Tutoria 7/8/9 - Gravidez Ectópica/Aborto/Placenta Prévia/DDP Flashcards

1
Q

O que é gravidez ectópica?

A

Também chamada ectoiese, é quando o ovo se implanta fora do útero (gravidez extrauterina, tubária, ovariana, abdominal)

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2
Q

Qual gravidez ectópica é a mais comum?

A

Tubária (95%). Principalmente ampola.

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3
Q

Epidemiologia de Gravidez ectópica e seus fatores de risco

A

1 e 2% no mundo (aumenta com a idade e é responsável por 2,7% das mortes maternas, além de aumentar risco de recorrência em futuras gestações).

Fatores de risco:
- Idade avançada materna;
- Ocorrência de gravidez ectópica prévia;
- História de cirurgia tubária;
- Histórico de reprodução assistida;
- Histórico de DIP;
- Tabagismo;
- Histórico de clamídia;

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4
Q

Como diagnosticar gravidez ectópica?

A

Anamnese: buscar fatores de risco (idade, gravidez anterior, etc).

Buscar tríade clássica de sintomas de G. ectópica: dor de intensidade variável, história de amenorreia e sangramento vaginal. (provável ruptura de gravidez ectópica).

Ex. físico: sinais vitais, exame de abdome e pelve.
Abdome indolor ou com hipersensibilidade. Útero pode estar aumentado; Pode haver hipersensibilidade à mobilização cervical; Massa anexial pode ser palpável;
Em caso de ruptura e hemorragia intra-abdominal: TAQUICARDIA seguida de HIPOTENSÃO.

Av. laboratorial: beta-hcg

USG transvaginal: saco gestacional

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5
Q

Qual a tríade de sintomas clássicos da gravidez ectópica?

A
  • Dor de intensidade variada;
  • História de amenorreia;
  • Sangramento vaginal
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6
Q

Tratamento para gravidez ectópica

A

Cirurgia ou metotrexato.

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7
Q

Qual a conduta para uma paciente com gravidez ectópica que chega ao pronto atendimento sangrando.

A

Internar, manter sinais vitais; solicitar b-hcg, hemograma, Rh, USG transvaginal, VHS, PCR; adoministrar imunoglobulina Rh, analgesia e encaminhar para laparotomia.

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8
Q

O que é a reação de Arias-Stella?

A

Espessamento endometrial como consequência da hipertrofia das glândulas secretoras endometriais, devido aos estímulos hormonais da gestação ectópica (achado histológico).

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9
Q

O que é o “grito de Douglas”?

A

Grito das pacientes com gravidez ectópica após toque em fundo de saco.
Em virtude do acúmulo de sangue e coágulos na pelve, o exame do fundo de saco posterior pode ser extremamente doloroso (sinal de Proust).

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10
Q

Gravidez ectópica: o que é o sinal de Laffont?

A

Sinal de Laffont: Dor referida no ombro direito. É indicativo de hemorragia retroperitoneal, pois o sangue na cavidade peritoneal irrita o nervo frênico

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11
Q

O que é culdocentese? Qual seu achado? Em qual lado do saco de Douglas fazer?

A

Culdocentese é um procedimento médico no qual é extraído, com auxílio de uma agulha, fluido da escavação retouterina (saco de Douglas) posterior à vagina. Esse sangue não coagula após sua retirada pois não há fator tecidual nele. Pode indicar gravidez ectópica. Realizar do lado direito do saco de Douglas para evitar complicações de perfuração de sigmóide.

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12
Q

O que é abortamento?

A

Interrupção da gestação com menos de 22 semanas completas ou com produto da concepção pesando menos de 500g.

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13
Q

Como o aborto pode ser classificado?

A

Quanto a intenção: espontâneo ou induzido;

Quanto à cronologia: precoce (até 12 semanas - 80% dos casos) e tardio (12 a 22 semanas).

OMS: Seguro (médico/hospital) e inseguro.

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14
Q

Incidência do aborto? Fatores de risco?

A

1 a cada 4 mulheres terá um aborto espontâneo.

