Testículo Flashcards

1
Q

Qual o achado praticamente universal dos tumores de células germinativas?

A

Maior número de cópias do material genético do braço curto no cromossomo 12.

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2
Q

Quão frequente é o tumor de testículo e qual o principal subtipo histológico?

A
  • 1% das neoplasias em adultos.
  • 5% dos tumores urológicos
  • Tumor sólido mais comum entre 15 - 35 anos.

-> Tumor de células germinativas (90-95%)

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3
Q

Ultrassom de bolsa escrotal deve ser realizado mesmo se lesão neoplásica evidente? Por que?

A

SIM

Benefícios:
- Determinar se lesão é intra ou extratesticular.
- Determinar volume e localização anatômica.
- Avaliar lado contralateral.

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4
Q

Qual a irrigação arterial do testículo? São originadas de quais artérias?

A

Irrigação tripla
- A. Testicular ( espermática interna ) - origem: aorta
- A. Deferencial - origem: iliaca interna - vesical superior
- A. Cremastérica ( espermática externa ) - origem: a. epigástrica inferior

  • A. testicular é a principal, seu diametro é maior que as outras duas somadas. Ela emerge da aorta abdominal e desce pelo retroperitoneo até entrar no anel inguinal interno.
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5
Q

Tratamento seminoma estágio I ( pós orquiectomia) ?

A

** Avaliar fatores de risco
- tumor > 4cm
- invasão da rede testis

  1. Vigilância
    -> preferível, caso não haja fatores de risco.
  2. Quimioterapia
    -> Carboplatina - 01 ciclo
    -> 1 a 2 fatores de risco
  3. Radioterapia - 20 a 30 Gy
    -> excelente resposta, porém deve-se ter em mente os riscos no futuro.
    -> não é primeira escolha
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6
Q

Qual a meia vida da alfa feto proteína e beta HCG?

A

AFP: 5-7 dias
Beta HCG: 1-3 dias

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7
Q

Tratamento não seminoma estágio I (pós orquiectomia) ?

A

** Avaliar fator de risco!
Invasão linfovascular -> T2

  1. Vigilância
    -> sem fatores de risco ou comorbidades significantes e com capacidade de manter acompanhamento
  2. Adjuvancia com 1 dose de BEP
    -> preferência para invasão linfovascular
  3. Linfadenectomia retroperitoneal
    -> oferecer para pacientes com teratoma e componentes malignos somáticos

** a radioterapia NÃO é uma opção nos não seminomatosos -> radioresistentes.

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8
Q

Quais os fatores de risco de recorrência para seminoma restrito ao escroto?

A

-> Estadio 1

Tumor >4cm
Invasão da rede testis

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9
Q

Qual o fator de risco para recorrência de tumor não seminomatoso restrito ao escroto?

A

-> Estadio 1

Invasão linfovascular (T2)
Invasão peritumoral
Índice proliferativo >70%
Fração do componente de carcinoma embrionário >50%

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10
Q

Qual o tipo de tumor bilateral testicular mais comum?

A

Linfoma (secundário)

  • tumor bilateral primário mais comum = seminoma
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11
Q

Microlitiase testicular é fator de risco para câncer?

A

Apenas se paciente portador de TCG, com achado de microlitiase no testiculo contralateral.

  • o significado na população geral não está claro.
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12
Q

Quais são os subtipos de câncer de testiculo mais comuns em cada faixa etária?

A
  • Infância: Tu. Saco Vitelinico e teratomas
  • 20-40 anos: TCG
    -> não seminomas: 3 década
    -> seminomas: 4 década
  • 60 anos: Tu. Espermatociticos e Linfoma Não-Hodgkin
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13
Q

Qual marcador tumoral não é produzido pelos seminomas puros?

A

AFP

  • o HCG se eleva em cerca de 15% dos pacientes
  • coriocarcinoma ( não seminoma) também não produz AFP
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14
Q

Quais tumores testiculares germinativos não produzem HCG?

