4. Trauma Abdominal Flashcards

1
Q

Quais os principais órgãos lesados no trauma abdominal penetrante?

A
  • Arma branca: fígado (principal), delgado e diafragma.
  • Arma de fogo: delgado (principal), cólon e figado.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

Quais as indicações absolutas de laparotomia no trauma abdominal penetrante?

A
  • Evisceração.
  • Instabilidade hemodinâmica.
  • Peritonite.
  • Hematêmese.
  • Sangue retal.
  • Empalamento.
  • Ferimentos transfixantes.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

Qual a conduta no trauma penetrante por arma branca em região ANTERIOR do abdome SEM indicações de laparotomia de urgência?

A

EXPLORAÇÃO DO FERIMENTO

  • Não atravessou a aponeurose/peritônio: sutura e alta hospitalar.
  • Atravessou a aponeurose/peritônio ou dúvida: investigar (TC, exames seriados, laparoscopia se exame físico não confiável, etc).

Obs.: se o abdome se tornar cirúrgico ou for identificado lesão, proceder laparotomia.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

Qual a conduta no trauma penetrante por arma branca em região DORSAL/FLANCOS do abdome SEM indicações de laparotomia de urgência?

A

Tomografia triplo contraste.

Obs.: nesses casos, NÃO fazer exploração digital pois a mesma não é fidedigna.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

Qual a conduta no trauma penetrante por arma de fogo em região ANTERIOR do abdome SEM indicações de laparotomia de urgência?

A

Tomografia de abdome com contraste.

Obs.: o FAST NÃO está indicado para ferimentos penetrantes do abdome.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

Quais os limites anatômicos da transição toracoabdominal?

A
  • Limite superior: 4º EIC (linha intermamilar).
  • Limite inferior: 12º EIC (rebordo costal).
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

Qual a conduta no trauma penetrante na transição toracoabdominal?

A
  • Laparoscopia (principal).
  • Toracoscopia (se alterações nos exames de tórax).

Obs.: busca avaliar lesões diafragmáticas, que não são bem avaliadas nem pela tomografia nem pelo FAST.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

Quais as características do trauma abdominal contuso?

A
  • Corresponde a 80% dos traumas.
  • Associado à múltiplas lesões.
  • Diagnóstico mais difícil (necessidade de exames complementares).
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

Quais os principais órgãos lesados no trauma abdominal contuso?

A
  • Baço (principal).
  • Fígado.
  • Delgado / Mesentério (sinal do sinto de segurança).
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

Quais as indicações de laparotomia no trauma abdominal contuso?

A
  • Instabilidade hemodinâmica.
  • Peritonite.
  • Pneumoperitôneo.
  • Hematêmese.
  • Sangue retal.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

Qual a conduta no trauma abdominal contuso SEM indicações de laparotomia imediata?

A
  • Paciente estável: tomografia com contraste.
  • Paciente instável: FAST.

Obs.: se o FAST for feito em paciente estável e der positivo, ainda assim realizar TC de abdome!

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

Quais as indicações de tratamento não operarório nas lesões abdominais específicas?

A
  • Paciente com ESTABILIDADE HEMODINÂMICA (principal).
  • Ausência de peritonite e pneumoperitôneo.
  • Hospital com UTI e serviço de radiologia intervencionista.
  • Lesão de víscera parenquimatosa avaliada por tomografia.

Obs.: atualmente, tentar a todo custo realizar o tratamento não operatório.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

Quais as indicações de embolização nos traumas abdominais específicos?

A

Sangramento ativo (blush arterial) com paciente estável.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

Quais as características do trauma hepático?

A
  • Estrutura mais lesada no trauma penetrante por arma branca.
  • A maioria das lesões é tradada com tratamento conservador ou controle de danos.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

Qual a condura no trauma hepático de acordo com o grau da lesão?

A
  • Grau I a V: conservador (se estável)
  • Grau VI: cirurgia.

Obs.: se lesão hepatica por ferimentos por arma de fogo, especialmente em transição toracoabdominal, cogitar laparoscopia pelo risco de outras lesões associadas (ex.: diafragma).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

Em que consiste a manobra de Pringle no trauma hepático?

A

PINÇAMENTO DO LIGAMENTO HEPATODUODENAL

  • Veia porta.
  • Artéria hepática própria.
  • Ducto colédoco.
17
Q

Quais a conduta após realizar a manobra de Pringle?

A
  • Parou o sangramento: tratar lesão hepática (rafia das lesões, tamponamento hepático, ligadura de um dos ramos da arteria hepática, etc).
  • Não parou o sangramento: controle de danos (sangramento da veia cava retro-hepática ou das veias supra-hepáticas).
18
Q

Qual a conduta na lesão traumática das vias biliares?

A
  • Lesão < 50% do diâmetro: coledocorrafia.
  • Lesão > 50% do diâmetro: derivação bileodigestiva.
19
Q

Quais as características do trauma esplênico?

A
  • É o órgão mais lesado em traumas contusos.
  • Apresenta menor tolerância ao tratamento conservador.
  • Sempre que houver esplenectomia, vacinar o paciente contra bacterias encapsuladas (hemofilos tipo B, meningococo e pneumococo) em 14 dias.
20
Q

Qual a conduta no trauma esplênico de acordo com o grau da lesão?