Fatores de risco:
Idade > 35 anos;
História de abortamento espontâneo;
Tabagismo;
Uso de cocaína, álcool;
Doença crônica mal controlada (diabetes, hipertensão, distúrbios da tireóide);

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15
Q

Etiologia dos abortamentos:

A
  1. Alterações cromossômicas
  2. Alterações endócrinas (DM, Tireopatias, SOP)
  3. Infecções (Sífilis, Clamídia, Gonorréia, Herpes, Citomegalovírus…)
  4. Causas uterinas (sinéquias intrauterinas - síndrome de Asherman; Miomas; Incompetência Istmocervical; Malformações uterinas)
  5. Fatores imunológicos (autoimunes (SAF), aloimunes);
  6. Trombofilias hereditárias
  7. Drogas e agentes nocivos
  8. Trauma
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16
Q

Quais são as formas clínicas de abortamento?

A
  1. Ameaça de aborto:
  2. Abortamento em curso/inevitável;
  3. Abortamento retido/anembrionado;
  4. Abortamento habitual/recorrente;
  5. Abortamento infectado;
  6. Abortamento completo;
  7. Abortamento incompleto;
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17
Q

Como se caracteriza e qual a conduta para uma Ameaça de aborto?

A

-Sangramento menstrual pequeno e de cor escura;
-Dor pélvica baixa intensidade, tipo cólica;
-Sinais gravídicos mantidos;
-Atraso menstrual;

EX. FÍSICO:
-Beta positivo e BCF positivo;
- AFU compatível com IG;
- Colo fechado;

USG:
- Hematoma subcoriônico;
- Saco gestacional embrião;

CONDUTA:
-Expectante
-Analgesia
-Repouso
-Abstinência sexual
-Progesterona
-Anti-D imediata

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18
Q

Como se caracteriza e qual a conduta para um Aborto em curso?

A
  • Dor cólica de moderada/ forte
    -Sangramento moderado/intenso, vermelho escuro
    -Síncope, a depender da gravidade da hemorragia

EX. FÍSICO:
- Sangramento ativo;
- B-HCG em declínio;
- Colo aberto/pérvio;
- Restos ovulares no canal cervical;
- Hipotensão; taquicardia; mucosa hipocorada;

USG:
-Descolamento ovular com saco gestacional em posição baixa e dilatação cervical;
-BCF Negativo

CONDUTA:
Depende se completo ou incompleto.

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19
Q

Como se caracteriza e qual a conduta para um Abortamento retido?

A
  • Sangramento incompleto;
  • Retenção do produto conceptual (dias ou semanas);
  • Cessação dos sintomas associados à gravidez (náuseas, vômitos, ingurgitamento mamário);
    -sangramento em pequena quantidade, parecido com ameaça de aborto.

EX. FÍSICO:
-Colo uterino fechado

USG:
-Não visualização do embrião com diâmetro interno médio do saco gestacional maior ou igual a 25mm
-BCF negativo

CONDUTA:
Pode adotar conduta expectante para eliminação do produto conceptual espontaneamente durante até 4 semanas, desde que não haja alterações no hemograma nem no PCR ou febre. Caso não haja eliminação espontânea, administrar Misoprostol, aguardar expulsão e realizar curetagem ou AMIU.

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20
Q

Como se caracteriza e qual a conduta para um Aborto habitual?

A

-3 ou mais abortos (investiga após o 2).
- Causas mais comuns: SAAF e Incompetência Istmocervical

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21
Q

Como se caracteriza e qual a conduta para um Aborto infectado?

A
  • Geralmente associado à tentativa induzida de aborto/ilegalidade/clandestina;
  • Sinais de infecção (endometrite, panexite, pelveperitonite, peritonite generalizada, sepse);

EX. FÍSICO:
-Toque vaginal com colo pérvio e doloroso à imobilização;

USG:
-Endométrio espesso e irregular
-Retenção dos produto de concepção

CONDUTA:
Internação
hospitalar,
antibioticoterapia
de amplo espectro,
curetagem.

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22
Q

Como se caracteriza e qual a conduta para um Aborto completo?

A

-Aborto precoce
-Eliminação completa de produto conceptual
-Cólica em poucas horas
-Sangramento em poucas horas
-Fechamento do colo em poucas horas

EX. FÍSICO:
- Colo fechado;
-Involução uterina completa;
-Ausência de sinais de gravidez
-B-HCG Negativo

USG:
-Endométrio linear

CONDUTA:
Contracepção e aguardar 6 meses para nova gestação.
Respeitar as orientações de puerpério.

