3 - Choque Flashcards
O que significa dizer que um paciente tem choque?
Que ele possui uma anormalidade do sistema circulatório que resulta em perfusão orgânica e oxigenação tecidual inadequadas.
Qual o tipo de choque mais comum em pacientes vítimas de trauma?
Choque hemorrágico
Qual a maneira mais eficaz de restaurar o débito cardíaco, perfusão sanguínea e oxigenação tecidual quando há perda sanguínea?
É restaurar o retorno venoso ao normal por meio da localização e parada do sangramento. Por isso o tratamento é focado em parar o sangramento, juntamente com prover O2, ventilação e ressucitação volêmica adequadas.
Em um paciente vítima de trauma que perdeu volume sanguíneo, quais os dois acontecimento mais precoces e qual a repercussão clínica esperada para eles? Que outros sinais podem estar presentes
Como uma forma de compensar o baixo débito cardíaco, o coração aumenta sua frequência e ocorre vasoconstricção periférica com o intuito de aumentar a pressão arterial. Com isso, o paciente tende a ficar frio e taquicárdico. OBS.: tal vasoconstricção periférica justifica o fato de vasopressores serem contraindicados como primeira linha do tratamento de choque hemorrágico.
Outros sinais que podem estar presentes são hipotensão, taquipnéia, pulso fino.
Até quantos % de perda de volume sanguíneo os mecanismos compensatórios podem manter a pressão sistólica?
30%
Quais parâmetros de taquicardia em: Infantis, Crianças pré-escolares, Crianças de pré-escolares à puberdade e Adultos?
160 BPM, 140 BPM, 120 BPM, 100 BPM. OBS.: idosos podem não apresentar taquicardia pela limitada resposta à catecolaminas, uso de medicações, como BB, ou uso de marcapasso.
Qual a importância de estar alerta caso o paciente tenha injúrias acima do diafragma?
Pois pode indicar que a perfusão orgânica e/ou a oxigenação tecidual inadequadas resultam de injúria miocárdica, tamponamento cardíaco ou pneumotórax hipertensivo.
Qual a importância do hematócrito e da hemoglobina no diagnóstico de choque?
Inicialmente, tendem a não se alterar. Portanto, não excluem o diagnóstico de choque. Contudo, uma vez que se apresentem manisfestem muito baixo após um trauma, sugerem uma perda de sangue maciça ou uma anemia pré-existente
Se há sinal de choque:
( ) O tratamento é voltado como se o paciente estivesse hipovolêmico
( ) Enquanto esse tratamento é instituido, se pesquisa outras possíveis causas para o choque que não sangramentos.
( ) Mesmo que sem perda sanguínea, todos os tipos de choque não hemorrágicos também respondem à volume inicialmente.
( ) São possíveis locais de foco para o sangramento: tórax, abdomen, pelve, retroperitôneo, extremidades e sangramento externo.
V
V
F: O tamponamento cardíaco é um exemplo que não responde.
V
Disfunção cardíaca pode ser uma causa de choque não hemorrágico e pode ser causada por injúria cardíaca contusa. Indique quando devemos suspeitar desse tipo de lesão e que medida adicional devemos implementar nesses pacientes.
Quando o mecanismo de injúria de tórax envolver rápida desaceleração. Esses pacientes precisam de monitorização eletrocardiográfica contínua para detectar padrões de injúria e arritmias.
Em que tipo de trauma torácico é mais comum que haja tamponamento cardíaco? Quais os sinais que esse tipo de injúria podem levar?
Trauma penetrante. Pode levar à taquicardia, abafamento de bulhas, turgência jugular, hipotensão e não resposta a fluidos.
Pneumotórax hipertensivo pode mimetizar tamponamento cardíaco com turgência jugular e hipotensão. Que outros achados podem nos auxiliar na diferenciação dessas duas patologias?
Ausência de murmúrio vesicular unilateral e hiperresonância à percussão indicam pneumotórax hipertensivo, enquanto abafamento de bulhas indica tamponamento cardíaco.
Como é possível diagnosticar o Tamponamento cardíaco na emergência? Qual a conduta frente a ele?
Por meio do FAST. Seu manejo formal é por meio de uma intervenção cirúrgica, enquanto a pericardiocentese é uma manobra temporária.
Apesar de ser raro, quando suspeitar de choque séptico no paciente vítima de trauma?
Quando o paciente demora muitas horas após o trauma até chegar ao departamento de emergência ou quando há trauma abdominal penetrante.
Quais sinais sugerem a existência de pneumotórax hipertensivo? Qual deve ser a conduta frente a ele?
Estresse respiratório (Ex: se paciente com respiração esponânea, taquipneia e fome de ar são esperados), enfisema subcutâneo, ausência de MV unilateral, hiperressonância à percussão e desvio da traqueia. A conduta deve ser descompressão torácica com agulha ou dedo, sem necessitar de confirmação por imagem, seguido de colocação de um tubo torácico.