Testes Diagnósticos Flashcards

1
Q

Defina sensibilidade.

A

É a capacidade de um teste diagnóstico identificar os verdadeiro-positivos (VP) nos indivíduos verdadeiramente DOENTES. Ou seja, a sensibilidade olha para os doentes (coluna 1 da tabela).

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2
Q

O que significa dizer que um teste é muito sensível?

A

Significa dizer que raramente ele deixa passar pessoas doentes com resultados falso-negativos (FN), mas está sujeito a encontrar falso-positivos (FP). Ou seja, se o resultado veio negativo em um teste muito sensível, eu posso EXCLUIR a possibilidade da doença (posso confiar no negativo).

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3
Q

Quando usamos os testes mais sensíveis possível?

A

Quando a doença é grave (não podendo passar despercebida), quando a doença é tratável (existe chance de cura), os resultados errados (FN) provoquem traumas psicológicos, econômicos ou sociais, triagem em banco de sangue e outras triagens diagnósticas (screening).

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4
Q

Defina especificidade.

A

É a capacidade de um teste identificar os verdadeiro-negativos (VN) nos indivíduos verdadeiramente não doentes. Ou seja, eu olho para os NÃO DOENTES e identifico os que realmente não são doentes (coluna 2).

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5
Q

O que significa dizer que um teste é muito específico?

A

Raramente cometerá o erro de dizer que os não doentes estão doentes (menos chance de falso positivo), mas está sujeito a encotrar falso-negativos. Ou seja, se der positivo no teste, eu fecho o diagnóstico, pois há POUCO FP.

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6
Q

Quando usamos os testes mais específicos possível?

A

Quando a doença é importante mas difícil de tratar/curar, importância sanitária/psicológica em saber que não tem a doença, resultados FP podem provocar danos psicológicos e para confirmar o diagnóstico.

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7
Q

O que são os valores preditivos?

A

É a capacidade de predizer a doença ou a ausência dela a partir de seus resultados positivos e negativos, respectivamente. Ou seja, avalia quanto foi acertado em relação aos RESULTADOS.

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8
Q

Qual o significado do valor preditivo positivo (VPP) e do valor preditivo negativo (VPN)?

A

VPP: dado o fato que o resultado do exame foi positivo, qual a chance de ser um resultado acertivo (probabilidade de o indivíduo ter a doença com um resultado positivo). VPN: dado o fato que o teste foi negativo, qual a chance de ser um resultado acertivo (probabilidade de o indivíduo não ter a doença com um resultado negativo).

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9
Q

Qual outro nome dos valores preditivos?

A

Probabilidade pós-teste.

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10
Q

O que é a probabilidade pré-teste?

A

É a própria prevalência da doença naquela população.

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11
Q

O que influencia nos VPs?

A

A sensibilidade, a especificidade e a PREVALÊNCIA da doença em determinada população.

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12
Q

O que afeta a sensibilidade e a especificidade de um teste?

A

NÃO é afetado pela prevalência, pois a sensibilidade e especificidade são características intrínsecas do teste, sendo as mesmas em qualquer lugar.

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13
Q

Qual a relação da prevalência com os VPs?

A

Quanto maior a prevalência, maior é o VPP e menor é o VPN. Quanto menor a prevalência, maior é o VPN e menor é o VPP.

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14
Q

Exemplo da relação prevalência x VP.

A

Em uma população com baixa prevalência de uma doença, mesmo o teste tendo alta especificidade, irá produzir uma grande quantidade de FPs pelo elevado n° de indivíduos sadios. Em alta prevalência, espera-se um n° maior de FNs mesmo o teste tendo boa sensibilidade.

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15
Q

O que é a acurácia de um teste?

A

É a proporção de acertos (n° total de verdadeiramente positivos e verdadeiramente negativos em relação à amostra estudada).

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16
Q

Quando desejamos elevada acurácia em um teste?

A

A doença é importante e curável e quando há possibilidade de consequências graves no erro do exame.

17
Q

Tabela para cálculo das propriedades dos testes diagnósticos.

A
18
Q

Como calcular cada propriedade?

A
19
Q

Quando devo solicitar um teste diagnóstico? Justifique.

A

Quando houver dúvida clínica (prevalência nem tão alta e nem tão baixa). Isso pois em uma situação de alta prevalência, eu já sei que esse indivíduo provavelmente tem a doença, fazendo com que o resultado positivo não mude minha conduta e o resultado negativo eu não confie, pois quando há alta prevalência o VPP é alto e o VPN é baixo. Já em baixa prevalência, como o VPN é alto e o VPP é baixo, um resultado positivo eu não confio e um negativo não muda minha conduta.

20
Q

Qual a relação da sensibilidade, especificidade, VPP e VPN?

