T3 - Pós-operatório (1) Flashcards

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1
Q

Cuidados Pós-anestésicos?

A

 A mortalidade cirúrgica tem diminuído
▪ Grandeza e grau de invasibilidade tem aumentado

 Cirurgia efectuada em doentes que seriam recusados
▪ co morbilidades importantes
▪ Idade
▪ Alterações fisiológicas

 A cirurgia não é isenta de riscos
▪ mortes directamente atribuíveis a anestesia são escassas

 Os cuidados pós-operatórios são importantes
▪ prevenir ou diminuir a mortalidade

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2
Q

Mortalidade e Anestesia?

A

 Risco de mortalidade cirúrgica – 0,8%
▪ Em todos os doentes submetidos a cirurgia

 Mortalidade directamente atribuída à anestesia
▪ 1 em cada 250.000 anestesias
▪ Maioria ocorre na enfermaria 5 ou mais dias após a cirurgia
▪ 20% de mortes em ASA I e II
▪ 40% nos ASA III

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3
Q

Recomendações sobre a qualidade e segurança nos Unidades Pós Anestésicas?

A

 Recomendações sobre aspetos relevantes de organização, responsabilidades, métodos, segurança e controlo da qualidade em cuidados pós anestésicos
 Na maioria dos países da União Europeia
 As Unidades de Cuidados Pós Anestésicos são consideradas partes integrantes do que é aceite como “cuidados standard aos doentes”

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4
Q

Cuidados Pós-Anestésicos?

A

 Atitudes tomadas com o objectivo de tratar de forma segura o doente após estar concluído o procedimento cirúrgico e os cuidados anestésicos
– identificação e tratamento imediato de complicações precoces
– antes que aconteçam ou se desenvolvam consequências deletérias para o
doente

 Localização o mais próximo possível do BO
– Para evitar perdas de tempo desnecessárias na transferência de doentes instáveis
– Equipadas e com pessoal capaz de promover o tratamento e os cuidados dos doentes durante o período após a cirurgia e a anestesia
– antes que sejam admitidos noutros serviços
 Razão de 1,5 camas por sala de BO

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5
Q

Funções das Unidades Pós Anestésicas?

A

 Tratamento pós-operatório imediato
 Optimização pré-operatória do estado de doentes em estado critico
– Em situações especiais
 Tratamento e optimização da terapêutica de dor aguda
 Tampão e compasso de espera na transferência para
– Terapêutica intensiva (UCI)
– Unidades de Cuidados Intermédios
– Enfermaria
 Avaliação e determinação das necessidades individuais de cada doente
– Melhorar ou optimizar as terapêuticas

 Responsabilidades
Anestesista
– Monitorização e manutenção das funções vitais
– Responsabilidades profissionais e organizativas das unidades
– Estar presente ou disponível imediatamente se necessário
Cirurgião
– Deve ser notificado sempre que surja qualquer complicação cirúrgica
– Estar disponível para consulta urgente se necessário

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6
Q

Avaliação pós-operatória - Monitorização - Função Respiratória?

A

 Particular atenção deve ser dada à monitorização da oxigenação e ventilação
 Recomendado que devem ser controladas durante o processo de acordar e recobro
▪ monitorização da permeabilidade das vias aéreas
▪ frequência respiratória
▪ oximetria de pulso contínua

 Capnografia
▪ é fortemente recomendado se o doente estiver ventilado ou tenha hipo ventilação induzida por fármacos

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7
Q

Avaliação pós-operatória - Monitorização - Função Cardiovascular?

A

 É aceite como evidencia que a monitorização da
▪ frequência de pulso,
▪ tensões arteriais,
▪ ECG
são capazes de detetar complicações cardiovascular
 Reduz resultados/outcomes adversos e deve ser efetuada durante o acordar e recobro

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8
Q

Avaliação pós-operatória - Monitorização - Função Neuromuscular?

A

 A avaliação da função neuromuscular inclui em primeiro lugar o exame físico.
 Por vezes pode estar incluída monitorização do bloqueio neuromuscular pois é eficaz para detetar disfunção neuromuscular
 É aceite como evidencia que a avaliação da função neuromuscular identifica complicações potenciais, reduz os resultados/outcomes negativos e deve ser efetuada durante o acordar e recobro

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9
Q

Avaliação pós-operatória - Monitorização - Avaliação por rotina?

A

Pode detetar complicações
 Capaz de reduzir a incidência de outcomes ou resultados adversos
 Está recomendado a avaliação periodicamente durante o recobro e o acordar
– Estado mental ou de consciência
– Temperatura
– Dor
– Náuseas e vómitos
– Estado de hidratação e prescrição de fluidoterapia
– Diurese e micção
– Drenagens e hemorragias

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10
Q

Terapêuticas durante a permanência no recobro?

A

 Administração de suplementos de oxigénio
– Eficaz na prevenção e tratamento da hipóxia
– Normalização da temperatura dos doentes com aquecimento ativo
. A normotermia deve ser um objetivo durante o acordar e recobro
 Agentes farmacológicos para redução das tremuras
 Antagonismo das benzodiazepinas
 Antagonismo dos opioides
 Reversão do bloqueio neuromuscular
 Tratamento da dor pós-operatória

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11
Q

Cuidados Pós-anestésicos - Até quando?

