USP-SP Flashcards

1
Q

REUNIÃO FAMILIAR

A

PRINCÍPIOS PARA A CONDUÇÃO DE REUNIÕES FAMILIARES:
> Antes da realização de uma 1ª reunião familiar, deve-se questionar o paciente (quando este estiver em condições de tomar decisões) se ele CONCORDA com a realização da reunião, se GOSTARIA DE PARTICIPAR e QUAIS SÃO OS MEMBROS DA FAMÍLIA que ele gostaria que estivessem presentes (a princípio, todos os familiares que desejarem participar podem ser incluídos, no entanto, o paciente TEM O PODER DO VETO;
> AGRADECER a presença de todos, fazer as APRESENTAÇÕES (todos devem dizer seu NOME, os profissionais devem informar também qual sua FUNÇÃO NA EQUIPE e os familiares, qual o seu VÍNCULO com o paciente;
> Perguntar o que já LHES FOI DITO sobre a doença e o tratamento, e o que eles TÊM OBSERVADO EM RELAÇÃO AO PACIENTE;
> RESUMO CLÍNICO, breve e claro, sem se alongar, evitando-se o uso de jargão médico;
> No caso de reunião sem a presença do paciente, é interessante perguntar o que seus afamiliares IMAGINAM QUE SERIA SUA OPINIÃO;
> Ao final o profissional deve RESUMIR o que foi conversado e qual a mensagem que quer que a família leve da reunião;
> Após a reunião, deve-se REGISTRAR EM PRONTUÁRIO sua realização, quais foram os participantes, os conteúdos discutidos e as decisões tomadas;

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2
Q

CONSPIRAÇÃO DO SILÊNCIO

A

> PEDIR QUE OS FAMILiARES CONTEM QUAIS SÃO SUAS PREOCUPAÇÕES ajuda a desenvolver vínculos de confiança (às vezes, os familiares PRESUMEM que o paciente prefere não saber; nestes casos, pode-se sugerir a possibilidade de que o paciente tenha uma OPINIÃO DIFERENTE);
É importante responder empaticamente às emoções dos familiares (“eu vejo que você está preocupado”);
Ao discutir o ponto de vista fa mília, é importante falar de forma respeitosa sobre as IMPLICAÇÕES DE NÃO SE FALAR COM O PACIENTE SOBRE O DIAGNÓSTICO (“vocês já consideraram algumas questões práticas associadas a não contar à usa mãe sobre o seu diagnóstico? Posso mencionar algumas das minhas preocupações? Por exemplo, vocês falaram em contar para a paciente que ela tem uma infecção, mas como explicaríamos a ela que ela vai tratar essa infecção em uma clínica que tem a palavra câncer na placa de entrada?);
Uma boa estratégia é convidar os familaires a REFLETIR SOBRE O FATO DE QUE O PACIENTE FICARÁ CADA VEZ MAIS DEBILITADO PELA DOENÇA E QUE ELE PERCEBERÁ ISSO MELHOR QUE TODOS, uma vez que se trata do seu próprio corpo;
Pode-se pedir, ainda, a eles que pensem o quão angustiante pode ser não saber o que está acontecendo e como pode ser MAIS DIFÍCIL LIDAR COM O SOFRIMENTO SEM PODER CONVERSAR A RESPEITO E DIVIDIR SUAS ANGÚSTIAS COM AS PESSOAS QUE AMA E CONFIA;
Algumas vezes, vale a pena levantar com os familiares a possibilidade de o paciente no FUTURO VIR A DESCOBRIR DE OUTRA MANEIRA O QUE ESTÁ OCORRENDO E COMO SERIA DURO PARA ELE SE SENTIR TRAÍDO PELAS PESSOAS EM QUEM MAIS CONFIA;
É possível propor que se PERGUNTE AO PACIENTE se ele quer ser informado sobre sua doença, oferecendo a possibilidade de que um membro da família fique responsável vaso este expressasse que gostaria de ser informado;
É interessante que se diga aos familiares que ESSAS INFORMAÇÕES SÃO UM DIREITO DO PACIENTE e que, SE ELE PERGUNTAR DIRETAMENTE A RESPEITO DELAS, a EQUIPE NÃO PODERÁ MENTIR PARA ELE;

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3
Q

PROTOCOLO SPIKES

A

SETTING UP:
> Local reservado e silencioso, sem interrupções;
> Espaço para todos se sentarem;
> Posição próxima o suficiente para poder tocá-lo, se for adequado;
> Agendar horário e local em que não serão perturbados e desliar celulares;
> Pedir a presença de familiares ou pessoas que deem apoio ao paciente;
> Ser direto (“infelizmente, não tenho boas notícias”);

PERCEPTION:
> Habilidade de escutar e perceber, criar clima no relacionamento que possibilite ao paciente informar o que pensa e sente. Envolve olhar enquanto o paciente fala, usar meneios positivos com a cabeça e tornar claros os tópicos ambíguos.
> Perguntar ao paciente o que ele já sabe e o que já entendeu (p.e. “O que o senhor entendeu do que outros médicos já lhe disseram? Qual sua impressão de tudo o que lhe está acontecendo?);

INVITATION:
> Perguntar ao paciente se ele está disposto a conversar um pouco sobre sua doença (p.e. “Este momento é adequado para conversarmos um pouco sobre sua condição clínica?”);
> Checar o quanto o paciente quer receber de informação (p.e. “O senhor gostaria de receber todas as informações sobre seus exames? Alguns pacientes gostam de saber todos os resultados, mesmo quando não são boas notícias, outros preferem apenas saber as questões mais importantes. Outros, ainda, preferem que apenas sua família esteja a par de tudo. E o senhor, como acha melhor?”);
KNOWLEDGE:
> Falar de forma clara, objetiva, pausadamente;

