ITU Flashcards

1
Q

ITU: CISTITE x PIELONEFRITE

A

CISTITE (baixa): disúria, polaciúria, dor suprapúbica, urgência e hematúria

Pielonefrite (alta): dor lombar (ângulo costovertebral), febre, náuseas, vômitos, astenia e fraqueza

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2
Q

ITU: SINAIS E SINTOMAS MICCIONAIS

A

▪ Disúria inicial ou terminal:
− Desconforto/ardor ao urinar.
− Costuma ser secundária à ITU, inflamação da uretra
ou obstrução da via urinária.
− A disúria inicial sugere acometimento da uretra.
− A disúria terminal (estrangúria) sugere
acometimento da bexiga.
▪ Polaciúria:
− Aumento da frequência miccional.
− Em geral, o volume urinário é inferior ao de uma
micção habitual do paciente.
▪ Poliúria:
▪ Aumento do volume urinário (>3-3,5L de urina/dia).
▪ Paciente pode ter condições metabólicas, centrais ou
tubulopatias associadas.
▪ Oligúria:
▪ Redução do volume urinário: 0,3 a 0,5 mL/kg/h ou <
400 a 500 mL/dia.
▪ Anúria:
▪ Ausência total de urina ou volume urinário < 100 mL
ao dia.
▪ Urgência urinária:
▪ Desejo forte, súbito e incontrolável de urinar.
▪ Esforço miccional:
− Necessidade de uma maior força para urinar.
▪ Alteração do jato urinário:
− Modificação da força ou no calibre do jato urinário.
− Geralmente associado ao esforço miccional.
▪ Retenção urinária:
− Incapacidade de eliminar a urina da bexiga.
− A urina retida funciona como meio de cultura para
deflagar infecção urinária.
− Pode causar complicação que cursa até com
disfunção renal em alguns casos.
▪ Nictúria ou noctúria:
− Micção que ocorre à noite.
− Possíveis causas: HPB, uso de diuréticos à noite;
insuficiência venosa crônica; SAOS.
▪ Incontinência urinária:
− Incapacidade de controlar o esvaziamento urinário.
− Pode acontecer por esforço ou no padrão de
urgeincontinência.
▪ Enurese:
− Eliminação urinária involuntária durante o sono.

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3
Q

ITU: diagnóstico

A

sintomas de irritação do trato urinário
ou sinais de SIRS + bacteriúria significativa.

*Na mulher jovem o diagnóstico é clínico ( disúria + polaciúria + dor suprapúbica, sem
alterações sistêmicas)

▪ Bacteriúria significativa:
− Cistite aguda em mulheres: ≥ 103 UFC.
− Pielonefrite não complicada ou ITU em homens: ≥
104 UFC.
− ITU complicada: ≥ 105 UFC.

▪ Leucocitúria:
− ≥ 5 leucócitos por campo ou ≥ 10.000 leucócitos
totais → sugere processo infeccioso urinário.
− A esterase leucocitária do sumário de urina é
sugestiva de processo infeccioso.
− A presença de nitrito é mais específica do que
sensível na pesquisa de processo infeccioso.
− O nitrito pode ser falsamente positivo se a amostra
demorar para ser analisada.
− O uso de vitamina C e fenazopiridina podem alterar
o resultado do nitrito no EAS.

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4
Q

ITU: patogênese (via e principal agente)

A

▪ A maioria das ITU acontecem por via ascendente.
▪ Os principais agentes são bacilos Gram – (E.coli).

▪ ITU não complicada: E.coli (70-95%), Klebsiella,
enterobactérias, S. saprophyticus.
▪ ITU complicada:
▪ Os bacilos Gram-negativos costumam ser resistentes
devido ao perfil do paciente.
▪ Bacilos Gram-negativos resistentes: ESBL
(betalactamases de espectro estendido) e KPC
(bactérias produtoras de carbapenemases).
▪ Enterococcus (cocos Gram-positivos), que possuem
mecanismos genéticos de resistência.

▪ A via hematogênica é menos comum, mas apresenta
alguns fatores determinantes:
− Infecção de corrente sanguínea relacionada ao
cateter ou endocardite infecciosa: o sangue vai
passar diversas vezes pelos rins → pielonefrite.
− Obstrução da via urinária → refluxo de urina →
aumento da pressão no TGU → influencia na
circulação sanguínea → disseminação
hematogênica.
▪ O agente mais importante é o S.aureus, que pode
causar uma infecção metastática para os rins.

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5
Q

ITU: fatores de risco

A

− Sexo feminino.
− Relação sexual (não urinar após) e uso de
espermicidas.
− Uso recente de antibióticos.
− Maus hábitos miccionais (retenção urinária
voluntária).
− Deficiência estrogênica (alterações da microbiota
vaginal).
− Glicosúria (DM e uso de iSGLT2).
− Virulência da E.coli

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6
Q

ITU: complicada quando?

A

urolitíase, bexiga neurogênica, refluxo vesicoureteral, SVD, nefrostomia, DRC, imunossupressão, sexo masculino.

O uso de SVD por cerca de 1 mês repercute na
colonização do TGU em 100% dos pacientes

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7
Q

ITU não complicado em outros adultos: tratamento

A

Suspeitar de envolvimento renal ou prostático se:
sexo masculino; idosos; gestantes; diabetes mellitus;
procedimento recente do trato urinário.
▪ Solicitar sempre urocultura.
▪ O tratamento é igual ao da mulher jovem, porém com
duração de 7 dias nos homens.
▪ A cultura de controle deve ser feita apenas se os
sintomas persistirem.

nitrofurantoína: 100 mg por via oral 4 vezes ao dia por 7 dias

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8
Q

ITU não complicada na mulher jovem: tratamento

A

Fosfomicina 3g 1 envelope em dose única

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9
Q

ITU de repetição: definição

A

≥ 3 episódios em 1 ano ou ≥ 2 episódios em
6 meses

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10
Q

ITU de repetição: orientações comportamentais

A

suspender
espermicidas; diurese pós-coito; aumentar ingesta
hídrica; evitar retenção urinária voluntária.

