TRAUMA Flashcards

1
Q

COMO REALIZAR A ABORDAGEM INICIAL DA CRIANÇA POLITRAUMATIZADA?

A

1º) GARANTIR SEGURANÇA DA CENA

2º) ABCDE:

A = COLUNA CERVICAL + VIA ÁEREA

B = RESPIRAÇÃO

C = CIRCULAÇÃO + CONTROLE DA HEMORRAGIA

D = DISFUNÇÃO NEUROLÓGICA

E = EXPOSIÇÃO + CONTROLE DO AMBIENTE

Obs: Só passa para a letra seguinte depois de revolver a letra anterior!!

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Q

ABORDAGEM DA CRIANÇA POLITRAUMATIZADA:

LETRA A: ESTABILIZAÇÃO DA COLUNA CERVICAL + VIA AÉREA PERVEA:

QUAIS DEVEM SER AS CONDUTAS?

A

LETRA A:

  • COLUNA CERVICAL: COLAR RÍGIDO + PRANCHA RÍGIDA + COXINS LATERAIS DE SUSTENTAÇÃO + POSICIONAMENTO CORRETO (com plano da face paralelo ao plano da superfície - colocar colchonete de 2,5cm em tronco)
  • VIA AÉREA: ESTÁ PÉRVEA (FONAÇÃO)?
    • ​SIM -> FORNECER O2 10-12 L/min em máscara com reservatório
    • NÃO -> MANOBRAS DE ABERTURA DE VIA AÉREA: chin lift / jaw trust / retirar corpo estranho se visível -> Não resolveu -> VA ARTIFICIAL

Não utilizar a cânula orofaríngea (Guedel) quando o paciente estiver consciente!!

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3
Q

ABORDAGEM DA CRIANÇA POLITRAUMATIZADA - LETRA A:

  • QUAIS AS INDICAÇÕES DE VIA AÉREA ARTIFICIAL? (5)
  • QUAIS OS 2 TIPOS DE VIA AÉREA ARTIFICIAL E SEUS EXEMPLOS?
A

INDICAÇÕES DE VIA AÉREA ARTIFICIAL:

  1. INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA /APNEIA
  2. INCAPACIDADE DE MANTER OXIGENAÇÃO
  3. PROTEÇÃO DA VIA AÉREA CONTRA ASPIRAÇÃO DE SANGUE OU CONTEÚDO GÁSTRICO
  4. TCE GRAVE (GLASGOW ≤ 8)
  5. CHOQUE DESCOMPENSADO (COM HIPOTENSÃO)

TIPOS DE VIA AÉREA ARTIFICIAL:

  • DEFINITIVA = protege a via aérea natural pela insuflação de balonete na traqueia - ex: intubação orotraqueal/nasotraqueal, cricotireoidostomia cirúrgica, traqueostomia
  • TEMPORÁRIA = não protege a via aérea natural - ex: cricotireoidostomia por punção, máscara laríngea, combitubo (esôfago-traqueal)

INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL:

  • De preferência tubo COM CUFF - melhor proteção da via aérea e da pra pedir CO2 exalado. Pressão de insuflação do cuff: até 25 a 30mmHg.
  • Se não conseguir intubar -> MÁSCARA LARÍNGEA
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4
Q

ABORDAGEM DA CRIANÇA POLITRAUMATIZADA:

LETRA A: QUAL A CONDUTA NA IMPOSSIBILIDADE DE VENTILAR COM MÁSCARA E NÃO FOR POSSÍVEL REALIZAR A INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL OU UTILIZAR A MÁSCARA LARÍNGEA?

A

Realizar CRICOTIREOIDOSTOMIA por punção!

Pode ser mantida por, no máx, 30 minutos!!

(raramente realizada em bebês e crianças menores).

Não se faz a Crico cirurgica na criança (< 12 anos), já que a cartilagem ainda não é bem formada.

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5
Q

ABORDAGEM DA CRIANÇA POLITRAUMATIZADA (ABCDE):

O QUE DEVE SER AVALIADO NA LETRA B?

EM QUAIS SITUAÇÕES DEVE SER TOMADA MEDIDA IMEDIATA?

