Medicina Flashcards
DOENÇAS HEMATOLÓGICAS DE HERANÇA LIGADA AO CROMOSSOMO X
- HEMOFILIA;
- ANEMIA HEMOLÍTICA POR DEFICIÊNCIA DE G6PD;
COMPLEXOS FORMADOS NO PROCESSO DE ABSORÇÃO DA B12
(1) COMPLEXO B12-PROTEÍNAS;
(2) COMPLEXO B12-HAPTOCORRINA ou LIGANTE R;
(2) COMPLEXO B12-FI;
MUTAÇÃO DA POLIPOSE ADENOMATOSA FAMILIAR
- HERANÇA AUTOSSÔMICA DOMINANTE;
- Mutação no CROMOSSOMO 5;
- Gene SUPRESSOR TUMORAL APC;
- Aumento dos níveis de BETA-CATENINA;
CORPÚSCULOS DE MALLORY
São acúmulos INTRACITOPLASMÁTICOS de MATERIAL EOSINOFÍLICO que NÃO parecem ter papel direto no dano hepático, representando, na verdade, apenas uma CONSEQUÊNCIA da lesão induzida pelo álcool. NÃO são PATGNOMÔNICAS! Podem aparecer em outras condições (p.e. DW, NASH, cirrose biliar 1ª);
CAUSAS DE TIREOTOXICOSE E SEUS EXAMES LABORATORIAIS
DOENÇA DE GRAVES:
- TSH suprimido, T4 livre aumentado T3 aumentado;
- Captação de iodo radioativo aumentado;
TIREOTOXICOSE FACTÍCIA:
- TSH suprimido, T4 livre normal/ aumentada e T3 total aumentado***
- Captação de iodo radioativo diminuído;
STRUMA OVARII, TIREOIDITE SUBAGUDA, DOENÇA TROFOBLÁSTICA OU MOLA HIDATIFORME E CARCINOMA TIREOIDIANO METASTÁTICO:
- TSH suprimido, T4 livre aumentado T3 aumentado;
- Captação de iodo radioativo diminuído (na tireoide);
OBSERVAÇÃO:
- As pacientes que ingerem hormônio tireoidiano com o intuito de emagrecer geralmente o fazem com o T3;
TIREOIDITE SUBAGUDA (TRATAMENTO)
- AINES + BETA-BLOQUEADORES;
OBSERVAÇÃO:
- NÃO são indicadas TIONAMIDAS (metimazol ou PTU), pois a alteração fisiopatológica não envolve aumento na produção, mas sim destruição dos folículos tireoidianos;
ACOMPANHAMENTO ATRAVÉS DE DOSAGENS DE HORMÔNIOS TIREOIDIANOS NA RESPOSTA AO TRATAMENTO
TSH:
- Meia vida de 6 a 8 semanas semanas;
T4 livre:
- Meia vida 7 dias;
OBSERVAÇÃO:
- Portanto fica fácil entender que em situações emergenciais de seguimento de crise tireotóxica p.e., a melhor opção é o T4 LIVRE;
HIPERVITAMINOSE A (MNEMÔNICO)
(C)utâneas (alterações cutâneas);
(C)cerebral (pseudotumor cerebral);
(C)álcio (hipercalcemia);
ORDEM DE INFECÇÃO DE CÉLULAS GÁSTRICAS PELO H. PYLORI
CÉLULAS D (produtoras de somatostatina) e CÉLULAS G (produtoras de gastrina);
DROGA DE MAIOR EFICÁCIA PARA TRATAMENTO DA ESCLEROSE CUTÂNEA NA ESCLEROSE SISTÊMICA
Metotrexate;
EXAMES QUE NÃO FAZEM PARTE DA BATERIA DE EXAMES DE ROTINA DO HIPERTENSO
- Ureia;
- Sódio;
- TSH;
- Raios-X;
- Ecocardiograma;
ALTERAÇÕES NO HEMOGRAMA NA INSUF. ADRENAL
- LINFOCITOSE;
- EOSINOFILIA;
SUBSTÂNCIAS PRODUZIDAS NAS CAMADAS DO CÓRTEX ADRENAL
‘GAFCRA’
CÓRTEX ADRENAL:
(a) CAMADA GLOMERULAR: mineralocorticoide (aldosterona);
(b) CAMADA FASCICULADA: glicocorticoides (cortisol);
(c) CAMADA RETICULARIS: androgênios (androstenediona, DHEA);
OBSERVAÇÃO:
- As manifestações clínicas da DOENÇA DE ADDISON geralmente se tornam evidentes quando >90% do córtex adrenal (de ambas as glândulas) foram destruídas;
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DA HIPERCALCEMIA (DEPENDENTE OU NÃO DEPENDENTE DE PTH)
HIPERCALCEMIA DEPENDENTE DE PTH:
