3ª Prova - Revisão Geral Flashcards

1
Q

01- Descreva os 4 tipos de cardiopatia isquêmica e a patogenia de cada uma.

A

A CI pode se apresentar com uma ou mais das seguintes síndromes clínicas:
• Infarto do miocárdio (IM), no qual a isquemia causa franca necrose cardíaca.
1. Alteração súbita na morfologia de uma placa ateromatosa.
2. Plaquetas iniciam processo de adesão, agregação, ativação e liberação de agentes agregadores para formar um microtrombo.
3. Vasoespasmo.
4. Cascata da coagulação com aumento do volume do trombo.
5. Trombo oclui completamente o vaso.
->Outros mecanismos responsáveis pela redução do fluxo sanguíneo coronário: vasoespasmo, êmbolos, isquemia sem aterosclerose e trombose coronariana detectáveis (por desordens de pequenos vasos).
Resposta do miocárdio: a consequência bioquímica imediata da isquemia é a cessação do metabolismo aeróbico em segundos, levando ao acumulo de produtos da degradação (ex. acido lático), além de induzir a perda da contratilidade em 60 segundos.
->A isquemia será mais pronunciada no subendocardio, então uma lesão irreversível dos miocitos ocorre primeiro na zona subendocárfica. A localização, tamanho e características de um IM agudo dependem: do local, intensidade e taxa de desenvolvimento das obstruções das coronárias, do tamanho do leito vascular irrigado pelos vasos obstruídos, da duração da oclusao, das necessidades metabólicas do miocárdio em risco, da quantidade de vasos sanguíneos colaterais, FC, ritmo cardíaco, oxigenação sanguínea…
->A necrose geralmente completa-se em 6 horas após o inicio da isquemia.

•Angina pectoris (literalmente “dor no peito”), na qual a isquemia não é grave o suficiente para provocar infarto, mas, apesar disso, os sintomas apontam para o risco de infarto. ->Ataques paroxísticos e recorrentes de desconforto precordial ou subesternal, causados por isquemia miocárdica transitória, que não chega a provocar necrose celular.
1. Angina estável: resulta de aumentos da demanda de O2 pelo miocárdio que ultrapassam a capacidade das aa. Coronárias estenosadas. Não associa-se a ruptura de placas. EX. atividade física. Costuma ser aliviada com o repouso.
2. Angina variante de Prinzmetal: ocorre no paciente em repouso e é resultado de um espasto na a. coronária. Não se relaciona com atividade física, FC ou Pa.
3. Angina Instável ou em crescente: alteração súbita na placa, desencadeando agregação plaquetaria oclusiva ou formação de trombo, que provoca redução intensa mas transitória do fluxo sanguíneo. Ocorre em uma frequência crescente, precipitada por esforços progressivamente menores ou mesmo em repouso. Alerta para um IM agudo.- Angina pré infarto.
• CI crônica com insuficiência cardíaca. É uma insuficiência cardíaca progressiva em consequência a uma isquemia. Na maioria dos casos, houve um infarto do miocárdio e, algumas vezes, cirurgia de enxerto. Geralmente, aparece depois do infarto devido a descompensação funcional do miocárdio não infartado hipertrofiado e, invariavelmente, já um grau de obstrução nas artérias coronárias por placas ateroscleróticas. Cicatrizes representando áreas de infarto estão presentes (fibrose).Em alguns pacientes a lesão miocárdica progressiva é silenciosa e a insuficiência cardíaca é o primeiro sinal de CIC. O coração do paciente fica pesado e aumentado devido a hipertrofia e a dilatação do ventrículo esquerdo.
• Morte súbita cardíaca (MSC).
->Morte inesperada de origem cardíaca em indivíduos sem doença cardíaca sintomática ou logo após inicio de um sintoma. É geralmente consequência de uma arritmia letal, e a isquemia aguda é o mecanismo desencadeante mais comum dessa. Condições não ateroscleróticas associadas a MSC incluem: anormalidades congênitas estruturais, estenose da valva aórtica, prolapso da valva mitral, miocardite, hipertensão pulmonar, arritmias adquiridas ou hereditárias…
->As condições hereditárias associadas a MSC são importantes, como anormalidades anatômicas ou arritmias hereditárias. Anormalidades elétricas incluem a síndrome do QT longo, síndrome do QT curto, taquicardia ventricular polimórfica etc.
->Irritabilidade elétrica do miocárdio induzida por isquemia.

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2
Q

• Infarto do miocárdio (IM)

A

• Infarto do miocárdio (IM), no qual a isquemia causa franca necrose cardíaca.
1. Alteração súbita na morfologia de uma placa ateromatosa.
2. Plaquetas iniciam processo de adesão, agregação, ativação e liberação de agentes agregadores para formar um microtrombo.
3. Vasoespasmo.
4. Cascata da coagulação com aumento do volume do trombo.
5. Trombo oclui completamente o vaso.
->Outros mecanismos responsáveis pela redução do fluxo sanguíneo coronário: vasoespasmo, êmbolos, isquemia sem aterosclerose e trombose coronariana detectáveis (por desordens de pequenos vasos).
Resposta do miocárdio: a consequência bioquímica imediata da isquemia é a cessação do metabolismo aeróbico em segundos, levando ao acumulo de produtos da degradação (ex. acido lático), além de induzir a perda da contratilidade em 60 segundos.
->A isquemia será mais pronunciada no subendocardio, então uma lesão irreversível dos miocitos ocorre primeiro na zona subendocárfica. A localização, tamanho e características de um IM agudo dependem: do local, intensidade e taxa de desenvolvimento das obstruções das coronárias, do tamanho do leito vascular irrigado pelos vasos obstruídos, da duração da oclusao, das necessidades metabólicas do miocárdio em risco, da quantidade de vasos sanguíneos colaterais, FC, ritmo cardíaco, oxigenação sanguínea…
->A necrose geralmente completa-se em 6 horas após o inicio da isquemia.

