Crise convulsiva Flashcards
Quais os conceitos mais importante dentro de crise convulsiva?
Crise epiléptica: expressão clínica decorrente de descarga anormal do tecido cerebral.
Crise aguda sintomática (provocada): crise epiléptica por causa imediata identificada.
Epilepsia: doença com crises espontâneas recorrentes.
Crise isolada: 1 ou mais crises recorrendo em 24h, pode ser uma crise sintomática ou a primeira manifestação de epilepsia.
Quais os achados clínicos de crise epiléptica provocada?
Febre, rigidez de nuca, confusão e convulsão: meningite com vasculite, encefalite herpética, meningoencefalite tuberculosa ou fúngica, etc.
História de traumatismo craniano.
Distúrbios metabólicos: hipoglicemia, hiperglicemia, distúrbios eletrolíticos e hipóxia.
História de tentativa de suicídio com ingestão de tóxicos: antidepressivos, isoniazida, lítio, teofilina, anticolinérgicos e organofosforados, etc.
História de doença ou lesão neurológica prévia.
Lesão neurológica aguda concomitantes com crise epiléptica.
História de etilismo importante, crônico com redução ou ausência da ingesta de álcool na última hora.
Quais os exames complementares da crise convulsiva?
Glicemia capilar
Avaliação de causa: hemograma, plaquetas, exames de coagulação, função renal e hepática, sódio, potássio, cálcio, magnésio, gasometria arterial, urina tipo 1 e 2 e hemoculturas.
Avaliação de intoxicações agudas: perfil toxicológico.
Dosagem sérica de antiepilépticos: em previamente epilépticos.
Avaliação de doenças neurológicas: TC e RNM, líquor se suspeita de infecção em SNC.
Eletroencefalograma: crucial para definir estado de mal epilético não convulsivo em paciente confuso ou rebaixado.
Qual o tratamento de crise aguda sintomática?
Se distúrbio metabólico deve corrigir a causa.
Não passar benzodiazepínico se a crise estiver passado, pode piorar o pós-ictal.
Fenitoína (EV em dose de ataque e manutenção por 12 semanas) em caso de lesão neurológica.
Qual o tratamento da crise única (excluída crise aguda sintomática)?
Antiepiléptico não está indicado nesse caso, apenas em alto risco de recorrência (indicado através de neuroimagem e eletroencefalograma).
Qual o tratamento da crise epiléptica em paciente com epilepsia?
Importante checar o fator desencadeante.
A dosagem sérica do agente epiléptico pode ajudar na conduta.
De preferencia monoterapia com o agente usado na manutenção em dose máxima tolerada com controle completo da crise.
Fenitoína pode ser considerada em alguns casos em dose de ataque (20 mg/kg para quem não usa e 5-10 para que usa).
Qual o tratamento do estado de mal epiléptico?
Iniciar a conduta após 5 minutos contínuos de crise ou a ocorrência de 2 ou mais crises sem recuperação da consciência entre os ataques.
Benzodiazepínico: diazepam EV até 20 mg (2 mg/min) com duração de 30 min o efeito.
Antiepiléptico: fenitoína EV 20 mg/kg, dose adicional de 5-10 mg/kg se não tiver controle total da crise. Deve ser diluída em 250-500 ml de soro fisiológico e infundida em 50 mg/min. A fosfenitoína é a de escolha com infusão mais rápida (150 mg/min)
Fenobarbital: caso a crise não cesse após dose máxima de fenitoína ou fosfenitoína. Se for epiléptico e está em abstinência de fenobarbital, ele deve vir antes do passo anterior. Dose de 10-20 mg/kg EV em velocidade de 50-75 mg/min. Uma opção é o valproato (não gera rebaixamento e necessidade de IOT) na dose de 25-40 mg/kg EV em 10 min, se necessário um dose suplementar de 20 mg/kg.
Anestesia geral: midazolam inicialmente 0,2 mg/kg IV e manutenção de 1-10 mcg/kg/min. Pode dar taquifilaxia.