Vulvovaginites Flashcards

1
Q

Principais manifestações das IST?

A

corrimento vaginal, corrimento uretral, úlceras genitais, DIP e verrugas anogenitais

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2
Q

O que são vulvovaginites?

A

Processo inflamatório e/ou infeccioso que envolve a vulva, paredes vaginais e o epitélio escamoso estratificado do colo uterino - infecção de alguma parto do trato genital inferior

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3
Q

O que é mucorreia?

A

secreção vaginal fisiológica acima do normal

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4
Q

Clínica das vulvovaginites?

A

conteúdo vaginal aumentado, prurido e irritação, que podem estar associados a odor desagradável, a ardência e intenso desconforto.

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5
Q

Como é feita a avaliação diagnóstica de vulvovaginites?

A

Se houber microscopia já facilita o diagnóstico, caso contrário determinar ph, teste de aminas.

  • determinar o ph: fitas medidoras de ph
  • exame a fresco: microscopia
  • bacterioscopia por coloração de gram
  • teste das aminas/teste do cheiro: KOH a 10%
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6
Q

Qual o fluxograma do manejo das vulvovaginites segundo o MS?

A

queixa de corrimento > toque e exame especular > corrimento confirmado.
A partir disso depende se existe microscopia disponível.
Se sim fazer e definir a etiologia (hifas? clue cells? tricomonas?)
Se não, determinar o ph e/ou teste das aminas, se 1.ph>4,5 e/ou KOH (+): tratar vaginose bacteriana e tricomoníase
2. ph <4,5 e/ou KOH (-) => se corrimento gumoso ou eritema vulvar tratar candidíase. Caso contrário é causa fisiológica.

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7
Q

As quatro principais causas de vulvovaginites infecciosas?

A

Vaginose bacteriana (Vb);
Candidíase vulvovaginal;
Tricomoníase;
Vaginite descamativa.

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8
Q

Principal causa de corrimento vaginal?

A

vaginose bacteriana

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9
Q

O que é a vaginose bacteriana?

A

Um desequilíbrio da flora vaginal com aumento da concentração de bactérias anaeróbias em substituição aos lactobacilos.
Não é uma DST! pode ser transmitida sexualmente mas não é a principal forma de transmissão.

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10
Q

Diagnóstico da vaginose bacteriana?

A

critérios clínicos (critérios de Amsel) ou pela coloração de Gram.

CritérioS de Amsel:
1 Corrimento branco acinzentado, homogêneo, fino.
2 pH vaginal > 4,5.
3 Teste das Aminas (whiff test) positivo
4 Visualização de clue cells/células guia/ céls chave.

Diagnóstico fechado com 3 dos 4 critérios positivos

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11
Q

Tratamento da vaginose bacteriana?

A

Primeira Opção:
1- metronidazol 250 mg, 2 comprimidos, VO, 2x/dia, por 7 dias.
2- metronidazol gel vaginal 100 mg/g, um aplicador cheio, via vaginal, à noite ao se deitar, por 5 dias.

Segunda Opção:
1- Clindamicina 300 mg, VO, 2x/dia, por 7 dias.

Gestantes:

  • Primeiro trimestre: Clindamicina 300 mg, VO, 2x/dia, por 7 dias.
  • Após o primeiro trimestre: metronidazol 250 mg, 1 comprimido, VO, 3x/dia, por 7 dias.
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12
Q

Na vaginose bacteriana deve-se tratar parceiros?

A

não

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13
Q

O que é a candidíase vulvovaginal?

A

infecção da vulva e vagina causada por um fungo do gênero Candida, Gram-positivo, dimorfo, saprófita do trato genital e gastrointestinal, com virulência limitada

obs: candida sp faz parte da flora normal vaginal

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14
Q

Clínica da candidíase vulvovaginal? (qual o o principal sintoma)

A
  • Prurido vulvovaginal: é o principal sintoma. Possui intensidade variável, de leve a insuportável, que piora à noite e é exacerbado pelo calor local.
  • Queimação vulvovaginal.
  • Dor à micção (disúria).
  • Dispareunia.
  • Corrimento branco, grumoso, inodoro e com aspecto caseoso (“leite coalhado”)
  • Hiperemia e edema vulvar.
  • Escoriações de coçadura.
  • Fissuras e maceração da vulva.
  • Vagina e colo recobertos por placas brancas ou branco acinzentadas, aderidas à mucosa.
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15
Q

Diagnóstico da CVV?

