6. PERÍCIAS EM ENTORPECENTES E PSICOTRÓPICOS Flashcards

1
Q

PORTARIA 344/1998 - ANVISA

A

Regulamentação que define critérios para a autorização, comercialização, transporte, escrituração, balanço, guarda, controle e fiscalização além de classificação das substâncias consideradas drogas, entorpecentes, psicotrópicos e demais substâncias químicas ou precursoras destas que merecem controle especial.

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2
Q

SUBSTÂNCIAS PROIBIDAS

A

E) Plantas proscritas que podem originas substâncias entorpecentes e/ou psicotrópicas
F1) Entorpecentes proscritas
F2) Psicotrópicas proscritas
F3) Precursoras proscritas
F4) Outras substâncias proscritas

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3
Q

RECOMENDAÇÕES MUNDIAIS PARA ANÁLISE DE DROGAS - UNODC

A

United Nation Office Drugs and Crimes
* Recomenda-se que quando possível, dependendo dos recursos do laboratório de investigação de drogas, 3 diferentes técnicas analíticas não correlacionadas devem ser usadas na identificação de uma droga, por exemplo: testes de cor, cromatografia (TLC, CG ou HPLC) e espectroscopia (IV ou UV).
* Tendo disponível o GC- MS, somente este equipamento substitui duas técnicas, pois dois parâmetros são considerados, ele gera duas informações distintas (características de tempo de retenção e espectro de massas).

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4
Q

RECOMENDAÇÕES MUNDIAIS PARA ANÁLISE DE DROGAS - SWGDrug

A

Scientific Work Group for the Analysis of Seized Drug
* Categorizou as técnicas analíticas mais utilizadas na identificação de drogas em 3 grupos (Grupos A, B e C).

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5
Q

SWGDrug - Grupo A

A
  • São aquelas de avançada tecnologia como Espectrometria de Massas, RMN, Espectrometria Raman, entre outras.
  • Segundo os critérios desse grupo quando um laboratório possuir algumas destas técnicas disponíveis, pelo menos uma outra técnica deve ser usada, seja ela do Grupo A, B ou C.
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6
Q

SWGDrug - Grupo B

A
  • Métodos tecnologicamente menos avançados como Cromatografia em Camada Fina (TLC), Eletroforese Capilar, Cromatografia Gasosa, entre outras.
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7
Q

SWGDrug - Grupo C

A
  • Técnicas como testes colorimétricos, imunoensaios, ponto de fusão, espectroscopia UV, entre outros.
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8
Q

SWGDrug - Aplicação dos métodos

A
  • Quando métodos da categoria A não for usada, pelo menos 3 técnicas diferentes validadas deverão ser empregadas. Sendo que 2 das 3 técnicas deve pertencer à categoria B.
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9
Q

SWGDrug - Cannabis

A
  • Para a Cannabis os exames macroscópico e microscópico são considerados como técnicas não correlacionadas da categoria B quando os laudos ou documentos incluírem detalhes dos perfis botânicos.
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10
Q

AMOSTRAGEM

A

Através da estratégia de amostragem e implementação de esquemas de amostragem um laboratório irá minimizar o número total de determinações analíticas enquanto assegura que todas as necessidades legais e científicas são conhecidas.

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11
Q

CANNABIS SATIVA L. - Planta

A
  • Existem algumas variedades: indica, sativa e ruderalis.
  • Planta Dióica: designação dada em botânica e micologia às espécies em que os sexos se encontram separados em indivíduos diferentes - plantas com flores masculinas e plantas com flores femininas.
  • Plantas femininas são selecionadas para a produção ilegal de Cannabis.
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12
Q

THC

A
  • Delta-9-tetraidrocanabinol
  • Principal componente ativo.
  • Tem origem monoterpênica.
  • Caules e ramos apresentam apenas traços de THC, folhas apresentam baixa concentração enquanto as flores apresentam alta concentração de THC.
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13
Q

CANNABIS SATIVA L. - Morfologia

A
  • Caule: apresenta estrias longitudinais bem evidentes; odor característico ao toque.
  • Folha: segmentada em número ímpares; bordos serreados.
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14
Q

CANNABIS SATIVA L. - Planta “Sinsemilha”

A
  • É a planta feminina NÃO polinizada, aquela que NÃO gerou sementes.
  • O THC é um óleo essencial produzido por estruturas glandulares e armazenado no que chamamos de tricoma vegetal.
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15
Q

CANNABIS SATIVA L. - Tricoma

A
  • As propriedades alucinógenas estão concentradas nas resinas que são produzidas pelos tricomas glandulares.
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16
Q

DERIVADOS DA CANNABIS - Haxixe

A

Exsudato resinoso seco coletado das inflorescências.

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17
Q

DERIVADOS DA CANNABIS - Skunk

A

Planta cultivada em condições controladas de temperatura, umidade, nutrientes, luminosidade; geralmente em hidroponia.

