Suicídio Flashcards
SIMULAB
Prática mais comum: envenenamento (50%) e depois perfurocortantes (17%).
FR: perda de emprego, situação financeira, traumas, transtornos mentais, dores, uso de substância, barreiras ao acesso aos cuidados de saúde.
- Evitar: espanto, emoções diante do relato, interromper com frequência, ansioso.
- Falar sobre suicídio não incentiva matar, tem efeito protetor.
- 80% das pessoas
com ideação suicida avisam de sua decisão, 50% informam claramente e 40% procuram cuidado médico na semana anterior a do suicídio.
SINAIS:
- Mudança na rotina do sono: insônia ou alteração de horários para dormir e acordar.
- Isolamento da família e do contato social de forma repentina.
- Comentários como “eu prefiro morrer do que passar por isso”.
- Uso de roupas de mangas longas, mesmo quando está calor, comportamento que pode indicar marcas de automutilação nos braços ou antebraços.
- Diminuição do rendimento escolar.
TODA AMEAÇA DE SUICÍDIO DEVE SER TRATADA COM VERACIDADE.
- Um plano de cuidado deve ser traçado.
- Ideação ou tentativa é notificação compulsória no SINAN (a partir de 2020).
Para onde encaminhar?
- Atenção primária é a porta de entrada.
- CAPS
- UPA
- SAMU.
- CVV (ligue 188) – Centro de Valorização da Vida realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo por telefone, email e chat 24 horas todos os dias.
INTERNAÇÃO
I. Internação voluntária: aquela que se dá com o consentimento do usuário;
II. Internação involuntária: aquela que se dá sem o consentimento do usuário e a pedido de terceiro; e
III. Internação compulsória: aquela determinada pela Justiça.
Cabe destacar que a internação voluntária e involuntária somente podem ser autorizadas por médico devidamente registrado no Conselho Regional de Medicina (CRM) do Estado onde se localize o estabelecimento. A internação compulsória, por sua vez, é determinada pelo juiz competente, que levará em conta as condições de segurança do estabelecimento quanto à salvaguarda da(o) paciente, das(os) demais internadas(os) e funcionárias(os).
MANEJO
- CLASSIFICAÇÃO DE RISCO
Durante o último mês você:
- 6 pontos: pensou que seria melhor estar morto ou desejou estar morto?
- 2 pontos: quis fazer mal a si mesmo?
- 6 pontos: pensou em suicídio?
- 10 pontos: pensou em uma maneira de se suicidar?
- 10 pontos: tentou suicídio?
- 4 pontos: ao longo d sua vida já teve alguma tentativa de suicídio?
Baixo risco: 1-5 pontos
Médio risco: 6-9 pontos
Altos risco: > 10 pontos
Baixo risco:
- Oferecer apoio emocional
- Trabalhar sentimentos que motivaram a autoagressão e pensamentos suicidas.
- Focalizar nos aspectos positivos.
- Levar a pessoa a autorreflexão.
- Manter encontros regulares.
- Indicar atividades comunitárias/ grupos/ oficinas.
- Encaminhar para CAPS ou ambulatório de psiquiatria quando paciente não consegue refletir sobre sua condição e não apresenta melhora.
Médio risco:
- Na grande maioria destes casos a internação psiquiátrica é indicada.
- Estabelecer um acordo com o paciente, em que ele prometa não tentar suicídio.
- Manter encontros regulares.
- Comunicar a família, de preferência com autorização do paciente, sobre o risco e explicar medidas de prevenção (estar por perto, esconder armas e venenos, etc.), é de extrema importância.
- Encaminhar para CAPS ou ambulatório de psiquiatria quando paciente não consegue refletir sobre sua condição e não apresenta melhora.
Alto risco:
- Emergência: prestar cuidados, chamar familiar responsável
- Não deixar paciente sozinho.
- Internação psiquiátrica imediata. Caso isto não seja possível no local de atuação, uma ambulância deve ser chamada e o paciente imediatamente encaminhado para um serviço de referência.
- Encaminhar para serviço de referência: SAMU, UPA, hospital.
- Caso a tentativa de convencimento do paciente a uma internação voluntária não seja bem sucedida, a internação involuntária será necessária.
- FARMACOLOGIA AGUDA
- Benzodiazepínicos: tratamento de pânico, ansiedade e agitação.
- Antipsicóticos atípicos: efeito ansiolítico e por diminuírem a agitação em pacientes psicóticos. Ex: Olanzapina e Quetiapina. - FARMACOLOGIA CRÔNICA
- Lítio: queda de 80-90% do risco de suicídio e a mais de 90% de queda nas taxas de suicídio em pacientes com transtornos de humor,6, 9 sendo o único fármaco estatisticamente efetivo na prevenção do suicídio. A prescrição do lítio, porém, só deve ser feita com a garantia do acompanhamento médico devido aos cuidados necessários quanto ao seu nível sérico.