Técnica Flashcards

1
Q

Como deve ser sedação pré-bloqueio subaracnoídeo?

A

A sedação pré-bloqueio não deve retirar totalmente a consciência do paciente porque a sua colaboração é necessária para o devido posicionamento e acompanhamento do aparecimento de parestesias durante a manobra de inserção da agulha e do nível de bloqueio.

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2
Q

Quais são e como se comportam a agulha ponta de lápis?

A

As agulhas Sprotte e Whitacre, que têm extremidade tipo ponta de lápis, possuem um chanfro redondo, não cortante, com ponta sólida.

Apresentam abertura no lado da agulha de 2 a 4 mm.

Essas agulhas proporcionam uma melhor sensação tátil das camadas de ligamentos, porém exigem mais força para inserção do que as agulhas biseladas. Elas podem diminuir os níveis de cefaleia porque afastam, em vez de cortar, as fibras da dura-máter.

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3
Q

Fale sobre a agulha quincke?

A

As agulhas Quincke e Pitkin apresentam ponta biselada e são cortantes.

São agulhas mais rígidas, porém fáceis de orientar durante a inserção. São úteis em pacientes idosos nos quais o acesso é difícil e a incidência de cefaleia é baixa.

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4
Q

Qual a relação entre tamanho da agulha e número se gauges?

A

Assim, quanto menor o diâmetro externo, maior o G e menor a incidência de cefaleia, porém maior o grau de deformação da agulha

Dispõe-se hoje de agulhas de diâmetro de 22 a 29 G. As agulhas de calibre menor podem exigir introdutores para o melhor posicionamento da agulha e penetração em ligamentos.

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5
Q

Qual a indicação e vantagem da raquianestesia em posição prona?

A

A posição ventral ou prona é utilizada se ela for necessária para a cirurgia, como em procedimentos renais, perineais ou lombares; nesses casos, é preconizado o uso de soluções hipobáricas.

A vantagem da posição é permitir a realização da cirur- gia sem movimentar o paciente após o bloqueio.

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6
Q

Qual a vantagem da raquianestesia em posição lateral?

A

O decúbito lateral é uma técnica muito usada porque diminui potencialmente os casos de lipotimia que ocorrem com pacientes sentados

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7
Q

Por onde passa a linha de Tuffier?

A

uma linha imaginária que une as duas cristas ilíacas em seus pontos mais altos, a chamada linha de Tuffier.

Essa linha, na maioria dos casos, atinge a apófise espinhosa de L4 ou o interespaço L4-L5 e servirá de orientação para a introdução da agulha.

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8
Q

Quais os métodos de abordagem da raquianestesia?

A

A abordagem do espaço pode ser mediana, paramediana ou sacral

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9
Q

Qual a sequência de introdução da agulha na raquianestesia?

A

A sequência de introdução da agulha deve ser a seguinte: pele, tecido subcutâneo, ligamento supraespinhal, ligamento interespinhal, ligamento amarelo, espaço peridural, dura-máter e espaço subaracnóideo.

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10
Q

Fale sobre a técnica da raquianestesia?

A

Os vários níveis abordados têm texturas diferentes e podem ser identificados dependendo das agulhas utilizadas.

Quando a agulha atinge a dura-máter, a resistência é sentida de forma diferente das demais resistências, e o mandril pode ser retirado para visualização do fluxo do LCR pela agulha.

Em agulhas de fino calibre, o LCR pode surgir em 5 a 10 segundos, mas, caso isso não ocorra, a agulha deve ser introduzida mais 1 ou 2 mm, ou pode-se ainda tentar aspirar com uma seringa de 3 mL

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11
Q

O que fazer quando quando a agulha da raquianestesia bate em superfície óssea?

A

Caso o contato tenha ocorrido mais profundamente, é provável que a agulha esteja entrando em contato com o processo espinhal inferior, devendo ser inserida mais cefalicamente.

Se o contato for mais superficial, o processo espinhoso superior está sendo tocado e a agulha deve, então, tomar uma direção caudal

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12
Q

Durante a ráqui, quando houver parestesia, o bloqueio é contraindicado (V x F)

A

Falso.