A

 Até que se mantenham efeitos major da anestesia
▪ Período caracterizado por alta incidência de complicações respiratórias e circulatórias potencialmente graves

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12
Q

Recuperação - Anestesia inalatória?

A

 Velocidade de recuperação
▪ Proporcional à ventilação alveolar
▪ Inversamente proporcional à solubilidade do AI no sangue
 Duração da anestesia aumenta
▪ Recuperação fica dependente de armazenamento tecidular total
- Solubilidade do AI
- Concentração usada
- Duração de exposição
 Recuperaçõa mais rápida com desflurano e protóxido de axoto
 A hipoventilação atrasa o recobro

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13
Q

Recuperação - Anestesia Intravenosa?

A

 Recuperação é função da farmacocinética
– Na maioria depende da redistribuição dos fármacos mais do que semivida
 Doses totais se aumentam os efeitos cumulativos atrasam recobro
– dependente da eliminação ou da semivida metabólica
- Idosos, doença renal ou hepática
 Redução de tempo de recuperação
– Uso de fármacos de curta duração de ação
– BIS

 Medicação prévia
– Medicação pré-anestésica
- álcool ou outros sedativos

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14
Q

Recuperação Atrasada (mais de 30 a 60 min após anestesia geral)?

A

 Efeito residual de anestésicos, sedativos ou analgésicos
– Por sobredosagem ou potenciação dos efeitos por ingestão prévia (p.e. álcool)
– Uso de naloxona ou flumazenil
– Neuro-estimulador
 Hipotermia
– < 33ºC efeitos anestésicos e potenciação de depressores do SNC
 Alterações metabólicas
– Hipoxemia e hipercapnia;
– hipercalcemia e hipermagnesemia
– Hiponatremia, hiperglicemia e hipoglicemia
 AVC per-operatório

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15
Q

Transporte para UPA?

A

 Via aérea estável e patente
 Ventilação e oxigenação adequadas
 Estabilidade hemodinâmica
 Suplementos de O2 nos doentes em risco de hipoxia
– Mesmo nos doentes sem patologia hipoxia transitória (30 a 50%)
 Se instáveis devem manter intubação ET
– Transporte com monitor portátil
– Com fármacos de emergência
 Cama capaz de fazer Trendelenburg ou o contrário

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16
Q

Recobro de rotina?

A

 Devem ser verificados à chegada
– vias aéreas
– Sinais vitais
– Oxigenação
– TA, FC e RR
– Medições seguintes cada 5 durante 15 min.
– Ou até que esteja estável e depois de 15 em 15 min
 Oximetria de pulso de forma contínua
 Avaliação do relaxamento muscular de forma clínica
 Medição da temperatura corporal
 Avaliação da dor
– Escalas numéricas ou descritivas
 Náuseas e vómitos
 Débitos de urina e fluidos administrados e perdidos
– Hemorragias e drenagens

 Breve resumo da história pré-operatória
– Estado mental e/ou problemas de comunicação
– Eventos intra-operatórios
. Tipo de anestesia
. Procedimento cirúrgico
. Perdas hemáticas
. Fluidos administrados
. Complicações
– Problemas pós-operatórios esperados

17
Q

Ventilação no recobro?

A

 Oxigenoterapia (FiO2 de 30 a 40%) em todos os doentes.
 Doentes de risco por patologia pulmonar ou por procedimentos abdominais altos ou torácicos
– podem necessitar de mais tempo de oxigenoterapia
 Cuidado com retenção de CO2 nos DPOC
 Cabeça levantada para melhorar a oxigenação
– o doente deve estar acordado

18
Q

Recobro de rotina - Anestesia Regional?

A

 Oxigenoterapia
– Sedados
– Instáveis hemodinamicamente
 Avaliação do Bloqueio sensitivo e motor
– Precauções com movimentos descoordenados dos membros
 Monitorização das TA após Bloqueio epidural e espinhal
 Algaliação pode ser necessária (> a 4 h.)

19
Q

Agitação?

A

 Antes do doente estar completamente acordado a dor
– pode manifestar-se por agitação.
 Alterações sistémicas graves
– Hipoxia
– Acidose
– Hipotensão
 Distensão da bexiga
 Complicação cirúrgica
– hemorragia intra-peritoneal
 Outros fatores
– Ansiedade e medo pré-operatórios
– Reação adversa a fármacos
 Pode ser necessária imobilização do doente para proteção de traumatismos em braços e pernas
 Depois de excluir alterações sistémicas graves e dor
– Sedação com midazolam

20
Q

Dor?

A

 57% citam a preocupação com a dor após a cirurgia como o medo principal experimentado antes da cirurgia
 77% dos adultos relatam dor após a cirurgia
 80% a experimenta dor moderada a intensa
 Importante no pós-op
 Medo dos doentes
 Unidades da dor para tx
 Terapêutica da dor integrada no plano terapêutico global
 Avaliação da dor como 5º sinal vital