Tutoria 3/5 - Vaginite/Vaginose/DIPA e HPV/CA de Colo Flashcards

1
Q

Como é composto o fluxo vaginal normal?

A

Muco cervical e da trompa + restos de células escamosas + células vaginais cervicais + secreções de Bartholin e Skene + transudatos…

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2
Q

Como é o fluxo vaginal normal?

A

Incolor ou levemente branco-amarelado; sem odor; flocular; mais ou menos filante dependendo do ciclo menstrual;

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3
Q

Como é o ecossistema vaginal e seu pH?

A

Bacilos longos (Lactobacillus/Bacilos de Doderlein) (GRAM + Aeróbicos). Principalmente Lactobacillus inner.

Outras bactérias: gardnerella, prevotella.

Outros microrganismos:
Candida albicans,
Streptococcus sp.

pH vaginal <=4,5

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4
Q

Como a vagina normal mantêm seu pH na faixa de 4,5?

A
  1. Células da mucosa vaginal (camada intermediária) produzem ácido lático em seu metabolismo e difundem para fora da célula.
  2. O estrogênio estimula a glicogenólise em ác. lático por ação dos Lactobacillus em células epiteliais vaginais. (PRODUÇÃO ESTROGÊNIO DEPENDENTE)
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5
Q

O que é/como funciona o teste das aminas (whiff test)/qual seu diagnóstico?

A

Desprendimento de odor fétido - aminas aromáticas (putrescina, cadaverina, dimetilamina) - após adição de KOH 10% a uma gota de conteúdo vagina . Serve para diagnóstico de vaginose bacteriana.

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6
Q

O que é critério de Amsel e qual seu diagnóstico?

A

Fecha diagnóstico de vaginose bacteriana caso preencha 3 dos 4 itens a seguir:
1. Corrimento vaginal branco acinzentado homogêneo aderente as paredes vaginais;
2. Teste das Aminas positivo;
3. Presença de Clue Cells
4. pH > 4,5

Extra: Odor fétido vaginal

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7
Q

O que são Clue Cells?

A

Células pista são células epiteliais da vagina que adquirem aparência pontilhada distinta ao serem cobertas por bactérias.

“SINAL PATOGNOMÔNICO DE VB.”

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8
Q

O que é o Escore de Nugent e como funciona?

A

Análise dos elementos na bacterioscopia vaginal (estudo Gram).

Escore 0-3: Padrão normal;
Escore 4-6: Flora vaginal intermediária;
Escore 7-10: Vaginose bacteriana.

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9
Q

O que é Vaginose Bacteriana?

A

Substituição da flora microbiana vaginal de Lactobacillus por bactérias anaeróbicas e facultativas. Principal bactéria anaeróbica: Gardnerella vaginalis. Porém é uma enfermidade polimicrobiana!

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10
Q

Qual o agente, pH, fluxo vaginal, resultado do teste das aminas e achados no preventivo da Candidíase?

A

Agente: Candida sp.
pH: <4,5
Fluxo: aspecto de leite talhado
Whiff test: negativo
Achados: Hifas ou esporos

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11
Q

Qual o agente, pH, fluxo vaginal, resultado do teste das aminas e achados no preventivo da Vaginose Bacteriana?

A

Agente: Gardnerella vaginalis
pH: 4,5 - 5,5
Fluxo: Amarelo acinzentado, odor fétido
Whiff test: Positivo
Achados: Clue cells

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12
Q

Qual o agente, pH, fluxo vaginal, resultado do teste das aminas e achados no preventivo da Tricomoníase?

A

Agente: Trichomonas vaginalis
pH: >5,5
Fluxo: Amarelado, abundante, espesso;
Whiff test: Pode positivar (pela presença de bactéria)
Achados: Colo em Framboesa

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13
Q

Tratamento completo da Vaginose Bacteriana?

A

Nome do paciente
Data

Uso interno
Metronidazol 250mg __ 28cp
Tomar 2 comprimidos a cada 12/12h por 7 dias.

Não tratar parceiro.

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14
Q

Tratamento completo da Candidíase?