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23
Q

Como se caracteriza e qual a conduta para um Aborto incompleto?

A
  • Aborto mais frequente
  • Aborto tardio
  • Eliminação incompleta
  • Sangue e cólica que permanecem após o aborto
  • Comprometimento do estado geral da paciente.
  • Desaparecimento dos sinais gravídicos.
    -Queda do B-HCG

EX. FÍSICO:
-Colo aberto/pérvio
-Útero incompatível com IG

USG:
-Endométrio Espessado
-Ausência de BCF

CONDUTA:
Internação hospitalar e
esvaziamento cirúrgico.
Desnecessário o uso de Misoprostol em colo aberto.

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24
Q

Como se caracteriza e qual a conduta de incompetência istmocervical?

A
  • Afinamento do colo uterino, abaixo de 4,5

USG:
Colo uterino menor que 4,5

CONDUTA:
Cerclagem até 36 semanas

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25
Q

O que é incompetência istmocervical?

A

Condição de perda fetal no segundo trimestre da gravidez em consequência de insuficiência do sistema de oclusão do colo uterino.

26
Q

Qual o quadro clínico da incompetência istmo-cervical?

A

Dilatação cervical indolor; ausência de sangramento; protrusão das membranas ovulares na vagina e posterior rotura de membranas seguida de expulsão fetal. 10 a 20% dos abortos de repetição.

27
Q

Como diagnosticar incompetência istmocervical?

A

História obstétrica de perdas fetais recorrentes no segundo trimestre da gravidez ou partos prematuros extremos;
Usa-se USG transvaginal

Fora da gestação é diagnosticada por histerossalpingografia.

28
Q

Qual a conduta para incompetência istmocervical?

A

Cerclagem do colo uterino;
tratamento de infecções cervicovaginais e recomendação de abstinência sexual.

29
Q

Quando indicar cerclagem eletiva?

A

Após 2 ou mais perdas fetais no 2º trimestre, na ausência de trabalho de parto. Deve ser feita antes da cervicodilatação (12-16 semanas de idade gestacional).

30
Q

Quando indicar cerclagem terapêutica?

A

No segundo trimestre da gestação, com antecedente de parto prematuro abaixo de 34 semanas e colo uterino <= 25mm à USG transvaginal, antes de 24 semanas de gestação.

31
Q

Quando indicar cerclagem de emergência?

A

Realizada em situações em que há dilatação assintomática do colo uterino e membranas ovulares protrusas através do canal cervical. Não se deve passar de 24 semanas de gravidez para realizá-lo.

32
Q

Quando retirar fios de cerclagem?

A

Com 37 semanas de gestação ou em qualquer momento na presença de trabalho de parto prematuro não inibível, rotura prematura de membranas ovulares (RPMO), corioamnionite e óbito fetal.

Para gestantes que farão cesárea eletiva com 39 semanas: pode-se aguardar o momento do parto para retirada.

33
Q

Quais são as principais causas de sangramento do 1º trimestre?

A
  1. Abortamento
  2. Implantação da gestação no útero (a implantação do óvulo fecundado no útero pode causar pequenos sangramentos)
  3. Gravidez ectópica
  4. Patologia do colo uterino, da vagina ou do útero (lesões por trauma, inflamação/infecção, pólipos)
34
Q

Quais são as causas clinicamente importantes de hemorragia do 3º trimestre/a partir de 20 semanas?

A
  1. Placenta prévia;
  2. Acretismo placentário;
35
Q

Por que causas de hemorragia placentária estão associadas à mortalidade e à morbidade perinatal?

A
  1. Incidência de prematuridade;
  2. Baixo peso ao nascer;
  3. Distúrbios respiratórios;
    4; Óbitos perinatais;
36
Q

Defina Placenta Prévia:

A

É a presença de tecido placentário que recobre ou está muito próximo ao orifício interno do colo uterino após 28 semanas.

37
Q

Como pode ser classificada a placenta prévia?

A
  1. Placenta prévia (placenta recobre total ou parcialmente o orifício interno do colo)
  2. Placenta de inserção baixa (a borda placentária se insere no segmento inferior do útero. Localiza-se a 2cm de distância do colo) (Antigo nome: Placenta prévia marginal).
38
Q

Como a placenta prévia pode se instalar?

