ARRITMIAS Flashcards
QUAIS AS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS MAIS COMUNS DAS ARRITMIAS? (3)
PALPITAÇÕES
SÍNCOPE
DOR TORÁCICA
QUAIS SÃO AS ARRITMIAS CONSIDERADAS VARIANTES DA NORMALIDADE? (3)
- ARRITMIA SINUSAL (Respiratória) - A variabilidade do ritmo é causada, em parte, por mudanças na entrada parassimpática para o coração, que é mediada pelo nervo vago. O tônus vagal, por sua vez, é modulado no ciclo respiratório. Durante a expiração, o tônus vagal reduz o ritmo cardíaco e, durante a inspiração, aumenta a FC. Durante o exercício ativo, o tônus vagal é diminuído e o tônus simpático é aumentado, o que resulta em um aumento da FC e desaparecimento desta arritmia.
- EXTRASSÍSTOLES VENTRICULARES - Em uma criança saudável assintomática, ESV que ocorrem de maneira isoladas são geralmente benignas e produzem pouco ou nenhum sintoma. As ESV ocorrem geralmente na infância, diminuem no decorrer desta e se tornam cada vez mais comuns novamente na adolescência e idade adulta.
- EXTRASSÍSTOLES ATRIAIS - Embora as extrassístoles atriais ocorram mais comumente isoladas em lactentes e crianças jovens, podem também ocorrer durante toda a infância. Em crianças assintomáticas, extrassístoles atriais são benignas e não são suscetíveis de associação a taquiarritmias sustentadas.
BRADIARRITMIAS:
- QUAIS AS CAUSAS MAIS COMUNS?
- QUADRO CLÍNICO CARACTERÍSTICO?
- CAUSAS DE BRADICARDIA SINUSAL?
- CAUSAS MAIS COMUNS: HIPERVAGOTONIA, DROGAS, CIRURGIAS CORRETIVAS DE CARDIOPATIA CONGÊNITA
- QUADRO CLÍNICO DAS BRADIARRITMIAS: ALTERAÇÃO DO NÍVEL DE CONSCIÊNCIA, VERTIGEM, TONTURA, SÍNCOPE, CHOQUE
- CAUSAS DE BRADICARDIA SINUSAL - SECUNDÁRIA A ALTERAÇÕES CLÍNICAS COMO: **HIPOXEMIA, HIPOTERMIA, HIPOGLICEMIA, INTOXICAÇÕES, INFECÇÕES, ETC.
O QUE É O BLOQUEIO ATRIOVENTRICULAR E QUAIS OS SEUS 4 PRINCIPAIS SUBTIPOS, COM AS ALTERAÇÕES CARACTERÍSTICAS?
BLOQUEIO ATRIOVENTRICULAR = Atraso ou interrupção na transmissão do impulso atrial por comprometimento no sistema de condução. 4 TIPOS:
- BAV 1º Grau: há um prolongamento no intervalo PR
- BAV 2º Grau Mobitz tipo I: prolongamento progressivo do intervalo PR até que uma onda P não é conduzida (**avisa que vai faltar)
- BAV 2º Grau Mobitz tipo II: inibição dos impulsos atriais, normalmente na frequência de 2:1 (atrial: ventricular) / **não avisa
- BAV 3º Grau = BAV Total: quando a atividade atrial e ventricular ocorrem de forma independente
BRADIARRITMIAS:
- QUAL A CONDUTA INICIAL E AS CONDUTAS SUBSEQUENTES, DE ACORDO COM A RESPOSTA DO PACIENTE?
- QUAIS AS INDICAÇÕES DO USO DA ATROPINA? (3)
CONDUTA INICIAL = MOV: MONITORIZAÇÃO + OXIGÊNIO + ACESSO VENOSO:
1º) POSSUI SINAIS DE INSTABILIDADE (REBAIXAMENTO DO NÍVEL DE CONSCIÊNCIA, HIPOTENSÃO, SINAIS DE CHOQUE)?