A

Nome da paciente
Data

Uso interno
Fluconazol 150mg ___1cp
Tomar um cp via oral, dose única.

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15
Q

O que é DIP?

A

Doença Inflamatória Pélvica é uma síndrome clínica inflamatória e infecciosa decorrente da ascensão de microrganismos do trato genital inferior para o trato superior.

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15
Q

Tratamento completo da Tricomoníase?

A

Nome do paciente
Data

Uso interno
Metronidazol 250mg __ 28cp
Tomar 2 comprimidos a cada 12/12h por 7 dias.

Tratar parceiro!
Nome do parceiro
Data

Uso interno
Metronidazol 250mg ___ 8cp
Tomar 8cp em dose única.

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16
Q

Quais os 2 patógenos mais comuns de DIP?

A

Chlamydia trachomatis e Neisseria gonorrhoeae.

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17
Q

Sequelas importantes da DIP?

A

Dor pélvica crônica, infertilidade, gravidez ectópica.

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18
Q

Fatores de risco DIP?

A
  1. Idade 15-25
  2. Comportamento sexual
  3. IST no parceiro;
  4. Utilização de DIU (questionável);
  5. História prévia de DIP;
  6. Vaginose Bacteriana.
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19
Q

Aspectos clínicos da DIP?

A

65% dos casos: oligossintomáticos ou assintomáticos;

DIP aguda: inicio agudo de dor abdominal (geralmente bilateral) ou pélvica inferior; sensibilidade em órgãos pélvicos e evidência de inflamação do trato genital. Pode apresentar febre, dispareunia, corrimento vaginal e disúria/polaciúria.

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20
Q

Qual nome se dá a inflamação da cápsula hepática e das superfícies peritoneais do quadrante superior direito anterior que pode acontecer na DIP?

A

Peri-hepatite (síndrome de Fitz-Hugh Curtis)

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21
Q

Qual nome se dá a massa inflamatória envolvendo trompa, ovários e órgãos pélvicos adjacentes que pode acontecer na DIP?

A

Abscesso tubo-ovariano.

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22
Q

Quais testes laboratoriais pedir em suspeita de DIP?

A
  1. Teste de gravidez (para descartar gravidez ectópica);
  2. Microscopia de corrimento vaginal;
  3. Amplificação de ác. nucleicos para C. trachomatis e N. gonorrehoeae;
  4. Triagem HIV;
  5. Sorológico para sífilis;
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23
Q

Qual exame de imagem pedir para suspeita de DIP?

A

USG pélvica

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24
Q

Como fechar diagnóstico de DIP?

A

Presença de 3 critérios maiores associados a 1 menor, ou presença de 1 critério elaborado.

Critérios maiores:
1. Dor no hipogástro (baixo ventre);
2. Dor à palpação de anexos;
3. Dor à mobilização do colo uterino;
4. Febre

Critérios menores:
1.Conteúdo vaginal anormal;
2. Massa pélvica;
3. Leucocitose (ex. laborat);
4. Proteína C / VHS (ex. laborat);
5. Comprovação laboratorial de infecção cervical por Gonococo, clamídia ou micoplasma;

Critérios elaborados: se você ler no caso é obvio.

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25
Q

Diagnósticos diferenciais para DIP

A
  1. Gravidez ectópica;
  2. Tumor/Ruptura/Torção de cisto ovariano;
  3. Endometriose;
  4. Apendicite;
  5. Diverticulite;
  6. Nefrolitíase;
  7. Litíase urinária;
    Vários outros…
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26
Q

Critérios para tratar DIP em hospital

A
  1. Abscesso tubo-ovariano;
  2. Gravidez;
  3. Dificuldade de exclusão de emergência cirurgica;
    Outras menos comuns..
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27
Q

Posologia do tratamento ambulatorial de DIP

A

Maria de Lourdes
Uso interno
Ceftriaxona 1g———————————–1 ampola
Aplicar meia ampola (500mg) IM profundo, dose única.
Doxiciclina 100mg —————————–28 comprimidos
Tomar 1 comprimido de 12 em 12h por 14 dias.
Metronidazol 250mg —————————56 comprimidos
Tomar 2 comprimidos de 12h em 12h por 14 dias.