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3
Q

•Angina pectoris

A

•Angina pectoris (literalmente “dor no peito”), na qual a isquemia não é grave o suficiente para provocar infarto, mas, apesar disso, os sintomas apontam para o risco de infarto. ->Ataques paroxísticos e recorrentes de desconforto precordial ou subesternal, causados por isquemia miocárdica transitória, que não chega a provocar necrose celular.

  1. Angina estável: resulta de aumentos da demanda de O2 pelo miocárdio que ultrapassam a capacidade das aa. Coronárias estenosadas. Não associa-se a ruptura de placas. EX. atividade física. Costuma ser aliviada com o repouso.
  2. Angina variante de Prinzmetal: ocorre no paciente em repouso e é resultado de um espasto na a. coronária. Não se relaciona com atividade física, FC ou Pa.
  3. Angina Instável ou em crescente: alteração súbita na placa, desencadeando agregação plaquetaria oclusiva ou formação de trombo, que provoca redução intensa mas transitória do fluxo sanguíneo. Ocorre em uma frequência crescente, precipitada por esforços progressivamente menores ou mesmo em repouso. Alerta para um IM agudo.- Angina pré infarto.
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4
Q

CI crônica com insuficiência cardíaca

A

• CI crônica com insuficiência cardíaca. É uma insuficiência cardíaca progressiva em consequência a uma isquemia. Na maioria dos casos, houve um infarto do miocárdio e, algumas vezes, cirurgia de enxerto. Geralmente, aparece depois do infarto devido a descompensação funcional do miocárdio não infartado hipertrofiado e, invariavelmente, já um grau de obstrução nas artérias coronárias por placas ateroscleróticas. Cicatrizes representando áreas de infarto estão presentes (fibrose).Em alguns pacientes a lesão miocárdica progressiva é silenciosa e a insuficiência cardíaca é o primeiro sinal de CIC. O coração do paciente fica pesado e aumentado devido a hipertrofia e a dilatação do ventrículo esquerdo.

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5
Q

• Morte súbita cardíaca (MSC).

A

• Morte súbita cardíaca (MSC).

  • > Morte inesperada de origem cardíaca em indivíduos sem doença cardíaca sintomática ou logo após inicio de um sintoma. É geralmente consequência de uma arritmia letal, e a isquemia aguda é o mecanismo desencadeante mais comum dessa. Condições não ateroscleróticas associadas a MSC incluem: anormalidades congênitas estruturais, estenose da valva aórtica, prolapso da valva mitral, miocardite, hipertensão pulmonar, arritmias adquiridas ou hereditárias…
  • > As condições hereditárias associadas a MSC são importantes, como anormalidades anatômicas ou arritmias hereditárias. Anormalidades elétricas incluem a síndrome do QT longo, síndrome do QT curto, taquicardia ventricular polimórfica etc.
  • > Irritabilidade elétrica do miocárdio induzida por isquemia.
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6
Q

02- Descreva os tipos de Endocardites que você conhece, comparando a morfologia de cada uma.

A

• Endocárdio: endocardite. Verrugas ao longo da linha de fechamento das válvulas e placas de MacCallum (lesões subendocárdicas que induzem o espessamento irregular).
Endocardite Infecciosa  É uma infecção grave caracterizada pela colonização ou invasão das valvas cardíacas ou do endocárdio mural por agentes microbiológicos (bactérias, fungos, etc) levando a formação de vegetações friáveis. Bactéria se instala no endocárdio e o lesiona, vegetações são sépticas (são encontrados agentes etiológicos), são friáveis (se fragmentam, o que acarreta frequentemente à formação de trombos, iminente infarto séptico), lado esquerdo é mais frequente, lado direito é com maior frequência em usuários de drogas.
Endocardite Reumática  verrugas ou vegetações principalmente nas valvas mitral e aórtica (lado esquerdo), o lado direito é acometido de maneira menos frequente. As vegetações são firmemente aderidas as valvas e se forem analisadas histologicamente não encontra-se agentes etiológicos. Criança geralmente possui amigdalite que se cura (não necessariamente com uso de atb), mas após um tempo, a criança apresenta sintomas sistêmicos – pele, cérebro, articulações e coração, evidenciando uma reação cruzada, os antígenos desencadeiam ataque em outros locais. As complicações incluem a estenose com insuficiência mitral, que pode gerar fibrilação no átrio, que pode desencadear trombos com embolização iminente.
Endocardite Marasmática (Trombótica Não Bacteriana)  Geralmente em pacientes terminais (caquexia). É caracterizada pela deposição nas valvas cardíacas de pequenas massas trombóticas compostas principalmente de fibrina e plaquetas – vegetações são assépticas. Embora a endocardite marasmática possa ocorrer em pessoas saudáveis, é mais comum associada à debilidade ou ao definhamento geral, daí o nome “marasmática”. Ao contrário da EI as lesões valvares dessa são estéreis e não destrutivas.Geralmente é encontrada em valvas previamente normais. Mais especificamente, em estados de hipercoagulabilidade. Acomete mais o lado esquerdo, as vegetações são friáveis (podem gerar infartos periféricos devido embolização iminente).
Endocardite do Lúpus Eritematoso Sistêmico  É uma doença autoimune, com acometimento visceral e cutâneo, e vegetações estéreis em valva mitral e tricúspide.
Endocardite Carcinoide  tumor neuroendócrino de baixo grau. Encontra-se no apêndice cecal  produção de serotonina – crise de diarreia, espasmo, cianose.

