Transtornos Psicóticos- Esquizofrenia Flashcards

1
Q

O que é considerado psicose de acordo com o DSM-IV-TR?

A

A psicose é definida como a presença de delírios, alucinações ou comportamento desorganizado ou catatônico, conforme especificado no DSM-IV-TR.

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2
Q

Quais são os principais sintomas que definem o termo psicose?

A

Delírios e alucinações são os principais sintomas que definem a psicose de acordo com o DSM-IV-TR.

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3
Q

Como o DSM-IV-TR diferencia a psicose relacionada a uma condição médica geral da psicose em transtornos como a esquizofrenia?

A

O DSM-IV-TR diferencia a psicose relacionada a uma condição médica geral da psicose em transtornos como a esquizofrenia através da presença de delírios ou alucinações sem acompanhamento de insight em casos de condição médica geral, enquanto na esquizofrenia, além de delírios e alucinações, há presença de discurso ou comportamento desorganizado ou catatônico.

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4
Q

Quais são os principais transtornos psicóticos mencionados no texto?

A

Os principais transtornos psicóticos mencionados são esquizofrenia, transtorno esquizoafetivo, transtorno esquizofreniforme, transtorno delirante, psicose breve, transtorno psicótico compartilhado, psicose induzida por substâncias e psicose por condição médica geral.

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5
Q

Qual foi a contribuição de Emil Kraepelin para a compreensão dos transtornos psicóticos?

A

Emil Kraepelin foi responsável por delinear os transtornos psicóticos pela primeira vez na história da psiquiatria, descrevendo a psicose maníaco-depressiva e a demência precoce e utilizando o curso da doença e o prognóstico como principais itens para diferenciá-las.

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6
Q

Quem cunhou o termo “esquizofrenia” e como ele descreveu a doença?

A

Eugene Bleuler cunhou o termo “esquizofrenia” em 1911, descrevendo-a como uma cisão de funções psíquicas, envolvendo sintomas primários como associações anormais, comportamento e pensamento autista, afeto anormal e ambivalência.

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7
Q

Quais são as dimensões da esquizofrenia de acordo com a abordagem atual?

A

Atualmente, a esquizofrenia é considerada uma síndrome composta por quatro dimensões: sintomas positivos, sintomas negativos, sintomas afetivos e sintomas cognitivos.

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8
Q

Quais são as categorias de sintomas negativos da esquizofrenia?

A

As categorias de sintomas negativos incluem embotamento afetivo, alogia e avolição.

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9
Q

Qual é a relação entre idade e início da esquizofrenia em homens e mulheres?

A

A idade de início da esquizofrenia varia, tipicamente ocorrendo entre 15 e 45 anos, com um pico no final da adolescência para homens e cerca de 5 a 7 anos depois nas mulheres. Mulheres apresentam um segundo pico de incidência após os 40 anos.

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10
Q

Quais são as diferenças nos critérios diagnósticos da esquizofrenia entre o DSM-IV-TR e a CID-10?

A

A principal diferença está na duração dos sintomas, sendo que o DSM-IV-TR requer seis meses de sintomas, enquanto a CID-10 requer apenas um mês. Além disso, o DSM-IV-TR requer deterioração ocupacional e social para o diagnóstico.

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11
Q

Como é o curso típico da esquizofrenia de acordo com os estudos longitudinais?

A

O curso típico envolve uma alteração inicial pré-mórbida, seguida pelo aparecimento de pródromos e um declínio funcional, culminando nos sintomas psicóticos francos.

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12
Q

Quais são os fatores que influenciam a evolução da esquizofrenia?

A

A evolução da esquizofrenia pode ser influenciada pela duração do período de psicose sem tratamento, sendo que aproximadamente 25% dos pacientes apresentam remissão completa e cerca de 50% apresentam bom prognóstico.

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13
Q

Quais são os principais sistemas de neurotransmissão relacionados à esquizofrenia além do sistema dopaminérgico?

A

Além do sistema dopaminérgico, alterações nas funções glutamatérgicas, serotoninérgicas, gabaérgicas e colinérgicas também estão relacionadas à esquizofrenia.

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14
Q

O que são estudos de linkage e como eles contribuem para o entendimento da esquizofrenia?

