Suporte avançado de vida Flashcards

1
Q

Como identificar o paciente crítico?

A
  1. rebaixamento (queda > 2 pontos no glasgow) agudo do nível de consciência.
  2. alterações nos sinais vitais: FR > 36 ou < 8 ou uso de musculatura acessória, SaO2 < 90%, FC > 130 ou < 40, PAS < 90 e enchimento capilar > 3 segundos.
  3. achados: precordialgia, febre com neutropenia, obstrução de via aérea, alteração neurológica aguda (déficit motor, afasia, convulsão e delirium), intoxicação aguda, hematêmese, enterorragia ou hemoptise e dor intesa.
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2
Q

O que fazer em caso de parada cardiorespiratória?

A

Chamar ajuda

C: checar pulso por 10 segundos, compressões se pulso ausente e iniciar ACLS.
A: checar permeabilidade de via aérea.
B: checar respiração.

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3
Q

O que é M.O.V. na emergência?

A

Monitorização: cardioscópica, PA e oximetria de pulso.

Oxigênio: se SatO2 < 90%, máscara de alto fluxo, ou de Venturi ou de Douglas. Se SatO2 > 90% usa cateter nasal com fluxo de 3L/min

Veia: acesso venoso de grosso calibre em veias antecubitais.

*Aproveitar e fazer glicemia capilar.

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4
Q

O que perguntar ao paciente na emergência?

A

O que está sentindo agora?
Que horas começou?
Já sentiu antes?
Como é a dor?
Antecedentes patológicos
Utilizou alguma medicação?
Faz acompanhamento médico ou trouxe receita ou exame prévio?

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5
Q

Como é o exame físico em pacientes potencialmente graves?

A

Neurológico: glasgow, procura de déficits motores nos 4 membros e simetrias, avaliação pupilar e sinais meningeos.

Cardiovascular: ausculta cardíaca (ritmo, sobros, B3 e abafamento), estase jugular, perfusão periférica e pulsos periféricos (presença e simetria). Temperatura das extremidades.

Pulmão: ausculta pulmonar (creptações, sibilos, derrames e roncos) e inspecionar uso de musculatura acessória.

Abdome: sinais peritoniais, dor e massas ou viceromegalias.

Membros: ademas, sinais de empastamento de panturrilha.

Geral: mucosas e estado geral, sinais de desidratação, cianose, icterícia, petéquias ou palidez cutânea.

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6
Q

Quais diagnósticos podem ser encontrados com a história e exame físico da urgência?

A

Diagnóstico sindrômico:

Choque
Insuficiência respiratória aguda
Rebaixamento do nível de consciência

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7
Q

Quais as possíveis causas de baixa do débito cardíaco e assimetria de pulso?

A

Baixo débito: sd. coronariana aguda, hipovolemia, bradi e taquiarritmias, choque obstrutivo como pneumotórax hipertensivo ou tamponamento cardíaco.

Assimetria de pulso: dissecção de aorta ou doença arterial periférica.

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8
Q

Quais as possíveis causas de estase jugular?

A

Hipervolemia iatrogênica ou secundária à insuficiência renal oligoanúrica
IC
Tamponamento cardíaco

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9
Q

Quais as possíveis causas de terceira bulha e abafamento de bulhas?

A

B3: IC descompensada.

Abafamento: tamponamento cardíaco e DPOC.

*Excluir sd. coronariana aguda.

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10
Q

Quais os indicadores de má perfusão ?

A

Hipotensão e taquicardia e/ou acidose metabólica com aumento de lactato arterial

Sinais de insuficiência respiratória

Alteração do nível de consciência e delirium

Oligúria aguda e aumento de escórias nitrogenadas

Aumento de bilirrubinas (colestase transinfecciosa) e íleo paralítico metabólico

Coagulação intravascular disseminada

*Causas de má perfusão: choque hipovolêmico, distributivo, cardiogênico e obstrutivo.

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11
Q

Qual a definição de insuficiência respiratória?

A

Incapacidade aguda de manter a oxigenação arterial e eliminação do gás carbônico.

Tipo I: hipoxêmica com PaO2 < 60 mmHg.
Tipo II: hipercápnica com PaCo2 > 50 e pH < 7,3.

*Intoxicação por opioide pode causar depressão respiratória, corrigida com naloxona.
*Uso de musculatura acessória é sinal de iminente parada respiratória.

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12
Q

Quais as causas de vias aéreas não pérvias?

A

Superior: musculo hipoglosso cai na hipofaringe no rebaixamento do nível de consciência.

Inferiror: broncoespasmo (visto por sibilos) tratado com beta 2 agonista, anticolinérgico e, na asma, corticoide.

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13
Q

O que é o efeito shunt?

A

Shunt verdadeiro: o sangue passa do leito venoso para o arterial sem passar pela circulação pulmonar. Causas: comunicação intraventricular e fístulas anteriovenosas.

Efeito shunt: sangue passa pela circulação pulmonar, mas não é oxigenado. Causas: atelectasia, pneumonia, transudato (edema agudo de pulmão), hemorragia alveolar.

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14
Q

O que é o efeito espaço morto?

A

Unidades alveolares são ventiladas, mas não perfundidas. Causa: queda aguda do débito cardíaco.

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15
Q

Qual a conduta inicial frente a uma insuficiência respiratória?

A

Monitorização cardíaca, de PA e oximetria digital (ocorre erro em SatO2 < 70%, anêmicos, má perfusão, ritmo irregular e uso de esmalte)

Intubação orotraqueal (caso de glasgow < 9, instabilidade hemodinâmica ou risco de PCR), usa fentanil seguido de etomidato e succinilcolina (evitar em obstrução de via aérea, hipercalemia ou miopatia) para analgesia e sedação.

Punção interconstal se pneumotórax.

Oxigênio para saturação acima de 90% com cateter nasal 4-5 L/min ou máscara 10-15 L/min.

Gasometria arterial, raio-X de tórax e outras necessários de acordo com o quadro.

Se mantiver desconforto com o oxigênio e estiver estável, inicia ventilação não invasiva (saber contraindicações)

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16
Q

Como avaliar a alteração do nível da consciência?

A

Instalação (súbito ou progressivo)

Sinais e sintomas precedentes (déficits focais e convulsões)

Uso de drogas

Antecedentes de doenças hepáticas, renais, pulmonares, cardíacas e psiquiátricas

História pregressa de trauma craniano

*Pode ser causa estrutural ou metabólica.

17
Q

O que pode deduzir a partir do exame de pupilas?

A

Midriáticas, fixas bilateralmente: lesão mesencefálica (III par).

Anisocoria: herniação uncal.

Mioses bilateral puntiforme com reflexo fotomotor preservado: lesões pontinas, opiáceos e encefalopatias metabólicas.

Midríase com reflexo motor reduzido: barbitúricos.

18
Q

Quais as causas de irritação meníngea?

A

Meningoencefalite
Meningite
Hemorragia subaracnóidea

*Rigidez de nuca, Kernig e Brudzinski
*Coleta de líquor após TC se rebaixamento do nível de consciência

19
Q

Quais exames devem ser feitos na encefalopatia difusa e na focal?

A

Difusa (metabólica): hemograma, sódio, potássio, cálcio, magnésio, ureia, creatinina, glicemia, enzima hepática, bilirrubinas e rastreamento toxicológico.

Focal (crise convulsiva focal): TC, líquor (se necessário) e avaliação metabólica.

*Eletroencefalograma com paciente com antecedentes de epilepsia com pós-ictal prolongado (15-30 min), devido ao estado de mal epiléptico sem manifestações motoras após crise tônico-clônica generalizada.