003) Concordância, flexões e desinências Flashcards
Concordância
é o fenômeno sintático pelo qual um substantivo ou um pronome pode exercer pressão de alteração formal sobre os pronomes que o representam, os verbos de que ele é sujeito, e os adjetivos ou particípios que a ele se referem. Como resultado dessa coerção formal, os referidos pronomes em causa recebem as marcas de pessoa, gênero e número, os verbos, as de pessoa e número, e os adjetivos e particípios, as de gênero e número, em relação ao substantivo ou pronome a que se referem.
Desinência
Em algumas palavras, encontram-se marcas que vão evidenciar os vínculos existentes em um enunciado. Isso é possível quando a palavra é flexionável, ou seja, quando admite adequação e modificação. Essas marcas são as desinências.
No caso do nome, as desinências que explicitam vínculos entre um núcleo nominal e seus satélites são as de gênero e número; no caso do verbo, as desinências que evidenciam o vínculo entre o núcleo do sujeito e o verbo são as de número e pessoa.
Dessa maneira, podemos concluir que a flexão é um mecanismo que serve para adequar as palavras de um enuncia do à concordância, permitindo seu entendimento e sendo importante mecanismo de coesão gramatical.
Concordância nominal e concordância verbal:
Concordância nominal é aquela que se estabelece entre o substantivo (ou pronome substantivo) que forma o núcleo de um termo e seus eventuais adjuntos adnominais, ou entre o substantivo que forma o núcleo do sujeito ou do objeto e seu predicativo; concordância verbal é aquela que se estabelece entre o substantivo (ou pronome substantivo) que forma o núcleo do sujeito e o verbo em torno do qual se organiza o predicado.
Verbos impessoais
Os verbos impessoais não estabelecem concordância, pois não têm sujeito e só aparecem na terceira pessoa do singular (daí serem chamados de impessoais). Os verbos que indicam fenômenos da natureza se enquadram nessa categoria. O verbo haver, no sentido de existir, também é impessoal, sendo empregado apenas na terceira pessoa do singular. Os verbos haver e fazer, quando indicam tempo decorrido, também são impessoais; só são usados, portanto, na terceira pessoa do singular.
Predicado
é uma declaração que se refere a um sujeito.
Sujeito oracional
que é constituído por uma oração (subordinada substantiva subjetiva)
Regra de clareza e regra de eufonia
quando o adjetivo se relaciona a mais de um substantivo, para se estabelecer concordância a primeira regra é a da clareza, evitando-se especialmente as ambiguidades (às vezes, ficamos sem saber se o adjetivo refere-se apenas a um dos substantivos ou aos dois); a segunda regra é a da eufonia (isto é, som agradável), que fica por conta do estilo.
Substantivo com sentido genérico
não é precedido de artigo ou pronome que o determine.
Silepse
Figura pela qual a concordância das palavras se faz de acordo com o sentido e não segundo as regras da sintaxe.
Quais as características da concordância?
o Concordância é um fenômeno sintático: numa frase, as palavras se relacionam e criam vínculos umas com as outras; no caso dos termos da oração que apresentam um substantivo como núcleo, os eventuais adjuntos adnominais se subordinam ao substantivo e com ele estabelecem concordância, ou seja, os artigos, os adjetivos, os pronomes adjetivos e os numerais adjetivos vão alterar suas desinências para se adaptarem ao substantivo. O mesmo ocorre entre o sujeito e o verbo do predicado.
o Alteração formal: o mecanismo de concordância trabalha com as flexões de certas palavras (portanto, trata-se de uma alteração formal); no caso dos pronomes, há as flexões de pessoa, número e gênero; no dos verbos, as de pessoa e número; já no caso dos adjetivos, os artigos, alguns numerais e os particípios (que, muitas vezes se cristalizam como adjetivos) são flexionados em gênero e número para estabelecerem concordância.
o Dois tipos de concordância: há dois tipos distintos de concordância – a nominal e a verbal. Concordância nominal é aquela que se estabelece entre o substantivo (ou pronome substantivo) que forma o núcleo de um termo e seus eventuais adjuntos adnominais, ou entre o substantivo que forma o núcleo do sujeito ou do objeto e seu predicativo; concordância verbal é aquela que se estabelece entre o substantivo (ou pronome substantivo) que forma o núcleo do sujeito e o verbo em torno do qual se organiza o predicado.
Exercício: Escreva uma frase onde haja onde haja concordância nominal e verbal na primeira pessoa do singular, gênero masculino e outra na segunda pessoa do plural e no gênero feminino. Em seguida escreva outras frases invertendo a flexão de numero e gênero de suas correspondentes e colocando ambas na terceira pessoa:
o Em algumas palavras, encontram-se marcas que vão evidenciar os vínculos existentes em um enunciado. Isso é possível quando a palavra é flexionável, ou seja, quando admite adequação e modificação. Essas marcas são as desinências.
No caso do nome, as desinências que explicitam vínculos entre um núcleo nominal e seus satélites são as de gênero e número; no caso do verbo, as desinências que evidenciam o vínculo entre o núcleo do sujeito e o verbo são as de número e pessoa.
Dessa maneira, podemos concluir que a flexão é um mecanismo que serve para adequar as palavras de um enuncia do à concordância, permitindo seu entendimento e sendo importante mecanismo de coesão gramatical.