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11
Q

ITU de repetição: profilaxia

A

Mulheres na pós-menopausa: estriol tópico (em caso
de vaginite atrófica).
▪ A profilaxia deve ser feita por 6 meses:
− Dose após a relação sexual, nos casos de infecção
relacionada ao coito.
− Dose diária noturna, se não houver associação com
atividade sexual → a dose equivale a ¼ da dose
habitual para tratamento

nitrofurantoína: 100 mg por via oral (liberação modificada) uma vez ao dia ao deitar (por 6 meses e pausa para ver como fica) - complicação ao longo tempo: Hepatotoxicidade; pneumonite (> 6 meses)

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12
Q

ITU complicada: conduta

A

Amoxicilina+Clavulanato 500mg VO 12/12 - 7 dias

▪ Sintomas altos ou baixos do trato urinário ou
inespecíficos (delirium).
▪ Solicitar sempre urocultura.
▪ Normalmente, cursa com leucocitose com desvio à
esquerda e aumento do PCR.
▪ A procalcitonina isolada não é um marcador
inflamatório eficaz, na ITU, para indicar início de
antibioticoterapia.

Se a febre persistir após 72h de antibioticoterapia →
solicitar exame de imagem, preferencialmente TC de
abdome com contraste.
▪ Achados: obstrução, abscesso renal ou perinefrético

▪ Manejo dos quadros com complicações presentes na
imagem:
− Avaliação urológica.
− Corrigir fatores de risco.
− Rever sensibilidade do antibiótico

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13
Q

ITU: bacteriúria assintomática (definição)

A

A bacteriúria assintomática não está relacionada com
o sumário de urina, mas com a urocultura.
▪ Definição:
− 2 amostras (se mulher) ou 1 amostra (se homem) de
urocultura ≥ 105 UFC.
− Ausência de sintomas urinários

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14
Q

ITU: indicação de exame de imagem

A

▪ O melhor exame para avaliar o parênquima renal é a
tomografia de abdome com contraste.
▪ Indicações de TC de abdome com contraste:
− Complicações: abscesso? Obstrução? Litíase
associada? Fatores de risco mais importante?
− Sepse? (antibiótico + controle de foco infeccioso).
− TFG < 40.
− pH urinário > 7 (maior risco de cálculo de estruvita).
▪ Alterações que devem ser buscadas:
− Alteração vasculares (nefrograma estriado).
− Abscesso renal (> 4 cm → drenagem).
− Litíase renal ou ureteral.
− Pielonefrite xantugranulomatosa (gás no rim).
▪ A USG é menos acurada e pode ser feita,
principalmente, nos pacientes que possuem
contraindicação à TC ou em locais sem acesso à TC.

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15
Q

ITU - bacteriúria assintomática: tratamento

A

Não deve ser tratada de rotina, com exceção das
situações (TGU):
− Transplantados renais até o 30º PO.
− Gestantes (pedir cultura no 1º e 3º trimestre).
− Pré-operatório de cirurgias Urológicas invasivas.
▪ O rastreio não é recomendado de rotina, apenas nos
casos acima, que são os casos que devem ser
tratados

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16
Q

ITU NA GESTAÇÃO: TUDO

A

▪ É uma das situações em que se trata bacteriúria
assintomática pelo risco associado de prematuridade
e morte fetal.
▪ Risco maior: da 9ª a 17ª semana (urocultura está
indicada de rastreio no 1º e 3º trimestre).
▪ O útero gravídico proporciona uma estase urinária
relativa, que é maior à direita.
▪ Etiologia: cistite (BGN entéricos), assim como na
maioria da população.
▪ Opção: Fosfomicina 3g DU - 1 envelope
▪ Evitar nitrofurantoína no 3º trimestre da gestação →
risco de hemólise neonatal.

17
Q

URETRITE NÃO GONOCÓCICA: tratamento

A

Doxiciclina: 100 mg por via oral duas vezes ao dia por 7 dias

18
Q

NEFRITE INTERSTICIAL - resumo (não é possível que ele vai cobrar isso)

A

Nefrite tubulointersticial é a lesão primária de túbulos renais e interstício que resulta na diminuição da função renal. A forma aguda ocorre com mais frequência em decorrência de reação alérgica a fármacos ou a infecções. A forma crônica está associada a uma grande variedade de doenças, incluindo doenças genéticas ou metabólicas, uropatia obstrutiva e exposição a toxinas ambientais crônicas ou a certos fármacos e ervas. O diagnóstico é sugerido por história e exames de sangue e urina e geralmente confirmado por biópsia. O tratamento e o prognóstico variam de acordo com a etiologia e a reversibilidade potencial da doença na ocasião do diagnóstico.

Deve haver monitoramento diário de eletrólitos, ureia e creatinina séricos de todos os pacientes durante o episódio agudo.

É necessário prestar atenção ao equilíbrio hídrico e eletrolítico. As restrições de volume e sódio podem ser necessárias junto com a limitação da ingestão de potássio e fósforo.

Descontinuar o desencadeante
Diúrético
Corticoide oral
Diálise