TRATAR PARCEIRO
João de Lourdes
Uso Interno
Ceftriaxona 1g ————————————-1 ampola
Aplicar meia ampola (500mg) IM profunda, dose única.

Azitromicina 500mg ——————————20 comprimidos
Tomar 1 comprimido 12h em 12h, por 10 dias.

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28
Q

Estadiamento da DIPA

A

0 - Cervicite
1a - Endometrite
1b - Salpingite sem peritonite
2 - Salpingite com peritonite
3 - Piossalpinge / Abscesso tubo-ovariano
4a - Abscesso tubo-ovariano roto
4b - Hidrossalpinge/Hidrooforossalpinge

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29
Q

Cite 2 HPVs de baixo risco oncogênico e 2 HPVs de alto risco oncogênico.

A

HPVs de baixo risco oncogênico: 6, 11.
HPVs de alto risco oncogênico: 16, 18.

30
Q

Por que os HPVs 16 e 18 podem causar câncer?

A

Expressam as proteínas E6 e E7 que degrada a p53 e a pRb, respectivamente.

31
Q

Quais são as manifestações da infecção pelo HPV?

A
  1. Infecções latentes (não havendo lesão morfológicamente detectável);
  2. Manifestação subclínica (vista por colposcopia ou citologia)
  3. Manifestação clínica (lesões verrucosas genitais e associadas a HPV de baixo risco);
32
Q

Quais os HPVs responsáveis pelas verrugas genitais externas?

A

HPVs não oncogênicos, como 6 e 11.

33
Q

Quais os HPVs responsáveis pelas verrugas anogenitais?

A

HPVs oncogênicos: 16,18..

34
Q

Tratamento para verrugas de HPV:

A

USO TÓPICO

Ác. tricloroacético a 85% em solução alcoólica — 1 frasco
Aplicar nas lesões condilomatosas, uso médico

obs: encaminhar parceiro com condilomas ao urologista

35
Q

Atualização da vacinação do HPV no Brasil pelo SUS:

A

Vacina quadrivalente (6, 11, 16 e 18).
Meninos e meninas de 9 a 14 anos em dose única;

Caso seja prescrição: nonavalente em dose única.

36
Q

Nomenclatura das lesões associadas ao HPV:

A

Condiloma&raquo_space; LSIL
NIC1&raquo_space; LSIL de colo
NIVA1&raquo_space; LSIL de vagina
NIA1&raquo_space; LSIL de ânus
NIC2/NIVA2/NIA2&raquo_space; se P16ink4a (-): LSIL; se P16ink4a (+): HSIL
NIC3/NIVA3/NIA3&raquo_space; HSIL de colo/vagina/ânus

LSIL (Lesão Intraepitelial Escamosa de Baixo Grau)
HSIL (Lesão Intraepitelial Escamosa de Alto Grau)

37
Q

Quais são os métodos diagnósticos de HPV?

A
  1. Técnicas de biologia molecular (PCR);
  2. Citopatologia (é um esfregaço e pode classificar em LSIL e HSIL, ASC-US…) (pode ser colhido em Papanicolau ou base líquida)
  3. Colposcopia (lesões no colo com lente de aumento e determina sítio adequado em caso de biópsia).
  4. Histopatológico (padrão-ouro para diagnóstico de lesões por HPV;
  5. Imunoistoquímica (conferir marcador p16ink4a)
38
Q

Qual a alteração citológica presente no histopatológico que é patognomônico de HPV?

A

Coiolocitose (células com halo claro em volta do núcleo).

39
Q

Qual a classificação da displasia (mitoses e presença de células imaturas) limitadas ao terço inferior do epitélio do colo?

A

NIC1

40
Q

Qual a classificação da displasia (mitoses e presença de células imaturas) limitadas ao terço médio do epitélio do colo?

A

NIC2

41
Q

Qual a classificação da displasia (mitoses e presença de células imaturas) comprometendo terço superior do epitélio do colo?