Parestesias podem ocorrer durante a inserção da agulha. Se a agulha encontrar uma raiz nervosa, o paciente fará referência a um choque nos membros inferiores ou em apenas um membro; caso a parestesia desapareça e o LCR flua pela agulha, é seguro injetar o anestésico. O que aconteceu foi o contato da agulha com um nervo da cauda equina.

Se não houver fluxo de LCR, pode ter ocorrido o atravessamento do espaço peridural com a agulha entrando em contato com a raiz de um nervo espinhal. A agulha deve ser retirada e redirecionada para o lado oposto da parestesia.

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13
Q

Qual a velocidade de injeção do AL na raquianestesia?

A

pode ser injetado a uma velocidade inferior a 0,5 mL⋅s-1. A aspiração de LCR no ponto médio e no final da injeção pode ser utilizada para confirmação.

O paciente deve ser, então, posicionado de acordo com o procedimento cirúrgico e a baricidade do anestésico.

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14
Q

A abordagem paramediana ou lateral é uma alternativa para os pacientes com ____

A

ligamento interespinhal calcificado ou que têm dificuldade para fletir a coluna.

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15
Q

Fale sobre a técnica da abordagem paramediana da raquianestesia

A

Em primeiro lugar, faz-se a identificação do nível do bloqueio, palpa-se o processo espinhoso e insere-se a agulha 1 ou 1,5 cm lateralmente a esse ponto e direcionada a 25° para o meio da coluna.

O ligamento amarelo costuma ser a primeira resistência encontrada. Outro método seria a inserção da agulha 1 ou 1,5 cm lateralmente e 1 ou 1,5 cm inferiormente ao espaço palpado. Com essa técnica, o osso é contatado.

Depois do contato com o osso, a agulha é recuada e redirecionada medialmente.

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16
Q

Qual fator mais influencia na raquianestesia?

A

O posicionamento será o maior determinante do nível de bloqueio após a anestesia hiperbárica ou hipobárica, mas não na isobárica.

A gravidade será a responsável direta pela difusão do anestésico no LCR. A gravidade e a baricidade estão intimamente relacionadas quando a posição está determinando a altura do bloqueio.

O posicionamento em Trendelenburg também afetará a disseminação de anestésicos locais hiperbáricos devido à gravidade.

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17
Q

volume nem a velocidade de injeção afetam o tempo de duração do bloqueio subaracnóideo (V x F)

A

Verdadeiro

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18
Q

Na ráqui, o anestésico faz o bloqueio nos canais de sódio, que é responsável pela supressão do potencial de ação de forma temporária. A recuperação desse potencial de ação faz-se por difusão lenta e reentrada do anestésico na circulação sistêmica, onde sofrerá biotransformação e excreção renal. O local de ação é exclusivamente espinhal.

A migração cefálica é quase total, uma vez que são utilizados pequenos volumes de substâncias com alta lipossolubilidade que têm, portanto, rápida fixação nas estruturas nervosas (V x F)

A

A migração cefálica é quase nula, uma vez que são utilizados pequenos volumes de substâncias com alta lipossolubilidade que têm, portanto, rápida fixação nas estruturas nervosas

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19
Q

Como o AL é eliminado do intratecal?

A

Uma parte do anestésico é removida através dos forames intervertebrais e dirigida à circulação sistêmica por via linfática e venosa.

20
Q

São utilizadas para raquiantestesia procaína, prilocaína, tetracaína, mepivacaína, lidocaína, bupivacaína e ropivacaína, porém em nosso meio estão disponíveis para esse fim apenas lidocaína e bupivacaína (V x F)

A

Verdadeiro

21
Q

Fale sobre a lidocaína na raquianestesia.

A

A formulação de lidocaína a 5% hiperbárica foi a mais utilizada, sendo esse o fármaco de escolha para raquianestesia por muito tempo pelo fato de conferir bloqueio rápido e profundo tanto motor quanto sensitivo; todavia começou a ser a associada a uma incidência maior de problemas neurológicos transitórios quando comparada à bupivacaína e à tetracaína.