A

LETRA B = RESPIRAÇÃO:

EXAME FÍSICO TORÁCICO COM FOCO NO APARELHO RESPIRATÓRIO:

  • Inspeção
  • Percussão
  • Palpação
  • Ausculta - se ok, exclui pneumotórax e hemotórax
  • Oximetria

+ FORNECER O2 SUPLEMENTAR SE AINDA NÃO TIVER RECEBIDO! Todos devem receber!!

*** Se HEMOTÓRAX MACIÇO,

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6
Q

ABORDAGEM DA CRIANÇA POLITRAUMATIZADA - LETRA C:

QUAIS AS PRINCIPAIS MEDIDAS NESSA FASE? (4)

A

LETRA C = CIRCULAÇÃO + CONTROLE DE HEMORRAGIA

1º) AVALIAR ESTADO HEMODINÂMICO PARA ESTIMAR PERDA VOLÊMICA:

  • Pulso
  • Pressão arterial - Se hipotensão, considerar hipotensão por choque hipovolêmico até que se prove o contrário! HIPOTENSÃO É UM SINAL TARDIO (choque descompensado)!!
  • Ausculta -> se bulhas Hipofonéticas, avaliar tamponamento cardíaco
  • Frequencia cardíaca

2º) 2 ACESSOS VENOSOS PERIFÉRICOS PARA INFUNFIR CRISTALOIDE AQUECIDO (Obs: Se não for possível AVP -> punção intraóssea):

  • Reposição tradicional: 20 ml/kg (pode repetir de 2-3x) - se refratário: 10ML/KG de CONCENTRADO DE HEMÁCIAS
  • Recomendação atual: 20ml/kg 1 VEZ - se refratário: 10 a 20ml/kg de HEMODERIVAMOS (hemácias, plasma, plaquetas) - atualmente é preconizado dar menos volume e iniciar os hemoderivados mais precocemente!

3º) MONITORIZAÇÃO CARDÍACA

4º) COMPRESÃO DAS FERIDAS SANGRANTES

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7
Q

QUAL A DEFINIÇÃO DE HIPOTENSÃO NA PEDIATRIA?

A

PERCENTIL 5 de PA sistólica para a idade:

Até 1 mês: < 60

De 1 mês a 1 ano: < 70

De 1 ano aos 10 anos: < (70 + 2 x idade)

A partir dos 10 anos: < 90

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8
Q

QUAIS AS PRINCIPAIS FONTES DE SANGRAMENTO QUE PODEM LEVAR AO CHOQUE HIPOVOLÊMICO? (5)

A
  1. TÓRAX
  2. ABDOME
  3. RETROPERITÔNEO
  4. PELVE
  5. FRATURA DE OSSOS LONGOS
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9
Q

ABORDAGEM DA CRIANÇA POLITRAUMATIZADA - LETRA D:

O QUE DEVE SER AVALIADO NESSA FASE? (3)

A

LETRA D = DISFUNÇÃO NEUROLÓGICA:

  1. ESCALA DE COMA DE GLASGOW (3-15)
  2. PUPILAS - midriática/miótica, isocóricas/anisocóricas, fotorreagentes/não fotorreagentes
  3. EXTREMIDADES - movimentação dos membros
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10
Q

QUAL A ESCALA DE COMA DE GLASGOW NA PEDIATRIA?

A
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11
Q

ABORDAGEM DA CRIANÇA POLITRAUMATIZADA - LETRA E:

QUAIS OS 2 PRINCIPAIS FOCOS DESSA ETAPA?

A

LETRA E:

  • EXPOSIÇÃO (avaliar ferimentos)
  • CONTROLE DO AMBIENTE - **EVITAR HIPOTERMIA** - Reposição como soro aquecido + cobertor + ajustar temperatura da sala

A hipotermia leva à coagulopatia, que leva à acidose metabólica

(hipotermia + coagulopatia + acidose metabólica = Tríade da morte)

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12
Q

ABORDAGEM DA CRIANÇA POLITRAUMATIZADA (ABCDE):

O QUE AVALIAR NA AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA?