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18
Q

IDENTIFICAÇÃO DA CANNABIS

A
  1. Aspectos botânicos
  2. Teste de Duquenois
  3. Reação de Fast Blue B
  4. Cromatografia em Camada Fina (TLC)
  5. Técnicas Cromatográficas
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19
Q

IDENTIFICAÇÃO DA CANNABIS - 1. Aspectos botânicos

A

Análise morfológica das folhas, das flores, dos frutos.

20
Q

IDENTIFICAÇÃO DA CANNABIS - 2. Teste de Duquenois

A
  • 3 gotas de Vanilina
  • 2 gotas de Aldeído Acético
  • 2 gotas de Ácido Clorídrico Concentrado
  • O aparecimento de coloração azulada indica a presença de canabinóides.
  • Se for adicionado Clorofórmio após o exame a coloração muda para violeta.
21
Q

IDENTIFICAÇÃO DA CANNABIS - 4. Cromatografia em Camada Fina (TLC)

A
  • Extração da amostra com auxílio de solvente orgânico de baixo ponto de ebulição como Clorofórmio, Diclorometano.
  • Aplicação na placa e eluição.
22
Q

IDENTIFICAÇÃO DA CANNABIS - 5. Técnicas Cromatográficas

A
  • GC-MS
  • HPLC-UV
23
Q

COCAÍNA

A
  • Extraída em maior parte da Erythroxylum coca, porém há também a espécie novagranatense com a variedade trujillo que apresenta menor quantidade de ativos.
  • É um alcalóide tropânico e foi isolado inicialmente por Albert Niemann em 1859 que percebia na substância um sabor amargo e uma dormência na língua.
  • Droga cujo consumo cresce até hoje na forma inalatória do sal cloridrato de cocaína.
24
Q

COCAÍNA - Crack

A
  • Na década de 90 surge o crack, cocaína na forma de base livre.
25
Q

COCAÍNA - Legislação

A
  • Erythroxylum coca está na lista E (plantas que podem originar substâncias entorpecentes e/ou psicotrópicos) da portaria 344/1998.
  • A cocaína está na lista F (substâncias proscritas).
26
Q

COCAÍNA - Processo

A
  1. Adição de H2O e cal; trituração das folhas e maceração no líquido.
  2. Alcalóides e cocaína não ionizada.
  3. Adição de Gasolina e /ou Querosene e solubilização da cocaína.
  4. H2O acidificada e ionização da cocaína.
  5. Migração da cocaína para a fase aquosa e separação do solvente orgânico.
  6. (+ cal, amoníaco)
  7. Pasta de coca (1000g)
27
Q

COCAÍNA - Uso

A
  • A cocaína na forma de sal NÃO é fumada, pois ela não se volatiliza e se decompõe em altas temperaturas.
  • É utilizada via nasal apresentando boa absorção pelos capilares nasais podendo ser utilizada também por via intravenosa.
28
Q

Uso - Crack

A
  • A cocaína na forma de base livre (crack) por sua vez se volatiliza em altas temperaturas (96° a 98°C) sendo utilizada na forma fumada e absorvida através das artérias e veias pulmonares apresentando absorção maior quando comparada à forma inalada.
  • Por ser absorvida primeiramente através das artérias pulmonares sofre muito pouca metabolização de 1a passagem indo atuar diretamente no SNC e em altas concentrações. Após atingir o cérebro ela volta à corrente sanguínea sofrendo os processos usuais de depuração.
29
Q

COCAÍNA - Adulterantes mais comuns

A
  • Anestésicos Locais: benzocaína, procaína, tetracaína, bupivacaína, etidocaína, lidocaína, mepivacaína, dibucaína, prilocaína.
  • Estimulantes: cafeína, teofilina, ergotamina, estricnina, efedrina, fenilpropanilamina, metilfenidato, anfetamina.
  • Diluentes: glicose, lactose, sacarose, manitol, amido, talco, carbonatos, sulfatos, ácido bórico, fermento químico, cloreto de sódio.
30
Q

IDENTIFICAÇÃO DA COCAÍNA

A
  1. Solução de Nitrato de Prata
  2. Solução de iodo/iodeto
  3. Solução de Tiocianato de Amônio/ Cloreto de Cobalto: Teste de Scott
  4. Hidrólise Ácida
  5. Redução de Cloreto Mercuroso
31
Q

IDENTIFICAÇÃO DA COCAÍNA - 1. Solução de Nitrato de Prata

A
  • Avaliação da presença de cloridrato.
  • Aparecimento de precipitado branco leitoso de cloreto de prata.
  • Amostra + AgNO3 ➜ AgCl
  • Desprendimento de bolhas de gás e leve coloração amarelada: indicativo da presença de fermento químico.
32
Q

IDENTIFICAÇÃO DA COCAÍNA - 2. Solução de iodo/iodeto

A
  • Reativo de Wagner
  • Avaliação da presença de alcalóides.
  • Aparecimento de precipitado castanho tijolo.
33
Q