A lidocaína tambem pode ser apresentada em outra formulação – a lidocaína a 2% sem glicose –, que apresenta densidade próxima do LCR mas, quando injetada, torna-se solução hipobárica, sendo fortemente influenciada pela posição do paciente para determinação do bloqueio. Quando em decúbito lateral, tem tendência a ficar mais restrita ao local da punção; já em posição sentada, tende a se dispersar cefalicamente em até quatro metâmeros acima do local da injeção

22
Q

A ráqui, a bupivacaína é o fármaco mais usado em raquianestesia, um anestésico do grupo amida com início de ação entre ____ e com duração de____

A

5 e 8 minutos; 210 a 240 minutos.

23
Q

Dose da bupi na raquianestesia?

A

A dose sugerida de 8 a 10 mg para cirurgias perineais e de 15 a 20 mg para cirurgias abdominais fornece analgesia e anestesia de longa duração

24
Q

Na formulação hiperbárica, quando em contato com o LCR, sofre muito a influência do____, que favorece também o modo mais prático e fácil para adequação da altura do bloqueio às necessidades cirúrgicas.

A

posicionamento do paciente

25
Q

A formulação isobárica, quando em contato com o LCR, apresenta comportamento ____, com estudos demonstrando sua dispersão cefálica quando o paciente permanece muito tempo sentado.

A

hipobárico

26
Q

Comercialmente, são apresentadas duas formulações: a bupivacaína 0,5% com glicose, sendo chamada de isobárica, e sem glicose, quando então é chamada de hipobárica(por apresentar densidade próxima à do LCR) (V x F)

A

Falso. Comercialmente, são apresentadas duas formulações: a bupivacaína 0,5% com glicose, sendo chamada de hiperbárica, e sem glicose, quando então é chamada de isobárica (por apresentar densidade próxima à do LCR).

27
Q

Na raquianestesia, porque a lidocaína deixou de ser usada na anestesia ambulatorial?

A

A lidocaína, antigamente empregada, apresentava tempo de recuperação adequado, porém – devido à alta incidência de sintomas neurológicos transitórios (SNTs), com registros entre 10 e 40% – caiu em desuso

28
Q

Qual a vantagem da raquianestesia unilateral?

A

O objetivo dessa técnica é reduzir a extensão da simpatectomia temporária, promovendo benefícios aos pacientes propensos à instabilidade cardiovascular.

29
Q

Qual baricidade do AL usar no bloqueio subaracnóideo unilateral?

A

Tanto soluções hipobáricas quanto hiperbáricas podem ser empregadas; basta manter o membro a ser anestesiado em posição inferior com os hiperbáricos e em posição superior com os hipobáricos.

30
Q

Na raqui unilateral, injeção deve ser feita em um intervalo de tempo superior ao convencional, com a manutenção do decúbito por ____

A duração do efeito varia linearmente com a dose do anestésico local. É preferível usar doses baixas, pois doses elevadas favorecem a migração do anestésico até 1 hora após injeção com a mudança de decúbito

A

15 a 30 minutos

31
Q

Qual mecanismo de ação explica a raquianestesia sem bloqueio motor?

A

é possível a realização de anestesia subaracnóidea com mínimo ou sem bloqueio motor pela impregnação somente das raízes posteriores sensitivas da medula espinhal

32
Q

Como fazer a raquianestesia sem bloqueio motor?

A

Nessa técnica, mantém-se o paciente em decúbito ventral, em posição de canivete, no momento da punção e por algum tempo após, usando-se a solução isobárica em pequenas doses.

33
Q

Quando a raquianestesia contínua é indicada?

A

Seu emprego tem utilidade em pacientes idosos, com instabilidade hemodinâmica, em situações de dificuldade na execução de anestesia peridural e, às vezes, na ocorrência de perfuração acidental da dura-máter, quando é possível mudar a estratégia de peridural para raquianestesia contínua

34
Q

Cite as vantagens e desvantagens da raquianestesia contínua

A

O tempo prolongado de anestesia, o uso de baixas doses do anestésico local e mínimas repercussões hemodinâmicas constituem vantagens.

Com relação às preocupações, a cefaleia pós-punção e a neurotoxicidade dos anestésicos locais estão destacadas.

35
Q

Em obstetrícia, há uma recomendação de que as anestesias do neuroeixo figurem como primeira escolha, em detrimento da anestesia geral.

