Trato urotelial superior Flashcards

1
Q

Qual a porcentagem de pacientes com tumores uroteliais de vias urinárias superiores com doença invasiva (T2+) ao diagnóstico?

A

Aproximadamente 2/3 dos pacientes.

  • Acredita-se que esse alto percentual deve-se a ausência da camada muscular própria no TUS.
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2
Q

Qual a localização mais comum do tumor urotelial alto?

A

Pelve renal ( dobro que ureter )

  • tumores ureterais ou multifocais tem pior prognóstico
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3
Q

Quando suspeitar de tumor urotelial alto hereditário?

A
  • Tumor com < 60 anos
  • História pessoal de câncer do espectro Lynch
  • Um parente de primeiro grau com câncer espectro Lynch <50 anos
  • Dois parentes de primeiro grau com câncer espectro Lynch
  • realizar teste germinativo
    mutações nos genes de reparo MLH1, MSH2, MSH6 e PMS2.
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4
Q

Definição de Tumor urotelial alto de baixo risco

A

Todas as características:
- Unifocal
- Tamanho <2cm
- Ausência de citologia de alto grau
- Tumor de baixo grau na biopsia
- Aspecto não invasivo na TC
- Ausência de hidronefrose

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5
Q

Qual a indicação de linfadenectomia e como ela deve ser feita em tumores do trato urotelial alto?

A
  • Realizar linfadenectomia baseada em template para todos pacientes com doença de alto risco não metastatica.
  • melhora sobrevida
  • o template é mais importante do que o número de linfonodos
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6
Q

Qual a indicação de quimioterapia ( sistêmica e/ou vesical ) em tumores uroteliais do trato superior?

A
  • Realizar QT intravesical (2-10d após) para todos pacientes submetidos à nefroureterectomia radical
  • Oferecer QT sistêmica baseada em platina para todos os pacientes de alto risco
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7
Q

Qual deve ser a via de acesso cirurgica preferencial de tumores uroteliais do trato alto T4 e/ou N1?

A

Cirurgia aberta

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8
Q

Qual deve ser o tratamento para tumores uroteliais de ureter distal?

A
  • Baixo risco;
    1- Tratamento ureteroscopico
    2 - Ureterectomia distal ( se 1 não for possível)
  • Alto risco:
    1 - Nefroureterectomia
    2 - Ureterectomia +- LND +- QT intravesical ( apenas se for imperativo poupar rim )
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9
Q

Qual o melhor exame para avaliação de tumor urotelial do trato superior?

A

TC de abdome com contraste

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10
Q

Qual a localização mais comum do tumor urotelial alto no ureter?

A

Ureter distal

  • tumores ureterais ou multifocais tem pior prognóstico
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11
Q

Qual a frequência de lesões de bexiga concomitante ao diagnóstico de CTUS? E de lesões no trato superior concomitantes ao diagnóstico de tumor de bexiga?

A
  • Lesão de trato inferior concomitante diagnóstico de TUS: 17%
  • Lesão de trato superior concomitante diagnóstico de tumor de bexiga: 2-5%
  • isso sugere uma disseminação por semeadura anterógrada.
  • o CTUS também tem maior prevalência de CIS que o CA de bexiga.
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12
Q

A quais condições o carcinoma urotelial do trato urinário superior está relacionado? (9)

A
  • Tabagismo
  • Nefropatia dos Balcãs ( exposição ao ácido aristolóquico)
  • Abuso de analgesicos (fenacetina): espessamento de membrana basal ( patognomônico )
  • Infecções bacterianas crônicas.
  • Exposição ocupacional: hidrocarbonetos e aminas aromáticas (petróleo, plástico, solventes, pinturas)
  • Arsênico (contaminação da água em Taiwan) - mulheres jovens e mais ureter que pelve.
  • Quimioterapia por agentes alquilantes ( cisplatina, carboplatina, ciclofosfamida)
  • Radioterapia
  • Hereditariedade (Síndrome de Lynch)
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13
Q

Quais são os critérios de Amsterdã e qual sua função.

A

Identificar familias predispostas à Sídrome de Lynch

  • Três familiares com história de câncer
  • Pelo menos duas gerações sucessivas afetadas
  • Um familiar afetado antes dos 50 anos.
  • Ao menos um familiar deve ser parente de primeiro grau dos outros dois.
  • Excluir polimatose adenomatosa familiar
  • Tumores devem ser avaliados por histopatologia.
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14
Q

Qual importância da identificação de papilomas e/ou papilomas invertidos no trato urinário ? Demandam tratamento?

A
  • São lesões , geralmente, benignas, porém, são associadas com TUMORES UROTELIAIS METACRÔNICOS ou SINCRÔNICOS
  • Conduta = Vigilância!
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15
Q

Quais são os principais preditores de sobrevida em pacientes com tumores uroteliais N+?