A
  • EXAMINAR A CRIANÇA dos pés à cabeça, novamente, buscando mais detalhes
  • COLETAR HISTÓRIA mais AMPLA (Alergia, Medicamentos, Passado médico, Líquidos e alimentos, Ambiente e eventos)
  • EXAMES COMPLEMENTARES: laboratório, lavado peritoneal diagnóstico, radiografias, FAST e tomografias
  • Ficar atento a possíveis SINAIS DE MAUS-TRATOS;
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13
Q

QUAIS AS 3 PRINCIPAIS RADIOGRAFIAS NA VÍTIMA DE TRAUMA FECHADO?

A
  1. COLUNA CERVICAL PERFIL
  2. TÓRAX AP
  3. PELVE AP
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14
Q

PACIENTE INTUBADO APRESENTA PIORA INESPERADA DA SATURAÇÃO -> O QUE AVALIAR?

A

DOPE:

Deslocamento do tubo - extubação / intubação seletiva acidental

Obstrução do tubo - sangue, secreção

Pneumotórax - agravamento do pneumotórax hipertensivo pela pressão positiva / barotrauma

Equipamento - dobras no tubo, calibre inapropriado, tanque de O2 vazio

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15
Q

QUAL A PRINCIPAL CAUSA DE MORTE NAS CRIANÇAS POLITRAUMATIZADAS?

A

TRAUMATISMO CRANIOENCEFÁLICO!

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16
Q

TRAUMATISMO CRANIOENCEFALICO (TCE):

COMO DEFINIMOS A GRAVIDADE DESSE TRAUMA EM LEVE, MODERADO OU GRAVE E QUAIS AS CONDUTAS INICIAIS, DE ACORDO COM A GRAVIDADE?

A

ESCALA DE COMA DE GLASGOW (3 a 15)!!

  • Leve = ECG ≥ 13 - normalmente evolui bem. VER CRITÉRIOS PARA SOLICITAR TC CRÂNIO
  • Moderado = ECG de 9 a 12 - SEMPRE TC CRÂNIO + Observação em UTI nas primeiras 48 HORAS
  • Grave = ECG ≤ 8 - SEMPRE VA ARTIFICIAL + TC CRÂNIO + INTERNAÇÃO EM UTI para monitoramento da PRESSÃO INTRACRANIANA (PIC) + PREVENÇÃO DE LESÕES SECUNDÁRIAS (por hipóxia, por HIC)
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17
Q

QUAIS AS INDICAÇÕES DE TC DE CRÂNIO NO TCE?

A
  • GLASGOW ≤ 14
  • REBAIXAMENTO DO NÍVEL DE CONSCIÊNCIA
  • FRATURA PALPÁVEL
  • < 2 ANOS - CONSIDERAR TC CRÂNIO SE:
    • HEMATOMA OCCIPITAL, PARIETAL OU TEMPORAL
    • PERDA DE CONSCIÊNCIA ≥ 5 SEGUNDOS
    • MECANISMO GRAVE DE TRAUMA
    • ALTERAÇÃO COMPORTAMENTAL
  • > 2 ANOS - CONSIDERAR TC CRÂNIO SE:
    • PERDA DE CONSCIÊNCIA, VÔMITOS, CEFALEIA GRAVE
    • MECANISMO GRAVE DE TRAUMA

Obs: nessas indicações de TC para < 2 anos e > 2 anos, pode ser solicitada a TC ou manter a criança em observação!! Levar em consideração: experiência profissional, achados multiplos, piora durante a observação, criança < 3 meses, preferência dos pais

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18
Q

TCE: QUAIS SÃO OS MECANISMOS DE TRAUMA CONSIDERADOS COMO GRAVES? (4)

A
  • ACIDENTE COM EJEÇÃO DO PACIENTE, MORTE DE OUTRO PASSAGEIRO OU CAPOTAMENTO
  • PEDESTRE OU CICLISTA SEM CAPACETE ATINGIDO POR VEÍCULO MOTORIZADO
  • QUEDA DE > 90CM EM MENORES DE 2 ANOS OU > 1,5M EM MAIORES DE 2 ANOS
  • CABEÇA ATINGIDA POR UM OBJETO DE ALTO IMPACTO
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19
Q

QUAL A TRÍADE DE CUSHING E O QUE ELA REPRESENTA?