Quando a anestesia geral é indicada?

A

Nos casos de bradicardia fetal extrema e situações instaladas ou potenciais de hipovolemia materna, a primeira opção é a anestesia geral.

36
Q

Por que a a anestesia subaracnóidea tem indicação em obstetrícia?

A

A indicação preferencial das anestesias condutivas vem do registro de complicações anestésicas em gestantes, principalmente relacionadas à hipóxia por dificuldade de obtenção da via aérea.

As gestantes têm as vias aéreas superiores edemaciadas, além de altas taxas metabólicas, reduzida capacidade residual funcional e risco de broncoaspiração.

O bloqueio neuroaxial não induz à atonia uterina como os anestésicos inalatórios e proporciona à gestante a experiência do parto ao mantê-la consciente.

37
Q

Quais vantagens da raqui na obstetrícia?

A

A rápida execução, a baixa incidência de falhas e o bloqueio motor intenso favorecem a raquianestesia em cesarianas.

38
Q

Fale sobre analgesia de parto

A

Nos partos por via vaginal sob analgesia, a utilização de opioides intratecais na primeira fase do trabalho de parto promove alívio satisfatório da dor sem o comprometimento da deambulação, o que conduz à aceleração na dilatação do colo uterino e ao encurtamento do trabalho de parto.

Os opioides lipofílicos agem por cerca de 3 a 4 horas, e a morfina por 2 a 3 horas

39
Q

Com a raquianestesia na pediatria, as repercussões cardiovasculares apresentam baixa ocorrência. (V x F)

A

Verdadeiro. Repercussões cardiovasculares têm baixa ocorrência, provavelmente devido às pequenas dimensões dos membros inferiores e em consequência do pequeno volume sanguíneo represado mesmo com a vasodilatação secundária ao bloqueio simpático.

40
Q

Em crianças, a medula termina em ____, o saco dural em S3 e a linha de Tuffier cruza a coluna vertebral em L4-L5 ou L5-S1, alcançando parâmetros do adulto por volta dos 2 anos de idade

A

L3

A técnica é segura em neonatos, podendo ser aplicada com o intuito de reduzir os episódios de apneia secundária à anestesia geral em casos de prematuridade

41
Q

A barbotagem pode ser utilizada em pediatria. (V x F)

A

A barbotagem não é recomendada, pois pode resultar em alturas de bloqueio imprevisíveis e indesejáveis, exceto se houver intenção de nível sensitivo alto para correção de cardiopatias congênitas no período neonatal, associada ou não à anestesia geral.

42
Q

Como calcular a dose de AL para neonatos?

A

Em decorrência do maior volume de LCR nas crianças, que pode chegar a 10 mL⋅kg-1 em neonatos, as doses necessárias de anestésico local subaracnóideo são proporcionalmente maiores do que nos adultos. Em se tratando de bupivacaína a 0,5%, seja hiperbárica ou isobárica, o intervalo terapêutico de dosagem é de 0,5 mg⋅kg-1 a 1 mg⋅kg-1. A duração clínica da anestesia tende a ser menor do que no adulto

43
Q

Quis dificuldades impostas pela raquianestesia no idoso?

A

As alterações vertebrais no idoso concorrem para dificultar a execução das anestesias condutivas.

Ocorrem redução do volume de LCR, estreitamentos dos forames intervertebrais, calcificação dos ligamentos espinhais, degeneração discal, compressão e distorção do espaço peridural.

44
Q

A idade exerce pouco efeito n dispersão do AL isobárico. (V x F)

A

A idade exerce pouco efeito na dispersão dos anestésicos isobáricos, porém os hiperbáricos facilmente alcançam níveis mais altos.

Em consequência disso, a hipotensão arterial grave torna-se uma possibilidade que exige atenção

45
Q

Fale sobre anestesia subaracnóidea para cirurgias cardíacas

A

A analgesia subaracnóidea em cirurgia cardíaca também é aventada como colaboradora na melhora dos desfechos pela redução da resposta inflamatória.

A preocupação é o risco de sangramento e hematoma espinhal em pacientes que recebem heparinização plena e são submetidos a bloqueios do neuroeixo