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7
Q

Endocardite Infecciosa

A

Endocardite Infecciosa  É uma infecção grave caracterizada pela colonização ou invasão das valvas cardíacas ou do endocárdio mural por agentes microbiológicos (bactérias, fungos, etc) levando a formação de vegetações friáveis. Bactéria se instala no endocárdio e o lesiona, vegetações são sépticas (são encontrados agentes etiológicos), são friáveis (se fragmentam, o que acarreta frequentemente à formação de trombos, iminente infarto séptico), lado esquerdo é mais frequente, lado direito é com maior frequência em usuários de drogas.

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8
Q

Endocardite Reumática

A

Endocardite Reumática  verrugas ou vegetações principalmente nas valvas mitral e aórtica (lado esquerdo), o lado direito é acometido de maneira menos frequente. As vegetações são firmemente aderidas as valvas e se forem analisadas histologicamente não encontra-se agentes etiológicos. Criança geralmente possui amigdalite que se cura (não necessariamente com uso de atb), mas após um tempo, a criança apresenta sintomas sistêmicos – pele, cérebro, articulações e coração, evidenciando uma reação cruzada, os antígenos desencadeiam ataque em outros locais. As complicações incluem a estenose com insuficiência mitral, que pode gerar fibrilação no átrio, que pode desencadear trombos com embolização iminente.

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9
Q

Endocardite Marasmática

A

Endocardite Marasmática (Trombótica Não Bacteriana)  Geralmente em pacientes terminais (caquexia). É caracterizada pela deposição nas valvas cardíacas de pequenas massas trombóticas compostas principalmente de fibrina e plaquetas – vegetações são assépticas. Embora a endocardite marasmática possa ocorrer em pessoas saudáveis, é mais comum associada à debilidade ou ao definhamento geral, daí o nome “marasmática”. Ao contrário da EI as lesões valvares dessa são estéreis e não destrutivas.Geralmente é encontrada em valvas previamente normais. Mais especificamente, em estados de hipercoagulabilidade. Acomete mais o lado esquerdo, as vegetações são friáveis (podem gerar infartos periféricos devido embolização iminente).

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10
Q

Endocardite do Lúpus Eritematoso Sistêmico

A

Endocardite do Lúpus Eritematoso Sistêmico  É uma doença autoimune, com acometimento visceral e cutâneo, e vegetações estéreis em valva mitral e tricúspide.

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11
Q

Endocardite Carcinoide

A

Endocardite Carcinoide  tumor neuroendócrino de baixo grau. Encontra-se no apêndice cecal  produção de serotonina – crise de diarreia, espasmo, cianose.

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12
Q

03- O que é Atelectasia? Quais os seus tipos considerando a patogenia?

A

Também chamada de colapso pulmonar, é caracterizada pelo colabamento dos espaços alveolares, produzindo áreas do parênquima pulmonar relativamente destituídas de ar.
Atelectasia Neonatal
É a expansão incompleta dos pulmões no nascimento, ou seja, parte dos pulmões não se distende.
Atelectasia Adquirida
É o colabamento de alvéolos ou sacos alveolares que já foram expandidos (pulmão previamente inflado). Pode ocorrer em qualquer fase da vida e pode ser:
Obstrutiva (ou por reabsorção)
É a consequência de uma obstrução completa de uma parte da árvore respiratória, que com o tempo, leva à reabsorção de ar do oxigênio aprisionado nos alvéolos, sem prejuízo do fluxo sanguíneo pelas paredes dos alvéolos afetados. Com o volume pulmonar diminuído, o mediastino se desvia no sentido do pulmão com atelectasia.
É causada principalmente por excesso de secreções ou exsudatos no interior de brônquios menores e, portanto, é encontrada na asma brônquica, bronquite crônica, bronquiectasia, pós-operatório, aspiração de corpos estranhos e neoplasias (carcinoma broncogênico).
Por Compressão
Ocorre sempre que a cavidade pleural se encontra total ou parcialmente preenchida por exsudato, líquido, tumor, sangue ou ar (pneumotórax). Nesse caso, o mediastino se desvia no sentido contrário ao pulmão afetado.
É comum em pacientes com insuficiência cardíaca e derrame pleural, com derrames neoplásicos na cavidade pleural ou quando ocorre uma elevação anormal do diafragma (peritonite, abscessos subdiafragmáticos).
Por Contração
Ocorre quando alterações fibróticas locais ou generalizadas no pulmão ou pleura impedem a sua expansão total.