- NÃO, ESTÁ ESTÁVEL: MONITORIZAR + OXIGENIOTERAPIA + AVALIAR CAUSAS SUBACENTES + CONSIDERAR ESPECIALISTA
-
SIM, ESTÁ INSTÁVEL, APESAR DA VENTILAÇÃO E OXIGENAÇÃO ADEQUADAS: INICIAR RCP -> BRADICARDIA PERSISTENTE?
- NÃO! Paciente voltou a apresentar FC adequada -> Manter MONITORIZAÇÃO e OXIGENIOTERAPIA
- SIM! Paciente não obteve melhora da FC, apesar da RCP adequada -> MANTER RCP + ADRENALINA diluída 0,1 ml/kg + AVALIAR CAUSAS SUBJACENTES + CONSIDERAR MARCA-PASSO TRANSTORÁCICO + CHAMAR ESPECIALISTA
- INDICAÇÃO DA ATROPINA: TÔNUS VAGAL AUMENTADO, BAV 1ºG ou TOXICIDADE FARMACOLÓGICA COLINÉRGICA (ex: intoxicação por organofosforados). Dose: 0,02mg/kg EV/IO (de 0,1mg a 0,5mg/dose) - pode ser repetida apenas 1 vez após 5 minutos. Dose ET: 0,04 A 0,06 mg/kg
Estimulação transcutânea com marcapasso - os mesmos fatores que induzem uma bradicardia refratária podem impedir uma captura elétrica eficaz!
Sempre diagnosticar a tratar as causas subjacentes!
TAQUIARRITMIAS:
QUAIS OS 3 PRINCIPAIS TIPOS E SUAS CARACTERÍTICAS?
- TAQUICARDIA SINUSAL: Aumento da FC (< 220bpm em menores de 1 ano e < 180 nas crianças), complexo QRS estreito, ondas P presentes, intervalo PR constante, intervalo RR variável. Geralmente, secundária a hipóxia, hipovolemia, febre, dor, ansiedade, entre outros. TTO: tratar a causa de base
- TAQUICARDIA SUPRAVENTRICULAR: Aumento da FC (> 220 em menores de 1 ano e > 180 nas crianças, sem variabilidade na frequência), QRS estreito, ondas P ausentes ou anormais, intervalo PR ausente ou curto, intervalo RR constante. Tem início abrupto e apresentação intermitente. Se QRS largo: TSV aberrante. As duas formas mais comuns de TSV em crianças são taquicardia AV reentrante, incluindo a síndrome de Wolff-Parkinson-White, e a taquicardia AV reentrante nodal.
- TAQUICARDIA VENTRICULAR: tem origem no miocárdio ventricular ou em células de Purkinje, abaixo da bifurcação do feixe de His (mais comum em crianças com doença cardíaca congênita ou adquirida). Frequência ventricular elevada (>120), QRS largos e regulares, onda P não identificável e onda T muitas vezes oposta em polaridade ao complexo QRS. Pode se apresentar com ou sem pulso palpável.
TORSADES DE POINTES: TV polimórfica, com QT marcadamente prolongado. Principal etiologia: hipomagnesemia.
QUAIS SÃO AS TAQUIARRITMIAS DE COMPLEXO QRS ESTREITO (3) E QUAIS AS TAQUIARRITMIAS DE COMPLEXO QRS ALARGADO (2)?
QRS ESTREITO:
- TAQUICARDIA SINUSAL
- TAQUICARDIA SUPRAVENTRICULAR
- FLUTTER ATRIAL
QRS ALARGADO:
- TAQUICARDIA VENTRICULAR
- TAQUICARDIA SUPRAVENTRICULAR COM CONDUÇÃO VENTRICULAR ABERRANTE
TAQUICARDIA SUPRAVENTRICULAR (QRS ESTREITO):
QUAIS AS CONDUTAS INICIAIS E O QUE DEVE SER AVALIADO PARA TOMAR A CONDUTA?
