Tumores hipofisários Flashcards

1
Q

Adeno-hipófise (anterior)

A
ACTH
GH
TSH
FSH e LH
Prolactina
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2
Q

Neuro-hipófise (posterior)

A

Oxitocina

Vasopressina/ADH - hormona anti-diurética

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3
Q

MEN1

A

Hiperpara 1o + tumores neuro-endócrinos, nastro-pancreáticos + tumores hipofisários

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4
Q

AIP

A

Familial Isolated Pituitary Adenoma

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5
Q

− Clínica:
o Funcionante – Se produz alguma hormona em excesso e isso se traduz em
sintomatologia
o Não funcionante
− Imagiologia:
o Microadenoma – se < 1cm
o Macroadenoma – se > 1 cm
o É ainda importante compreender a localização do tumor:
▪ Apenas intra-selar
▪ Para-selar – invade os seios cavernosos
▪ Supra-selar – comprime o quiasma óptico
▪ Totalmente invasivo – invade seios cavernosos, artéria carótida
interna…

A

.

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6
Q

Tumores funcionastes mais frequentes:
Prolactinoma
Somatotrofinoma - acromegália
Corticotrofinoma - doença de Cushing

A

.

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7
Q

Hiperprolactinemia

A
  • gravidez, stress, atividade sexual
  • anti-hipertensores, anti-depressivos, anti-psicóticos, metoclopramida, risperidona
  • síndrome ovário poliquístico - macroprolactona
  • lesão da haste - bloqueia dopamina -> hiperprolactinemia

efeito de hook: o laboratório tem de fazer diluições progressivas, de modo a fazer um doseamento verdadeiro
Tipicamente isto sucede em tumores que produzam prolactinas > 1000

Macroprolactina, aqui temos um valor falsamente elevado de prolactina. Isto sucede porque normalmente a prolactina circula no nosso sangue na forma monomérica, contudo, ela é capaz de formar agregados com a IgG, formando partículas progressivamente maiores, denominadas de big prolactinas ou big big prolactinas - diz-se positivo se >60% da prolactina em circulação for esta macromolécula.

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8
Q

A terapêutica dos prolactinoma, ao contrário dos restantes tumores da hipófise, é principalmente uma terapêutica médica. Não existe habitualmente necessidade de cirurgia, pois mesmo tumores muito grandes, que comprimam quiasma óptico etc, respondem muito bem à terapêutica médica. Utilizam-se agonistas da dopamina, que controlam a secreção de prolactina, reduzem o tamanho do tumor e permitem restaurar a função gonadal:

A

− Bromocriptina
o Toma diária
o Ligeiramente associada a mais reações adversas, principalmente gastrointestinais e hipotensão, motivo pelo qual habitualmente se inicia a toma à noite

− Cabergolina
o Toma semanal
o Não está associada a risco aumentado de valvulopatia

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9
Q

Manifestações da prolactina

A

Excesso de prolactina -> inibição das gonadotrofinas -> diminuição da testosteona -> diminuição do líbido e disfunção erétil

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10
Q

Acromegália

- definição, etiologia e clínica

A

Excesso de hormona do crescimento (GH)
Em idade pediátrica - gigantismo
-> macroadenomas (atraso no dx entre 7 a 10A)

Etiologia:

  • adenoma hipofisário
  • secreção ectópica de GHRH
  • secreção ectópica de GH

Se a hiperprodução ocorrer depois do encerramento das cartilagens de conjugação, o indivíduo terá acromegália, que se caracteriza por proeminência do osso frontal, da pirâmide nasal, macroglossia, afastamento do espaço interdentário e espessamento do tecido subcutâneo das extremidades (aumento das dimensões da mãos e dos pés), sendo frequente os doentes queixarem-se que têm de trocar de aliança ou que o número do calçado aumentou.