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13
Q

Atelectasia Adquirida

TIPOS

A

Atelectasia Adquirida
É o colabamento de alvéolos ou sacos alveolares que já foram expandidos (pulmão previamente inflado). Pode ocorrer em qualquer fase da vida e pode ser:
Obstrutiva (ou por reabsorção)
É a consequência de uma obstrução completa de uma parte da árvore respiratória, que com o tempo, leva à reabsorção de ar do oxigênio aprisionado nos alvéolos, sem prejuízo do fluxo sanguíneo pelas paredes dos alvéolos afetados. Com o volume pulmonar diminuído, o mediastino se desvia no sentido do pulmão com atelectasia.
É causada principalmente por excesso de secreções ou exsudatos no interior de brônquios menores e, portanto, é encontrada na asma brônquica, bronquite crônica, bronquiectasia, pós-operatório, aspiração de corpos estranhos e neoplasias (carcinoma broncogênico).
Por Compressão
Ocorre sempre que a cavidade pleural se encontra total ou parcialmente preenchida por exsudato, líquido, tumor, sangue ou ar (pneumotórax). Nesse caso, o mediastino se desvia no sentido contrário ao pulmão afetado.
É comum em pacientes com insuficiência cardíaca e derrame pleural, com derrames neoplásicos na cavidade pleural ou quando ocorre uma elevação anormal do diafragma (peritonite, abscessos subdiafragmáticos).
Por Contração
Ocorre quando alterações fibróticas locais ou generalizadas no pulmão ou pleura impedem a sua expansão total.

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14
Q

04- Descreva Enfisema centrolobular e panlobular, considerando a morfologia e a patogenia de cada um.

A

A enfisema é caracterizada pelo aumento irreversível dos espaços aéreos distalmente ao bronquíolo terminal devido a destruição do septo alveolar, sem fibrose evidente. Ocorre aumento anormal e permanente do tamanho dos ácinos.
*Um aumento dos espaços aéreos, sem a destruição da parede = Hiperinsuflação, e é comum ocorrer após pneumonectomia unilateral.
A classificação é feita de acordo com a distribuição no lóbulo (agrupamento de ácinos):
Enfisema Centro Lobular ou Centro Acinar
Acomete as partes centrais dos ácinos, formados por bronquíolos respiratórios. Os alvéolos distais são poupados e é mais comum ocorrer em fumantes, em associação com bronquite crônica (enfisema bronquítico ou obstrutivo). E é mais comum nos lobos superiores.
Está relacionado a secreção de células de proteases extracelulares por células inflamatórias locais. Além disso, a fumaça do cigarro pode inibir a α1-antitripsina (gerando tendência em desenvolver enfisema) e o tabagismo desempenha papel essencial no desequilíbrio de oxidantes e antioxidantes na patogenia do enfisema.
Esse tipo de enfisema tem como base infecção, processos inflamatórios que levam a hiperplasia de glândulas, causando sub-oclusão.
E uma inflamação das pequenas vias aéreas que ocorre, precocemente na evolução da DPOC.
Enfisema Panlobular ou Panacinar
Nesse tipo de enfisema os ácinos estão uniformemente aumentados desde o nível dos bronquíolos respiratórios até os alvéolos terminais. Esté associado a uma deficiência da α1-antitripsina e é mais frequente nas zonas mais baixas e margens anteriores do pulmão.
Patogenia
Os tipos mais comuns sao centroacinar e panlobular. A hipótese para explicar a destruição das paredes alveolares e o mecanismo protease-antiprotease, auxiliado e estimulado pelo desequilíbrio de oxidantes e antioxidantes. As proteases, principalmente a elastase, destroem a parede alveolar e a α1-antitripsina (antiprotease) inibe a ação das proteases. Portanto, pessoas com deficiência ou baixa atividade das antiproteases desenvolverão enfisema.
● Panacinar → há deficiência de α1-antitripsina, o que reflete ausência total de antiproteases em todo o lóbulo, ocorrendo uma proteólise crônica pelos neutrófilos vindas da circulação pulmonar.
● Centro-acinar → está relacionado ao tabagismo. O fumo aumenta o número de neutrófilos, o que estimula a liberação de elastases. Além disso, a fumaça inibe a α1-antitripsina, aumentando a atividade da elastase (destruição da parede alveolar).
Morfologia
● Macroscopia → pulmões volumosos, hiperdistendidos se superpõem ao coração. À autópsia, pulmões não colabam. Aumenta o diâmetro ântero-posterior do tórax (tórax em tonel), além de o pulmão apresentar impressões decorrentes dos arcos costais. É um pulmão de coloração clara e “fofo” (pulmão algodonoso).
● Microscopia
○ Centrolobular
■ No centro do ácino: dilatação e destruição de septos
○ Panlobular
■ Alterações em todo o lóbulo

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15
Q

Classificação distribuição no lóbulo - ENFISEMA

A

A classificação é feita de acordo com a distribuição no lóbulo (agrupamento de ácinos):
Enfisema Centro Lobular ou Centro Acinar
Acomete as partes centrais dos ácinos, formados por bronquíolos respiratórios. Os alvéolos distais são poupados e é mais comum ocorrer em fumantes, em associação com bronquite crônica (enfisema bronquítico ou obstrutivo). E é mais comum nos lobos superiores.
Está relacionado a secreção de células de proteases extracelulares por células inflamatórias locais. Além disso, a fumaça do cigarro pode inibir a α1-antitripsina (gerando tendência em desenvolver enfisema) e o tabagismo desempenha papel essencial no desequilíbrio de oxidantes e antioxidantes na patogenia do enfisema.
Esse tipo de enfisema tem como base infecção, processos inflamatórios que levam a hiperplasia de glândulas, causando sub-oclusão.
E uma inflamação das pequenas vias aéreas que ocorre, precocemente na evolução da DPOC.
Enfisema Panlobular ou Panacinar
Nesse tipo de enfisema os ácinos estão uniformemente aumentados desde o nível dos bronquíolos respiratórios até os alvéolos terminais. Esté associado a uma deficiência da α1-antitripsina e é mais frequente nas zonas mais baixas e margens anteriores do pulmão.