CONDUTAS INICIAIS: MONITORIZAÇÃO + OXIGENIOTERAPIA + ACESSO VENOSO -> AVALIAR: PACIENTE ESTÁVEL (Sem hipotensão ou rebaixamento do nível de consciência) ?
- SIM, ESTÁ ESTÁVEL -> ADENOSINA 0,1 mg/kg EV/IO em bolus, seguida de solução salina (máx 6mg/dose) -> Se não responder: Cardioversão elétrica sincronizada.
- NÃO, ESTÁ INSTÁVEL -> CARDIOVERSÃO ELÉTRICA SINCRONIZADA. Se o paciente tiver acesso venoso prontamente disponível, é possível que seja realizada uma dose de adenosina, desde que isso não atrase a cardioversão.
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Obs: nos pacientes ESTÁVEIS, considerar MANOBRAS VAGAIS (bolsa de água com gelo sobre a metade superior do rosto; pedir para a criança soprar um canudo obstruído ou realizar massagem de seio carotídeo) durante a preparação para o tratamento definitivo. Atenção: Em nenhum momento isso deverá retardar o tratamento!!
ADENOSINA: a segunda dose pode ser de 0,2mg/kg (máx 12mg/dose)
TAQUICARDIA VENTRICULAR (QRS ALARGADO):
O QUE DEVE SER AVALIADO INICIALMENTE E QUAIS AS CONDUTAS SUBSEQUENTES?
AVALIAÇÃO INICIAL: TEM PULSO?
- NÃO = RCP com DESFIBRILAÇÃO!!! TV SEM PULSO = RITMO CHOCÁVEL!
-
SIM -> PACIENTE ESTÁ ESTÁVEL? (sem rebaixamento do nível de consciência, hipotensão ou sinais de choque)
- SIM, ESTÁ ESTÁVEL -> CONVERSÃO FARMACOLÓGICA com AMIODARONA ou PROCAINAMIDA (nunca os 2 juntos!) - Se ausência de resposta: Cardioversão elétrica sincronizada.
- NÃO, ESTÁ INSTÁVEL = CARDIOVERSÃO ELÉTRICA SINCRONIZADA!
Se paciente ESTÁVEL, a conduta deve ser preferencialmente por um especialista, pelos efeitos colaterais das medicações utilizadas.
Se o paciente está ESTÁVEL e o ritmo de complexo largo é MONOMÓRFICO e REGULAR, é aceitável considerar a administração de uma dose de ADENOSINA, para determinar se o ritmo é, na verdade, uma TSV com condução ventricular aberrante.
Tratamento Torsades de Pointes: semelhante à TV monomórfica. Se não tiver pulso: RCP + Sulfato de Mg
TRATAMENTO TAQUICARDIA VENTRICULAR:
QUAL A DOSE DA AMIODARONA E DA PROCAINAMIDA, QUANDO INDICADAS?
AMIODARONA (IV/IO): 5 mg/kg por 20 a 60 minutos;
PROCAINAMIDA (IV/IO): 15 mg/kg por 30 a 60 minutos.
CARDIOVERSÃO ELÉTRICA SINCRONIZADA:
QUAL DEVE SER A PREPARAÇÃO PARA A CARDIOVERSÃO E QUAL A DOSE DO CHOQUE?
A cardioversão termina as arritmias resultantes de um único circuito de reentrada, tais como taquicardias supraventriculares, flutter atrial ou TV monomórfica.
- SEDAÇÃO E ANALGESIA: os pacientes com necessidade de cardioversão sincronizada podem estar acordados e sensíveis à dor. A menos que eles estejam muito instáveis para atrasar a cardioversão, eles devem receber medicamentos que irão proporcionar um nível adequado de sedação e analgesia antes da cardioversão.
- CARDIOVERSÃO: se desfibrilador manual, lembrar de selecionar o modo síncrono para cardioversão. A dose para o primeiro choque deve ser de 0,5 a 1 J/kg e os choques subsequentes são de 2 J/kg.