A

O diagnóstico do corrimento vaginal pode ser realizado por teste do pH vaginal, em que são mais comuns valores < 4,5 e/ou por bacterioscopia, com a visualização de leveduras e/ou pseudo-hifas.

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16
Q

Tratamento da CVV?

A

Primeira opção:
1- Miconazol creme vaginal a 2%, um aplicador cheio, à noite ao se deitar, por 7 dias OU
2- nistatina 100.000 UI, uma aplicação via vaginal, à noite, ao se deitar, por 14 dias.

Segunda opção:
1- Fluconazol 150 mg VO dose única.
2- Itraconazol 100 mg VO, 2 comprimidos, VO, 2x/dia, por 1 dia.
Gestantes:
Durante a gestação, o tratamento deve ser realizado somente por via vaginal (miconazol).
O tratamento oral está contraindicado na gestação e lactação.

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17
Q

O que é a tricomoníase?

A

infecção causada por um protozoário flagelado denominado Trichomonas vaginalis, anaeróbico facultativo. É uma DST!

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18
Q

Clínica da tricomoníase?

A

Assintomáticos
A queixa mais comum é de corrimento, normalmente abundante, amarelo ou amarelo-esverdeado (mais comum), mal cheiroso e bolhoso
ardência, hiperemia e edema
disúria, polaciúria e dor suprapúbica.

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19
Q

Achado altamente específico da tricomoníase?

A

colpite focal ou difusa caracterizada por um “COLO EM FRAMBOESA/HIPEREMIADO” ou “colo em morango”
ISSO ajuda a diferenciar da vb.
Esta alteração é vista a olho nu em apenas 2% dos casos, mas na colposcopia é evidente em até 90%.

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20
Q

Diagnóstico da tricomoníase?

A

anamnese, achados ao exame físico, medida do pH vaginal, teste de whiff e microscopia a fresco do fluido vaginal. O pH vaginal normalmente é igual ou superior a 5,0
A microscopia a fresco do fluido vaginal revela o protozoário

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21
Q

Tratamento da tricomoníase?

A

tem que ser oral!
Primeira opção:
1- Metronidazol 400 mg, 5 comprimidos, VO, dose única (dose total de tratamento 2 g);
2- Metronidazol 250 mg, 2 comprimidos, VO, 2x/dia, por 7 dias.
Gestante: mesma coisa

Cremes vaginais não são opção!
Tem que tratar os parceiros tbm!

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22
Q

Cuidados no aleitamento materna no tratamento com metronidazol?

A

requer suspensão do aleitamento materno por 12 a 24h e o tinidazol por 72h.

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23
Q

Como fica o teste das aminas em cada uma das vulvovaginites infecciosas?

A

vaginose bacteriana: Positivo (70-80%).
candidíase vulvovaginal: negativo
tricomoníase: Frequentemente positivo.

24
Q

O que é a vaginite descamativa?

A

Vaginite purulenta, crônica, que ocorre na ausência de processo inflamatório cervical ou do trato genital superior.

25
Q

Diagnóstico de vaginite descamativa?

A

CritérioS diaGnóStiCoS
Incluem-se:
 Conteúdo vaginal purulento em grande quantidade;
 pH vaginal alcalino;
 Microscopia:
- Processo descamativo vaginal intenso, com predomínio das células profundas (basais e parabasais);
- Flora vaginal do tipo 3 (ausência de lactobacilos): substituição da flora lactobacilar por cocos Gram-positivos;
- Número elevado de polimorfonucleares.

26
Q

Tratamento da vaginite descamativa?

A

Clindamicina creme a 2% - 5 g via vaginal por sete dias.

27
Q

Mulher com conteúdo vaginal flocular, consistente, branco e pH 4.5. O exame direto revelou mais de 30 bacilos Gram positivos, alguns leucócitos e raros cocos Gram positivos em campo de 400X. O diagnóstico é?