A

Espermatocitico, Teratoma pré puberal e tumor de saco vitelinico pré puberal

  • todos esses tumores não são derivados do GCNIS
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15
Q

Quais as características clínicas do coriocarcinoma?

A

Eleva substancialmente HCG -> pode estimular de maneira inapropriada a hipófise -> aumento de TSH, LH, prolactina.

Potencial elevado de disseminação hematogenica ( pulmões, cérebro, fígado)

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16
Q

Como é feito o estadiamento do tumor de testiculo?

A
  • USG escrotal + TC tórax/abdome/pelve + marcadores : todos os pacientes
  • Cintilografia óssea / RNM coluna: sintomáticos
  • TC / RNM crânio: sintomáticos e/ou dça metastatica com múltiplos focos e/ou HCG muito elevado
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17
Q

É patognomônico do Tumor de células de Leyding

A
  • Cristais de Reinke ( inclusões citoplasmaticas fusiformes )
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18
Q

Em que casos pode-se considerar orquiectomia parcial no tumor testicular?

A
  • Testículo único ou tumores sincronicos bilaterais
  • Tumor pequeno, indeterminado e com marcadores negativos
  • Campbell: lesões 2-3 cm, polares, desde que 30% do parenquima testicular seja preservado.
  • considerar anatomo peroperatorio nesses casos
  • em caso de diagnóstico de neoplasia de células germinativas intratubular deve ser oferecido radioterapia adjuvante de pelo menos 20Gy (prevenir aparecimento de câncer e manter a função das células de Leyding)
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19
Q

Quando indicar biopsia contralateral em tumor de testículo?

A

Pacientes com alto risco de tumor de células germinativas in situ
-> criptorquidia ou volume testicular <12ml

  • NÃO deve ser realizada em pacientes >40anos SEM fatores de risco
20
Q

Qual tumor de células germinativas não tem criptorquidia como fator de risco?

A
  • seminoma espermatocitico
  • não deriva de neoplasia intratubular de células germinativas
  • também não ocorrem como tumores mistos
21
Q

Qual o tratamento de tumor testicular seminomatoso IIA/B?

A
  • Escolha: 3 BEP ou 4 EP ( CI à bleomocina)
  • Opção: Radioterapia
  • linfadenectomia primária apenas em ensaios clínicos
  • 4 BEP em risco intermediario
22
Q

Qual o tratamento para tumor não seminomatoso IIA/B ?

A

Avaliar marcadores tumorais

  • Marcadores positivos: 3 ou 4 BEP segundo classificação de riscos IGCCCG
  • se downstage para EC I, não fazer nenhum outro tratamento mesmo se invasão linfovascular, se EC IIA/B, oferecer BEP ( máximo 2 ciclos )
  • Marcadores negativos:
    Linfadenectomia retroperitoneal
  • Observação e reavaliação em 6 semanas para LN<2cm
23
Q

Qual o tratamento de massas linfonodais residuais em câncer de testiculo seminomatoso?

A

Não devem ser primariamente ressecados independentemente do tamanho, devem ser acompanhados, o FDG-PET (após 8 semanas da QT) pode ser útil em pacientes LN>3cm, mas não deve ser o único parâmetro.
- Se PET positivo, deve-se proceder a linfadenectomia retroperitoneal.
- Se o anatomo mostrar tumor viável, o tratamento de resgate é QT de 2 linha (preferencial) ou RT.
- Se anatomo for fibrose = acompanhamento.

  • elevações de AFP sugerem tumores mistos não seminomatosos e deve-se considerar linfadenectomia ( primeiro excluir AFP FP por toxicidade hepática.
  • tumores seminomatosos exibem intensa fibrose
  • em caso de massa linfonodal e bHCG ou LDH elevados, proceder direto para QT de segunda linha.
24
Q

Qual a definição de tumor testicular estágio IS? Quais são as hipóteses principais desse estágio?

A

Pacientes com marcadores tumorais persistentemente elevados após orquiectomia, sem metástase a distância ou linfonodal.
Sugerem metástase subclinica ou tumor germinativo em testiculo contra lateral

25
Q

Quando o etoposideo deve ser evitado em QT para tumores testiculares?