A
  1. Placenta prévia baixa;
  2. Placenta prévia marginal;
  3. Placenta prévia completa.
39
Q

Morbidade/Mortalidade e complicações da Placenta prévia?

A

Mortalidade materna 0,03% nos EUA. Elevada em países em desenvolvimento.

Complicações comuns da placenta prévia:
1. Histerectomia;
2. Transfusão sanguínea;
3. Hemorragia anteparto;
4. Sepse;
5. Tromboflebite;
6. Hemorragia intraparto;
7. Hemorragia pós-parto;

Morbidade e mortalidade perinatais: prematuridade, restrição do crescimento fetal (RCF) , hipóxia e anemia fetal.

40
Q

Incidência e fatores de risco da Placenta Prévia:

A

Complica cerca de 1 a cada 305 partos;

Fatores de risco:
1. Idade materna avançada (nulíparas mais velhas);
2. Paridade (múltiparas é mais frequente);
3. Gestações múltiplas;
4. Número de cesáreas prévias (maior número maior risco);
5. Número de curetagens para abortos espontâneos ou induzidos;
6. Tabagismo;
7. Cirurgia uterina;
8. Uso de cocaína;
9. Residência em altas altitudes;
10. Feto do sexo masculino;

41
Q

Fisiopatologia da placenta prévia:

A

1.Não está definido.

  1. Problemas que levem à deciduação deficiente, forçando o ovo a buscar outros locais para sua oxigenação e nutrição, ou que interfira no processo de nidação, tornando-a tardia e provavelmente mais baixa, pode estar relacionado ao desenvolvimento de placenta prévia.
  2. Presença de cicatriz uterina.
42
Q

O que é a migração placentária?

A

90% das placentas de inserção baixa no início da gestação tornam-se altas com suas migrações para áreas de maior vascularização, como fundo uterino (trofotropismo). A placenta “migra” devido a diferença de crescimento entre os segmentos uterinos inferior (muito maior) e superior.

43
Q

O que é vasa praevia?

A

Junto a migração placentária para áreas de maior vascularização - trofotropismo - a porção de trofoblasto das áreas de menor vascularização (colo uterino) sofrem atrofia. Essa atrofia permite que vasos fiquem em contato direto com as membranas, sem tecido se sustentação placentário ou cordão, chama-se assim de vasa praevia.

44
Q

Como realizar diagnóstico clínico de Placenta prévia?

A
  1. Sangramento vaginal indolor no final do 2º ou início do 3º trimestre, de coloração vermelho-viva.
  2. Palpação abdominal: útero consistência normal e indolor;
  3. Contrações uterinas presentes e com tônus normal em intervalo;
  4. Exame especular: colo normal, ou colo com tampão mucoso sanguinolento, ou coágulo na vagina, ou sangramento proveniente da cavidade uterina;
  5. Exame de toque vaginal: NÃO REALIZAR! Risco de hemorragia abundante.
  6. Mesmo assim, o diagnóstico ainda é feito pela USG.
45
Q

Como fechar diagnóstico de Placenta previa?

A

Padrão-ouro: USG transvaginal;

Padrão hospital-sem-infraestrutura: USG transabdominal (não é precisa)

46
Q

Quais condições estão associadas à placenta prévia?

A
  1. Rotura prematura de membranas ovulares (RPMO);
  2. Apresentações fetais anômalas;
  3. Anomalias congênitas;
47
Q

Explique a hemorragia da placenta prévia:

A

Relacionada com a formação do segmento inferior do útero, contrações uterinas e dilatação do canal cervical&raquo_space; levando a separação coriodecidual.

Após separação coriodecidual, a ineficiência da contração das fibras miometriais do segmento inferior do útero contribui para a persistência da hemorragia.

48
Q

Quando a maior parte das mulheres recebe o diagnóstico de placenta prévia?

A

Durante USG de rotina em mulheres assintomáticas no 2º trimestre.

Se essa placenta prévia persistirá, depende se ela recobre o orifício interno e por qual extensão.

Quanto mais tarde o diagnóstico maior probabilidade de persistência.

Sugere-se repetição do exame entre 28 a 34 semanas.

49
Q

Quais os diagnósticos diferenciais de placenta prévia?

