Uveítes Difusas - VKH , Oftalmia Simpatica Flashcards
Quais são as principais uveítes difusas?
Vogt Koyanagi Harada
Doença de Behçet
Oftalmia Simpática
Sarcoidose
Qual a epidemiologia da doença de Harada?
Acomete preferencialmente mulheres, entre 20-50 anos.
Mais comum em raças pigmentadas, como negros, asiáticos (prevalência alta no Japão), hispânicos e índios. Mais rara em caucasianos.
Behçet e VKG são as principais causas não infecciosas de uveíte no Brasil.
Qual a fisiopatologia da doença de Harada?
Doença auto-imune contra melanócitos, com possível desencadeante viral.
Os linfócitos T CD4 são os principais responsáveis pela resposta imunológica na DVGH.
Há associação com o HLA-DR4
Quais são os critérios diagnósticos da doença de Harada? (5)
- Ausência de trauma penetrante/cirurgia ocular previamente à uveíte.
- Ausência de evidências clínicas/laboratoriais sugestivas de outras doenças oculares.
- Envolvimento ocular bilateral
- Coroidite difusa, com DR seroso, edema de disco e uveíte anterior - Achados neurológicos/auditivos
- Alterações de pele e fâneros.
Quais são as características da fase prodrômica da DVKH?
- Antecede o quadro ocular em dias e caracteriza-se por febre, cefaléia, náuseas e zumbido.
- 80% dos pacientes apresentam pleocitose liquórica com predomínio de linfomononucleares nesta fase (questão de prova!). Esta alteração pode durar cerca de 8 semanas.
Quais são as características da fase uveíte da DVKH?
Envolvimento ocular bilateral com:
- Coroidite difusa, descolamento de retina exsudativo, hiperemia/edema de disco
- Uveíte anterior granulomatosa ou não granulomatosa
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Quais são as características da fase convalescente da DVKH?
Despigmentação de pele, fâneros, coróide, EPR e limbo
- Fundo em pôr do sol
- Sinal de Sugiura - despigmentação perilímbica
- Poliose, alopécia e Vitiligo
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O que é o sinal de Sugiura?
Despigmentação perilímbica na fase de convalescença da DVKH
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Quais são as características da fase de recorrência da DVKH?
As recorrências geralmente ocorrem no segmento anterior, na forma de uveíte anterior.
Exames como a indocianina verde podem mostrar sinais de atividade subclínicos
Quais complicações podem ocorrer na fase crônica da DVKH?
Membrana neovascular subrretiniana (9-15%), catarata (10-42%) e glaucoma (6-45%) podem aparecer nesta fase
Quais são as alterações na angiofluoresceinografia na fase aguda da DVKH?
Atraso no enchimento da coróide com áreas de hipofluorescência
Múltiplos pontos hiperfluorescentes (pinpoints) e acúmulo de contraste no espaço subrretiniano (pooling)
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Quais são as alterações na angiofluoresceinografia na fase de convalescência da DVKH?
Áreas hiperfluorescentes por defeito em janela alternando com áreas hipofluorescentes por bloqueio devido ao acúmulo de pigmento.
Pinpoints e extravasamento no disco podem permanecer em uma parte dos pacientes.
Quais são as alterações da DVKH na ICG?
Atraso na perfusão da coróide em fases iniciais e hiperfluorescência precoce por extravasamento, que se mantém nas fases tardias.
Há perda da definição do vasos da coróide nas fases intermediárias (fuzzy vessels) e pontos hipofluorescentes nas fases precoces e intermediárias (dark dots) que correspondem aos granulomas de coróide.
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Quais são as alterações da DVKG no ultrassom?
Observa-se espessamento difuso da coróide e descolamento de retina exsudativo.
Quais são alterações da DVKH no OCT?
Descolamento de retina exsudativo multifocal com espaços císticos.
Na fase crônica observa-se dano aos segmentos externos dos fotorreceptores e áreas de acúmulo de células do EPR.
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