(1) HIPERPARATIREOIDISMO PRIMÁRIO (1ª causa mais comum no geral e em jovens):
- PTH ALTO;
- Cálcio ALTO;
- Fósforo BAIXO;
HIPERCALCEMIA NÃO DEPENDENTE DE PTH:
(2) HIPERCALCEMIA HUMORAL DA MALIGNIDADE (2ª causa mais comum no geral e 1ª nos idosos):
(3) INTOXICAÇÃO POR VITAMINA D;
(4) INTOXICAÇÃO POR VITAMINA A;
(5) DOENÇAS GRANULOMATOSAS (TUBERCULOSE E SARCOIDOSE):
(6) MIELOMA MÚLTIPLO;
(7) HIPERTIREOIDISMO (por aumento do metabolismo ósseo);
(8) DIURÉTICOS TIAZÍDICOS;
(9) HIPERCALCEMIA HIPOCALCIÚRICA FAMILIAR;
(10) LÍTIO;
- PTH BAIXO (PTHrp não é detectado pelos ensaios laboratoriais que dosam o PTH, resultando em PTH baixo);
- Cálcio ALTO;
- Fósforo BAIXO;
PIODERMA GANGRENOSO (EPIDEMIOLOGIA, QUADRO CLÍNICO E HISTOPATOLÓGICO)
EPIDEMIOLOGIA:
- Associação com DOENÇAS AUTOIMUNES (50-70%), princ. as DII (RCU>DC);
QUADRO CLÍNICO:
- FORMA ULCEROSA (mais comum), c/ centro necrótico e bordos irregulares, DOLOROSAS, de RÁPIDA EVOLUÇÃO e princ. em MMII;
HISTOPATOLÓGICO:
- Presença de um DENSO INFILTRADO NEUTROFÍLICO;
CÂNCER DE TIREOIDE (ACOMPANHAMENTO E RASTREIO PARA RECIDIVA)
CARCINOMAS DIFERENCIADOS (PAPILÍFERO E FOLICULAR):
- Tireoglobulina e USG cervical;
- Pesquisa de corpo inteiro;
- Levotiroxina supressiva;
CARCINOMAS INDIFERENCIADOS (MEDULAR):
- Calcitonina, CEA e USG cervical;
- Sem indicação de levotiroxina supressiva;
OBSERVAÇÃO:
- LEVOTIROXINA SUPRESSIVA: proporciona redução na recorrência e mortalidade. Dose média de T4 é 2,2-2,8 mcg/kg/dia, levando a um TSH INDETECTÁVEL e se possível, T4 livre e T3 total normais, até que seja documentada a ausência de doença residual ou por, pelo menos 5 ANOS para pacientes de baixo risco ou POR TODA A VIDA para os de alto risco;
- PESQUISA DE CORPO INTEIRO (CINTILOGRAFIA DE CORPO INTEIRO em 6-12 meses): indicado para (a) CARCINOMA PAPILÍFERO OU FOLICULAR DE ALTO RISCO ou (b) ANTI-Tg POSITIVO;
CLASSIFICAÇÃO DE BETHESDA
CATEGORIA I: amostra não diagnóstica (repetir PAAF em 3 a 6 meses);
CATEGORIA II: lesão benigna (observar);
CATEGORIA III: atipias ou lesão folicular de significado indeterminado (repetir PAAF em 3 a 6 meses) OU cirurgia se (a) persistência do resultado; (b) alta suspeita clínica/ USG; (c) nódulo >3 cm;
CATEGORIA IV: suspeita para neoplasia folicular ou lesão folicular (cirurgia OU cintilografia, cirurgia se nódulo frio);
CATEGORIA V: suspeita para malignidade (cirurgia);
CATEGORIA VI: lesão maligna (cirurgia);
OBSERVAÇÃO:
- A versão mais recente do Consenso Brasileiro sugere a realização de cintilografia para Bethesda IV, pois o achado de um nódulo “quente” seria diagnóstico de lesão benigna e dispensaria a cirurgia;
INVESTIGAÇÃO INICIAL DE NÓDULO TIREOIDIANO
- TSH;
- USG CERVICAL;
OBSERVAÇÃO:
- Se o TSH estiver SUPRIMIDO, indicado tireotoxicose, estará indicada CINTILOGRAFIA DE TIREOIDE, para definir se ele é HIPERFUNCIONANTE (“QUENTE”), onde a probabilidade de malignidade se tornará extremamente baixa (<1%), razão pela qual se pode dispensar a punção aspirativa;
SÍNDROME DE CUSHING DEVIDO USO DE GLICOCORTICOIDE
SINAIS E SINTOMAS CLÍNICOS de hipercortisolismo com CORTISOL SÉRICO extremamente baixo!