EMOTION:
> Pausar sempre que emoções aparecerem, validá-las, demonstrar empatia e compreensão (p.e. “Eu imagino que isso seja frustrante”. “Deve ser muito difícil ouvir uma notícia dessas”);

STRATEGY AND SUMMARY:
> Resumo dos principais tópicos discutidos e questionamento sobre pontos que o paciente de familiares ainda gostariam de discutir.
> Checar o quanto o paciente compreendeu de toda conversas (p.e. “O senhor poderia me dizer com as próprias palavras como entendeu tudo oque conversamos?”);
> Demonstrar que independentemente do prognóstico e do planejamento de cuidados proposto, a equipe continuará sempre cuidando do paciente (p.e. “O senhor pode contar com nossa equipe sempre que precisar. Caso haja novas dúvidas, fique à vontade para nos perguntar.”);

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4
Q

COMUNICAÇÃO NO FIM DA VIDA: PACIENTES QUE PREFEREM NÃO DISCUTIR O PROGNÓSTICO

A

COMUNICAÇÃO NO FIM DA VIDA: PACIENTES QUE PREFEREM NÃO DISCUTIR O PROGNÓSTICO

>

O mais importante é tentar ENTENDER O QUE ESTÁ POR TRÁS dessa posição. Assim, evita-se o risco de, diante do alívio de não se precisar ter essa conversa difícil com o paciente, deixar de lhe dar alguma informação que lhe seria importante (p.e. “Se o senhor pudesse me ajudar a entender essa posição de preferir não falar sobre sua doença isso me auxiliaria muito a saber como lidar em situações futuras”).
Deixar claro que a EQUIPE ESTÁ À DISPOSIÇÃO PARA TIRAR QUALQUER DÚVIDA;
Caso surja e PEDIR PERMISSÃO PARA FUTURAMENTE REDISCUTIR COM O PACIENTE SUA POSIÇÃO;
Checar com esse paciente SE HÁ ALGUÉM COM QUEM ELE DESEJA QUE A EQUIPE CONVERSE A RESPEITO DE SUA CONDIÇÃO;
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5
Q

DISCUSSÃO SOBRE TRANSIÇÃO PARA PRIORIZAÇÃO DE CONFORTO

A

DISCUSSÃO SOBRE TRANSIÇÃO PARA PRIORIZAÇÃO DE CONFORTO:
> Checar o que o paciente e a família estão compreendendo da situação até o momento (p.e. “Qual é sua impressão sobre sua doença, diante do que o senhor já conversou previamente com a equipe? O que o senhor tem pensado em relação ao futuro do seu tratamento/ doença? Gostaria de falar sobre isso?);
> Entender o que é importante para o paciente no presente e no futuro, o que tem valor, o que é positivo e o que faz sua vida fazer sentido (“O que é mais importante para o senhor agora? O que na sua vida agora é mais importante e o faz querer viver?”);
> Perguntar o que o preocupa, o que o paciente não quer para seu futuro (“Quais são suas maiores preocupações e medo? O que tem sido mais difícil para o senhor?”);
> Questionar o quanto o paciente gostaria de ouvir (“Agora que eu entendi melhor o senhor, será que ajudaria se eu lhe falasse minha opinião sobre o que poderíamos planejar para o futuro”). Obter controle da dor, estar próximo da família, não sobrecarregar a família, manter-se no controle, não ser submetido a tratamentos que prolonguem o sofrimento;
> Colocar sua impressão quanto à piora clínica de forma global (evitar detalhes de exames, usar termos abrangentes para demonstrar a piora clínica, e não técnicas), (p.e. “Estamos preocupados com o fato de o senhor ter ficado mais fraco e sua doença estar progredindo, apesar de todo o tratamento prévio”.);
> Sempre se deve colocar tudo o que é possível e será feito: reforçar a possibilidade de proporcionar melhora no controle dos sintomas, auxiliar em questões sociais e emocionais. Deve-se abordar expectativa de que tais medidas tragam melhora ao paciente, mas pedir permissão para discutir as possibilidades caso o quadro não evolua de forma tão favorável (“esperar o melhor, mas estar preparado para o pior”), (p.e. “Acredito que possamos ajudar o senhor a melhorar sua dor e essa pneumonia. Estamos torcendo para isso, porém eu também gostaria de estar preparado caso as coisas não evoluam da melhor forma. Podemos falar sobre isso?”);
> “Pode acontecer de sua função respiratória piorar. Temos sempre como lhe dar conforto e alívio da falta de ar com medicamentos e faremos isso. Poderíamos pensar em transferir o senhor para a UTI, onde o senhor respiraria por aparelho. Porém, parece-me que essa medida não traria benefícios e apenas o afastaria de sua família, aumentando seu sofrimento. Se o senhor ficar com falta de ar, podemos lhe dar medicamentos para aliviar esse sintoma, sem precisar coloca-lo para respirar por aparelhos”);
> Avaliar o quanto o paciente compreendeu (p.e. “O senhor poderia me falar com suas palavras o que entendeu?”);

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6
Q

PLANEJAMENTO DAS DIRETIVAS ANTECIPADAS

A

PLANEJAMENTO DAS DIRETIVAS ANTECIPADAS:
> “Eu quero oferecer o melhor cuidado possível até o último dia de vida de seu filho”;
> “Nós vamos focar em melhorar sua qualidade de vida e seu bem-estar”;
> “Vamos nos esforçar ao máximo para controlar os sintomas do seu filho”;

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