A

normalidade.
O conteúdo vaginal normal apresenta consistência flocular, cor transparente ou branca, pequena quantidade de leucócitos e pH ácido (4,0 a 4,5). A flora bacteriana vaginal é constituída por aeróbios, anaeróbios estritos ou facultativos e fungos. Lactobacillus sp. é a espécie que predomina na flora bacteriana normal

28
Q

Flávia, 18 anos, solteira, vida sexual ativa desde os 15 anos; procurou seu médico de família com queixa de secreção vaginal tipo “clara de ovo”, sem odor, prurido e sem sintomas infecciosos, tendo aumentado de volume nos últimos 2 meses. Ao realizar o exame ginecológico, observou a mucosa vaginal sem alterações. Qual é a principal hipótese diagnóstica e tratamento?

A

Mucorreia/tranquilizar a paciente.

29
Q

Clue-cells (células-guia, células-alvo, células-índice), em geral, revelam alterações, envolvendo que bactérias?

A

Gardnerella vaginalis ou Mobiluncus sp.

30
Q

O teste de Schiller pode apresentar múltiplas manchas claras em fundo escuro na infecção por:

A

As manchas claras em fundo escuro correspondem ao aspecto “tigroide” ou em “pele de onça” do colo uterino, que sinalizam a colpite difusa da tricomoníase.

31
Q

Achado esperado no exame a fresco de VB?

A

clue cells

32
Q

Complicações que a VB pde levar na gestante?

A

DIP, salpingite, parto prematuro, amniorrexe prematura

33
Q

Tratamento de candidíase vaginal recorrente?

A

fluconazol 1cp nos dias 1, 4 e 7 e depois semanal por 6 meses

34
Q

Características do corrimento da tricomoníase (cor, KOH, PH e prurido)?

A

verde bolhoso
ph aumentado
KOH positivo
sem prurido importante

35
Q

Quais as vulvovaginites e vaginoses não infecciosas?

A

vulvovaginites inespecíficas, vaginose citolítica, vaginose atrófica

36
Q

Principal vulvovaginite na infância?

A

vulvovaginite inespecífica

37
Q

Fator de risco mais importante para vulvovaginite inespecífica?

A

má higiene

38
Q

Clínica vulvovaginite inespecífica?

A
Leucorreia: aspecto variável.
•	Prurido vulvar. 
• Ardência vulvar. 
•	Escoriação, hiperemia e edema de vulva.
•	Disúria e polaciúria.
•	Sinais de má higiene.
39
Q

Diagnóstico da vulvovaginite inespecífica?

A

A investigação se inicia pela coleta de material da vagina, através de sonda de nelaton acoplada a uma seringa, para realização de exame a fresco com SF a 0,9% e teste com hidróxido de potássio a 10% (uma gota da secreção vaginal + uma gota de KOH) e bacterioscópico (Gram).
Na suspeita da presença de corpos estranhos, o toque retal pode ser realizado.
Está indicada também a solicitação de exame parasitológico de fezes com pesquisa de oxiúros e exame qualitativo de urina e urinocultura.

40
Q

Tratamento de vulvovaginites inespecíficas?

A

• Boas medidas higiênicas com água abun-
dante e sabão neutro.
• Prevenir contato com irritantes.
• Evitar roupas sintéticas.
• Banhos de assento com antissépticos.
• Tratamento sistêmico de infecção urinária,
se presente.
• Tratamento de parasitoses intestinais, se
confirmada.
• Antibioticoterapia tópica, em caso de identi-
ficação do agente.

41
Q

O que é vaginose citolítica?

A

Corrimento vaginal caracterizado por aumento excessivo de lactobacilos, citólise importante e escassez de leucócitos.

42
Q

Fisiopatologia da vaginose citolítica?

A

O aumento excessivo da flora lactobacilar desencadeia um processo de citólise das células intermediárias do epitélio vaginal, com consequente liberação de substâncias irritativas, provocando o corrimento e a ardência vulvovaginal.

43
Q

Clínica da vaginose citolítica?

