Tumores cabeça e pescoço Flashcards
Epidemiologia tumores da cabeça e do pescoço
- 3% de todos os tumores malignos
- 90% são carcinomas pavimento-celulares (mais comum ulcerado)
- 2H:1M
- risco aumentado de tumores metácronos - 3 a 10%
Localizações do carcinoma da cavidade oral
- língua - 20 a 40%
- lábio - 13,5%
- mucosa bucal - 10%
- pavimento boca
- trígono retromolar
- rebordo alveolar - 10%
- palato duro - 0,5%
Exame objetivo nasofaringe
- mucosa
- massas
- vestígios hemáticos
- avaliação da extensão local
O que se pode encontrar na endoscopia de contacto
- queratose
- displasia
- papilomas
- laringite crónica
- coilócitos
Qual o papel das esofagoscopias rígidas e broncoscopias na ORL?
Não são da competência da ORL
Servem para exclusão de tumores síncronos
Para que é utilizada a imagiologia nos tumores da cabeça e pescoço?
- extensão tumoral profunda
- extensão ganglionar
- disseminação à distância
- orientação de biópsias
Endoscopia de contacto
- endoscópio 0-30º
- corante vital azul metileno 1%
- ampliação 60x e 150x
- permite avaliar padrão celular
Fatores de risco para tumores da cabeça e pescoço
Tabaco (85-90%) Vírus - HPV (50% carcinomas orofaringe) - EBV (carcinoma da nasofaringe) Exposição a níquel, crómio, pó de madeira Irritação crónica por refluxo Déficit vitamina A e ferro RT prévia Condições pré-malignas: - queratose oral com atipia e ertitroplasia Imunossupressão sistémica
Qual a importância da massa cervical nos tumores da cabeça e do pescoço?
Primeira manifestação em 12% dos tumores
Em que percentagem dos casos de tumores da cabeça e do pescoço existe evasão ganglionar?
70%
Sintomatologia em tumores da cavidade oral e orofaringe
- lesão ulcerada ou nodular
- otalgia reflexa
- halitose
- hemorragia
- disfagia
- trismus
- dificuldade articulação
- perda de peças dentárias
Sintomatologia em tumores da nasofaringe
- obstrução nasal
- epistaxis
- roncopatia
- otite serosa (unilateral)
- massa cervical
Sintomatologia em tumores da hipofaringe e laringe
- disfagia e sensação de corpo estranho
- otalgia reflexa
- perda ponderal
- hemoptises
- estridor
- disfonia
- dispneia
Qual a importância de otite serosa unilateral num adulto jovem?
Até prova em contrário é massa na nasofaringe
Obriga observação por ORL
A partir de quantos dias de disfonia é obrigatória a observação por ORL?
15 dias de evolução
Exame objetivo à cavidade oral e orofaringe
- mucosa (leucoplasia prévia ou coexistente em 20%)
- protusão da língua
- mobilidade da língua
- mobilidade dos pilares amigdalinos
- abertura bucal /trismus
- status estomatológico
- palpação/avaliação da infiltração
Do que desconfiar se trismus?
Lesão lateral com invasão dos músculos mastigadores
Status estomatológico
Muito importante
Doente que vá fazer RT/QT/cirurgia não pode fazer qualquer extração dentária nos 2 anos seguintes
- risco de fratura da mandíbula/maxila
Epidemiologia do carcinoma da cavidade oral
- 2 a 6% de todos os carcinomas
- 30% carcinomas cabeça e pescoço
- 98% em pacientes > 40 anos
Fatores de risco para carcinoma da cavidade oral
- Tabaco (89-90%) - cachimbo grande risco lábio
- Álcool (70 a 80%
- UVA e UVB
- HSV e HPV 16
- Fatores dietéticos (défices em Fe, vitA, C e E)
- Má higiene oral
- Fatores genéticos
Epidemiologia carcinoma da língua
20% dos carcinomas da cavidade oral
união do 1/3 médio com 1/3 posterior
Manifestações da carcinoma da língua
Lesão ulcerada dolorosa Dor (30%) Adenopatias cervicais ipsilaterais Disfagia e odinofagia Trismus Otalgia reflexa (invasão profunda - corda tímpano) Halitose Perda mobilidade língua Sensação de corpo estranho
Exame objetivo de hipofaringe
mucosa mobilidade das cordas vocais mobilidade das cartilagens aritenóides avaliação da extensão local exclusão de tumores síncronos
Edema de Reinke
típico de fumadores e processos de laringite crónica
devem ser vigiados
pode dar disfonia e dispneia
Tumor do cavum
- Tumor da nasofaringe, na região da abertura das fossas nasais e da trompa de Eustáquio
- homens, tumor pavimento-celular
- grande associação com EBV
- sintomas ouvido (otite média, hipoacusia..) e nariz (obstrução nasal)
Grupos de gânglios do pescoço
Ia - submentoniano Ib - submandibular IIa-IIb - jugulares superiores III - jugular médio IV - jugular inferior Va - espinhal Vb - cervical transverso e supraclavicular VI - compartimento anterior
Características de endoscopia sob anestesia geral
= microlaringoscopia direta em suspensão
associação a endoscopia rígida (0, 30, 70 e 120º)
O que permite a endoscopia sob anestesia geral nos tumores cabeça e pescoço?
- avaliação da extensão tumoral
- ” da infiltração tumoral
- ” das possibilidade de exerése endoscópia trans-oral
- exclusão de tumor síncrono
- realização de biópsias
Características de NBI (narrow band imaging)
- espectro de absorção da Hb
- microvascularização tecidular capilares/veias
- padrão neoangiogénese (normal/pré-neoplásico/neoplásico)
- microarquitetura da mucosa
O que permite o estudo com NBI?
- melhor precisão diagnóstica
- despiste de lesões metácronas
- deteção precoce de persistências ou recidivas
Técnicas de anatomia patológica
biópsias
core punch biopsy
PAAF (guiada ou não por eco)
citologia esfoliativa
O que avalia a anatomia patológica
- tipo histológico
- grau de diferenciação
- caráter infiltrativo
- invasão vascular e/ou perineural
- pesquisa de HPV