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16
Q

ENFISEMA

PATOGENIA E MORFOLOGIA

A

Patogenia
Os tipos mais comuns sao centroacinar e panlobular. A hipótese para explicar a destruição das paredes alveolares e o mecanismo protease-antiprotease, auxiliado e estimulado pelo desequilíbrio de oxidantes e antioxidantes. As proteases, principalmente a elastase, destroem a parede alveolar e a α1-antitripsina (antiprotease) inibe a ação das proteases. Portanto, pessoas com deficiência ou baixa atividade das antiproteases desenvolverão enfisema.
● Panacinar → há deficiência de α1-antitripsina, o que reflete ausência total de antiproteases em todo o lóbulo, ocorrendo uma proteólise crônica pelos neutrófilos vindas da circulação pulmonar.
● Centro-acinar → está relacionado ao tabagismo. O fumo aumenta o número de neutrófilos, o que estimula a liberação de elastases. Além disso, a fumaça inibe a α1-antitripsina, aumentando a atividade da elastase (destruição da parede alveolar).
Morfologia
● Macroscopia → pulmões volumosos, hiperdistendidos se superpõem ao coração. À autópsia, pulmões não colabam. Aumenta o diâmetro ântero-posterior do tórax (tórax em tonel), além de o pulmão apresentar impressões decorrentes dos arcos costais. É um pulmão de coloração clara e “fofo” (pulmão algodonoso).
● Microscopia
○ Centrolobular
■ No centro do ácino: dilatação e destruição de septos
○ Panlobular
■ Alterações em todo o lóbulo

17
Q

05- Descreva a classificação morfológica das Pneumonias.

A

É uma infecção do parênquima pulmonar. Sua classificação conforme a distribuição anatômica pode ser: Lobular, Lobar ou Pneumonia Intersticial.
Broncopneumonia (Pneumonia Lobular)
Apresenta uma condição irregular e os focos são áreas de inflamação supurativa aguda, que é mais comum em crianças e idosos. Os agentes são: estafilococos, estreptococos, pneumococos, Haemophilus influenzae, Pseudomonas aeruginosa e bactérias coliformes.
Morfologia
● Macroscopia → apresenta áreas focais de consolidação
● Microscopia → apresenta um exsudato supurativo preenchendo brônquios, bronquíolos e espaços alveolares adjacentes
Pneumonia Lobar
É uma infecção bacteriana aguda de grandes partes de um lobo ou de todo ele. Ela atinge qualquer faixa etária, porém é incomum na infância e na velhice, e as vias aéreas não são o centro da inflamação. Em 90% dos casos o agente causador é um pneumococo (Streptococus pneumoniae) e, em alguns casos, é Klebsiela pneumoniae, estafilococos, estreptococos, Haemofilus influenzae ou gram negativos (Pseudomas e Proteus). Sua morfologia é descrita em quatro fases: Fase de Congestão, Fase de Hepatização Vermelha, Fase de Hepatização Cinzenta e Fase de Resolução.
Morfologia
● Fase de Congestão
○ Macroscopia → pulmão é pesado, úmido e avermelhado.
○ Microscopia → apresenta congestão vascular (hiperemia) e líquido intra-alveolar com alguns neutrófilos e, muitas vezes, presença de inúmeras bactérias.
● Fase de Hepatização Vermelha
○ Macroscopia → lobo avermelhado, firme e desprovido de ar.
○ Microscopia → há um exsudato fibrino-leucocitário (devido a presença de neutrófilos) preenchendo os alvéolos. Pode apresentar hiperemia e hemorragia.
● Fase de Hepatização Cinzenta
○ Macroscopia → lobo castanho acinzentado (devido a desintegração progressiva de eritrócitos), firme, ressecado e desprovido de ar.
○ Microscopia → exsudato fibrino-leucocitário supurativo permanece preenchendo alvéolos e comprimindo septos, o que diminui a congestão.
● Fase de Resolução
○ O exsudato no interior dos espaços alveolares sofre digestão enzimática para produzir os resíduos granulares semilíquidos, que são reabsorvidos, ingeridos por macrófagos ou eliminados com a tosse.
Pneumonia Intersticial (PAP)
Normalmente é causada por Mycoplasma pneumoniae, vírus, clamídia ou Coxiella burnetti. Ocorre uma reação inflamatória intersticial, que faz os septos ficarem alargados e edemaciados com um infiltrado de linfócitos, histiócitos e plasmócitos, e às vezes neutrófilos. Apresenta material proteináceo intra-alveolar e exsudato celular. Quando complicada por SARA apresenta membranas hialinas revestindo a parede dos alvéolos. Somando-se a isso, apresenta células gigantes, inclusões intranucleares e intracitoplasmáticas.