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11
Q

Acromegália

- MCDTs

A

GH elevada
IGF-1 elevada
PTGO com GH e glicémia 0, 30, 60, 90 e 120 min (nadir de GH >0,4 ng/ml)

RMN - exame de eleição

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12
Q

Acromegália

- TTO

A

TTO com cirurgia transfenoidal

TTO médico qd o doente não fica curado com a cirurgia:

− Análogos da somatostatina: Octreótido, Lanreótido
o Inibem a produção de GH
o Administrados por via intramuscular ou subcutânea profunda, a cada 4-6 semanas
o São muito dispendiosos (cerca de 1000€ cada injeção)

− Agonistas da dopamina: Bromocriptina, Cabergolina
o São usados para o tratamento do prolactinoma → podem ser usados na acromegália, mas têm resultados muito mais diminutos (resposta em cerca de 15% dos casos apenas)

− Antagonistas dos recetores de GH: Pegvisomant
o Uns dos fármacos mais eficazes
o Como reação adversa pode levar ao aumento das transaminases
▪ Sendo que um aumento superior a 3-4x pode implicar a suspensão do fármaco

Quando a cirurgia não é eficaz e temos tumores de grandes dimensões ou tumores que continuam a crescer, pode ponderar-se radioterapia. A radioterapia é eficaz, contudo a grande desvantagem é que o efeito não é imediato, levando cerca de 2 anos até começarem a surgir resultados (durante estes 2 anos habitualmente faz-se terapêutica médica, para ir tentando controlar a doença)

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13
Q

Doença de Cushing

A

Doença de Cushing: tumor hipofisário que produz ACTH em excesso
vs
Síndrome de Cushing: todas as situações que cursam com hipercortisolismo (ex. adenoma da suprarrenal)

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14
Q

Doença de Cushing - dx

A
  1. Excluir a toma de corticoides exógenos → causando Cushing iatrogénico;

2.Confirmar hipercortisolismo (se 2 ou + provas positivas):
a. Cortisol urinário na urina das 24h
i. Tipicamente está 2-3x aumentado num doente com síndrome de
Cushing

b. Cortisol salivar ou sério à 00h00 (habitualmente salivar porque a colheita é mais
fácil em ambulatório)
i. É à meia-noite que
fisiologicamente o nível de cortisol endógeno deveria ser mais diminuído
1. O pico (valor mais elevado) num indivíduo saudável é entre as 8h e as 9h da manhã

c. Teste de supressão com 1mg de dexametasona (= 2cp entre as 23h/00h, a medição é efetuada na manhã seguinte, entre as 8h/9h)→num indivíduo saudável, a toma de glucocorticoides exógenos induz a supressão do eixo, havendo diminuição do cortisol
i. Se doente com Cushing não existe supressão do eixo, mantendo-se a produção exagerada de corticoides

Cortisol sérico <1,8 ug/dL -> excluir dx
Cortisol >=1,8 e < 5 ug/dL - > duvisoso
Cortisol >=5 ug/dL -> Positivo

  1. Etiologia - estímulo hipofisário ou supra-renal
    a. Níveis de ACTH

ACTH
<10 - >S.Cushing ACTH-independente -> TC abdominal
10-20:
Reavaliar ACTH ou Teste CRH
-> ACTH <20 pg/ml -> S.Cushing ACTH-independente
-> ACTH >20 pg/ml -> S. Cushing ACTH-dependente -> RM esfeno-selar, Prova CRH, Prova DXM dose forte

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15
Q

TTO - Doença de Cushing

A

1a linha - cirurgia via transfenoidal-» RT -» Suprarrenalectomia bilateral (S. Nelson - aumento do tumor da hipófise em consequência de adenoidectomia bilateral ou tumor curar de forma espontânea) -» TTO médico (metopirona, cetoconazol, mifepristona ou pasireotido)

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16
Q

Efeito de massa

A

Por compressão do quiasma ótico → alterações visuais, sendo o mais típico uma hemianopsia bitemporal
Se invadir os seios cavernosos → comprometimento do III par, com ptose palpebral ou do VI, com diplopia
Se estiramento da dura-máter→cefaleias
Se envolvimento do V par → parestesias da face (mais raro devido à localização mais inferior deste par craniano)

17
Q

Hipopituitarismo

A

Compressão/destruição da hipófise normal
Compressão da haste (interrupção eixo vasculonervoso)
Consequência da apoplexia hipofisária

A maior parte dos doentes com tumores hipofisários que chegam à consulta de endocrinologia já têm défices de todas estas hormonas, e ao iniciar a reposição deve-se sempre iniciar primeiro a hidrocortisona e só depois a levotiroxina!!! Se se der primeiro a levotiroxina, há um aumento do metabolismo do doente, que a hidrocortisona não consegue acompanhar.