OBSERVAÇÃO:
- Isso acontece porque o uso continuado de corticoides sintéticos suprime a ação dos adrenocorticotrofos adrenais, reduzindo o ACTH sérico, suprimindo portanto, a atividade biológica das adrenais, reduzindo o cortisol sérico;
- Os GLICOCORTICOIDES SINTÉTICOS não são detectados pelos ensaios laboratoriais que dosam cortisol;
COMO DIFERENCIAR AS DUAS CAUSAS DE SÍNDROME DE CUSHING ACTH-DEPENDENTE (DOENÇA DE CUSHING OU ECTÓPICA)
Na maioria dos serviços, inicialmente são usados testes dinâmicos não invasivos, como:
- TESTE DE LIDDLE 2 (SUPRESSÃO COM ALTAS DOSES DE DEXAMETASONA) (supressão presenta na doença de Cushing e ausente no ACTH ectópico);
- TESTE DE ESTÍMULO COM CRH OU DDAVP (resposta presente na doença de Cushing e ausente no ACTH ectópico).
Quando esses exames falham em fazer essa distinção (o que, infelizmente, ocorre numa grande parcela dos casos), está muito bem indicado o:
- CATETERISMO DE SEIOS PETROSOS (PADRÃO-OURO);
OBSERVAÇÃO:
- RNM DE REGIÃO SELAR só deve ser realizada após a distinção da origem da síndrome de Cushing (hipófise ou ectópica) pelo exame apresentado, pois há grande risco de FALSOS NEGATIVOS E FALSOS POSITIVOS (tumores hipofisário muito pequenos, incidentalomas, irregularidades hipofisárias…);
TRATAMENTO DOS PROLACTINOMAS
AGONISTAS DOPAMINÉRGICOS (bromocriptina e cabergolina) são o tratamento de 1ª escolha em praticamente TODOS OS CASOS, sejam eles micro ou macroadenomas, mesmo aqueles com compressão de estruturas vizinhas (p.e. quiasma óptico), uma vez que essas medicações tem um efeito antiedematoso rápido que leva à redução do volume tumoral e descompressão em poucos dias. O TRATAMENTO CIRÚRGICO fica reservado para os casos (raros) de ineficácia, intolerância ou CI aos agonistas dopaminérgicos;
OBSERVAÇÃO:
- A CABERGOLINA é mais EFICAZ e MAIS BEM TOLERADA que a BROMOCRIPTINA, mas tem CUSTO MAIS ELEVADO. A BROMOCRIPTINA é a droga preferível para uso na GESTAÇÃO;
SÍNDROME DA SELA VAZIA
Se caracteriza por um achado de imagem de sela túrcica PREENCHIDA POR LCR, devido à HERNIAÇÃO DA ARACNÓIDE para dentro da sela, levando à COMPRESSÃO DA HIPÓFISE CONTRA O ASSOALHO SELAR, dando a aparência radiológica de uma sela vazia. Pode se apresentar apenas como um achado radiológico ou estar associada a graus variados de HIPOPITUITARISMO, sintomas neurológicos, alterações visuais e hipertensão intracraniana
EXAME DE IMAGEM DE ESCOLHA PARA AVALIAR GLÂNDULAS SUPRARRENAIS
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA, sendo desnecessária a RNM;
BLOQUEADOR ALFA ADRENÉRGICO DE ESCOLHA NO PRÉ-OPERATÓRIO DE FEOCROMOCITOMA
FENOXIBENZAMINA, que acarreta BLOQUEIO ALFA NÃO SELETIVO e de MAIS LONGA DURAÇÃO. Os bloqueadores alfa 1 seletivos (prazosina, doxazosina) são preferidos no tratamento a longo prazo, pois causam menos ortostase e fadiga;
EXAMES LABORATORIAIS PARA INVESTIGAÇÃO DE HIPERCORTISOLISMO
- SUPRESSÃO DO CORTISOL COM 1 MG DE DEXAMETASONA;
- CORTISOL LIVRE NA URINA DE 24H;
- CORTISOL SÉRICO OU SALIVAR À MEIA-NOITE;
SÍNDROME DE CONN
Adenoma produtor de aldosterona;
FATORES INDICATIVOS DE MALIGNIDADE DO INCIDENTALOMA ADRENAL
- TAMANHO >4 cm;
- ELEVAÇÃO DOS NÍVEIS DE SDHEA;
- DENSIDADE ELEVADA A TOMOGRAFIA (geralmente os carcinomas ou MTX da adrenal são mais sólidos e contêm calcificações);
- WASHOUT LENTIFICADO (lesões benignas têm washout mais rápido do que os tumores adrenais primários ou metástases adrenais);
OBSERVAÇÃO:
- CITOLOGIA ADRENAL obtida por BIÓPSIA PERCUTÂNEA COM AGULHA FINA não é um exame válido para essa diferenciação;
OSTEOPENIA INDUZIDA POR CORTICOIDE (DOSE NECESSÁRIA, REGIÃO DO OSSO MAIS AFETADA)
DOSE:
- Prednisona 5-7,5 mg por dia, por pelo menos 3 meses;
REGIÃO DO OSSO MAIS AFETADA:
- Osso TRABECULAR.
