ÚLCERA GASTROINTESTINAL Flashcards
DISPEPSIA: o que é, possíveis causas e quando investigar.
É um sintoma e não uma doença.
▪ O paciente refere uma dor epigástrica associada à
saciedade precoce e empachamento pós-prandial
ou como uma queimação epigástrica (principal
manifestação).
▪ Algumas doenças podem causar a dispepsia como:
DRGE, gastrite, úlcera, doença das vias biliares, uso
de drogas, parasitose, neoplasia, etc.
Não serão todos os pacientes que precisarão realizar
endoscopia digestiva alta para diagnóstico.
▪ Indicação de investigação em pacientes:
Idade > 45 anos;
Pacientes sem resposta ao IBP
Recidiva após suspender IBP
Sinais de alarme:
− Perda de peso
− Anemia
− Disfagia
− Vômitos
− Icterícia
− Hematêmese
− Massa palpável ou linfonodomegalia
− História familiar
− Gastrectomia prévia
ÚLCERA GASTROINTESTINAL: definição
São lesões da mucosa gástrica ou duodenal que vão
além da muscular da mucosa
ÚLCERA GASTROINTESTINAL: complicações
sangramento, perfuração e
obstrução.
ÚLCERA GASTROINTESTINAL: fatores protetores X agressores
Os principais fatores protetores são o muco e as
prostaglandinas.
▪ Os principais fatores agressores são: H. pylori, AINEs,
álcool, tabaco, bile e HCl.
ÚLCERA GASTROINTESTINAL: epidemiologia mais comum
▪ A úlcera mais comum é a duodenal, principalmente
em pacientes mais jovens.
▪ A úlcera gástrica geralmente acomete pacientes > 40
anos.
H. pylori→ ▪ Bactéria Gram-negativa que acomete 75 a 90% dos
pacientes portadores de úlcera péptica.
▪ Apenas 15% dos portadores vão desenvolver a
doença ulcerosa péptica
ÚLCERA GASTROINTESTINAL: quadro clínico
▪ A úlcera gástrica costuma causar dor quando o
indivíduo come (come – dói). Isso acontece porque,
ao ingerir um alimento, aumenta a produção de HCl.
▪ Na úlcera duodenal tem-se a sequência: dói, come,
passa e dói novamente. A comida gera a produção
de HCl, causando dor. No entanto, ela demora um
pouco para chegar no duodeno, então demora mais
para doer. Ao chegar no duodeno, o paciente sente
a dor, já que a comida vem acompanhada do ácido.
▪ A úlcera duodenal dói de noite, ou seja, o paciente
acorda à noite com dor, o que não acontece com as
úlceras gástricas.
ÚLCERA GASTROINTESTINAL: teste para investigação do H. pylori
▪ Alguns testes com sensibilidade e especificidade
diferentes podem ser realizados para diagnóstico do
H. pylori, sendo o exame histopatológico o padrãoouro.
▪ A vantagem da cultura é porque demonstra a
sensibilidade da bactéria aos antimicrobianos.
ÚLCERA GASTROINTESTINAL: úlcera gástrica X CA gástrico
▪ Toda úlcera gástrica precisa ser biopsiada, isso não
vale para úlceras duodenais.
▪ O câncer gástrico pode se apresentar como uma
úlcera.
▪ Sinais sugestivos de malignidade:
Margens irregulares e elevadas;
Pregas ao redor da úlcera;
Fundo irregular;
Úlceras gigantes (> 2,5 a 3 cm).
ÚLCERA GASTROINTESTINAL: tratamento clínico
▪ Medidas comportamentais: cessar o tabagismo e o
uso de álcool, evitar o uso de AAS e AINEs.
▪ IBP por 4 a 8 semanas (Omeprazol 20mg 1 cp VO em jejum - O omeprazol deve ser tomado, de preferência, em jejum, pois é nesse momento que as células parietais apresentam o maior número de bombas de prótons em repouso, aptas para serem inibidas.).
▪ Erradicar o H. pylori com claritromicina 500mg 12/12h 14 dias + amoxicilina 1g 12/12h 14 dias + Omeprazol 20mg 12/12h 14 dias.
▪ Fazer controle de cura com EDA para os casos de
úlceras gástricas devido à possibilidade de neoplasia.
ÚLCERA GASTROINTESTINAL: indicação cirúrgica
▪ Os inibidores da bomba de prótons deixaram o
tratamento operatório em segundo plano.
▪ Sendo assim, o tratamento cirúrgico é reservado
para os pacientes com:
Intratabilidade clínica;
Recidiva;
Complicações.