15- Transplantes Flashcards

1
Q

1) O que é um transplante?

2) O que é uma transfusão?

A

1) Retirada de um doador e transferência para um receptor/hospedeiro de células, tecidos ou órgãos (encertos).
2) Transferência de células sanguíneas circulantes ou de plasma.

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2
Q

O que é transplante:

1) Ortotópico?
2) Heterotópico?

A

1) Quando o enxerto é na localização anatômica normal.

2) Quando o enxerto é em localizações anatomica diferente.

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3
Q

Classificação dos transplantes em relação ao doador e ao receptor:

1) Quando o doador e o receptor são a mesma pessoa:
2) Quando o doador e o receptor são gêmeos idênticos:
3) Quando o doador é geneticamente diferente do receptor, mas são da mesma espécie:
4) Quando o doador e o receptor são de espécies diferentes:

A

1) Autólogo
2) Singênico
3) Alogênico
4) Xenogênico

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4
Q

1) Nome das moléculas reconhecidas como estranhas nos enxertos:
1. 1) Nome dos linfócitos e anticorpos que reagem com essas moléculas:
2) Nome das moléculas reconhecidas nos xenoenxertos:
2. 1) Nome dos linfócitos e anticorpos que reagem com essas moléculas

A

1) Aloantígenos
1. 1) Alorreativos
2) Xenoantígenos
2. 1) Xenorreativos

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5
Q
Primeiro transplantes no mundo:
1) Ano
2) Órgão
3) Local
4) Médico
Transplantes no Brasil:
5) Primeiro: ano, órgão, local e duração.
A

1) 1954
2) Transplante renal
3) Boston
4) Joseph Murray
Obs: o receptor viveu mais de 8 anos com o transplantes.
5) 1964, transplante renal, Rio de Janeiro, 8 dias.

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6
Q

Quais os dois transplantes que mais ocorre?

A

Renal e de fígado

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7
Q

A frase a seguir está correta? Explique sua resposta.

Transplante de um indivíduo para o outro geneticamente diferente leva, invariavelmente, à rejeição do transplante.

A

A frase é verdadeira. Isso ocorre, pois o órgão transplantado terá antígenos estranhos que serão reconhecidos pelo organismo e gerarão uma resposta inflamatória.
Essa rejeição é mediada por resposta imune adaptativa, por ela ocorre após 10 a 14 dias do primeiro transplante. Além disso, se ocorrer um segundo transplante com o mesmo doador a rejeição se inicia mais rapidamente (já possui células de memória).

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8
Q

1) Em quais tipos de enxerto não ocorre rejeição?

2) Em quais tipos de enxerto ocorrerá rejeição?

A

1) Em enxertos autólogos e singênicos.

2) Nos enxertos alogênicos e xenogênico.

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9
Q

Regras básicas de imunologia de transplante (4):

A
  • Células ou órgãos transplantados entre indivíduos geneticamente idênticos nunca são rejeitados.
  • Células ou órgãos transplantados entre pessoas geneticamente diferentes são quase sempre rejeitados.
  • No cruzamento entre duas linhagens consanguíneas diferentes de animais (pais A x B) a descendência (filhos AB) não irá rejeitar enxertos de qualquer um dos pais. Contudo a medula óssea é uma exceção.
  • Caso os doadores sejam os filho AB e os receptores sejam os pais que são de linhagens consanguíneas diferentes (pais A x B), o enxerto será rejeitado por qualquer um dos pais.
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10
Q

1) Denominação da rejeição de transplantes.

2) Molécula responsável pela rejeição de transplantes.

A

1) Rejeição polimórfica codominante - cada indivíduo herda genes de ambos os pais e ambos os alelos parentais são expressos.
2) Complexo principal de histocompatibilidade (MHC) ou antígeno leucocitário humano (HLA).

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11
Q

MHC I

1) Tipos (3)
2) Apresenta proteínas que estão em qual localização?

A

1) HLA-A, HLA-B, HLA-C

2) Proteínas citosólicas

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12
Q

MHC II

1) Tipos (3)
2) Apresenta proteínas que estão em qual localização?

A

1) HLA-DP, HLA-DQ, HLA-DR.

2) Proteínas extracelulares.

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13
Q

Como ocorre a apresentação cruzada de antígenos para células T CD8?

A

Célula infectada por vírus vai se fagocitada por uma CD.
Ocorre apresentação dos antígenos via MHC II.
No entanto, pode haver escape de alguns antígenos para o citoplasma e, assim, vai haver processamento relacionado ao MHC I.
Quando espera-se que haverá apresentação via MHC II apenas, mas ocorre escape para o citoplasma e tem-se apresentação via MHC I também.

