Obesidade Flashcards
Obesidade
Doença endócrina caracterizada por excesso de massa gorda
Avaliar pessoa:
- peso
- prega cutanea - pediatria
- perímetro da cintura
- relação cintura:anca
- MCDTs: TC, RMN, DEXA
- bioimpedância elétrica
- passagem de corrente elétrica entre 2 a 4 pontos
- impedância= resistência + interrreatividade
- precisao e reprodutibilidade
- acessibilidade
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IMC
• Normoponderal: IMC 18,5-24,9 kg/m2
• Pré-Obesidade: IMC 25-29,9 kg/m2
• Obesidade: IMC > 30 kg/m2
o Por cada mais 5 kg/m2 que a pessoa apresentar, será respetivamente uma obesidade classe I, II ou III;
o A classe III era anteriormente designada de Obesidade Mórbida.
Após o Grau de Obesidade Classe III, pode subdividir-se em subclasses, que por mais 10 kg/m2, acrescenta-se o prefixo Super-.
• Super-obesidade: IMC > 50 kg/m2
• Super-super-obesidade: IMC > 60 kg/m2
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Bioimpedância elétrica:
- A gordura é um mau condutor elétrico – quanto mais milissegundos levar a corrente a sair de um ponto e a entrar noutro ponto, maior é a
quantidade de gordura que a pessoa apresenta.
- Balanças tetrapolares - ambos os pés e ambas as mãos
estão ligados a um metal, e, portanto, há um circuito de corrente elétrica entre estes
pontos. - Balanças bipolares - a corrente elétrica só atravessa os pés. Nos casos deum tipo
de padrão de distribuição de gordura homogéneo, este é um método relativamente fiável. No caso de um padrão de distribuição de gordura predominantemente do segmento inferior vai haver falta de fiabilidade, porque estamos a medir a quantidade de gordura do segmento inferior e não a gordura total.
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Perímetro da cintura normal
• Normal o Mulher: < 80 cm o Homem: < 94 cm • Risco cardiovascular e metabólico muito aumentado o Mulher: > 88 cm o Homem: > 102 cm
Gene FTO - fat mass and obesity associated gene
Homozigotia para o alelo A deste gene está associada a uma duplicação do risco de desenvolvimento de obesidade
Quetiapina e olanzapina - aumentam de peso
Adenovírus - pode também
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Tecido adiposo
- Adipocito intra-abdominal
- Adipocito subcutâneo
Adipocito intra-abdominal:
- grande adipocito
- mais insulinorresistente
- maior densidade de r. adrenérgico (>lipólise)
- metabolicamente mais ativo
Adipocito subcutâneo:
- peq adipocito
- mais insulinossensível
- menor densidade de r. androgérnicos
- metabolicamente menos ativa
Adiponectina
• Quanto maior a quantidade de gordura acumulada, menor é a produção da adiponectina;
• É secretada a nível do tecido celular subcutâneo.
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Qt mais gordura, mais leptina
Leptina:
Inibe neuropéptido Y
- reduz ingesta
- aumenta termogénese
Aumenta a atividade do SNS
- aumenta FC e DC
- aumenta TA
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- Balanço energético + à favorecimento do catabolismo, através da estimulação da pró- opiomelanocortina, com frenação da AgRP e do neuropéptido Y.
- Balanço energético - à não há estimulação da pro-opiomelanocortina, e há estimulação do neuropéptido Y e da AgRP, a qual por sua vez vai inibir o catabolismo.
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- Balanço energético + à favorecimento do catabolismo, através da estimulação da pró- opiomelanocortina, com frenação da AgRP e do neuropéptido Y.
- Balanço energético - à não há estimulação da pro-opiomelanocortina, e há estimulação do neuropéptido Y e da AgRP, a qual por sua vez vai inibir o catabolismo.
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Grelina – “hormona da fome”
• Sintetizada a nível do estômago;
• Quando em níveis aumentados leva-nos a procurar comida.
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A nível do núcleo arqueado, também se encontram os neurónios produtores de neuropéptido Y. A expressão do neuropéptido Y está aumentado quando o balanço energético é negativo e está inibido quando há um balanço energético positivo.
A AgRP impede a ligação da melanocortina aos seus recetores. A AgRP está aumentada quando o balanço energético é negativo e está inibida quando o balanço energético é positivo.