A

Estudos de linkage identificam loci em diversos cromossomos que podem estar relacionados à esquizofrenia, contribuindo para o entendimento da base genética da doença.

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15
Q

Qual é a relação entre o uso de cannabis e o risco de desenvolvimento de sintomas psicóticos?

A

Há evidências que relacionam o uso de cannabis ao aumento do risco de desenvolvimento de sintomas psicóticos, especialmente quando usado em idades mais jovens.

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16
Q

Quais são os fatores genéticos e ambientais associados ao desenvolvimento da esquizofrenia?

A

Fatores genéticos incluem influência familiar e associação com genes específicos, enquanto fatores ambientais incluem uso de substâncias, idade paterna avançada, nascimento em áreas urbanas e estressores na infância.

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17
Q

Como a ressonância magnética tem contribuído para o entendimento da esquizofrenia?

A

A ressonância magnética tem revelado alterações estruturais sutis, como diminuição de substância cinzenta em áreas cerebrais específicas, proporcionando insights sobre a fisiopatologia da esquizofrenia.

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18
Q

Quais são os principais achados relacionados aos fatores genéticos da esquizofrenia?

A

Os principais achados incluem a associação de vários genes específicos e a pressão de aberrações cromossômicas que afetam o funcionamento do gene, como duplicações, inativações e inserções de repetidos pares de bases.

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19
Q

Como o modelo etiológico atual relaciona fatores genéticos e ambientais no desenvolvimento da esquizofrenia?

A

O modelo atual relaciona fatores genéticos e ambientais, assumindo que fatores genéticos deixam os indivíduos mais vulneráveis aos riscos do ambiente, podendo influenciar não apenas o desenvolvimento, mas também a gravidade dos sintomas da esquizofrenia.

20
Q

Quais são os principais fatores ambientais associados ao aumento do risco de desenvolvimento de esquizofrenia?

A

Os principais fatores ambientais incluem uso de cannabis, idade paterna avançada, nascimento em áreas urbanas, migração e estressores importantes na infância, como infecções, complicações na gestação e no parto.

21
Q

Por que a esquizofrenia é considerada uma das principais causas de anos de vida saudável comprometidos, de acordo com uma avaliação global de doenças?

A

A esquizofrenia é classificada como uma das principais causas de anos de vida saudável comprometidos devido à sua alta morbidade e limitações significativas que impõe aos indivíduos, famílias e comunidades.

22
Q

Quais são as características que tornam a esquizofrenia associada a uma maior incapacidade crônica em comparação com outras doenças mentais?

A

O início da esquizofrenia ocorre em estágios de desenvolvimento que afetam a educação, as habilidades sociais e ocupacionais, resultando em um repertório limitado de habilidades sociais e desvantagens socioeconômicas ao longo da vida.

23
Q

Quais são algumas das comorbidades clínicas significativas associadas à esquizofrenia?

A

Pacientes com esquizofrenia têm maior incidência de comorbidades como HIV, hepatite C, tuberculose, epilepsia, diabetes, arteriosclerose e doença cardíaca isquêmica, além de apresentarem taxas elevadas de abuso de substâncias.

24
Q

Como o abuso de substâncias está relacionado à esquizofrenia?

A

O uso abusivo de substâncias como cannabis, estimulantes e nicotina é mais comum entre pacientes com esquizofrenia, possivelmente relacionado à neurobiologia subjacente do transtorno.

25
Q

Por que a esquizofrenia está associada a uma maior mortalidade em comparação com a população em geral?

A

A esquizofrenia está associada a uma maior mortalidade devido principalmente a causas como suicídio, acidentes e doenças físicas comuns, especialmente cardiovasculares.

26
Q

Quais são os fatores de risco para suicídio em pacientes com esquizofrenia?

A

Fatores de risco para suicídio incluem sexo masculino, idade mais jovem, múltiplas recaídas, comorbidade com uso de substâncias, falta de insight sobre a doença, sintomas negativos proeminentes e sensação de desesperança.

27
Q

Como é a prevalência da esquizofrenia em termos epidemiológicos?

A

A prevalência da esquizofrenia varia entre 0,7% e 2% da população, sendo maior em pacientes do sexo masculino.

28
Q

Qual é a incidência da esquizofrenia em diferentes estudos epidemiológicos?