SÍNDROME DE KALLMAN
- HIPOGONADISMO HIPOGONADOTRÓFICO;
- ANOSMIA;
OBSERVAÇÃO:
- Defeitos na formação do BULBO E TRATO OLFATÓRIOS desorientam a migração e a diferenciação dos NEURÔNIOS GnRH do hipotálamo;
DOENÇA MAIS ASSOCIADA AO VITILIGO
Tireoidite de Hashimoto;
HIPOTIREOIDISMO SECUNDÁRIO (EXAMES LABORATORIAIS, GUIA PARA AJUSTE DE DOSE)
EXAMES LABORATORIAIS:
- TSH baixo OU normal (inapropriado para o T4l) + T4 livre baixo;
GUIA PARA AJUSTE DE DOSE LEVOTIROXINA:
- T4l (não deve ser usado o TSH);
LEVOTIROXINA (CONDIÇÕES ÓTIMAS, DOSE, LOCAL DE ABSORÇÃO, MAIOR DISPONIBILIDADE, TEMPO PARA REAVALIAÇÃO, CORRELAÇÃO COM GRAVIDADE)
CONDIÇÕES ÓTIMAS (80%):
- JEJUM e LONGE DAS REFEIÇÕES;
- pH ÁCIDO DO ESTÔMAGO;
DOSE:
- DOSE HABITUAL: 1,6 a 1,8 mcg/kg/dia
- IDOSOS OU CORONARIOPATAS: deve-se iniciar doses de 12,5-25 mcg/dia;
- GESTANTES: aumentar dose em aprox. 30% (alvo no limite inferior da normalidade);
LOCAL DE ABSORÇÃO:
- DUODENO, JEJUNO E ÍLEO;
MAIOR DISPONIBILIDADE:
- NOITE, porém causa INSÔNIA se dado nesse período.
REAVALIAÇÃO:
- A reavaliação dos hormônios tireoidianos após ajuste deve ser feita após 6-8 SEMANAS;
OBSERVAÇÕES:
- NÃO HÁ CORRELAÇÃO DIRETA entre os níveis séricos de TSH e a gravidade da paciente;
DOENÇA DE PLUMMER (TRATAMENTO)
Depende do TAMANHO do nódulo:
- <3 CM: RADIOIODOTERAPIA;
- > 3 CM: CIRURGIA (lobectomia);
OBSERVAÇÃO:
- Diferentemente da DOENÇA DE GRAVES, está sempre indicado tratamento definitivo (radioiodo ou cirurgia), sem passar pela fase de TIONAMIDAS, visto que não ocorre cura da doença apenas com uso de antitireoidianos.
