Suporte avançado de vida Flashcards
Como identificar o paciente crítico?
- rebaixamento (queda > 2 pontos no glasgow) agudo do nível de consciência.
- alterações nos sinais vitais: FR > 36 ou < 8 ou uso de musculatura acessória, SaO2 < 90%, FC > 130 ou < 40, PAS < 90 e enchimento capilar > 3 segundos.
- achados: precordialgia, febre com neutropenia, obstrução de via aérea, alteração neurológica aguda (déficit motor, afasia, convulsão e delirium), intoxicação aguda, hematêmese, enterorragia ou hemoptise e dor intesa.
O que fazer em caso de parada cardiorespiratória?
Chamar ajuda
C: checar pulso por 10 segundos, compressões se pulso ausente e iniciar ACLS.
A: checar permeabilidade de via aérea.
B: checar respiração.
O que é M.O.V. na emergência?
Monitorização: cardioscópica, PA e oximetria de pulso.
Oxigênio: se SatO2 < 90%, máscara de alto fluxo, ou de Venturi ou de Douglas. Se SatO2 > 90% usa cateter nasal com fluxo de 3L/min
Veia: acesso venoso de grosso calibre em veias antecubitais.
*Aproveitar e fazer glicemia capilar.
O que perguntar ao paciente na emergência?
O que está sentindo agora?
Que horas começou?
Já sentiu antes?
Como é a dor?
Antecedentes patológicos
Utilizou alguma medicação?
Faz acompanhamento médico ou trouxe receita ou exame prévio?
Como é o exame físico em pacientes potencialmente graves?
Neurológico: glasgow, procura de déficits motores nos 4 membros e simetrias, avaliação pupilar e sinais meningeos.
Cardiovascular: ausculta cardíaca (ritmo, sobros, B3 e abafamento), estase jugular, perfusão periférica e pulsos periféricos (presença e simetria). Temperatura das extremidades.
Pulmão: ausculta pulmonar (creptações, sibilos, derrames e roncos) e inspecionar uso de musculatura acessória.
Abdome: sinais peritoniais, dor e massas ou viceromegalias.
Membros: ademas, sinais de empastamento de panturrilha.
Geral: mucosas e estado geral, sinais de desidratação, cianose, icterícia, petéquias ou palidez cutânea.
Quais diagnósticos podem ser encontrados com a história e exame físico da urgência?
Diagnóstico sindrômico:
Choque
Insuficiência respiratória aguda
Rebaixamento do nível de consciência
Quais as possíveis causas de baixa do débito cardíaco e assimetria de pulso?
Baixo débito: sd. coronariana aguda, hipovolemia, bradi e taquiarritmias, choque obstrutivo como pneumotórax hipertensivo ou tamponamento cardíaco.
Assimetria de pulso: dissecção de aorta ou doença arterial periférica.
Quais as possíveis causas de estase jugular?
Hipervolemia iatrogênica ou secundária à insuficiência renal oligoanúrica
IC
Tamponamento cardíaco
Quais as possíveis causas de terceira bulha e abafamento de bulhas?
B3: IC descompensada.
Abafamento: tamponamento cardíaco e DPOC.
*Excluir sd. coronariana aguda.
Quais os indicadores de má perfusão ?
Hipotensão e taquicardia e/ou acidose metabólica com aumento de lactato arterial
Sinais de insuficiência respiratória
Alteração do nível de consciência e delirium
Oligúria aguda e aumento de escórias nitrogenadas
Aumento de bilirrubinas (colestase transinfecciosa) e íleo paralítico metabólico
Coagulação intravascular disseminada
*Causas de má perfusão: choque hipovolêmico, distributivo, cardiogênico e obstrutivo.
Qual a definição de insuficiência respiratória?
Incapacidade aguda de manter a oxigenação arterial e eliminação do gás carbônico.
Tipo I: hipoxêmica com PaO2 < 60 mmHg.
Tipo II: hipercápnica com PaCo2 > 50 e pH < 7,3.
*Intoxicação por opioide pode causar depressão respiratória, corrigida com naloxona.
*Uso de musculatura acessória é sinal de iminente parada respiratória.
Quais as causas de vias aéreas não pérvias?
Superior: musculo hipoglosso cai na hipofaringe no rebaixamento do nível de consciência.
Inferiror: broncoespasmo (visto por sibilos) tratado com beta 2 agonista, anticolinérgico e, na asma, corticoide.
O que é o efeito shunt?
Shunt verdadeiro: o sangue passa do leito venoso para o arterial sem passar pela circulação pulmonar. Causas: comunicação intraventricular e fístulas anteriovenosas.
Efeito shunt: sangue passa pela circulação pulmonar, mas não é oxigenado. Causas: atelectasia, pneumonia, transudato (edema agudo de pulmão), hemorragia alveolar.
O que é o efeito espaço morto?
Unidades alveolares são ventiladas, mas não perfundidas. Causa: queda aguda do débito cardíaco.
Qual a conduta inicial frente a uma insuficiência respiratória?
Monitorização cardíaca, de PA e oximetria digital (ocorre erro em SatO2 < 70%, anêmicos, má perfusão, ritmo irregular e uso de esmalte)
Intubação orotraqueal (caso de glasgow < 9, instabilidade hemodinâmica ou risco de PCR), usa fentanil seguido de etomidato e succinilcolina (evitar em obstrução de via aérea, hipercalemia ou miopatia) para analgesia e sedação.
Punção interconstal se pneumotórax.
Oxigênio para saturação acima de 90% com cateter nasal 4-5 L/min ou máscara 10-15 L/min.
Gasometria arterial, raio-X de tórax e outras necessários de acordo com o quadro.
Se mantiver desconforto com o oxigênio e estiver estável, inicia ventilação não invasiva (saber contraindicações)