A

A incidência da esquizofrenia varia de acordo com estudos epidemiológicos, mas geralmente é estimada em cerca de 5 a 6 casos por 10.000 habitantes em homens e 4 a 5 casos por 10.000 habitantes em mulheres.

29
Q

Como é o tratamento da esquizofrenia em termos de medicação antipsicótica?

A

O tratamento da esquizofrenia envolve o uso precoce e continuado de medicações antipsicóticas, com foco na reabilitação do paciente. Não há evidências definitivas que justifiquem a troca de antipsicóticos de primeira geração por antipsicóticos de segunda geração em pacientes com controle adequado dos sintomas e efeitos colaterais mínimos.

30
Q

Quais são as opções de antipsicóticos de segunda geração disponíveis para o tratamento da esquizofrenia?

A

Alguns exemplos de antipsicóticos de segunda geração incluem clozapina, risperidona, olanzapina, quetiapina, aripiprazol, ziprasidona, entre outros.

31
Q

Como é feito o tratamento em pacientes refratários à medicação antipsicótica convencional?

A

Pacientes refratários são tratados com clozapina, que é considerada mais eficaz em casos de resposta parcial ou ausência de resposta aos antipsicóticos convencionais. A clozapina requer monitoramento rigoroso devido ao risco de agranulocitose.

32
Q

Quais são as estratégias de tratamento para pacientes em primeiro episódio de esquizofrenia?

A

Para pacientes em primeiro episódio, a instauração precoce de antipsicóticos é recomendada, começando com doses menores e aumentando gradualmente. Pacientes em primeiro episódio têm resposta aumentada ao tratamento, mas também são mais sensíveis aos efeitos colaterais.

33
Q

Qual é a importância do tratamento de manutenção na esquizofrenia?

A

O tratamento de manutenção é crucial para manter o paciente livre de sintomas e reduzir o risco de recaída ou piora dos sintomas psicóticos, sendo sugerida a menor dose eficaz possível após a fase aguda do tratamento.

34
Q

Quais são as vias de administração dos antipsicóticos na esquizofrenia?

A

A maioria dos antipsicóticos é administrada por via oral, mas também podem ser usados por via intramuscular para agitação ou por via de depósito para pacientes com histórico de má adesão ao tratamento.

35
Q

Como é feito o tratamento em caso de exacerbação aguda de esquizofrenia em pacientes não refratários?

A

Em casos de exacerbação aguda em pacientes não refratários, qualquer medicação antipsicótica pode ser usada, com a escolha baseada na preferência individual, histórico de resposta e efeitos adversos, adesão ao tratamento, entre outros fatores.

36
Q

Quais são os fatores associados à pobre resposta à clozapina em pacientes refratários?

A

Os fatores associados à pobre resposta à clozapina incluem abuso de substâncias, má adesão ao tratamento e, em alguns casos, a associação com outros antipsicóticos pode ser considerada.

37
Q

Quais são os principais efeitos colaterais e precauções ao usar clozapina?

A

Os principais efeitos colaterais da clozapina incluem agranulocitose, sendo necessária monitorização hematológica regular. O uso da clozapina deve ser interrompido em caso de agranulocitose e deve ser iniciado e titulado gradualmente.

38
Q

Como é feito o controle hematológico ao usar clozapina?

A

O controle hematológico ao usar clozapina envolve contagens regulares de leucócitos e neutrófilos para detectar agranulocitose, com frequência semanal nas primeiras semanas e mensal durante o uso contínuo da medicação. Em caso de redução significativa dos leucócitos ou neutrófilos, o tratamento deve ser interrompido imediatamente e avaliações clínicas especializadas são necessárias.

39
Q

Quais são as opções adicionais de tratamento para pacientes refratários à clozapina?

A

Para pacientes refratários à clozapina, podem ser consideradas associações com outros antipsicóticos de primeira ou segunda geração, estabilizadores do humor ou até mesmo eletroconvulsoterapia, especialmente em casos de resposta parcial ou ausência de resposta ao tratamento convencional.

40
Q

Qual é a importância da intervenção precoce e multidisciplinar no tratamento da esquizofrenia?

