Vias biliares Flashcards
Principais agentes envolvidos na colecistite?
E. coli e Klebsiella
Dx de colecistite
Critérios de Tokyo (A + B + C)
➔ A + B = forte suspeita
A – sinais locais de inflamação;
* Murphy +;
* Dor, rigidez em HCD.
B – sinais sistêmicos de inflamação;
* Febre;
* Leucocitose;
* PCR elevado.
C – imagem compatível
* USG de abdome superior = MELHOR EXAME
Achado de imagem na colecistite
Espessamento (> 4 mm); edema de parede;
Murphy ultrassonográfico; cálculo impactado;
parede delaminada; edema e líquido
perivesicular.
Classificação colecistite
Leve:
* Sem nenhum critério positivo.
Moderada: (leucocitão / massão / tempão / complicação)
* Leucócitos > 18.000 células/mm3;
* Massa palpável;
* Duração > 72 horas;
* Complicações locais.
Grave:
* Disfunção orgânica;
* Hipotensão;
* IRA;
* RNC;
* Coagulopatia;
* Irpa.
Tto colecistite
LEVE
* ASA < III/CCI < 6 (= paciente BOM). Padrão-ouro = colecistectomia por videolaparoscopia. ATB pode ser suspenso após cirurgia
* ASA > III/CCI > 6 (=paciente RUIM). ATB + terapia de suporte (jejum, analgesia, hidratação venosa) e cirurgia tardia. ATB: Ceftriaxone +
metronidazol; Alternativa = meropenem, tazocin
MODERADA
* Medidas iniciais: analgesia, ATB (cef+metro), jejum, hidratação
* Resposta inicial boa. ASA < III/CCI < 6 (= paciente BOM). Padrão-ouro = colecistectomia por videolaparoscopia; ASA > III/CCI > 6 (=paciente RUIM). ATB e cirurgia tardia após melhora clínica
* Resposta inicial ruim ou piora clínica: ATB + DRENAR = COLECISTOSTOMIA
GRAVE
* Suporte INTENSIVO = UTI, jejum, hidratação,
analgesia, DVA, IOT
* Paciente bom = colecistectomia (mesma lógica
da moderada)
* Paciente ruim = drenagem
Quando suspeitar de coledocolitíase?
Icterícia flutuante + colicas biliares
➔ Paciente chega falando que dps que come fica com dor e amarelo, mas a cor volta ao normal dps de uns dias
- Colelitíase, colecistite aguda (sugere possibilidade
de cálculo em outras topografi as) - Pancreatite aguda (microcálculos)
- Icterícia obstrutiva, colangite
Preditores de coledocolitíase ESGE
Alto Risco ➔ Cálculo em exame de imagem OU Colangite = CPRE terapêutica
- Risco intermediário ➔ Dilatação de via biliar no US OU Idade > 55 anos OU Alteração das enzimas hepáticas = investigar com ColangioRM ou colangiografia intraoperatória
- Baixo Risco ➔ Ausência dos critérios anteriores = Colecistectomia VLP
Conduta pós colangiografia intra-operatória
Sem alterações: colecistectomia
Presença de cálculo em colédoco:
* Exploração intraoperatória
* CPRE intraoperatória/pós-operatória
(padrão-ouro)
* Conversão para laparotomia
* Abordagem posterior
Preditores de falha de CPRE
- Cálculo > 2 cm
- Múltiplos cálculos / intra-hepáticos
- Abordagem prévia
- Colédoco > 2 cm é disfuncional (tratamento é feito através de biliodigestiva)
Quadro colangite
- Tríade de Charcot: febre + dor em hipocôndrio direito + icterícia.
- Pêntade de Reynolds: febre + dor em
hipocôndrio direito + icterícia + hipotensão + confusão mental.
Dx colangite
Critérios de Tokyo, 2018;
* A – sinais sistêmicos de inflamação: Febre > 38 °C, calafrios; Leucocitose.
- B – colestase: Bilirrubina > 2 mg/dL; TGO, TGP, FA, GGT elevadas.
- C – imagem compatível: Dilatação de vias biliares; etiologia visível.
Classificação colangite
Leve:
* Sem nenhum critério positivo.
Moderada:
* Leucócitos > 12.000 células/mm3 ou < 4.000 células/mm3;
* Febre > 39 °C;
* Idade > 75 anos;
* Bilirrubina total > 5 mg/dL;
* Hipoalbuminemia.
Grave: Disfunção orgânica:
* Cardiovascular = uso de drogas vasoativas;
* Neurológico = rebaixamento do nível de consciência;
* Renal = Cr > 2 mg/dl;
* Hepática = INR > 1,5;
* Pulmonar
* Coagulopatia
Tratamento colangite
Leve:
* ATB + suporte + drenagem em 24/48 horas.
Moderada:
* ATB + suporte;
* Drenagem imediata.
Grave:
* ATB + suporte
* Drenagem imediata;
* Encaminhamento para leito de UTI