A

> 50 anos
Função renal limítrofe
Comprometimento da função pulmonar

26
Q

Qual deve ser o tratamento de massas residuais após tratamento de câncer de testiculo não seminomatoso.

A

1° Avaliar se doença está controlada com marcadores
Devem ser submetidos à linfadenectomia todos os pacientes LN>1cm, pós QT, que os marcadores tumorais estejam normais ou normalizando.

Se marcadores positivos = QT

  • das massas residuais 40% teratoma / até 20% tumor viável / 40% necrose
27
Q

Quais são os fatores de risco para tumores testiculares?

A
  • Síndrome da disgenesia testicular ( hipospadia, critorquidia e estados de diminuição da espermatogenese )
  • História familiar de primeiro grau
  • História pessoal de CA testicular contralateral
  • Homens brancos
28
Q

O que define um tumor não seminomatoso metastático de mal prognóstico?

A

Qualquer um dos seguintes

  • Origem mediastinal primária
  • Metástase visceral não pulmonar
  • S3 (apenas um é suficiente):
    AFP >10.000
    BHCG >50.000
    LDH >10x o limite da normalidade
29
Q

Quando a linfadenectomia retroperitoneal deve ser indicada antes da quimioterapia para pacientes com tumores não seminomatosos?

A

A linfadenectomia retroperitoneal primária deve ser indicada nos casos de (todos):
- Pacientes com metástases linfonodais ( IIA ou IIB) E
- Marcadores negativos E
- Anatomopatologico de teratoma.

  • o tratamento padrão de tumores não seminomatosos é BEP 3 ciclos ( baixo risco ) ou 4 ciclos (risco intermediário ou alto)
  • a linfadenectomia retroperitoneal deve ser oferecida à todos pacientes com teratoma com componente somático maligno mesmo em estágio I.
30
Q

Qual o tumor testicular estromal mais comuns? Quais são suas características?

A
  • Tumor de células de Leyding
  • RARO - Estromais são 1-3% dos tumores testiculares
  • Acompanhado de alterações hormonais ( estrogenio, testosterona, FSH)
  • NÃO eleva marcadores
  • Bom prognóstico
31
Q

TNM câncer testicular

A

T1: tumor localizado SEM invasão linfovascular
T2: Invasão linfovascular OU túnica vaginal
T3: Invasão cordão espermático
T4: Invasão do escroto

N1: linfonodos <2cm OU >5 linfonodos <2cm
N2: linfonodo 2-5cm OU >5 linfonodos <5cm
N3: >5cm

M1a: linfonodos não regionais ou pulmão
M1b: metástase a distãncia que não se enquadra em M1a (ex: ossos)

32
Q

Quais são as principais formas de toxicidade da quimiorradioterapia nos tumores testiculares? (7)

A
  • Infecções
  • Fibrose pulmonar e mielotoxicidade (bleomicina)
  • Leucemia mieloide aguda - LMA
  • Piora da função renal
  • Aumento do risco cardiovascular (hipogonadismo)
  • Parestesias distais (cisplatina)
33
Q

Qual deve ser a conduta frente a um diagnóstico de neoplasia de celulas germinativas testicular in situ? Qual o risco de transformação em CA invasivo?

A
  • Risco de evolução para CA invasivo de 50% em cinco anos
  • Pacientes testículo único: Radioterapia 18-20Gy
  • Pacientes testículos normais bilaterais: orquiectomia ou vigilância estrita
  • a radioterapia possui alto risco de comprometer a função das células de Leyding, logo, pacientes com desejo reprodutivo podem retardar para concepção ou preservar espermatozoides.
34
Q

Quais são os tumores de células germinativas testiculares que não estão associados com neoplasia das células germinativas in situ (GCNIS)?

A
  • Espermatocitico
  • Yolk sac ( pré puberal )
  • Tumor misto germinativo ( pré puberal )
35
Q

Qual o seguimento após tratamento de tumores testiculares?