A

TRÍASE DE CUSHING - Indica HIPERTENSÃO INTRACRANIANA (ACHADOS TARDIOS!!):

BRADICARDIA

+

BRADIPNEIA

+

HIPERTENSÃO ARTERIAL

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20
Q

QUAIS AS CONDUTAS PARA UM PACIENTE COM TCE GRAVE EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA, VISANDO EVITAR A HIPERTENSÃO INTRACRANIANA?

A
  • CABECEIRA ELEVADA (30-45º)
  • TERAPIA HIPEROSMOLAR: MANITOL ou SOLUÇÃO SALINA 3%
  • DRENAGEM OU DESCOMPRESSÃO CIRÚRGICA
  • HIPERVENTILAÇÃO TRANSITÓRIA (pCO2 30-35mmHg) - se refratário às demais medidas!

——————————————————————————

*** LEMBRAR: PERFUSÃO CEREBRAL = PAM - PIC***

21
Q

TRAUMATISMO CRANIOENCEFÁLICO:

  • QUAIS OS 2 PRINCIPAIS TIPOS DE LESÃO CEREBRAL DIFUSA?
  • QUAIS OS 3 PRINCIPAIS TIPOS DE LESÃO CEREBRAL FOCAL?
A

Lesões cerebrais difusas:

  • CONCUSSÃO CEREBRAL
  • LESÃO AXONAL DIFUSA (LAD)

Lesões cerebrais focais:

  • HEMATOMA EPIDURAL
  • HEMATOMA SUBDURAL
  • HEMATOMA INTRAPARENQUIMATOSO
22
Q

CONCUSSÃO CEREBRAL:

  • QUAL O QUADRO CLÍNICO?
  • QUAL A CONDUTA?
A

CONCUSSÃO CEBEBRAL:

Quadro clínico: PERDA SÚBITA DE CONSCIÊNCIA POR NO MÁXIMO 6 HORAS (geralmente dura menos tempo - *frequente em lutas!!) + AMNÉSIA retrógrada ou anterógrada

Conduta: OBSERVAÇÃO

23
Q

LESÃO AXONAL DIFUSA (LAD):

  • QUAL O MECANISMO DA LESÃO?
  • QUADRO CLÍNICO?
  • CONDUTA?
A
  • Mecanismo da lesão: TRAUMA POR DESACELERAÇÃO + ROTAÇÃO (vítimas de capotamento) -> LESÃO DOS PROLONGAMENTOS AXONAIS DOS NEURÔNIOS
  • Quadro clínico: PERDA SÚBITA DE CONSCIÊNCIA POR > 6 HORAS (geralmente não recupera!! é grave!!) + GLASGOW BAIXO (3-4) + TC INOCENTE (50% tem pontos de hemorragia)
  • Conduta: SUPORTE CLÍNICO.
24
Q

QUAL O PRINCIPAL CONTEÚDO OU ESTRUTURA DOS ESPAÇOS:

  • EPIDURAL
  • SUBDURAL
  • SUBARACNOIDE
A

Sequência: CALOTA CRANIANA -> ESPAÇO EPIDURAL -> DURAMATER -> ESPAÇO SUBDURAL -> ACACNOIDE -> ESPAÇO SUBARACNOITE -> PIAMATER

Espaço EPIDURAL: ARTÉRIA MENÍNGEA MÉDIA

Espaço SUBDURAL: VEIAS PONTE

Espaço SUBARACNOIDE: LÍQUOR

25
Q

HEMATOMA EPIDURAL:

  • QUAL O PRINCIPAL VASO ACOMETIDO?
  • QUADRO CLÍNICO?
  • QUAL A IMAGEM CARACTERÍSTICA NA TOMOGAFIA DE CRÂNIO?
A

Principal vaso: ARTÉRIA MENÍNGEA MÉDIA

Quadro clínico: PERDE A CONSICÊNCIA E RECUPERA EM POUCO TEMPO ( = concussão) -> **INTERVALO LÚCIDO** -> PERDE A CONSICÊNCIA NOVAMENTE (pelo sangramento)