A
  • DPP (porém tem início súbito, com hemorragia única e dolorosa de cor escura, dor presente súbita e intensa no abdome e na palpação do útero, com contrações uterinas, hipertonia e/ou hiperatividade uterina, ausculta fetal difícil ou ausente; bolsa das águas tensa ao toque);
  • Vasa prévia (sangramento vaginal associado à ruptura das membranas. Sangramento de origem fetal que pode ser fatal ao feto).
50
Q

Quais as condutas para placenta prévia?

A
  1. Conduta expectante;
  2. Uso liberal da cesárea;
51
Q

Qual a conduta expectante da placenta prévia?

A
  • Abaixo de 37 semanas de gestação;
  • Permanecer em repouso e receber suplementação de ferro elementar;
  • Administrar corticoesteroide em gestação 25-34 semanas;
52
Q

Como é a conduta ativa da Placenta prévia?

A

Em caso de sangramento materno intenso, vitalidade fetal alterada ou maturidade fetal comprovada (ou idade gestacional acima de 37 semanas).

Cesárea eletiva: se placenta em centro-total.

Parto vaginal: placenta em inserção baixa se possível de acordo com obstetra.

53
Q

O que é descolamento prematuro de placenta (DPP)?

A

É a separação da placenta normalmente inserida antes da expulsão do feto em gestação de 20 ou mais semanas completas. (Por isso não é considerado aborto).
Rotura dos vasos maternos na decídua basal.

54
Q

Por que o feto torna-se comprometido com a DPP?

A

A placenta separada não é capaz de manter sua função de troca de gases e nutrientes.

55
Q

Incidência de DPP?

A

0,3%-1% (BAIXA)

56
Q

Morbidade e Mortalidade Perinatal pela DPP?

A

Óbito fetal quando há descolamento de 50% da placenta.

Óbito intraútero (77%) e óbitos/sequelas neurológicas relacionados à prematuridade.

57
Q

Fisiopatologia e fatores de risco da DPP?

A

1º causa: pico hipertensivo;
Outras causas: traumas e rotura prematura de membranas com inflamação aguda; anormalidades vasculares placentárias…

Fatores de risco:
1. Hipertensão arterial;
2. Rotura prematura de membranas ovulares pré-termo (RUPREMA);
3. Trombofilias hereditárias;
4. Uso de cocaína;
5. Trauma;
6. Tabagismo;
7. Síndromes hipertensivas;
8. Cesárea prévia;
9. História prévia de descolamento prematuro de placenta;
10. Idade materna e paridade;
11. Gestação múltipla e polidrâmnio.

58
Q

Como fazer diagnóstico de DPP? (Explicar com achados)

A

Clínico!

  1. Sinais clássicos: sangramento vaginal; dor súbita e intensa no abdome; dor à palpação do útero; contrações uterinas.

Caso não haja sangramento: desconfiar de hemorragia oculta.

Ex. físico: convergência tensional, estado de pré-choque ou choque hipovolêmico, sangramento genital visível externamente, hipertonia ou hiperatividade uterina.

59
Q

Conduta para DPP?

A

Hospitalização e cirurgia

60
Q

Ana Paula, G1P0, IG 10 semanas, chega ao ambulatório com queixa de sangramento vaginal há 3 dias. Com base nos achados da anamnese, exame físico e ultrassom, preencha o quadro abaixo: (cite 2 elementos de cada um deles)
1. Ameaça de aborto
2. Abortamento em curso
3. Abortamento incompleto

A

Ex. de respostas possíveis:
Ameaça de aborto:
1. Sangramento vaginal pequeno e de cor escura;
2. USG: Saco gestacional embrião;

Abortamento em curso:
1. Sangramento intenso cor escura;
2. Descolamento ovular com saco gestacional em posição baixa e dilatação cervical;

Abortamento incompleto:
1. Sangue e cólica que permanecem após o aborto;
2. Endométrio espessado;

61
Q

Como se caracteriza a
1. placenta prévia total/completa?
2. placenta prévia marginal?
3. placenta prévia baixa?

A
  1. recobre totalmente o orifício interno do colo uterino;
  2. recobre parcialmente o orifício interno do colo uterino;
  3. raio de 2cm de distância do orifício interno do colo, não atinge.