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no Inquérito Alimentar Nacional e de Atividade Física apresentado há 3 anos, a prevalência de obesidade encontrava-se por volta dos 22%, maior no sexo feminino do que no sexo masculino. Na Pré-Obesidade, que atinge quase 35% da população portuguesa, verificamos que há uma prevalência maior no sexo masculino do que no sexo feminino.
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PILARES DA TERAPÊUTICA DIABÉTICA
Polifracionamento
- peq aportes
- várias refeições
- pequenos intervalos inter-refeição
Restrição calórica
- redução 300 a 500 kcl/d
- redução 500 a 1000 kcal/d
Restrição de gorduras
Restrição de HC absorção rápida
Uso de fibras alimentares
Terapêutica dietética
2 abordagens mais convencionais:
• Dieta de baixo valor calórico – 1.100 – 1.200 Kcal/ dia para a mulher, e entre 1.200 – 1.600 para o homem;
• Dieta de muito baixo valor calórico – < 800 Kcal/ dia.
Terapêutica farmacológica
Indicações
- doentes com obesidade
- IMC >27 kg/m2
Terapêutica farmacológica
Indicações
- doentes com obesidade
- IMC >27 kg/m2, se fatores de risco/doenças associadas
Orlistat
• Atua a nível intestinal através das lipases gástrica e pancreática;
• Dose – 120 mg 3x/ dia a cada uma das refeições;
• Inibindo a lípase gástrica e pancreática, há a redução da absorção da gordura, e como consequência vai haver uma aceleração do trânsito intestinal à efeito secundário –
esteatorreia, embora seja raro.
• Nunca se documentou que a utilização do Orlistat levasse ao défice dessas vitaminas
lipossolúveis – vitamina A, D, E e K.
Liraglutido (Saxenda)
• Dose–3mg1x/dia;
• Inibi o apetite e atrasa o esvaziamento gástrico à promove a perda de peso;
• Interrupção do tratamento à 3 meses de terapêutica sem perda de pelo menos 5% do
peso inicial;
• Com o atraso no esvaziamento gástrico, pode levar a alguns efeitos secundários
(náuseas e eventualmente vómitos), que normalmente são transitórios, mas podem permanecer nas primeiras 4 a 6 semanas. Também está associado a um efeito de classe dos agonistas do recetor do GLP-1, um aumento da frequência cardíaca, dois a três batimentos/ minuto de aumento, sem implicações clínicas;
Naltrexona/ Bupropion
• A naltrexona e o buproprion isoladamente já eram utilizados para outros fins, mas em associação é apenas utilizado para o tratamento da obesidade;
• Inibem o apetite e reduzem o prazer associado à ingesta alimentar;
• São administrados na forma de 4 comprimidos diários;
• Alguns efeitos secundários sobretudo náusea, obstipação, cefaleias, insónias, embora
sejam geralmente transitórios;
• A suspensão deve ocorrer se ao fim de 3 meses de dose completa não houver perda de
pelo menos 5% do peso corporal;
• Está demonstrada a sua eficácia anti-obesidade.
Cirurgia bariátrica
Obj - resolver a DM2
Critérios de elegibilidade para cirurgia bariátrica
• IMC > ou = a 40 kg/m2, ou um IMC > ou = a 35 kg/m2 na presença de 1 destas 6 comorbilidades (diabetes tipo 2; dislipidemia; SAOS; Síndrome da hipoventilação do obeso; HTA especialmente se de difícil controlo; patologia degenerativa osteoarticular, com marcasa limitação funcional);
• Idades entre os 18 e os 65 anos;
• Não se deve avançar para uma cirurgia sem antes ter tentado a perda de peso através
da via convencional;
• Excluir outras doenças endócrinas clássicas;
• Compreender todos os procedimentos em que está envolvido e deve aderir aos mesmos;
• Não deve existir descompensação de patologias psiquiátricas. A presença dessas
patologias não é contraindicação, só é contraindicação se não estiverem compensadas.
• Dependência de álcool e estupefacientes também é uma contraindicação até à resolução
dessa dependência.
• O risco operatório deve ser aceitável, sendo que este ponto é muito subjetivo na medida
em que todos estes doentes sobretudo os doentes com obesidade classe III têm um risco operatório elevado.
Todos os doentes que são submetidos a cirurgia restritiva, por exemplo, sleeve gástrico, banda gástrica ou bypass gástrico, têm de fazer suplementação vitamínico-minerais para toda a vida, através de uma suplementação vitamínico-mineral de alta potência.
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