquicárdica à hipovolemia). Pode ser necessário o uso de vasopressores após a reposição volêmica moderada e Atropina devido à bradcardia.
Qual o nervo espinal responsável por inervar o miótomo que executa as seguintes ações: I - Extensão do punho II - Extensão do joelho III - Dorsiflexão do tornozelo IV - Abdução do quinto dedo da mão V - Extensão do cotovelo VI - Flexão dos dedos da mão VII - Flexão plantar dos dedos dos pés VIII - Extensão (dorsiflexão) do hálux IX - Flexão do quadril X - Flexão do cotovelo
I - C6 II - L3 III - L4 IV - T1 V - C7 VI - C8 VII - S1 VIII - L5 IX - L2 X - C5
Paciente vítima de trauma apresenta via aérea pérvia, em uso de colar cervical, saturação 96% em ar ambiente, PA 100X65, FC 110, Glasgow 10, com flacidez (perda de tônus muscular) e arreflexia. O que devemos suspeitar.
Choque medular: flacidez e perda dos reflexos que ocorre imediatamente após a injúria à medula. Após um período de tempo, segue com espasticidade.
Quais desses itens exemplificam sinais de lesão incompleta quando presentes?
1) Qualquer sensação nas extremidades inferiores, incluindo de posição;
2) Qualquer movimento voluntário nas extremidades inferiores;
3) Sensações percebidas na região anal (“sacral sparing”);
4) Contração de esfíncter anal voluntária;
5) Reflexo bulbocavernoso ou de contração anal.
De 1 a 4. O 5 não se caracteriza como Sacral Sparing.
Defina nível sensorial de um paciente.
É o nível segmentar mais caudal em que a função sensitiva está integralmente preservada.
Defina nível motor de um paciente.
É o nível muscular mais caudal, o qual pode ser testado, em que a função motora está preservada com força de pelo menos 3.
Paciente vítima de colisão moto-carro dá entrada na sala de trauma. Ao exame neurológico, apresenta sensibilidade preservada até o umbigo e motricidade testável com nível de força maior do que 3 para abdução do quinto dedo da mão. Qual o nível neurológico do TRM desse paciente.
Nível neurológico: Segmento mais caudal da medula em que temos sensibilidade e motricidade preservadas.
Nesse caso, temos um paciente com nível sensitivo em T10 e nível motor em T1. Logo, o segmento mais caudal o qual sabemos estar preservado motricidade e sensibilidade desse paciente é T1.
São exemplos de tipos de lesões raquimedulares: Fraturas, deslocamento de fraturas, lesão medular sem anormalidades radiográficas e injúrias penetrantes. Tais lesões podem ser estáveis ou instáveis. Durante o manejo inicial, quem deve ser considerado como portador de uma injúria instável nesse contexto?
Todos os pacientes com evidência radiológica de injúria ou aqueles com deficit neurológico.
Indique a apresentação clínica clássica dos pacientes com as seguintes síndromes medulares:
- Síndrome medular central
- Síndrome medular anterior
- Síndrome de Brown-Séquard
- Síndrome medular central: Paciente apresenta desproporcionalmente menos força nos MMSS quando comparados aos MMII.
- Síndrome medular anterior: Paciente apresenta paraplegia e perda bilateral da força. Contudo, a propriocepção, vibração e pressão profunda estão preservadas. (Pior prognóstico)
- Síndrome de Brown-Séquard: Consiste na perda motora (trato corticoespinal) e da propriocepção (fascículos) ipsilateral, além da perda contralateral da sensibilidade (trato espinotalâmico)
Indique o principal mecanismo de lesão dos pacientes com as seguintes síndromes medulares:
1) Síndrome medular central
2) Síndrome medular anterior
3) Síndrome de Brown-Séquard
1) Lesão por hiperextensão, principalmente em pacientes com estenose preexistente do canal cervical e em idosos que sofreram queda da própria altura.
2) Após isquemia medular.
3) Relacionado à trauma penetrante.
Apesar de ser raro ter lesões de coluna em crianças (1% dos casos), uma clínica espefícica deve nos chamar atenção: Paciente com rotação persistente de cabeça (torcicolo) junto à IVAS ou artrite reumatoide, após traumas ou até espontaneamente. Que tipo de fratura esse quadro pode indicar? O que fazer nessas situações?
Subluxação rotativa de CI. Não se deve forçar o retorno a posição normal e sim restringir a sua movimentação em rotação e conduzir a tratamento especializado.