A

A intervenção precoce e multidisciplinar no tratamento da esquizofrenia é fundamental para melhorar os resultados clínicos e funcionais dos pacientes. Isso inclui a combinação de medicamentos antipsicóticos, intervenções psicossociais, suporte familiar e monitoramento regular para garantir adesão ao tratamento e prevenir recaídas.

41
Q

Quais são os principais efeitos colaterais a serem considerados na escolha do tratamento para esquizofrenia?

A

Os principais efeitos colaterais a serem considerados são sintomas extrapiramidais, ganho de peso e anormalidades metabólicas, elevação de prolactina e efeitos adversos sexuais, e prolongamento do intervalo QT. Antipsicóticos típicos de alta potência tendem a causar mais sintomas extrapiramidais, enquanto antipsicóticos atípicos como olanzapina e clozapina estão associados ao ganho de peso e alterações metabólicas. Risperidona e quetiapina têm risco intermediário para ganho de peso, enquanto aripiprazol e ziprasidona são menos propensos a causar esse efeito colateral. A elevação de prolactina e efeitos adversos sexuais é mais comum em risperidona e paliperidona, sendo menos frequente em aripiprazol. O prolongamento do intervalo QT é mais preocupante em antipsicóticos como tioridazina e ziprasidona.

42
Q

Como o histórico médico e as condições específicas do paciente influenciam na escolha do tratamento?

A

O histórico médico e as condições específicas do paciente podem influenciar na escolha do tratamento, por exemplo, pacientes com história de convulsões devem evitar antipsicóticos de baixa potência e clozapina. Idosos, devido à sensibilidade a efeitos extrapiramidais, devem evitar antipsicóticos com paraefeitos anticolinérgicos, sedativos ou que causem hipotensão postural. Em pacientes com cardiopatias, deve-se ter cautela com antipsicóticos que aumentam o intervalo QT. Na gestação, a segurança dos psicotrópicos não é clara, sendo necessário avaliar a relação risco-benefício.

43
Q

Quais são as opções de tratamento farmacológico para sintomas negativos na esquizofrenia?

A

Medicações antipsicóticas não têm se mostrado eficazes para o tratamento de sintomas negativos na esquizofrenia. No entanto, há estudos em andamento com drogas glutamatérgicas, mirtazapina e inibidores seletivos de receptação da serotonina, mas os dados ainda são insuficientes para uma recomendação formal.

44
Q

Como a síndrome metabólica e o risco cardiovascular são abordados no tratamento da esquizofrenia?

A

A síndrome metabólica e o risco cardiovascular são abordados de forma sistemática pelo clínico, principalmente devido ao estilo de vida sedentário, tabagismo, dieta pobre e alterações causadas pelas medicações em pacientes com esquizofrenia. É importante realizar exames séricos periódicos e incentivar a modificação do estilo de vida. Quando necessário, o uso de medicações associadas aos antipsicóticos para tratamento de comorbidades clínicas é recomendado.

45
Q

Qual é o papel da eletroconvulsoterapia no tratamento da esquizofrenia?

A

A eletroconvulsoterapia está indicada em pacientes com intolerância ou ausência de resposta à clozapina e também em pacientes catatônicos. Ela demonstrou vantagens no controle agudo de sintomas, embora a eficácia a médio e longo prazo ainda seja incerta devido à falta de estudos nessa área.

46
Q

Como são tratados os pacientes com transtorno esquizoafetivo?

A

O tratamento do transtorno esquizoafetivo envolve o uso de antipsicóticos, estabilizadores do humor e antidepressivos. A paliperidona foi o primeiro antipsicótico aprovado para esse fim, mas antipsicóticos de primeira e segunda geração podem ser efetivos. O tratamento combinado de antipsicóticos com estabilizadores do humor ou antidepressivos pode ser necessário, dependendo dos sintomas apresentados pelo paciente.

47
Q

Qual é a importância das intervenções familiares e psicossociais no tratamento da esquizofrenia?

A

As intervenções familiares e psicossociais têm grande importância no tratamento da esquizofrenia, influenciando significativamente no prognóstico e no curso da doença. Elas incluem educação sobre a doença e seu tratamento, intervenção na crise, suporte emocional e treinamento para lidar com os sintomas da esquizofrenia. Essas intervenções podem melhorar a adesão ao tratamento, reduzir sintomas e internações, além de oferecer suporte aos familiares do paciente.