A
  • Grau I a IV: conservador.
  • Grau V: cirurgia.

Obs.: sangramento arterial ativo é grau IV.

Obs.2: se estável, a esplenectomia pode ser feita por via laparoscópica ou robótica, que apresentam menos sangramento (porém, taxas IGUAIS de trombose de veia porta).

21
Q

Quais as características do trauma de pâncreas?

A
  • Trauma raro, mais de grande morbimortalidade.
  • Geralmente associado a trauma de duodeno.
22
Q

Qual a conduta no trauma de pâncreas?

A
  • Sem lesão de ducto pancreático: desbridamento, rafia ou observação (se hematoma).
  • Lesão do ducto pancreático distal (esquerda da veia mesentérica superior): pancreatectomia distal + denagem.
  • Lesão do ducto pancreático proximal (direita da veia mesentérica superior): controle de danos com posterior gastroduodenopancreatectomia.

Obs.: se dúvidas se lesou ou não o ducto pancreático, realizar uma CPRE.

23
Q

Qual a principal complicação do trauma pancreático?

A

FÍSTULA!

  • Débito < 200ml: fecha sozinha.
  • Débito > 500ml: CPRE ou cirurgia.
24
Q

Quando suspeitar de lesão de visceras ocas no trauma abdominal?

A
  • Pneumoperitôeo e retropneumoperitôneo (duodeno).
  • Presença de liquido livre SEM lesões de vísceras parenquimatosas no FAST.
  • Sangramento no toque retal ou na sonda nasogástrica.

Obs.: são mais comuns no trauma penetrante. No contuso, só com alta suspeição (sinal do sinto de segurança, fratura de Chance, etc).

25
Q

Qual a conduta no trauma de esôfago abdominal?

A
  • Lesões pequenas: rafia primaria com fundoplicatura e drenagem.
  • Lesões grandes: esofagectomia e drenagem.

Obs.: em todos os casos fazer gastrostomia e jejunostomia para garantir via alimentar.

26
Q

Qual a conduta no trauma de estômago?

A
  • Lesões < 3 cm: rafia primária.
  • Lesões > 3 cm: gastrectomia subtotal.
27
Q

Qual a conduta no trauma dudodenal?

A
  • Lesões < 50% da circunferência (graus I e II): rafia primária e drenagem.
  • Lesões > 50% da circunferência (graus III a V): controle de danos ou cirurgia de Vaughan (exclusão pilórica, rafia da lesão e gastro-jejuno anastomose).

Obs.: a principal complicação é o abcesso.

28
Q

Qual a conduta no trauma de cólon?

A
  • Lesões < 50% da circunferência: rafia.
  • Lesões > 50% da circunferência: colectomia segmentar e anastomose primária (se estável) OU colostomia (se instável).
29
Q

Qual a conduta no trauma de reto intraperitoneal?

A

A mesma do trauma de cólon.

30
Q

Qual a conduta no trauma de reto extraperitoneal?

A

4 D’s

  • Desbridamento.
  • Derivação (colostomia).
  • Drenagem.
  • Distal lavagem.

Obs.: se a lesão for pequena e paupável ao toque retal, proceder a rafia primaria por anuscopia.

31
Q

Qual a conduta no trauma renal?

A
  • Grau I a III: conservador.
  • Grau IV: cirurgia conservadora ou arteriografia.
  • Grau V: nefrectomia.
32
Q

Qual a conduta no trauma de bexiga extraperitoneal?

A

Sondagem Vesical de Demora.

33
Q

Qual a conduta no trauma de bexiga intraperitoneal?

A

Cirurgia (cistorrafia + sondagem vesical de demora).

34
Q

Qual a divisão em zonas do retroperitôneo?

A
  • Zona I: aorta, cava, duodeno e pâncreas.
  • Zona II: vasos renais, rins e cólon ascendente e descendente.
  • Zona III: vasos ilíacos e pelve.
35
Q

Qual a conduta no hematoma de retroperitôneo devido a trauma penetrante?

A

Explorar sempre!

Obs.: na zona II, pode-se considerar não explorar se hematoma estável (sem pulsar e sem expandir).

36
Q

Qual a conduta no hematoma de retroperitôneo devido a trauma contuso?

A
  • Zona I: explorar sempre.
  • Zona II: explorar apenas se hematoma pulsátil ou em expansão.
  • Zona III: não explorar.
37
Q

O que é a manobra de Mattox?

A
  • Rotação medial do cólon descendente, luxação do baço, pâncreas e rin esquerdo se necessário.
  • Utilizada para acessar as zonas I e II esquerda.
38
Q

O que é a manobra de Cattel-Beasch?

A
  • Rotação medial do cólon ascendente.
  • Acesso a Zona II direita, aorta infra-renal (suprarrenal NÃO), duodeno e cabeça do pâncreas.

Obs.: pode ser associada a manobra de Kocher > rotação medial do duodeno e rin direito para acessar a veia cava.

39
Q

Quais as características do trauma duodenal?

A
  • Mais comum no trauma penetrante.
  • Apresenta quadro clínico inespecífico, muitas vezes com diagnóstico tardio.
  • Associado a lesão de pâncreas e vasculares.