A
  • Prurido
  • Leucorreia
  • Disúria
  • Dispareunia
44
Q

Diagnóstico da vaginose citolítica?

A
• pH vaginal entre 3,5 e 4,5.
• Microscopia com solução salina:
- Ausência de microrganismos não pertencentes à microbiota vaginal normal.
- Raros leucócitos.
- Citólise (núcleos desnudos).
- Aumento significativo de lactobacilos.
45
Q

Tratamento vaginose citolítica?

A

Consiste na alcalinização do meio vaginal (aumento do pH vaginal), com duchas vaginais, com 30 a 60 g de bicarbonato de sódio diluído em um litro de água morna. Deve-se usar de duas a três vezes por semana até a remissão do quadro clínico.

46
Q

O que é vaginite atrófica?

A

Vaginite que surge em consequência da deficiência de estrogênio.
Após a menopausa, seja ela natural ou cirúrgica (remoção dos ovários), os níveis circulantes de estrogênio (principalmente estradiol) são drasticamente reduzidos. O epitélio vaginal e uretral são estrogênio dependentes.

47
Q

Clínica da vaginite atrófica?

A
Entre os genitais, destacam-se:
• Prurido vulvar intenso
• Ardência 
• Dispareunia
• Conteúdo vaginal amarelo-esverdeado
Já entre os urinários incluem-se:
• Disúria.
• Hematúria.
• Frequência urinária aumentada.
• Infecção urinária.
• Incontinência urinária.
48
Q

Sinais genitais e uretrais da vaginite atrófica?

A
Entre os genitais, destacam-se:
• Epitélio vaginal pálido, liso e brilhante.
• Perda de elasticidade e turgor da pele.
• Ressecamento dos grandes e pequenos lá-
bios.
• Estenose de introito vaginal.
• Eritema vulvar.
• Petéquias no epitélio.
Já entre os uretrais incluem-se:
• Eversão da mucosa uretral.
• Pólipo uretral.
• Equimoses
49
Q

Diagnóstico da vaginite atrófica?

A

• pH vaginal > 5
• Microscopia com solução salina:
- Ausência de parasitas.
- Grande quantidade de polimorfonucleares.
- Presença maciça de células basais e pa-
rabasais.

50
Q

Tratamento da vaginite atrófica?

A

Na maioria dos casos, há melhora com a reposição estrogênica local (estrogênio de uso tópico).

51
Q

Vaginose com odor semelhante a “peixe podre”? (sniff-test positivo)

A

vaginose bacteriana e tricomoníase

52
Q

Mulher apresenta corrimento fluido com odor associada à ardência urinária. Ao exame observam-se vagina e colo hiperemiados com conteúdo vaginal aumentado e bolhoso. A suspeita clínica é de:

A

Tricomoníase;
sinais presuntivos de tricomoníase da questão: corrimento fluido e abundante; odor; coloração esverdeada e bolhosa; colpite. obs: o prurido é secundário a inflamação
quadro facilmente confundido com vaginose bacteriana.

O que permite distinguir a tricomoniase da vaginose é a presença de VAGINA E COLO HIPEREMIADOS (presença de inflamação).

A vaginose nao apresenta sinais de inflamação, enquanto a tricomoniase sim!!

53
Q

Paciente de 28 anos de idade, do sexo feminino, comparece ao pronto-socorro de ginecologia com queixa de secreção vaginal diferente do habitual. Refere início da atividade sexual aos 15 anos de idade, com 10 parceiros desde então. Não possui parceiro fixo atualmente e faz uso de preservativo de forma eventual. Faz uso diário de absorvente íntimo, em razão da presença, de secreção vaginal, que incomoda. Ao exame físico, foi evidenciada secreção branca grumosa, com intensa hiperemia das paredes vaginais. Dx

A

candidiase vaginal

54
Q

Paciente procura o ginecologista com queixa de corrimento branco, grumoso, inodoro; fissuras e maceração da pele. Nesse caso, a droga mais indicadaa para o tratamento é:

A

miconazol creme ou nistatina

2ª opcao fluconazol

55
Q

alternativa ao metronidazol no tto da vb

A

clindamicina