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14
Q

Transplantes:

- Reconhecimento direto do aloantígeno:

A

1º Tem-se uma APC alogênica no enxerto, contendo uma MHC alogênico (do doador).
2º Tem-se uma célula T do receptor, que é alorreativa (reconheceu o complexo peptídeo MHC).
3º Desencadei a ativação da resposta imune. Ocorre tanto para TCD4 e TCD8.
Nesse reconhecimento é necessário que o TCR do receptor tenha a seu requisição preenchida. Isso pode ocorrer de duas maneiras:
- MHC do receptor contem um peptídeo estranho, formando um complexo MHC-peptídeo que o TCR deveria reconhecer.
- Reação cruzada: um MHC diferente, proveniente do enxerto, contém um peptídeo diferente do que o TCR deveria reconhecer. Contudo, o complexo MHC-peptídeo formado acaba preenchendo os requisitos do TCR e ativando-o.
As respostas das células T ao MHC alogênico são muito fortes, pois o MHC do enxerto, por si só, já pode ativar o TCR (nesse caso o peptideo na fenda atua com estabilizados do MHC). Além disso, existem outras combinações que podem ativar diferentes TCRs.
Também pode ocorrer reconhecimento cruzado - uma das células de memória que o indivíduo produzir antes do transplante já pode reconhecer o complexo MHC-peptídeo do enxerto.

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15
Q

Transplantes:

- Apresentação indireta do aloantígeno:

A

APC do receptor reconhece o MHC do doador com estranho, fagocita, processa e expressa um fragmento na fenda do MhC do receptor. Assim, LTs (principalmente TCD4, se ocorrer escape de antígenos para o citoplasma, pode ocorrer ativação do TVD8) reconhecem o complexo MHC-peptídeo e são ativados.

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16
Q

1) Papel da coestimulação na rejeição de transplantes:

2) Importância clinica disso:

A

1) Importante para a ativação de células T alorreativas naives.
Quando ocorre aumento de coestimuladores nas células dodoador, tem-se uma chance maior de rejeição. Esse aumento pode ocorrer devido a morte celular e processo de isquemia, por exemplo (por isso a importância de uma preservação adequada do órgão).
2) É possível controlar o mecanismo de rejeição, por meio da supressão dos coestimuladores (ex: inibição da rejeição por agentes que bloqueiam B7).

17
Q

Rejeição hiperaguda:

1) Quando ocorre?
2) Mecanismo

A

1) Quando o receptor ja possui anticorpos contra antígenos presentes no enxerto (IgM e IgG preexistentes). Antigamente essa rejeição ocorria muito devido ao sistema ABO. Atualmente esse tipo de rejeição se relaciona mais a aloantígenos como MHC do doador ou antígenos presentes nas células endoteliais - resultado de gestações, transfusões ou transplantes anteriores.
2) Anticorpos presentes no receptor reconhecem e se ligam aos aloantígenos, levando ativação do complemento e do processo inflamatório com recrutamento de células do sistema imune.
Isso acarreta um processo de formação de trombo, levando a oclusão da vasculatura do enxerto (leva de minutos a horas após os vasos serem anastomosados). Assim, o enxerto sofre com necrose isquêmica irreversível.
Obs: é a rejeição mais rápida.

18
Q

Rejeição aguda:

1) Como ocorre?
2) Quais células T alorreativas se relacionam mais com essa rejeição?
3) Essa rejeição pode acorrer muito tempo após o transplante?
4) O que é usado para identificar ativação do complemento em aloenxertos renais?

A

1) Resposta imune do receptor é ativada ao contato com o enxerto. Não possui anticorpos pré-formados. Imunidade adaptativa celular e imunidade humoral. Ocorre lesão endotelial e trombose intravascular.
2) Resposta Th1 (citocinais mais relacionada são INF-gama e TNF) e Th17 (papel importante - citocina TH17) e TCD8.
3) Sim. Por causa de imunossupressores a rejeição aguda pode ocorrer anos após o transplante, se imunossupressão for reduzida.
4) Identificação de C4d em capilares (molécula do complemento).

19
Q

Atualmente, qual a maior causa de rejeição de aloenxerto?

A

Rejeição crônica

20
Q

Rejeição crônica;

1) Como ocorre?
2) Qual a lesão dominante que ocorre em enxertos vasculares?
3) Período em que se desenvolve?
4) Alterações comuns no pulmão e no fígado:

A

1) Quando há alterações patológicas nos enxertos. Varia dependendo do órgão. Muito relacionada a células T alorreativas e IFN-gama.
2) Oclusão arterial, devido ao processo inflamatório que estimula a proliferação de células do músculo liso, provocando um dano isquêmico.
3) De 6 meses a um ano após o transplante.
4) Pulmão: oclusão vascular e fibrose
Fígado: ductos biliares fibróticos e não funcionais.

21
Q

Como minimizar as diferenças do doador e do receptor?

A

É preciso minimizar as diferenças entre o doador e o receptor. Para isso é feita a tipagem sanguínea ABO, a verificação da presença de anticorpos pré-formados contra moléculas MHC do doador e a realização da tipagem do tecido HLA (HLA-A, HLA-B e HLA-DR - são os mais relacionados a rejeição de transplantes). Quando mais HLAs incompatíveis, menor a durabilidade do enxerto.