TC crânio: IMAGEM BICONVEXA

26
Q

HEMATOMA SUBDURAL:

  • QUAL O PRINCIPAL VASO ACOMETIDO?
  • QUADRO CLÍNICO?
  • IMAGEM CARACTERÍSTICA NA TC?
A

Principal vaso: VEIAS PONTE / COMUNICANTES - ligam o sistema venoso superficial ao profundo

Quadro clínico: CLÍNICA PROGRESSIVA, podendo evoluir com HIPERTENSÃO INTRACRANIANA

Imagem na TC: CÔNCAVO-CONVEXA (em crescente)

27
Q

PACIENTE COM HEMATOMA EPIDURAL EVOLUI COM ANISOCORIA.

SUSPEITAR DE…?

A

HÉRNIA DE ÚNCUS -> COMPRIME O III PAR CRANIANO -> MIDÍASE IPSILATERAL À LESÃO

28
Q

TRAUMA DE TÓRAX:

QUAIS OS 5 PRINCIPAIS TIPOS DE TRAUMA? QUAL O MAIS COMUM NA PEDIATRIA?

A
  1. PNEUMOTÓRAX - hipertensivo, aberto, simples
  2. TÓRAX INSTÁVEL
  3. CONTUSÃO PULMONAR - MAIS COMUM!!
  4. HEMOTÓRAX
  5. TAMPONAMENTO CADÍACO
29
Q

PACIENTE POLITRAUMATIZADO COM DISPNEIA IMPORTANTE + HIPERTIMPANISMO À PERCUSSÃO + REDUÇÃO DO MV IPSILATERAL + TURGÊNCIA JUGULAR + HIPOTENSÃO + DESVIO CONTRALATERAL DA TRAQUEIA + ENFISEMA SUBCUTÂNEO.

QUAL O DIAGNÓSTICO E COMO FECHAR ESSE DIAGNÓSTICO?

A

PNEUMOTÓRAX HIPERTENSIVO!

O DIAGNÓSTICO É CLÍNICO!

Turgência de jugular - pois colaba os vasos da base e prejudica o retorno venoso

Hipotensão - pela redução da pré carga, decorrente do aumento da pressão intratorácica e consequente redução do retorno venoso -> HIPOTENSÃO POR CHOQUE OBSTRUTIVO!

30
Q

PNEUMOTÓRAX HIPERTENSIVO:

QUAL O TRATAMENTO IMEDIATO E O TRATAMENTO DEFINITIVO?

A

Tratamento imediato = TORACOCENTESE DE ALÍVIO - no 2º EIC na linha HEMICLAVICULAR, sempre na borda superior da costela inferior

Tratamento definitivo = TORACOSTOMIA com DRENAGEM EM SELO D´ÁGUA - no 5º EIC entre a LAA e a LAM

31
Q

PNEUMOTÓRAX ABERTO:

  • COMO OCORRE / QUAL O MECANISMO?
  • QUAL O TRATAMENTO IMEDIATO E O TRATAMENTO DEFINITIVO?
A

MECANISMO: ocorre quando existe uma ferida na parede torácica com DIÂMETRO ≥ 2/3 DO DIÂMETRO DA TRAQUEIA - o ar entra pela lesão (menos resistência) e não pela traqueia -> acúmulo de ar no espaço pleural e colabamento do pulmão ipsilateral -> insuficiência respiratória

TRATAMENTO IMEDIATO: CURATIVO DE 3 PONTAS

TRATAMENTO DEFINITIVO: TORACOSTOMIA COM DRENAGEM EM SELO D´ÁGUA -> depois, fechar a lesão.

32
Q

PNEUMOTÓRAX SIMPLES:

  • O QUE É?
  • QUAL A CONDUTA?
A

Definição: PNEUMOTÓRAX EM QUE HÁ COLAPSO DE < 1/3 DO VOLUME DO PULMÃO + NÃO HIPERTENSIVO!