A

Estágio I

  • Seminoma:
    Marcadores: 2x/ano
    TC abdome e pelve: 2x/ano
  • Não seminoma:
    Marcadores: 4x/ano
    TC abdome e pelve: 2x/ano
    Rx Tórax: 2x/ano

Estágio avançado

Igual não seminoma e acrescenta TC de torax 2x/ano (mantém os 2 Rx)

36
Q

Qual o percentual de tumor de células germinativas são extra gonadais?

A

5%

37
Q

O que diferencia um tumor seminomatoso metastatico dos grupos bom prognóstico, intermediario e mal prognóstico?

A
  • Não existe grupo de mal prognóstico para seminoma
  • Metastase visceral NÃO PULMONAR = grupo intermediario
38
Q

Paciente com câncer testicular e deseja ter filhos em curto prazo, o que deve ser orientado?

A
  • Oferecer banco de espermatozóides antes do tratamento.
  • Orientar necessidade de utilizar métodos contraceptivos durante e após 6 meses da realização da QT ou RT devido aos seus efeitos teratogênios.
  • A fertilidade geralmente retorna entre 1-3 anos após QT.
39
Q

Em caso de ressecção cirurgica de massas residuais de tumores testiculares em múltiplos locais (ex: retroperitoneo, pulmão), qual deve ser a ordem cirurgica?

A
  • Iniciar pela área de maior volume residual
  • A histologia pode ser diferente em locais diferentes, porém, em caso de cirurgia iniciada no retroperitoneo e com AP de necrose, a chance de AP de necrose em pulmão é ~90%, podendo ser omitida.

*também não é necessário realizar ressecção de lesar contralateral pulmonar se AP= necrose.

40
Q

4 fatores de risco para câncer de testículo

A
  • Criptorquidia (4-6x)
  • História familiar de câncer de testículo
  • História pessoal de câncer de testículo
  • Neoplasia intratubular de células germinativas ( Risco de 50% em 5 anos)
41
Q

Principais características do tumor de células embrionárias testicular?

A
  • Agressivo
  • Alta taxa de metástase
  • Geralmente cursa com marcadores normais
  • Tipo mais indiferenciado ( capacidade totipotencial )
42
Q

Qual a chance de um seminoma estágio I apresentar doença metastática subclinica?

A

15%

43
Q

Qual é a conduta de acordo com o anatomopatologico em linfadenectomias retroperitoneais em tumores não seminomatosos?

A
  • pN0, pN1, teratoma puro: seguimento
  • pN2: QT adjuvante ( 2 EP ou BEP )
  • pN3: QT adjuvante ( 4 EP ou 3 BEP)
44
Q

Qual a classificação de risco dos tumores testiculares metastaticos?

A

Prognostic-based staging system for metastatic germ cell cancer (IGCCCG)

> > Seminoma
- Risco intermediário
Metástase visceral não pulmonar
*marcadores não alteram o risco para seminoma

  • Risco favorável
    Todos os outros

> > Não seminoma
- Alto risco
Metástase visceral não pulmonar
Primário mediastinal
AFP >10.000 ou hCG> 50.000 ou LDH >10x referencia.

  • Risco intermediário
    > Testicular ou retroperitoneal primário, sem mtx visceral não pulmonar
    AFP 1.000 - 10.0000 ou hCG 5.000 - 50.000 ou LDH 1,5 - 10x referencia
  • Risco favorável
    > Testicular ou retroperitoneal primário, sem mtx visceral não pulmonar
    AFP <1.000 ou hCG <5.000 ou LDH <1.5x referencia
45
Q

Qual o percentual de pacientes com seminoma e com não seminoma se apresentam em estágio I?

A
  • Seminoma
    75-80%
  • Não seminoma
    55-64%
46
Q

Qual a região do retroperitoneo é primeiramente atingida por metástases de linfonodos originárias de tumores testiculares direitos? e esquerdos? Qual o padrão de drenagem linfonodal retroperitoneal?

A
  • Tumores testiculares direitos: interaortocaval
  • Tumores testiculares esquerdo: periaorticos

-> O padrão de drenagem linfática retroperitoneal é da direita para a esquerda.