22
Q

Tipagem do HLA:

1) PCR
2) Sequenciamento
3) Painel de reatividade de anticorpos (PRA)

A

1) Amplificar regiões conhecidas dos HLAs para fazer a tipagem. Gel de eletroforese. Cenário ideal é que todos os 6 HLAs, portando os 12 alelos, sejam compatíveis (ocorre com irmãos gêmeos).
2) Faz toda a sequência do HLA, logo é mais detalhado que o PCR.
3) Verificar a presença dos anticorpos reativos pré-formados contra os HLAs alogênicos. E realizado no intuito de evitar, principalmente, rejeições hiperagudas.
1º Pega-se uma amostra sanguínea, separa-se o soro e verifica-se os anticorpos presentes nos receptores. Coloca-se o soro em contato com beads (bolinhas que possuem antígenos na sua superfície que são os HLAs).
2º Caso haja anticorpos específico para HLA nesse soro haverá a ligação com o antígeno da bead.
3º Faz-se uma lavagem de tudo aquilo que não se ligou as beads.
4º Para conseguir identificar o anticorpo, coloca-se um anticorpo comercial não reagente que é capaz de se ligar ao anticorpo do soro. Esse anticorpo é fluorescente e utiliza-se o citometro de fluxo para identifica-lo.
5º Assim é possível se ver se o organismo possui anticorpos específicos para o HLA.

23
Q

Grupo sanguíneo ABO

1) Tipos samguíneos
2) Qual o tipo de expressão?
3) Quando o indivíduo é tipo sanguíneo A, qual tipo de anticorpo ele pode produzir? E qual antígeno ele vai possuir em suas hemáceas?
4) Quando o indivíduo é tipo sanguíneo B, qual tipo de anticorpo ele pode produzir? E qual antígeno ele vai possuir em suas hemáceas?
5) Quando o indivíduo é tipo sanguíneo AB, qual tipo de anticorpo ele pode produzir? E qual antígeno ele vai possuir em suas hemáceas?
6) Quando o indivíduo é tipo sanguíneo O, qual tipo de anticorpo ele pode produzir? E qual antígeno ele vai possuir em suas hemáceas?

A

1) Tipos A, B, AB e O.
2) Expressão codominante.
3) - Anticorpo: anti-B
- Antígeno presente nas hemáceas: Antígeno A
4) - Anticorpo: anti-A
- Antígeno presente nas hemáceas: antígeno B
5) - Anticorpo: nemhum
- Antígeno presente nas hemáceas: antígenos A e B
6) - Anticorpo: anti-A e anti-B
- Antígeno presente nas hemáceas: nenhum
Obs: acredita-se que a produção dos anticorpos naturais esteja relacionada com o contato com bactérias que possuem antígenos.

24
Q

Porque os anticorpos naturais da grávida, relacionados aos sistema ABO, não atacam as células sanguíneas de um feto com tipo sanguíneo diferente?

A

Pois os anticorpos naturais são do tipo IgM e, portanto, não são capazes de atravessar a placenta.

25
Q

Imunossupressão para previnir ou tratar a rejeição de aloenxertos:

A

1º Utilização do CTLA4-Ig: substâncias capaz de bloquear se ligar ao B7, bloqueando a coestimulação.
2º Utilização de ciclosporina e tacrolimo: bloqueia a calcineurina, bloqueando a produção de IL-2, impedindo a proliferação celular.
3º Utilização de Anti-IL-2R (anticorpo monoclonal) para bloquear o receptor de IL-2, impedindo a proliferação celular.
4º Utilização de azatioprina micofenolato e rapamicina que inibem a proliferação celular.
5º Primeiro anticorpo monoclonal: OKT3 (atualmente não é muito utilizado). Ele atuava no TCR para evitar o processamento e ativação do linfócito.

26
Q

Transplante de células-tronco hematopoéticos:

1) Mecanismo de rejeição
2) Quando esse transplante é realizado?
3) Como se olha a compatibilidade entre doador e e receptor?
4) Porque essa compatibilidade requer mais cautela?
5) O que ocorre para que o receptor possa receber o transplante?

A

1) Não é completamente esclarecido, mas acredita-se que esteja relacionado com a NK atuando na falta de reconhecimento no MHC-I presente nas células transplantadas.
2) Em casos de leucemia, distúrbios genéticos como a anemia falciforme.
3) Testa-se cuidadosamente todos os loci de MHC.
4) Pois as células vão repovoar a medula óssea do receptor.
5) Tratado com quimioterapia, imunoterapia ou irradiação para que ele possa receber as células do doador e para que essas células possam repovoar a medula óssea.

27
Q

Doença do enxerto versus hospedeiro:

1) O que é?
2) Quando ocorre?

A

1) Quando o enxerto atua contra o hospedeiro.
2) Quando há muitos linfócitos T no enxerto. Ex: transplante de medula óssea. Esses LT do doador reagem contra antígenos do hospedeiro.
Pode ocorrer em outros órgãos como: intestino delgado, pulmão ou fígado.