18
Q

Broncopneumonia (Pneumonia Lobular)

A

Broncopneumonia (Pneumonia Lobular)
Apresenta uma condição irregular e os focos são áreas de inflamação supurativa aguda, que é mais comum em crianças e idosos. Os agentes são: estafilococos, estreptococos, pneumococos, Haemophilus influenzae, Pseudomonas aeruginosa e bactérias coliformes.
Morfologia
● Macroscopia → apresenta áreas focais de consolidação
● Microscopia → apresenta um exsudato supurativo preenchendo brônquios, bronquíolos e espaços alveolares adjacentes

19
Q

Pneumonia Lobar

A

Pneumonia Lobar
É uma infecção bacteriana aguda de grandes partes de um lobo ou de todo ele. Ela atinge qualquer faixa etária, porém é incomum na infância e na velhice, e as vias aéreas não são o centro da inflamação. Em 90% dos casos o agente causador é um pneumococo (Streptococus pneumoniae) e, em alguns casos, é Klebsiela pneumoniae, estafilococos, estreptococos, Haemofilus influenzae ou gram negativos (Pseudomas e Proteus). Sua morfologia é descrita em quatro fases: Fase de Congestão, Fase de Hepatização Vermelha, Fase de Hepatização Cinzenta e Fase de Resolução.
Morfologia
● Fase de Congestão
○ Macroscopia → pulmão é pesado, úmido e avermelhado.
○ Microscopia → apresenta congestão vascular (hiperemia) e líquido intra-alveolar com alguns neutrófilos e, muitas vezes, presença de inúmeras bactérias.
● Fase de Hepatização Vermelha
○ Macroscopia → lobo avermelhado, firme e desprovido de ar.
○ Microscopia → há um exsudato fibrino-leucocitário (devido a presença de neutrófilos) preenchendo os alvéolos. Pode apresentar hiperemia e hemorragia.
● Fase de Hepatização Cinzenta
○ Macroscopia → lobo castanho acinzentado (devido a desintegração progressiva de eritrócitos), firme, ressecado e desprovido de ar.
○ Microscopia → exsudato fibrino-leucocitário supurativo permanece preenchendo alvéolos e comprimindo septos, o que diminui a congestão.
● Fase de Resolução
○ O exsudato no interior dos espaços alveolares sofre digestão enzimática para produzir os resíduos granulares semilíquidos, que são reabsorvidos, ingeridos por macrófagos ou eliminados com a tosse.

20
Q

Pneumonia Intersticial (PAP)

A
Pneumonia Intersticial (PAP)
Normalmente é causada por Mycoplasma pneumoniae, vírus, clamídia ou Coxiella burnetti. Ocorre uma reação inflamatória intersticial, que faz os septos ficarem alargados e edemaciados com um infiltrado de linfócitos, histiócitos e plasmócitos, e às vezes neutrófilos. Apresenta material proteináceo intra-alveolar e exsudato celular. Quando complicada por SARA apresenta membranas hialinas revestindo a parede dos alvéolos. Somando-se a isso, apresenta células gigantes, inclusões intranucleares e intracitoplasmáticas.
21
Q

06- O que é Bronquite crônica e quais suas alterações morfológicas?

A

06- O que é Bronquite crônica e quais suas alterações morfológicas?
É definida clinicamente através de uma tosse persistente e produtiva supurante, pelo menos, 3 meses e em menos de 2 anos consecutivos. Pode progredir para uma DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica) ou provocar cor pulmonale e insuficiência cardíaca ou neoplasia atípica e displasia do epitélio respiratório.
Patologicamente, o fator inicial da bronquite crônica parece ser uma irritação de longa duração por substâncias inaladas (fumaça) ou infecções microbiológicas. A primeira característica da doença é uma hipersecreção de muco nas grandes vias aéreas, associada a uma hipertrofia das glândulas submucosas na traqueia e bronquíolos. Quando a bronquite crônica persiste, ocorre aumento das células caliciformes das pequenas vias aéreas (pequenos brônquios e bronquíolos).A infecção parece ser secundária, pois não é responsável pelo início da doença e, sim, pela sua manutenção. A fumaça predispõe a infecção, pois interfere na ação ciliar, causa lesão direta no epitélio respiratório e inibe a ação dos leucócitos na remoção de bactérias.
Morfologia
Morfologicamente, a macroscopia é caracterizada por hiperemia, intumescência e edema das mucosas; secreções mucosas e mucopurulentas; brônquios e bronquíolos preenchidos por grandes cilindros de secreção e pus. A microscopia é caracterizada pelo aumento das glândulas mucosas da submucosa da traquéia e brônquios (Índice de Reid) - é a relação entre a espessura da camada de glândulas da submucosa e a espessura da parede entre o epitélio e a cartilagem. Normalmente, é de 0,4 e encontra-se aumentado na bronquite crônica. Há ligeiro aumento no número de células caliciformes e metaplasia escamosa e displasia do epitélio brônquico, estreitamento dos bronquíolos (metaplasia das células caliciformes, muco, inflamação e fibrose), nos casos mais graves pode ocorrer bronquiolite obliterante (obliteração da luz devido a fibrose).

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Q

07- O que é Síndrome de Kartagener?

A

07- O que é Síndrome de Kartagener?
A Síndrome de Kartagener, é uma disfunção genética que acarreta defeito na mobilidade ciliar. Os cílios das vias aéreas não defendem os organismos das agressões, possibilitando o desenvolvimento da atelectasia e sinusite, e a infertilidade, uma vez que os flagelos dos espermatozoides são prejudicados.

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Q

08- Resuma a patogenia da Asma Brônquica.

A

08- Resuma a patogenia da Asma Brônquica.
A asma brônquica é uma doença inflamatória crônica recidivante e os aspectos característicos da doença são a hiper-reatividade das vias aéreas, broncoconstrição episódica reversível e o aumento da responsividade da árvore brônquica a vários estímulos. É classificada como asma extrínseca (reagínica) e intrínseca (não reagínica).