A

NIC3

42
Q

Qual a histologia normal do colo uterino?

A

Ectocérvice: Epitélio Estratificado Escamoso;
Junção escamocolunar (JEC);
Canal endocervical: Epitélio colunar.

43
Q

O que é ectopia cervical?

A

Quando há reposicionamento da junção escamocolunar (JEC) externamente ao orifício externo do colo, com exposição do epitélio colunar ao meio vaginal. Sinal da mácula rubra.

44
Q

O que caracteriza o Sistema Bethesda III e como funciona?

A

Caracteriza as lesões escamosas com potencial pré-maligno de HPV. É dividido em 3 categorias:
1. Células Escamosas Atípicas (ASC);
2. Lesões Intraepiteliais Escamosas de Baixo Grau (LSIL);
3. Lesões Intraepiteliais Escamosas de Alto Grau (HSIL);

Além de Adenocarcinoma in situ (AIS) e Carcinoma Invasor

45
Q

Quais são as lesões intraepiteliais escamosas de baixo grau (LSIL)?

A
  1. Alterações celulares associadas ao HPV (coilocitose, NIC1)
46
Q

Quais são as lesões intraepiteliais escamosas de alto grau (HSIL)?

A
  1. Lesões NIC2 e NIC3.
47
Q

Como fazer o rastreamento do câncer de colo?

A

Exame citopatológico (Papanicolau, preventivo, colpocitologia).

Realizar em mulheres de 25 a 64 anos, que já tiveram relação sexual, 1 vez por ano durante 2 anos; após 2 negativas realizar a cada 3 anos.

48
Q

O que é o teste de Schiller?

A

Aplicação de Ác. acético
e posterior de Lugol.

Aplicar Ácido acético 3-5% no colo do útero e na vagina para corar as células, ele coagula as proteínas do núcleo do epitélio alterado e torna a área acetobranca. Aplicar Lugol, substância a base de iodo, que cora o glicogênio das células do colo uterino (Teste de Schiller). Iodo positivo (Schiller negativo): sem alterações (coloração marrom-escuro). Iodo negativo (Schiller positivo): realizar biópsia na área não corada pelo iodo (amarelo-mostarda).

49
Q

Amostras satisfatórias do citopatológico do colo do útero deve apresentar quais células?

A
  1. Células escamosas;
  2. Células glandulares;
  3. Células metaplásicas;
50
Q

Conduta frente aos resultados citopatológicos/preventivo:

A

ASC-US:
<25 anos (repetir em 3 anos)
25 - 29 anos (repetir em 1 ano)
>=30 anos (repetir em 6 meses)

ASC-H (encaminhar para colposcopia)

LSIL:
<25 anos (repetir em 3 anos)
>=25 anos (repetir em 6 meses)

TODOS OS OUTROS RESULTADOS:
Encaminhar para colposcopia

51
Q

Paciente 36 anos, com biopsia de colo NIC3 (carcinoma in situ), evidenciada infecção por HPV. Qual conduta para o paciente?

A

Encaminhar para colposcopia para proceder com conização.

52
Q

Paciente 36 anos, com biopsia de colo NIC3 (carcinoma in situ), evidenciada infecção por HPV. Quais são as formas de apresentação dessa infecção e como fazer o diagnóstico de cada uma?

A

Forma clínica: Condiloma;
Forma subclínica: citologia, colposcopia ou histopatologia alterada;
Forma de infecção latente: PCR.

53
Q

Paciente 36 anos, com biopsia de colo NIC3 (carcinoma in situ), evidenciada infecção por HPV. Qual a relação do HPV com as lesões intraepiteliais cervicais e o CA de colo de útero?

A

HPVs oncogênicos como o 16 e 18 expressam oncoproteínas E6 e E7 que inibem as proteínas dos genes supressores de tumor p53 e pRb, degradando a transcrição do DNA e realização a fase de “Iniciação” da Carcinogênese.

54
Q

Paciente 26 anos, com corrimento esbranquiçado, fluxo aumentado, bolhoso, odor fétido, piora nas relações e apresenta células alvo. Hipótese diagnóstica?