DOENÇA DE GRAVES (TRATAMENTO)
TIONAMIDAS:
- Em geral, se tenta por 12-24 meses, pois cerca de 30 a 50% evoluem com remissão do hipertireoidismo após esse período;
RADIOIODOTERAPIA: Contraindicado se: (1) Doses de radioiodo incompatíveis com a vida; (2) Gestantes; (3) Nódulo suspeito;
TIREOIDECTOMIA;
HIPERTIREOIDISMO E GESTAÇÃO
(1) SIMILARIDADE ENTRE CADEIA BETA-HCG E TSH;
- Que possibilita que o beta-HCG ligue-se ao receptor tireoidiano do TSH, estimulando a glândula a produzir hormônio tireoidiano;
- Pico do beta-HCG ocorre na 10ª semana;
(2) AUMENTO DOS NÍVEIS DE TBG DURANTE A GESTAÇÃO:
- T4/T3 totais maiores, mas com valores proporcionalmente inferiores de hormônios livres;
CAUSAS MAIS COMUNS DE TIREOTOXICOSE EM JOVENS, IDOSOS E POPULAÇÃO GERAL
JOVENS: doença de Graves;
IDOSOS: bócio multinodular tóxico;
POPULAÇÃO GERAL: doença de Graves;
DROGAS QUE INTERFEREM NOS RESULTADOS DOS EXAMES DE FUNÇÃO TIREOIDIANA SEM REPERCUSSÃO CLÍNICA
AUMENTO DO T4 TOTAL:
- AUMENTO DO TBG: estrogênio, clofibrato e opioides;
- BLOQUEIO DA CONVERSÃO DE T4 EM T3: amiodarona e propranolol;
REDUÇÃO DO T4 TOTAL:
- REDUÇÃO DO TBG: androgênios e ácido nicotínico;
- AUMENTO DO CATABOLISMO DE T4: carbamazepina, fenobarbital e fenitoína;
OBSERVAÇÃO:
- TBG (globulina ligadora de tiroxina). Por isso prefere-se a dosagem do T4 livre para avaliação da função tireoidiana, pois esse teste não sofre interferência da concentração das concentrações da TBG;
EFEITO ADVERSO MAIS TEMIDO DOS ANTI-TIREOIDIANOS (TIONAMIDAS)
- AGRANULOCITOSE;
OBSERVAÇÃO:
- RARA, porém potencialmente FATAL;
- Suspeita quando febre, dor de garganta ou úlceras orais, sendo a conduta a SUSPENSÃO DA DROGA e início de ANTIBIÓTICO;
TIREOIDITE DE RIEDEL
Caracteriza-se por FIBROSE intensa da tireoide, que se torna de CONSISTÊNCIA LENHOSA OU PÉTREA. Pode haver HIPOTIREOIDISMO em 30%, mas a principal manifestação é LOCAL (DISPNEIA, DISFAGIA, etc). pode fazer parte de um processo esclerosante sistêmico (DOENÇA SISTÊMICA RELACIONADA À IgG4);
NÃO HÁ NECESSIDADE DE PAAF
- CÍSTICOS;
- <5 MM;
- “QUENTES” À CINTILOGRAFIA;
ORDEM DO APARECIMENTO DAS DEFICIÊNCIAS HORMONAIS QUANDO OCORRE LESÃO HIPOFISÁRIA
GH > FSH/LH > TSH > ACTH;
OBSERVAÇÃO:
- Ao iniciar a reposição hormonal em pacientes com PAN-HIPOPITUITARISMO , sempre se deve iniciar com a reposição de GLICOCORTICOIDES em 1º lugar;
ACROMEGALIA (TRATAMENTO)
TRATAMENTO:
- CIRURGIA TRANSESFENOIDAL: 1ª ESCOLHA. Chance de cura (a) microadenoma: 90%; (b) macroadenoma: 50%;
Se MACROADENOMA COM EXPANSÃO EXTRASSELAR (baixas taxas de cura, sem indicação cirúrgica):
(a) ANÁLOGOS DA SOMATOSTATINA (octreotide, lanreotide);
(b) AGOSNISTAS DOPAMINÉRGICOS (cabergolina> bromocriptina);
(c) RADIOTERAPIA;
Se SEM INDICAÇÃO CIRÚRGICA E NÃO RESPONDEDOR AO TRATAMENTO MEDICAMENTOSO OU RADIOTERAPIA:
- ANTAGONISTA DO RECEPTOR DE GH (PEGVISOMANTO);
HIPERPROLACTINEMIA (CAUSAS)
(1) Prolactinomas = 2ª CAUSA PATOLÓGICA MAIS COMUM;
(2) Drogas (antipsicóticos e bloq. dos recp. de dopamina) = 1ª CAUSA PATOLÓGICA MAIS COMUM;
(3) Hipotireoidismo;
(4) Efeito haste;
OBSERVAÇÃO:
- Prolactina >150 ng/mL são sugestivos de PROLACTINOMA. Níveis <150 ng/mL, por outro lado, sugerem outras causas de hiperprolactinemia;
VALOR DE REFERÊNCIA PARA T4 LIVRE
0,8-1,8 ng/dL;
TRÍADE CLÁSSICA DO FEOCROMOCITOMA
- CEFALEIA;
- PALPITAÇÃO;
- SUDORESE:
DOENÇA DE CUSHING (TRATAMENTO)
- CIRURGIA TRANSESFENOIDAL p/ exérese do adenoma;
- RADIOTERAPIA (2ª linha ou complementar);
- CETOCONAZOL (para casos refratários ou inoperáveis);
OBSERVAÇÃO:
- Casos recorrentes ou refratários à terapia inicial (HIPERCORTISOLISMO PERSISTENTE) podem ser tratados por meio da ADRENALECTOMIA UNILATERAL ou, eventualmente, BILATERAL!