A
  • Densidade de linfonodos acometidos >30%
  • Invasão extracapsular nodal
  • invasão linfovascular (ILV) é também um preditor independente de sobrevida e recorrencia.
  • obs: TNM - N
    N1: Mx em um linfonodo menor igual a 2cm.
    N2: Mx em um linfonodo maior ou igual a 2 cm OU multiplos linfonodos acometidos.
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16
Q

Qual é o tratamento de primeira linha para pacientes com tumores uroteliais de trato superior metastáticos ?

A

> definir se elegível para cisplatina

  • Elegíveis à cisplatina
    QT com esquemas baseados em cisplatina (ex: MVAC) + manutenção com Avelumab ( após 4-6 ciclos de Cisplatina + gencitabina)
  • Não elegíveis à cisplatina
    > Avaliar status PD-L1
    PD-L1 positivo: pembrolizumab ou atelozizumab
    PD-L1 negativo: esquemas de QT com carboplatina
  • Em todos pacientes: manutenção com Avelumab em pacientes que não progrediram
  • o uso de pembro e atelozizizumab é restrito aos pacientes que expressam PD-L1 positivo ( programmed death ligand 1)
17
Q

Qual a taxa de recorrência vesical após tratamento de cancer urotelial do trato superior? Quais são os fatores de risco? (6)

A

22-47%

Fatores de risco:
- Histórico de tumor vesical prévio
- Doença renal crônica no pré operatório
- Multifocalidade
- Localização ureteral
- Tumores invasivos
- Margens positivas

18
Q

Critérios de alto risco para tumor do TUS

A
  • Doença multifocal
  • Tamanho >2cm
  • Citologia de alto grau
  • Biopsia com tumor de alto grau
  • Invasão local na imagem
  • Hidronefrose
  • Cistectomia radical prévia para tumor de alto grau
  • Variantes histológicas
19
Q

Indicação de adjuvancia em CTUS.

A

Oferecer QT baseada em cisplatina para tumores T2-T4 N (qualquer) ou N+

*imunoterapia com nivolumab aparenta ter beneficio em pacientes que expressam PDL1 maior ou igual a 1%.

20
Q

Exames de estadiamento no tumor de via urotelial alta?

A
  • TC de tórax
  • UroTC de abdome
  • Uretrocistoscopia ( p/ excluir câncer de bexiga)

Extras
- Citologia urinária: alta sensibilidade para tumores de alto grau
- Ureteroscopia com biópsia: casos específicos quando os outros exames não definem e quando está se considerando preservação da unidade renal

21
Q

Follow-up após nefroureterectomia radical?

A

Baixo risco
- Cistoscopia: aos 3m e 12 meses, depois, anualmente por 5 anos.
* igual ao de tumor de bexiga não músculo invasivo de baixo risco.

Alto risco
- TC tórax e UroTC: de 6/6meses por 2 anos, depois, anualmente.
- Cistoscopia e citologia urinária: 3/3meses por 2 anos, depois, semestralmente até 5 anos.

22
Q

Qual o papel da ureteroscopia flexível na avaliação de TTUS? Existe algum risco oncológico?

A
  • Serve para avaliação por imagem do trato urinário superior
  • Biópsias determinam o grau em >90% dos pacientes, com baixa taxa de falso positivo, independentemente do tamanho.
  • A ureteroscopia aumenta o risco de recorrência vesical se feita antes da nefroureterectomia
23
Q

Quando deve ser realizada à ureteroscopia second look em TTUS?

A
  • É recomendado realizar um segundo procedimento endoscopico precoce após tratamento conservador
  • Deve ser realizada entre 6-8 semanas ou em 3 meses.
24
Q

Follow up após terapia poupadora de nefrons de trato urinário superior?

A

> Baixo Risco:
- Cistoscopia aos 3 e 6m, depois anualmente até 5 anos.
- UroTC aos 3 e 6m, depois anualmente até os 5 anos.
- Ureteroscopia aos 3m

> Alto risco
- Cistoscopia aos 3 e 6m, depois anualmente até os 5a.
- UroTC + TC de tórax aos 3 e 6m, depois anualmente até os 5a.
- Ureteroscopia e citologia urinária aos 3 e 6m.

25
Q

Quais as indicações de ureteroscopia em CTUS e o que deve ser avaliado no exame.

A

Indicações de ureteroscopia
- Incerteza no diagnóstico;
- Pacientes com rim único;
- Quando a terapia conservadora está sendo considerada;
- Quando a necessidade de informação adicional pode impactar nas decisões terapêuticas.

O que avaliar na ureteroscopia
- Característica macroscópica do tumor (papilífero vs. séssil);
- Obter biópsia da lesão para determinar o grau tumoral (baixo grau vs. alto grau)*;
- Colher citologia urinária seletiva (pelve renal + ureter + bexiga).

26
Q

Qual o percentual de tumores uroteliais são tumores do trato urinário superior?

A

5-10%