IDENTIFICAÇÃO DA COCAÍNA - 3. Solução de Tiocianato de Amônio/ Cloreto de Cobalto: Teste de Scott

A
  • Presença de aminas.
  • Aparecimento de cor azul – complexo Co+2/amina.
34
Q

IDENTIFICAÇÃO DA COCAÍNA - 4. Hidrólise Ácida

A
  • Diferenciação de demais anestésicos locais (norcaína, lidocaína e procaína) e anfetaminas e metanfetaminas.
  • Hidrólise da cocaína e esterificação dos subprodutos gerando o benzoato de metila (odor adocicado).
  • Odor típico de benzoato de metila, odor adocicado como própolis.
35
Q

IDENTIFICAÇÃO DA COCAÍNA - 5. Redução de Cloreto Mercuroso

A
  • Determinação de grupamento funcional amina.
  • Aparecimento de cor cinza indica mercúrio metálico (ensaio positivo).
  • Teste obsoleto.
36
Q

INALANTES

A
  • Geralmente são solventes orgânicos voláteis à temperatura ambiente.
  • Ação semelhante à do etanol, barbitúricos e benzodiazepínicos atuando em mecanismo gabaérgicos podendo envolver também mecanismos glutamatérgicos.
  • Hipótese da fluidificação de membrana assim como o etanol.
  • Redução da bainha de mielina dos neurônios, dissolvendo-as.
  • São incolores, de cheiro adocicado e mais densos que a água.
37
Q

INALANTES - Lança-perfume e Loló

A

Lança-perfume
* Antigamente: Cloreto de Etila
* Atualmente: Diclorometano e Tricloroetileno + Butano/Propano

Loló
* Clorofórmio, Diclorometano e Tricloroetileno:

38
Q

IDENTIFICAÇÃO DE INALANTES - Teste da queima

A
  • Verificar se o líquido é inflamável ou não.
  • Se sim submeter à queima e o aparecimento de halo verde indica presença de cloro.
  • Se não, forçar a queima com etanol.
  • Adicionar algumas gotas de AgNO3 e observar a presença de precipitado branco leitoso, indicativo da presença de cloro. Se for amarelado há a possibilidade de ser bromo.
  • Submeter ao IV.
39
Q

DROGAS DE ABUSO

A
  • Qualquer substância com elevado potencial de causar alterações fisiológicas, comportamentais e psicológicas, além de induzir dependência física e psíquica.
  • Seu consumo ocorre de forma exagerada, sem indicação terapêutica ou recomendação médica.
40
Q

DROGAS ILÍCITAS

A
  • Derivadas de plantas: maconha/haxixe; cocaína/crack.
  • Sintéticas: ecstasy; LSD; NSP
41
Q

DROGAS SINTÉTICAS - Definição

A
  • Novas Substâncias Psicoativas
  • Substâncias exclusivamente produzidas ou derivadas quimicamente a partir de reações “desenhadas” que utilizam precursores específicos para sua obtenção, não dependendo de plantio ou cultivo para a sua fabricação.
42
Q

MISTURAS

A
  • A vontade de experimentar sensações desconhecidas, os usuários de êxtase passaram a misturá-lo com um coquetel de drogas farmacêuticas de acesso fácil e efeitos, algumas vezes, devastadores.
  • Anestésico de uso veterinário
  • Medicamento para disfunção erétil
  • Fármacos para tratamento de HIV
43
Q

“REBITE”

A
  • “Nobésio” ou “Nobésio Forte” ou “Nobesinho”.
  • Variedade de drogas farmacêuticas misturadas ao clobenzorex, destacando-se a benzocaína, a lidocaína e o acetaminofeno.
44
Q

MÉTODOS ANALÍTICOS

A
  • Ensaio colorimétrico
  • Cromatografia em camada delgada
  • Cromatografia líquida de alta eficiência
  • Cromatografia gasosa acoplada a espectrometria de massas
  • Espectroscopia por Infravermelho
45
Q

MÉTODOS ANALÍTICOS - Ensaio colorimétrico

A
  • Objetivo: Estabelecer uma metodologia analítica rápida para a realização de exame preliminar em materiais questionados.
  • Princípio: Desenvolvimento ou variação da cor pelo analito ao ser adicionado um volume de reagente químico.
46
Q

NSP - Definição

A
  • Novas Substâncias Psicoativas (NSP).
  • São as drogas com potencial de abuso, na forma pura ou em preparações (misturas), que NÃO são controladas nos termos da Convenção Única sobre Entorpecentes de 1961 ou pela Convenção sobre Substâncias Psicotrópicas de 1971, mas que podem constituir uma ameaça à saúde pública.
  • Substâncias sintéticas
  • Pequenas modificações químicas nas estruturas
  • Burlar a legislação vigente
  • Matrizes: comprimidos, selos e cristais.
47
Q

NSP - Exemplos

A
  • Designer drugs
  • Legal highs
  • Herbal highs
  • Bath salts
  • Failed pharmaceuticals
  • Club drugs
  • Research Chemical
  • Spice