A Asma Extrínseca (Reagínica) : Também chamada de atópica, é o tipo mais comum de asma. Está ligada a uma reação de hipersensibilidade mediada pelo IgE do tipo I. Geralmente começa na infância e é desencadeada por alérgenos ambientais (poeira, pólen). É caracterizada como uma asma ocupacional e ligada a uma predisposição genética e hipersensibilidade do tipo I (“atópica”). Em alguns casos pode evoluir para aspergilose bronco pulmonar alérgica (hipersensibilidade a esporos de Aspergilus).
A Asma Intrínseca (Não Reagínica) Chamada também de não atópica, está ligada a infecções respiratórias, ingestão de aspirina, resfriados, irritantes inalados, estresse e exercício. Acredita-se que a inflamação induzida por vírus da mucosa respiratória diminua o limiar dos receptores aos irritantes (fica mais sensível).
Patologicamente, a asma envolve uma inflamação crônica das vias aéreas e uma hiper responsividade brônquica, envolvendo vários tipos celulares e numerosos mediadores inflamatórios. Ocorre da seguinte maneira, na asma atópica/extrínseca: os antígenos inalados estimulam células T (tipo Th2), liberando IL-4 e IL-5, isso ativa a secreção de IgE a partir das células B, crescimento de monócitos e crescimento e ativação de eosinófilos; Consequentemente, há uma reação de hipersensibilidade do tipo I, mediada por IgE, que pode resultar em dois tipos de resposta: a fase aguda ou fase tardia (organização).
● Resposta Aguda → os mastócitos pré sensibilizados e recobertos de IgE e antígenos ativam a liberação de mediadores químicos (citocinas, que atraem neutrófilos, basófilos, monócitos, linfócitos e, principalmente eosinófilos) com abertura das junções intercelulares da mucosa. Com isso, os antígenos atingem os mastócitos da submucosa (onde são mais numerosos), levando a uma estimulação direta dos receptores vagais subepiteliais, causando broncoconstrição. Além disso, há um aumento da permeabilidade vascular, causando edema e, em casos extremos, ocorre hipotensão.
● Resposta Tardia → é mediada pelos leucócitos recrutados pelos fatores quimiotáticos e citocinas dos mastócitos, durante a resposta de fase aguda. Além disso, ocorre uma nova liberação de mediadores dos leucócitos, endotélio e das células epiteliais. Os mediadores dos eosinófilos são proteína básica-principal e proteína-catiônica de eosinófilos que provocam lesão do epitélio e constrição das vias aéreas.

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Q

A Asma Extrínseca (Reagínica)

A

A Asma Extrínseca (Reagínica) : Também chamada de atópica, é o tipo mais comum de asma. Está ligada a uma reação de hipersensibilidade mediada pelo IgE do tipo I. Geralmente começa na infância e é desencadeada por alérgenos ambientais (poeira, pólen). É caracterizada como uma asma ocupacional e ligada a uma predisposição genética e hipersensibilidade do tipo I (“atópica”). Em alguns casos pode evoluir para aspergilose bronco pulmonar alérgica (hipersensibilidade a esporos de Aspergilus).

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Q

A Asma Intrínseca (Não Reagínica)

A

A Asma Intrínseca (Não Reagínica) Chamada também de não atópica, está ligada a infecções respiratórias, ingestão de aspirina, resfriados, irritantes inalados, estresse e exercício. Acredita-se que a inflamação induzida por vírus da mucosa respiratória diminua o limiar dos receptores aos irritantes (fica mais sensível).
Patologicamente, a asma envolve uma inflamação crônica das vias aéreas e uma hiper responsividade brônquica, envolvendo vários tipos celulares e numerosos mediadores inflamatórios. Ocorre da seguinte maneira, na asma atópica/extrínseca: os antígenos inalados estimulam células T (tipo Th2), liberando IL-4 e IL-5, isso ativa a secreção de IgE a partir das células B, crescimento de monócitos e crescimento e ativação de eosinófilos; Consequentemente, há uma reação de hipersensibilidade do tipo I, mediada por IgE, que pode resultar em dois tipos de resposta: a fase aguda ou fase tardia (organização).

● Resposta Aguda → os mastócitos pré sensibilizados e recobertos de IgE e antígenos ativam a liberação de mediadores químicos (citocinas, que atraem neutrófilos, basófilos, monócitos, linfócitos e, principalmente eosinófilos) com abertura das junções intercelulares da mucosa. Com isso, os antígenos atingem os mastócitos da submucosa (onde são mais numerosos), levando a uma estimulação direta dos receptores vagais subepiteliais, causando broncoconstrição. Além disso, há um aumento da permeabilidade vascular, causando edema e, em casos extremos, ocorre hipotensão.
● Resposta Tardia → é mediada pelos leucócitos recrutados pelos fatores quimiotáticos e citocinas dos mastócitos, durante a resposta de fase aguda. Além disso, ocorre uma nova liberação de mediadores dos leucócitos, endotélio e das células epiteliais. Os mediadores dos eosinófilos são proteína básica-principal e proteína-catiônica de eosinófilos que provocam lesão do epitélio e constrição das vias aéreas.

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Q

09- Descreva a relação entre Edema pulmonar e Insuficiência cardíaca.

A

A hiperemia passiva generalizada acarreta a insuficiência cardíaca (direita e esquerda), a direita, desencadeia alterações sistêmicas (periféricas), e a insuficiência ventricular esquerda associa-se a uma hipotensão, congestão vascular pulmonar e transdução para o interior dos espaços pulmonares intersticiais, podendo evoluir para um edema pulmonar com dificuldade respiratória.

27
Q

10- Quais as consequências da Tromboembolia pulmonar?