A

Quanto mais eu aumento a sensibilidade de um teste, menos resultados FN eu tenho e, consequentemente, eu aumento o VPN. Porém eu também reduzo a especificidade, pois terei mais FPs, reduzindo também o VPP. Ou seja, eu confio no valor negativo do teste. Quanto mais eu aumento a especificidade de um teste, menos eu tenho FPs e mais eu aumento o VPP. Porém eu também reduzo a sensibilidade, diminuindo o VPN. Ou seja, eu confio no valor positivo do teste.

21
Q

O que são as curvas ROC?

A

São curvas que tentam representar a relação entre a especificidade e a sensibilidade de um teste, pois é difícil aumentar a S e E de um teste ao mesmo tempo.

22
Q

Como são construídas as curvas ROC?

A

Traça-se um diagrama que represente a sensibilidade e a especificidade para um conjunto de valores de cuff off (ponto de corte). Um valor de ponto de corte é quando eu tenho um valor quantificável (eg, glicemia de jejum) e eu pretendo transformar em doentes e não doentes usando como referência esse ponto.

23
Q

Como interpretar as curvas ROC?

A

O valor escolhido como ponto de corte irá influenciar nas propriedades do teste, fazendo com que a intenção que eu tenho do teste influencia a escolha do ponto de corte. Isso permite eu definir valores em que eu otimizo a sensibilidade em função da otimização também da especificidade (mais próximo do canto superior esquerdo na curva).

24
Q

Qual a relação da acurácia com a curva ROC?

A

A acurácia é proporcional à área sob a curva ROC, ou seja, é maior quanto mais a curva se aproxima do canto superior esquerdo, sendo útil na comparação entre testes diagnósticos diferentes.

25
Q

O que são as razões de verossimilhança?

A

Também chamadas de likelihood ratio, são uma forma de descrever o desempenho do teste diagnóstico, resumindo o mesmo tipo de informação que a sensibilidade e especificidade fornecem.

26
Q

Quais os usos e vantagens das razões de verossimilhança?

A

Podem ser usadas para calcular a probabilidade da doença depois de um teste positivo ou negativo. As vantagens são: menos suscetível a mudanças em função da prevalência.

27
Q

Como é dada a razão de verossimilhança?

A

É dada em chances, sendo a probabilidade de um resultado do teste em pessoas com a doença dividida pela probabilidade do resultado do teste em pessoas sem a doença. Irá expressar quantas vezes mais provável ou menos provável é um resultado X (pos ou neg) de um teste em pessoas doentes comparadas com as não doentes.

28
Q

Qual a diferença entre probabilidade e chance?

A

Probabilidade é a proporção de pessoas nas quais uma determinada característica (teste positivo) está presente, sendo usada para representar a sensibilidade, especificidade e os VPs. A chance é a razão de duas probabilidades. Expressam a mesma informação mas de formas diferentes.

29
Q

Dê um exemplo da relação entre a chance e a probabilidade.

A

As chances de um time ganhar são de 4:1, enquanto que a probabilidade desse time vencer é de 80%.

30
Q

Quais os tipos de razão de verossimilhança?

A

Admitindo-se 2 resultados possíveis de um teste (positivo e negativo), pode ser razão de verossimilhança positiva (RVP) ou negativa (RVN).

31
Q

Comente sobre a RVP.

A

Pode ser interpretado como a razão entre a probabilidade do resultado positivo nos doentes e a probabilidade do resultado positivo nos não doentes. Ou seja: RVP = sensibilidade/(1-especificidade).

32
Q

Quais as interpretações sobre a RVP?

A

Quanto maior, melhor o teste; para ser um bom teste, a RVP deve ser MUITO maior que 1; um resultado positivo é mais provavel de ser VP do que FP. Representa quantas vezes o resultado positivo aumenta a chance da doença.

33
Q

Comente sobre a RVN.

A

Pode ser interpretado como a razão entre o resultado negativo nos doentes e a probabilidade de resultado negativo entre os não doentes. Ou seja: RVN = (1 - sensibilidade)/especificidade.

34
Q

Quais as interpretações sobre a RVN?

A

Quanto menor, melhor; quanto mais perto de zero, melhor; um resultado negativo é mais provável de ser um VN do que um FN.

35
Q

Qual a relação dos testes em paralelo com a sensibilidade e especificidade?

A

A realização de vários testes ao mesmo tempo, sendo que o resultado positivo de qualquer teste indica o dx, faz com que aumentemos a sensibilidade porém diminuímos a especificidade. Usamos quando precisamos de uma avaliação rápida (pctes hospitalizados e em salas de emergência).

36
Q

Qual a relação dos testes em série com a sensibilidade e especificidade?

A

É a realização de testes consecutivos, sendo que todos devem dar positivo para confirmar o dx. Aumenta a especificidade e diminui a sensibilidade. Usado em necessidade de avaliação rápida podem ser exame de alta especificidade disponível.