SÍNDROME DE NELSON
Ocorre em paciente com DOENÇA DE CUSHING submetidos a ADRENALECTOMIA BILATERAL, devido à perda do feedback negativo sobre a secreção de ACTH pelo adenoma hipofisário. Caracteriza-se por:
- CRESCIMENTO ACELERADO DO ADENOMA HIPOFISÁRIO PREEXISTENTE;
- HIPERPIGMENTAÇÃO INTENSA;
- NÍVEIS ELEVADOS DE ACTH (>1,000 pg/mL);
SÍNDROME DE CUSHING (EPIDEMIOLOGIA)
CAUSA MAIS COMUM DE CUSHING = corticoide exógeno;
CAUSA MAIS COMUM DE CUSHING ENDÓGENO = adenoma hipofisário secretor de ACTH (adultos) e carcinoma adrenal (crianças);
OBSERVAÇÃO:
- CORTICOIDES TÓPICOS também podem causar Cushing, dependendo da dose e do tempo de uso;
INSUFICIÊNCIA ADRENAL (TRATAMENTO DA CRISE AGUDA)
AGUDO (EMERGENCIAL):
“5 S”
(S)ALT: SF0,9% 1 a 2 L IV;
(S)UGAR: SG5-10% na solução de hidratação IV;
(S)TEROIDS: hidrocortisona 100-300 mg IV, inicial, depois 50-100 mg 6/6 ou 8/8h;
(S)EARCH: busca pelo fator desencadeante da crise adrenal e tratamento;
(S)UPPORT: medidas de suporte: DVA se necessário, oxigênio de monitorização;
OBSERVAÇÃO:
- No tratamento da crise, geralmente não há necessidade de uso de MINERALOCORTICOIDES (FLUDROCORTISONA), pois a hidrocortisona nas doses citadas já provê boa ação mineralocorticoide;
INSUFICIÊNCIA ADRENAL (TRATAMENTO DE MANUTENÇÃO)
GLICOCORTICOIDE:
- ACETATO DE CORTISONA (1ª ESCOLHA) 2/3 de manhã e 1/3 ao final da tarde;
Outras opções: HIDROCORTISONA, PREDNISONA ou DEXAMETASONA;
MINERALOCORTICOIDE:
- FLUDROCORTISONA;
- Pode ser dispensada se: INSUF. ADRENAL SECUNDÁRIA ou USO DE ACETATO DE CORTISONA OU HIDROCORTISONA como medicação glicocorticoide;
ANDROGÊNIOS:
- DHEA, usado em MULHERES JOVENS (melhora a libido, função sexual e preservação da pilificação axilar e pubiana);
OBSERVAÇÃO:
- A dose deve ser transitoriamente elevada (para 2 a 3 vezes de manutenção) durante intercorrências clínicas ou estresse intenso;
HIPERALDOSTERONISMO PRIMÁRIO (EPIDEMIOLOGIA)
- CAUSA MAIS COMUM DE HIPERTENSÃO SECUNDÁRIA (podendo estar presente em 2 a 10% dos hipertensos);
- HIPERALDOSTERONISMO IDIOPÁTICO (HAI) ou hiperplasia bilateral das adrenais é a CAUSA MAIS COMUM (70%) seguida pelo APA (ADENOMA PRODUTOR DE ALDOSTERONA);
OBSERVAÇÃO:
- Por isso, nos casos de “hipertensão resistente”, a 4ª droga recomendada é a ESPIRONOLACTONA, pois demonstrou-se que boa parte desses pacientes apresenta ótima resposta, sugerindo que uma significativa percentagem desses casos deve ter algum grau de hiperaldosteronismo;
INDICAÇÕES CIRÚRGICAS NO HIPERPARATIREOIDISMO PRIMÁRIO
PARATIREOIDECTOMIA:
(a) SINTOMÁTICOS;
(b) NEFROLITÍASE;
(c) OSTEÍTE FIBROSA CÍSTICA;
(d) OSTEOPOROSE;
(e) CÁLCIO SÉRICO TOTAL >12 MG/DL OU >1 MG/DL ACIMA DO LSN;
(f) CLCR< 60 ML/MIN/1,73M²;
(g) <50 ANOS;
OBSERVAÇÕES:
- NÃO OBRIGATÓRIO localizar adenoma por CINTILOGRAFIA c/ MIBI;
- A NÃO LOCALIZAÇÃO de paratireoide hipercaptante também NÃO CONTRAINDICA o tratamento cirúrgico;
CONVERSÃO DA VITAMINA D
DIETA ou SOL
> COLECALCIFEROL (VitD3) >
FÍGADO (25-HIDROXILASE)
> 25-OH vit D >
RINS (1-ALFA-HIDROXILASE)
> 1,25-OH vit D;
HIPERCALCEMIA HIPOCALCIÚRICA FAMILIAR (HERANÇA GENÉTICA, FISIOPATOLOGIA, QUADRO CLÍNICO, EXAMES LABORATORIAIS E TRATAMENTO)
HERANÇA GENÉTICA:
- Herança AUTOSSÔMICA DOMINANTE;
FISIOPATOLOGIA:
- Defeito no RECEPTOR SENSOR E CÁLCIO, com conseqüente aumento no limiar de supressão glandular do PTH pelo cálcio, levando a uma REABSORÇÃO AUMENTADA DE CÁLCIO NOS RINS;
QUADRO CLÍNICO:
- Geralmente é ASSINTOMÁTICA, porém sintomas como fadiga, astenia ou polidipsia podem ocorrer;
EXAMES LABORATORIAIS:
- HIPERCALCEMIA leve/moderada + HIPOCALCIÚRIA relativa quando comparada ao cálcio sérico + PTH NORMAL;
TRATAMENTO:
- NÃO HÁ NECESSIDADE;
CAUSAS DE HIPOCALCEMIA
- HIPOPARATIREOIDISMO;
- PSEUDO-HIPOPARATIREOIDISMO;
- DRC;
- DEFICIÊNCIA DE VITAMINA D;
- Hipomagnesemia;
- Outros: fenitoína, quelantes de cálcio (EDTA), pancreatite aguda grave, doença crítica;
PSEUDO-HIPOPARATIREOIDISMO
- Resistência à ação do PTH;
- Exames laboratoriais com HIPOCALCEMIA, HIPERFOSFATEMIA e PTH ELEVADO;
- Pode fazer parte da síndrome de OSTEODISTROFIA HEREDITÁRIA DE ALBRIGHT (baixa estatura, obesidade, fácies arredondada, braquidactilia do 4º e do 5º metacarpos, atraso neuropsicomotor e hipoplasia dentária);
ÚNICO FATOR DE RISCO AMBIENTAL CONFIRMADO NA ARTRITE REUMATOIDE
Tabagismo;
FORMA CLÍNICA MAIS COMUM DA ARTRITE PSORIÁSICA
POLIARTRITE PERIFÉRICA SIMÉTRICA!
CRITÉRIOS DE CASPAR PARA ARTRITE PSORIÁSICA
- História de psoríase cutânea ATUAL;
- História de psoríase PRÉVIA;
- História de psoríase na FAMÍLIA;
- DACTILITE;
- DISTROFIA UNGUEAL;
- FR NEGATIVO;
- NEOFORMAÇÃO ÓSSEA JUSTA-ARTICULAR;
CLASSIFICAÇÃO DOS AINES
Inibidores seletivos da COX-1:
- AAS (baixas doses);
Inibidores não seletivos da COX:
- AAS (altas doses), indometacina, diclofenaco, ibuprofeno e piroxicam;
Inibidores seletivos da COX-2:
- Meloxicam e nimesulida;
Inibidores altamente seletivos da COX-2:
- Celecoxibe;
SÍNDROME DO IMPACTO (MANOBRAS SEMIOLÓGICAS)
Distúrbio do manguito rotador, que compreende as seguintes manobras:
(1) SINAL DO IMPACTO (TESTE DE NEER): abdução do braço estendido e em rotação neutra. Positivo se dor entre 60-120º; *TESTE DO IMPACTO: injeção de lidocaína no espaço subacromial. Positivo se alívio da dor;
(2) MANOBRA DE HAWKINS-KENNEDY: braço em 90º, flexão do cotovelo em 90, realiza-se rotação interna;
(3) MANOBRA DE YOKUM: apoia a mão no ombro contralateral e o eleva rápido e ativamente;
TENDINITE DO SUPRAESPINAL (MANOBRA)
TESTE DE JOBE ou do “não curti”;
TENDINITE DO INFRAESPINAL (MANOBRA)
TESTE DE PATTE: o m. infraespinal é responsável pela ROTAÇÃO EXTERNA do braço. Braço abduzido a 90º, com o cotovelo fletido também a 90º, tentando fazer ROTAÇÃO EXTERNA contra resistência;
TENDINITE DO SUBESCAPULAR (MANOBRA)
TESTE DE GERBER ou lift-off test: o m. subescapular é responsável pela ROTAÇÃO INTERNA do braço. Mão na região lombar, com o cotovelo a 90º, tentando fazer a rotação interna contra resistência (empurrando a mão para longe do tronco);
TENDINITE BICIPITAL (MANOBRAS)
TESTE DE SPEED: elevação do braço contra resistência desencadeia dor na tendinite bicipital;
TESTE DE YERGASON: supinação do antebraço contra resistência desencadeia dor na tenidinite bicipital;
MERALGIA PARESTÉSICA
O NERVO CUTÂNEO LATERAL DA COXA (L2-L#) inerva a porção ANTEROLATERAL DA COXA. A compressão desse nervo causa dor característica, em queimação, associada à PARESETESIA em choques na porção ANTEROLATERAL da coxa. Essa síndrome é vista com maior frequência em GRÁVIDAS e OBESOS, cujo aumento de peso e roupas apertadas levam à compressão do nervo;
SÍNDROME DO TÚNEL DO TARSO
Na região POSTEROINFERIOR ao MALÉOLO MEDIAL, há um túnel por onde passam os FLEXORES DOS DEDOS e o NERVO TIBIAL POSTERIOR. A compressão do n. TIBIAL POSTERIOR caracteriza a síndrome, cujos sintomas são dor e parestesia nos PODODÁCTILOS e na SOLA DO PÉ a partir do maléolo medial.