A

Vaginose bacteriana

55
Q

Paciente 26 anos, com corrimento esbranquiçado, fluxo aumentado, bolhoso, odor fétido, piora nas relações e apresenta células alvo. Cite 3 achados da propedêutica que confirmem uma hipótese diagnóstica pro caso.

A
  1. Teste das aminas positivo;
  2. pH > 4,5
  3. Presença de células alvo;
56
Q

Cite 3 causas não infecciosas que aumentam o pH vaginal

A
  1. Ducha higiênica;
  2. Relação sexual com ejaculação;
  3. Sangue líquido amniótico;
57
Q

Paciente iniciou há 10 dias quadro de dor abdominal, dor a palpação de anexos, febre, leucocitose, PCR aumentada, beta-HCG negativo. Qual os 3 critérios maiores e quais os 3 critérios menores para a suspeita diagnóstica.

A

Suspeita clínica de DIPA;
Critérios maiores:
1. Dor a mobilização do colo;
2. Dor a palpação de anexos;
3. Dor pélvica;

Critérios menores:
1. Febre;
2. Proteína C reativa aumentada;
3. Corrimento vaginal purulento;
4. Leucocitose

58
Q

Paula, 39 anos, comparece a UBS de terra vermelha para realizar o exame colpocitológico, relatando que o último exame foi realizado há 05 anos. Retorna com o seguinte resultado: Células escamosas atípicas de significado indeterminado, não sendo possível excluir lesão intraepitelial de alto grau (ASC-H). Qual conduta?

A

Encaminhar para colposcopia por se tratar de ASC-H.

59
Q

Qual a rotina recomendada pelo Ministério da Saúde/INCA para o rastreamento do câncer de colo do útero no Brasil?

A

25-64 anos em pacientes que já iniciaram vida sexual.

60
Q

Como é composto o epitélio escamoso?

A

Encontrado na ectocérvice e na vagina. Apresenta 4 camadas:

Camada basal: 1 fileira de células imaturas com grandes núcleos e pouco citoplasma

Camada parabasal: 2 a 4 fileiras de células imaturas que fornecem células de reposição ao epitélio sobrejacente

Camada intermediária: 4 a 6 fileiras de células com mais citoplasma separadas por um espaço intercelular, o qual contém pontes intercelulares, onde ocorre diferenciação da produção de glicogênio

Camada superficial: 5 a 8 fileiras de células achatadas que sofrem esfoliação (desprendem). Tais células formam a base do Papanicolau.

61
Q

Como é composto o epitélio colunar?

A

Encontrado na endocérvice
Única camada de células colunares

Epitélio glandular é constituído por cristas, criptas e invaginações, quando coberto por metaplasia escamosa, leva ao aparecimento de aberturas glandulares (orifícios)

62
Q

Como é composto o epitélio metaplásico?

A

Encontrado na JEC

Começa nas células de reserva subcolunar
Proliferam com estímulo de acidez vaginal menor, substituindo o epitélio colunar da endocérvice

63
Q

Mariana, 22 anos, coitarca há 8 anos sem parceiro fixo, vem ao ambulatório de ginecologia queixando-se de febre há 48hs (Temperatura axilar no momento 38,39) e dor em baixo ventre. Ao exame ginecológico observa-se muco cervical turvo, fluxo vaginal com odor fétido e ao toque bimanual refere intensa dor a mobilização do colo e em projeção dos anexos.
Qual o possível diagnóstico de Mariana? Justifique.

A

DIPA, cite os critérios maiores e menores.

  1. Dor a mobilização do colo;
  2. Dor em baixo ventre;
  3. Dor em palpação de anexos;
  4. Febre;
64
Q

Qual o principal elemento que compõe a microbiota do fluxo vaginal fisiológico?

A

Na microscopia observa-se células epiteliais superficiais descamadas e bacilos de Doderlein e ausência quase completa de leucócitos característicos do fluxo vaginal fisiológico.

65
Q

Quais as origens do fluxo vaginal fisiológico?