Conduta: OBSERVAR! Drenar apenas se: TRANSPORTE AÉREO (pelo risco de diferença de pressão) ou necessidade de VENTILAÇÃO MECÂNICA

33
Q

TÓRAX INSTÁVEL:

  • DEFINIÇÃO?
  • QUADRO CLÍNICO? (2)
  • CONDUTA?
  • PRINCIPAL COMPLICAÇÃO ASSOCIADA?
A
  • Definição: FRATURA DE 2 OU MAIS ARCOS COSTAIS CONSECUTIVOS, EM PELO MENOS 2 PONTOS EM CADA ARCO COSTAL.
  • Quadro clínico: DOR TORÁCICA INTENSA + RESPIRAÇÃO PARADOXAL
  • Conduta: ANALGESIA (bloqueio intercostal/opioides) + OXIGENIOTERAPIA
  • Principal complicação associada: CONTUSÃO PULMONAR SUBJACENTE
34
Q

PACIENTE COM TÓRAX INSTÁVEL SEM MELHORA COM O SUPORTE ADEQUADO… SUSPEITAR DE?

A

CONTUSÃO PULMONAR!

(presença de sangue nos alvéolos e no interstício, dificultando a troca gasosa -> insuficiência respiratória)

Conduta: SUPORTE!

35
Q

PACIENTE POLITRAUMATIZADO COM DIFICULDADE RESPIRATÓRIA + REDUÇÃO DO MV + MACICEZ À PERCUSSÃO + TRAQUEIA COM DESVIO PARA O LADO CONTRALATERAL + COLAPSO DAS JUGULARES + HIPOTENSÃO:

QUAL O DIAGNÓSTICO?

QUAL A CONDUTA?

A

Diagnóstico: HEMOTÓRAX

Principais origens do sangramento: laceração pulmonar e sangramento de vasos intercostais

Conduta: SEMPRE DRENAR!! Se drenagem em grande quantidade -> Hemotórax maciço -> TORACOTOMIA

36
Q

TAMPONAMENTO CARDÍACO:

  • QUAL O QUADRO CLÍNICO? *TRÍADE DE BECK*
  • DIAGNÓSTICO?
  • TRATAMENTO IMEDIATO?
  • TRATAMENTO DEFINITIVO?
A
  • Quadro clínico: TRÍADE DE BECK = TURGÊNCIA DE JUGULAR + ABAFAMENTO DE BULHAS CARDÍACAS + HIPOTENSÃO
  • Diagnóstico: QUADRO CLÍNICO + FAST
  • Conduta imetiada: PERICARDIOCENTESE DE ALÍVIO
  • Conduta definitiva: TORACOTOMIA com reparo da lesão

  • —————————————————————–*
  • Mecanismo que leva ao desequilíbrio hemodinâmico: acúmulo de sangue entre os folhetos pericárdicos -> não permite a expansão cardíaca adequada -> reduz volume diastólico -> reduz débito cardíaco -> hipotensão*
37
Q

QUAIS OS PRINCIPAIS DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS DE UM PACIENTE COM TURGENCIA DE JUGULAR NO TRAUMA?

A

PNEUMOTÓRAX HIPERTENSIVO

e

TAMPONAMENTO CARDÍACO

Diferença: ausculta cardíca

38
Q

TRAUMA ABDOMINAL:

QUAIS OS PRINCIPAIS ÓRGÃOS ACOMETIDOS NA FAIXA ETÁRIA PEDIÁTRICA NO:

  • TRAUMA CONTUSO (2)?
  • TRAUMA PENETRANTE POR ARMA BRANCA (1)?
  • TRAUMA PENETRANTE POR ARMA DE FOGO (1)?
A

TRAUMA CONTUSO = BAÇO (mais comum) e FÍGADO

TRAUMA PENETRANTE POR ARMA BRANCA = FÍGADO

TRAUMA PENETRANTE POR ARMA DE FOGO = INTESTINO DELGADO

  • Na maioria dos pacientes, AS LESÕES DE VÍSCERAS MACIÇAS SÃO CONSERVADORAS! Raros casos necessitam de intervenção cirúrgica.
  • Se conduta conservadora -> EXAMES CLÍNICOS SERIADOS E ACOMPANHAMENTO DO HEMATÓCRITO!
39
Q

PACIENTE COM TRAUMA ABDOMINAL SE QUEIXA DE DOR EM QUADRANTE ABDOMINAL SUPERIOR ESQUERDO COM IRRADIAÇÃO PARA OMBRO IPSILATERAL.