A

Êmbolos pulmonares derivam principalmente de trombos de veias profundas das extremidades inferiores; seu efeito depende principalmente do tamanho do êmbolo e do local onde ele se aloja e das condições circulatórias prévias – o pulmão possui dupla circulação, consegue contornar, porém se já houver comprometimento, haverá infarto vermelho (mesmo ocorrendo obstrução da pulmonar, a brônquica desencadeia hemorragia). As consequências incluem insuficiência cardíaca direita, hemorragia pulmonar, infarto pulmonar ou morte súbita.

28
Q

01- Quais os tipos de neoplasia ocorrem no pulmão e qual a mais frequente?

A

A maioria (95%) dos tumores pulmonares são carcinomas, sendo, cerca de 5%, carcinóides brônquicos, neoplasias mesenquimais e linfomas. O tumor benigno mais comum é o Hamartoma (proliferação celular de tecido que pertence ao mesmo órgão de onde ele se origina).

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Q

02- Quais os principais fatores relacionados a patogenia do carcinoma pulmonar?

A
  • Carcinoma epidermóide e o de pequenas células demonstram maior associação ao tabagismo.
  • Possivelmente devido a mudanças no consumo de cigarros nos últimos anos nos Estados Unidos, o adenocarcinoma tem substituído o carcinoma de células escamosas como a neoplasia pulmonar primária mais comum.
  • Os adenocarcinomas também são de longe o tumor primário mais comum em mulheres, em não fumantes e em pessoas abaixo de 45 anos.
30
Q

03- Quais os tipos histológicos dos carcinomas pulmonares e suas principais características?

A

Os quatro principais tipo histológicos de carcinoma de pulmão são:
● Carcinoma epidermoide
● Adenocarcinoma
● Carcinoma de pequenas células
● Carcinoma de grandes células
Em alguns casos pode haver combinação de diferentes tipos histológicos. O carcinoma epidermoide e o de pequenas células demonstram maior associação ao tabagismo, possivelmente devido a mudanças no consumo de cigarros nos últimos anos, o que também implica no adenocarcinoma estar substituindo o carcinoma de células escamosas como a neoplasia pulmonar primária mais comum.
Até recentemente, os carcinomas de pulmão eram classificados em dois grupos:
● Câncer de pulmão de células pequenas (CPCP)
● Câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP)
○ Adenocarcinomas
○ Carcinoma epidermóide
○ Carcinoma de grandes células

31
Q

04- Quais as lesões precursoras do carcinoma epidermóide e do adenocarcinoma de pulmão?

A

Carcinoma epidermóide
a. metaplasia escamosa
b. displasia do epitélio brônquico
c. Carcinoma In Situ, que pode durar vários anos
Adenocarcinoma
d. hiperplasia adenomatosa atípica → epitélio cuboidal e moderada fibrose intersticial
e. Adenocarcinoma In Situ, ou Carcinoma Bronquioalveolar → as células tumorais, que podem ser não mucinosas, mucinosas ou mistas, crescem em monocamada ao longo dos septos alveolares, que servem como um andaime (padrão de crescimento “lepídico”).
f. Adenocarcinoma minimamente invasivo

32
Q

Descreva as lesões que podem se originar das células neuroendócrinas do epitélio respiratório.

A

PROLIFERAÇÕES E TUMORES NEUROENDÓCRINOS • Pequenos tumores benignos • Pequenas hiperplasias de células neuroendócrinas • Carcinóides • Carcinoma de pequenas células • Carcinoma neuroendócrino de grande células
– Células neuro-endócrinas • Síndrome do carcinóide (rubor facial, diarréia, cianose) • Serotonina.
CARCINÓIDE- Microscopia – Carcinoides típicos • Ninhos de células uniformes com baixo pleomorfismo • Mitoses ausentes ou raras – Carcinoides atípicos • Maior índice mitótico • Necrose focal • Mutações no TP53 em 20-40% dos casos

33
Q

06- Descreva as principais manifestações clínicas do carcinoma pulmonar.

A

Não existem sintomas precoces do câncer pulmonar, os sintomas de apresentação são manifestação de doença localmente avançada, como:
● Tosse → infecção distal das vias aéreas bloqueadas pelo tumor
● Hemoptise → ulceração do tumor nos brônquios
● Dispnéia → extensão local do tumor
● Dor torácica → envolvimento da pleura e da parede do tórax
● Respiração sibilante → estreitamento das vias aéreas
● Perda de peso, anorexia e mal estar → sinais sistêmicos da malignidade
As patologias secundárias podem ser: hiperinsuflação, caso ocorra uma obstrução parcial das vias aéreas, ou uma atelectasia, caso a obstrução seja total.
A disseminação metastática das neoplasias pulmonares pode causar: fratura patológica, anemia, sintomas SNC, hepatomegalia e icterícia, Síndrome de Horner, Síndrome da Veia Cava Superior, derrame pleural, pericardite e disfagia.

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Q

Faça algumas considerações a respeito do câncer pulmonar metastático.

A

As metástases podem ocorrer por via hematogênica de tumores do rim, da mama, do testículo ou do tubo gastro-intestinal. Ou por via linfática:
● Linfagite carcinomatosa → tumor metastático pulmonar ou extra pulmonar que infiltra difusamente os vasos linfáticos.
○ Macroscopia: vasos linfáticos condensados com tumor visível na superfície pleural
○ Microscopia: massas de células tumorais são evidentes no interior dos vasos linfáticos