A

As secreções vaginais normais são compostas pelo muco cervical, secreções transudadas da parede vaginal, células epiteliais vaginais descamadas, secreções vulvares das glândulas de Batholin, Skene, sebáceas e sudoríparas; líquidos endometriais e das trompas.

66
Q

Quais os critérios de Amsel e para que ele serve?

A

Corrimento vaginal homogêneo, geralmente acinzentado e de quantidade variável;
pH vaginal > 4,5;
Teste de Whiff ou teste da amina (KOH 10%) positivo;
Presença de clue cells na bacterioscopia corada por Gram.

Diagnóstico de vaginose bacteriana.

67
Q

Qual orientação da Diretriz Brasileira para rastreamento do câncer de colo uterino
(INCA/MS, 2016) em relação ao início, intervalo e término?

A
  • Início da coleta deve ser aos 25 anos de idade para mulheres com vida sexual ativa.
  • 2 exames anuais consecutivos normais, estender intervalo de coleta para cada 3 anos.
  • A coleta pode ser interrompida aos 64 anos, após 2 exames normais nos últimos 5 anos.
68
Q

O principal método de rastreamento para câncer de colo uterino é a citologia oncológica ou exame de Papanicolaou, no entanto o exame convencional apresenta uma sensibilidade de 51% e uma taxa de 49% de resultados falsos-negativos. Indique 3 possíveis erros falso-negativos no exame de citologia oncológica convencional.

A

São possíveis falso-negativos da colposcopia oncótica:
Ninguém sabe responder essa! Melhor resposta que tivemos:
1. Paciente menstruando
2. Paciente em uso de lubrificante vaginal
3. Relação sexual nas últimas 24h

69
Q

O que significa eversão do colo uterino?

A

Quando há reposicionamento da junção escamocolunar (JEC) externamente ao orifício externo do colo, com exposição do epitélio colunar ao meio vaginal. Sinal da mácula rubra. É uma característica normal do envelhecimento.

70
Q

Selena, 20 anos, foi submetida a coleta de citologia oncológica. De acordo com o resultado descrito abaixo, e baseado na Diretriz Brasileira de Rastreamento de Câncer de Colo de Útero (INCA/MS, 2016) qual a conduta recomendada?

LAUDO DO EXAME CITOPATOLÓGICO DO COLO DO ÚTERO
Epitélios representados na amostra: glandular, escamoso e metaplásico.
Microbiologia: Bacilos supracitoplasmáticos (Gardnerella vaginalis).
Atipias em células escamosas: Lesão intraepitelial de baixo grau.

A

Tratar vaginose (se sintomática) e repetir citologia em 3 anos, considerando que Selena tem menos de 25 anos de idade.

71
Q

Quais os critérios epidemiológicos e clínicos que definem uma candidíase não-complicada?

A

Sobel classifica a candidíase vulvovaginal em complicada e não
complicada. É considerada “não complicada” a candidíase que se
apresenta em episódios esporádicos ou infrequentes, de intensidade
leve ou moderada, cujo agente etiológico provavelmente é a
Candida albicans e ocorre em mulheres não imunocomprometidas.
O termo “candidíase complicada” refere-se à candidíase recorrente
ou severa ou por espécies não albicans ou em mulheres com
diabetes, condições que comprometam o sistema imune (por
exemplo, infecção por HIV), debilitadas ou recebendo
imunossupressores.

72
Q

Mulher, 39 anos, gestante de 12 semanas, com quadro de fluxo vaginal espesso, branco, sem odor, associado a hiperemia vulvar e prurido intenso. Com base no caso responda:
Qual a vulvovaginite mais provável apresentada pela paciente?

A

Candidíase.

73
Q

Mulher, 39 anos, gestante de 12 semanas, com quadro de fluxo vaginal espesso, branco, sem odor, associado a hiperemia vulvar e prurido intenso. Com base no caso responda:
Qual a relação da candidíase com a gravidez?

A

Resposta Arthur:
A candidíase vulvovaginal parece ocorrer com mais frequência em cenários de níveis aumentados de estrogênio, como gravidez e terapia com estrogênio pós-menopausa.