SUSPEITAR DE LESÃO EM QUAL ÓRGÃO?

A

BAÇO!

40
Q

PACIENTE COM TRAUMA ABDOMINAL SE QUEIXA DE DOR EM QUADRANTE ABDOMINAL SUPERIOR DIREITO COM IRRADIAÇÃO PARA OMBRO IPSILATERAL.

SUSPEITAR DE LESÃO EM QUAL ÓRGÃO?

A

FÍGADO!

41
Q

PACIENTE VÍTIMA DE ACIDENTE AUTOMOBILÍSTICO SEM USO DO CINTO DE SEGURANÇA - SUSPEITAR DE LESÃO DE…?

A

LESÃO DE VÍSCERA OCA!

Estômago, intestino, bexiga

42
Q

PACIENTE VÍTIMA DE TRAUMA APRESENTA SINAL DO CINTO DE SEGURANÇA - PENSAR EM LESÃO DE … ?

A

INTESTINO DELGADO E MESENTÉRIO

43
Q

PACIENTE VÍTIMA DE TRAUMA APRESENTA SINAL DO GUIDON DE BICICLETA - PENSAR EM LESÃO DE … ? (3)

A

PÂNCREAS, DUODENO OU INTESTINO DELGADO

44
Q

QUAIS AS INDICAÇÕES DE LAPAROTOMIA NO TRAUMA PENETRANTE? (4)

(ABDOME CIRÚRGICO)

A

INDICAÇÕES DE LAPAROTOMIA NO TRAUMA PENETRANTE:

  1. CHOQUE
  2. PERITONITE
  3. EVISCERAÇÃO
  4. LESÃO ÓBVIA

Obs: Lesão por ARMA DE FOGO - sempre LAPAROTOMIA, pelo alto risco de lesão de víscera abdominal!

Lesão por arma branca e abdome NÃO cirúrgico - fazer EXPLORAÇÃO DIGITAL para avaliar perfuração.

45
Q

QUAIS AS INDICAÇÕES DE LAPAROTOMIA NO TRAUMA CONTUSO? (2)

(ABDOME CIRÚRGICO)

A

INDICAÇÕES DE LAPAROTOMIA NO TRAUMA CONTUSO:

  • PERITONITE
  • LESÃO ÓBVIA - pneumoperitonio, sangue retal…

Obs: se NÃO for um abdome cirurgico na avaliação inicial e o paciente está ESTÁVEL = TOMOGRAFIA COM CONTRASTE

Se paciente INSTÁVEL -> FAST ou LPD

46
Q

TRAUMA CONTUSO:

QUAL A CONDUTA SE ABDOME NÃO CIRURGICO E PACIENTE ESTÁVEL? E SE PACIENTE INSTÁVEL?

A

Se abdome NÃO cirurgico na avaliação inicial e paciente:

  • ESTÁVEL = TOMOGRAFIA COM CONTRASTE
  • INSTÁVEL -> FAST ou LPD
47
Q

QUAL A CONDUTA NO PACIENTE ESTÁVEL COM FAST POSITIVO?

A

SOLICITAR TOMOGRAFIA PARA AVALIAR O GRAU DA LESÃO!

48
Q

QUAL A CONDUTA NO PACIENTE INSTÁVEL COM FAST POSITIVO?

A

LAPAROTOMIA!!

49
Q

QUAIS AS INDICAÇÕES DE TRATAMENTO CONSERVADOR NO TRAUMA ABDOMINAL? (4)

A
  • ESTABILIDADE HEMODINÂMICA
  • AUSÊNCIA DE INDICAÇÃO DE LAPAROTOMIA = ABDOME NÃO CIRURGICO
  • < 4 CONCENTRADOS DE HEMACIAS
  • CAPACIDADE DE SUPORTE ADEQUADO: UTI, Tomografia, equipe, angioembolização