O SINAL DE TINEL pode ser positivo e é obtido por meio da percussão na porção posteroinferior ao maléolo medial;
OSTEOPOROSE (OPÇÕES TERAPÊUTICAS)
ANTIRREABSORTIVOS (inibição de osteoclastos):
(a) BIFOSFONATOS:
- MA: agem inibindo a reabsorção mediada por osteoclastos por estimularem a apoptose destes;
- Devem ser tomados em JEJUM, com 1 ou 2 COPOS DE ÁGUA, e NÃO INGERIR ALIMENTOS ou OUTROS MEDICAMENTOS e NÃO DEITAR por, no mínimo 30 MIN, a fim de melhorar a absorção da droga e diminuir o risco de esofagite;
- EA: ESOFAGITE e OSTEONECROSE DE MANDÍBULA;
- Duração por 5 ANOS, reavaliação quanto a risco de fraturas, se ALTO RISCO, seu tratamento poderá ser continuado;
(b) ESTROGÊNIOS:
- Indicados APENAS em MULHERES MENOPAUSADAS COM SINTOMAS VASOMOTORES associados à MENOPAUSA, nas MENORES DOSES possíveis e pelo MENOR TEMPO possível, não devendo ser utilizados exclusivamente par ao tratamento de osteoporose;
- EA: AUMENTO DE DCV, TEP e de CÂNCER DE MAMA;
(c) SERMS (RALOXIFENO)*:
- Para MULHERES MENOPAUSADAS SEM SINTOMAS DE CLIMATÉRIO (pois podem piorar os SINTOMAS VASOMOTORES);
- EA: fogachos, TEP;
(d) TIBOLONA:
- Esteroide sintético;
- 2ª linha para MULHERES MENOPAUSADAS COM SINTOMAS VASOMOTORES;
DENOSUMABE:
- Ac monoclonal contra o RANKL;
- Pode ser usado para paciente com DOENÇA RENAL CRÔNICA (TFG<30 ml/min);
(e) CALCITONINA*:
- Tem um BOM EFEITO ANALGÉSICO para DORES ÓSSEAS;
ANABÓLICOS (estimulação de osteoblastos):
(f) TERIPARATIDA:
- Análogo do PTH;
- É o agente MAIS POTENTE para AUMENTO DE MASSA ÓSSEA;
EFEITO MISTO:
(g) RANELATO DE ESTRÔNCIO:
- Geralmente prescrito para pacientes que não toleram outras drogas;
- CI: TVP/ TEP atual ou prévio, IMOBILIZAÇÃO temporária ou permanente devido, por exemplo, a recuperação pós-cirúrgica;
OBSERVAÇÕES:
- TODAS as drogas reduzem a incidência de FRATURAS VERTEBRAIS e NÃO VERTEBRAIS, com exceção ao IBANDRONATO, SERMS (RALOXIFENO) e a CALCITONINA, que reduzem o risco apenas das FRATURAS VERTEBRAIS;
NECESSIDADE DIÁRIAS DE CÁLCIO DE VITAMINA D
CÁLCIO:
- 1000-1200 mg/d de cálcio elementar;
VITAMINA D:
- 800-1200 UI/d de vitamina D3;
OBSERVAÇÃO:
- Deve-se evitar a suplementação de CÁLCIO sem vitamina D, pois o uso isolado de cálcio aumenta o risco de IAM;
AÇÃO DO PTH SOBRE A MASSA ÓSSEA
o PTH, curiosamente, apresenta efeitos diferentes sobre a massa óssea, dependendo da sua CONCENTRAÇÃO. Enquanto DOSES ALTAS de PTH aumentam a REABSORÇÃO e, ao mesmo tempo, REDUZEM A MASSA ÓSSEA (como no hiperparatireoidismo primário), doses BAIXAS E INTERMITENTES (como na adm. de teriparatida) promovem a formação óssea e o AUMENTO DA MASSA ÓSSEA;