Qual a regra geral da concordância verbal?
o Regra geral: O verbo constitui o predicado, uma declaração que se refere a um sujeito; há, portanto, uma íntima relação entre os dois termos, daí o verbo e o núcleo do sujeito concordarem em número e pessoa.
Questão: Escreva duas frases onde haja um sujeito simples e uma relação de concordância verbal:
o Regra geral: O verbo constitui o predicado, uma declaração que se refere a um sujeito; há, portanto, uma íntima relação entre os dois termos, daí o verbo e o núcleo do sujeito concordarem em número e pessoa.
Quais as regras de concordância verbal de número?
- Flexão de número do verbo no sujeito composto: Em alguns casos, apesar de o sujeito ser composto, o verbo pode aparecer tanto no singular como no plural. A concordância dependerá do sentido ou da ênfase que se queira dar à frase ou a um dos núcleos do sujeito.
Exemplo:
Neste exemplo, o verbo aparece no singular porque a conjunção ou tem valor excludente: apenas um dos dois fará a denúncia.
Pedro ou Paulo fará a denúncia.
Em:
Uma carta, um telefonema, uma visita era suficiente.
Há uma ideia de gradação, permitindo a concordância do verbo com o último núcleo. - Flexão de número do verbal em substantivo só usado no plural: Quando o núcleo do sujeito é um substantivo só usado no plural, a concordância se faz da seguinte maneira: se o substantivo aparecer precedido de artigo no plural, o verbo irá para o plural; não aparecendo o artigo, o verbo ficará no singular.
Exemplo:
Memórias de um sargento de milícias é a melhor crônica do Brasil de D. João VI.
As Memórias de um sargento de milícias são a melhor crônica do Brasil de D. João VI. - Flexão de número do verbo ser: A concordância do verbo ser, na maioria da vezes, é optativa, podendo ser feita tanto com o sujeito como com o predicativo, dependendo de qual termo se queira destacar. Se o predicativo ou o sujeito for um nome próprio ou indicar pessoa(s), ele prevalecerá, em termos de concordância.
Exemplo: - Flexão de número do verbo quando o núcleo do sujeito é o pronome relativo que: o verbo concorda em número e pessoa com o antecedente (isto é, com o termo que o pronome relativo substitui).
Exemplo: - Flexão de número nos enunciados em que aparece a voz passiva sintética, formada por um verbo transitivo direto na terceira pessoa mais o pronome apassivador se, também se manifesta a concordância: o verbo se flexiona no singular ou no plural, concordando com o sujeito.
Exemplo:
Não confundir a voz passiva sintética com esta construção semelhante, que indica, porém, indeterminação do sujeito:
Precisa-se de operários.
Aqui o se é índice de indeterminação do sujeito; o verbo não é transitivo direto e aparece sempre na terceira pessoa do singular.
6. Plural do verbo no sujeito oracional: Se o sujeito é oracional, isto é, se é constituído por uma oração (subordinada substantiva subjetiva), o verbo fica na terceira pessoa do singular.
QUESTÃO: Escreva uma frase para cada cano de concordância verbal de número existente.
- Flexão de número do verbo no sujeito composto: Em alguns casos, apesar de o sujeito ser composto, o verbo pode aparecer tanto no singular como no plural. A concordância dependerá do sentido ou da ênfase que se queira dar à frase ou a um dos núcleos do sujeito.
Exemplo:
Neste exemplo, o verbo aparece no singular porque a conjunção ou tem valor excludente: apenas um dos dois fará a denúncia.
Pedro ou Paulo fará a denúncia.
Em:
Uma carta, um telefonema, uma visita era suficiente.
Há uma ideia de gradação, permitindo a concordância do verbo com o último núcleo. - Flexão de número do verbal em substantivo só usado no plural: Quando o núcleo do sujeito é um substantivo só usado no plural, a concordância se faz da seguinte maneira: se o substantivo aparecer precedido de artigo no plural, o verbo irá para o plural; não aparecendo o artigo, o verbo ficará no singular.
Exemplo:
Memórias de um sargento de milícias é a melhor crônica do Brasil de D. João VI.
As Memórias de um sargento de milícias são a melhor crônica do Brasil de D. João VI. - Flexão de número do verbo ser: A concordância do verbo ser, na maioria da vezes, é optativa, podendo ser feita tanto com o sujeito como com o predicativo, dependendo de qual termo se queira destacar. Se o predicativo ou o sujeito for um nome próprio ou indicar pessoa(s), ele prevalecerá, em termos de concordância.
Exemplo: - Flexão de número do verbo quando o núcleo do sujeito é o pronome relativo que: o verbo concorda em número e pessoa com o antecedente (isto é, com o termo que o pronome relativo substitui).
Exemplo: - Flexão de número nos enunciados em que aparece a voz passiva sintética, formada por um verbo transitivo direto na terceira pessoa mais o pronome apassivador se, também se manifesta a concordância: o verbo se flexiona no singular ou no plural, concordando com o sujeito.
Exemplo:
Não confundir a voz passiva sintética com esta construção semelhante, que indica, porém, indeterminação do sujeito:
Precisa-se de operários.
Aqui o se é índice de indeterminação do sujeito; o verbo não é transitivo direto e aparece sempre na terceira pessoa do singular.
6. Plural do verbo no sujeito oracional: Se o sujeito é oracional, isto é, se é constituído por uma oração (subordinada substantiva subjetiva), o verbo fica na terceira pessoa do singular.