O doente deve também ser avisado que se ficar doente (febre, diarreia, etc) deve aumentar a dose de hidrocortisona (2-3x); se tiver vómitos e não conseguir ingerir a medicação por via oral, deve dirigir-se ao SU para fazer medicação EV

18
Q

Apoplexia hipofisária

A

Ocorre quando há uma hemorragia ou um enfarte súbito da hipófise
TC - situação aguda (24 a 48h)
RM - fase srubaguda (4 a 30d) - deteta hemorragia e relação do tumor com estruturas vizinhas

Doente clinicamente queixa-se de uma cefaleia súbita e intensa e pode estar associado a alterações visuais e alterações da consciência

TTO:
Se o doente não tiver sinais neuro-oftalmológicos graves e não tiver deterioração do estado de consciência, pode optar-se por tratamento conservador: reposição hidro-eletrolítica, hidrocortisona e vigilância. Se quadro grave, há indicação para tratar cirurgicamente.

19
Q

TTO - panhipopituitarismo

A

GH - Dada hormona recombinante do crescimento
LH e FSH: Mulher - estrogenio + progesterona; Homem - testosterona
ACTH - hidrocortisona ou prednisolona
TSH - Levotiroxina
Prolactina - não há tto
Vasopressina - DDAVP

20
Q

Causas congénitas de hipopituitarismo

A

• PIT-1: mutações deste gene anulam a diferenciação das células progenitoras da hipófise em células produtoras de TSH, GH e prolactina, causando uma deficiência destas hormonas.
• PROP-1: a mutação do gene da proteína profeta do PIT-1 leva à carência de TSH, GH,
prolactina e gonadotrofinas.

21
Q

Síndrome de Sheehan

A

Durante a gravidez, por acção dos estrogénios produzidos pela placenta, existe uma hiperplasia dos lactotrofos e, portanto, um aumento de volume da hipófise. Se, durante o parto, ocorrer uma hemorragia abundante e a volémia não for reposta, haverá choque e, como resposta a este último, uma vasoconstrição para tentar manter a tensão arterial. Como a hipófise está hiperplasiada, a vasoconstrição dos vasos hipofisários leva isquémia, a necrose e hipofunção do tecido hipofisário (hipopituitarismo) – necrose hemorrágica da hipófise.

22
Q

Causas genéticas dos adenomas hipofisários:

A

Os adenomas hipofisários são esporádicos em 95% dos casos, sendo que em 5% dos casos são familiares. Estes últimos compreendem vários síndromes:
• MEN-1 (doença dos 3 P), em que existem tumores na hipófise, paratiroide e no pâncreas.
• FIPA (familial isolated pituitary adenomas) são tumores produtores de hormona de crescimento
ou de prolactina.
• MEN-4 (2P), em que há tumores da paratiróide e da hipófise.
• Síndrome X-LAG, em que existe uma duplicação do gene GPR101 no cromossoma X, que leva a uma situação de acrogigantismo1.
• Complexo de Carney, caracterizado por hiperpigmentação cutânea, mixomas, tumores endócrinos (testículos, suprarrenais, hipofisários, acromegália, prolactinomas e tumores da hipófise) e schwanomas.
• Síndrome paraganglioma/feocromocitoma, caracterizado por tumores hipofisários, tumores das glândulas das suprarrenais e tumores gástricos.

Esporádicos
• Mutações do gene Gs alfa estão presentes em cerca de 40% dos adenomas hipofisários produtores da hormona do crescimento e no Síndrome de McCune Albright (displasia óssea que cursa com hiperpigmentação cutânea, manchas de café au lait e hiperfunção de várias glândulas endócrinas, como as gónadas, hipófise, tiróide e córtex das suprarrenais).
• Em cerca de 35% dos casos de adenomas secretores de ACTH, observam-se mutações do gene USP8, (síndrome de Cushing) que levam a um aumento da sinalização pela via do EGF.

23
Q

S. Haste Hipofisária

A

Ocorre aquando da compressão da haste hipofisária por parte de um tumor. Nesta situação, deixa de haver passagem da prolactina a partir do hipotálamo para hipófise e, sendo a dopamina um fator inibitório da prolactina, deixa de haver inibição da prolactina, pelo que vamos ter hiperprolactinemia.