Sistema nervoso Flashcards

1
Q

circulação do líquor

A

produção no sistema ventricular, circulação na subaracnoide e drenagem nos seios

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2
Q

principal irrigação do encéfalo

A

polígono de willis

anteriormente: carótidas
posteriormente: subclávias

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3
Q

irrigação das regiões anterior e média

A

aa. cerebrais anterior e média (em 85% dos casos)

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4
Q

barreira hematoencefálica

A

capilares: endotélio com TIGHT JUCTIONS e astrócitos

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5
Q

autorregulação da resistência vascular

A

FSC = PA/RCV → depende diretamente do DC

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6
Q

hidrocefalia

A

acúmulo de LCR nos ventrículos por defeito de reabsorção ou raramente excesso de produção (tumor de plexo coroide)

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7
Q

hidrocefalia não comunicante

A

limitação do acúmulo de líquor devido a obstrução

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8
Q

hidrocefalia ex vacuo

A

aumento da qtdd de líquor para compensar perda de parênquima

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9
Q

diferença entre edema celular e edema vasogênico

A

edema celular tem o componente isquêmico (redução do transporte ativo de íons, aumento do sódio intracelular e consequente entrada de água)
edema vasogênico ocorre por lesão endotelial, aumentando a permeabilidade capilar

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10
Q

fator em comum entre os mecanismos de edema

A

aumento da expressão de aquaporina nos pés vasculares dos astrócitos em torno de lesões locais

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11
Q

consequências do aumento da pressão intracraniana

A

queda da pressão de perfusão cerebral

herniação

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12
Q

hérnia subfalcina

A

expansão unilateral de um hemisfério desloca o giro do cíngulo por baixo da borda da foice
pode associar a compressão da a. cerebral anterior

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13
Q

herniação tentorial

A

parte medial do lobo temporal é comprimida contra o tentório
pode associar a compressão da artéria cerebral posterior

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14
Q

herniação tonsilar

A

tonsilas cerebelares se deslocam para o forame magno → atinge centro respiratório do bulbo

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15
Q

definição de SHIC

A

desequilíbrio da relação continente/conteúdo

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16
Q

causas da SHIC

A

aumento do líquor, edema, hematomas, tumores

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17
Q

diagnóstico de SHIC

A

exame de fundo de olho

não fazer punções liquóricas

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18
Q

fatores que influenciam a gravidade das doenças cerebrovasculares

A

área, extensão, estado prévio, associações locais ou sistêmicas

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19
Q

infarto na zona limítrofe

A

campos mais distais da perfusão arterial
geralmente ocorre em episódios de hipotensão
maior risco quando atinge a zona entre as aa. cerebrais anterior e média

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20
Q

hipóxia funcional

A

queda da pressão de oxigênio
alteração da capacidade de carreamento de oxigênio
inibição do uso de oxigênio pelo tecido

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21
Q

isquemia cerebral focal

A

infarto cerebral + obstrução venosa

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22
Q

consequência de hipotensão sistêmica grave

A

encefalopatia hipóxico-isquêmica

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23
Q

vulnerabilidade seletiva a isquemia

A

subst. cinzenta > subst. branca

neurônio > glia

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24
Q

encefalopatia hipóxico-isquêmica transitória

A

necrose neuronal seletiva

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25
encefalopatia hipóxico-isquêmica com reperfusão
morte cerebral
26
microscopia da necrose hipóxico-isquêmica
alteração neuronal aguda (neurônios vermelhos) → diminuição do corpo celular, eosinofilia citoplasmática e núcleos picnóticos vacuolização por edema
27
principais origens do infarto cerebral
trombose: trombos murais cardíacos | êmbolos: aa. carótidas
28
fatores que influenciam a gravidade do infarto cerebral
tamanho, forma, localização | que dependem de circulação colateral e número de vasos ocluídos
29
vasos mais comumente ocluídos
a. cerebral média, por eventos embólicos, atingindo a convexidade cerebral
30
infarto anêmico/branco
trombose arterial, vasoespasmo, hipotensão arterial | usar terapia trombolítica
31
infarto hemorrágico/vermelho
embolia, trombose venosa (seio sagital)
32
área de penumbra
sofrimento isquêmico sem hemorragia → redução do fluxo → queda de atividade funcional por 48h pós isquemia ou morte cerebral
33
mecanismo de hemorragia do infarto
ocorre secundariamente à reperfusão por colaterais ou dissolução das oclusões intravasculares (que podem levar tanto a infartos vermelhos quanto brancos)
34
macroscopia de infarto
``` primeiras 48h: liquefação infarto recente (até uma semana): avaliar região maior e mais pálida 2ª-5ª semanas: perda de edema e tecido (atrofia) após 5ª semana: reabsorção da necrose → cavitação. dependendo, pode haver aumento ipsilateral ventricular. ```
35
Microscopia de infarto
12-24h: necrose de neurônios Até 2ª semana: necrose tecidual, macrófagos (grânulos e vacúolos), proliferação vascular, gliose reacional Após 2 semanas: reparação, gliose
36
Causas de hemorragia subaracnoidea
Rupturas de aneurismas saculares/congênitos Malformação arteriovenosa (MAV) - 5-10% dos casos Secundária a hemorragia intraparenquimatosa Drogas (cocaina)
37
Características do rompimento de aneurismas saculares
5ª década Mais comum em mulheres (3:2) Cefaleia súbita, forte, holocraniana ou nucal Sinais meníngeos
38
Complicações da ruptura de aneurismas saculares
``` Nova ruptura (50% dos casos não tratados) Infarto cerebral (secundário a vasoespasmo arterial, 4-9 dias após a ruptura Hidrocefalia recente ou tardia ```
39
mecanismos de TCEs primários
Impulso: aceleração-desaceleração sem impacto; Impacto, contato; Movimentação livre da cabeça: translação, rotação, movimento angular; Deformação tecidual: compressão, tensão, cisalhamento;
40
Locais mais comuns de TCE
convexidade e base do crânio
41
Tipos de fratura craniana
Linear: superfície plana; Deprimida: objeto pequeno e irregular; Penetrante ou aberta: objeto pontiagudo ou projétil;
42
região acometida pelo hematoma extradural e seu risco
Região têmporo-parietal: passagem de AV meníngeas médias; | Alto risco para pacientes jovens pelo deslocamento da dura-máter → zona descolável de Marchant;
43
aspecto de imagem nos hematomas extradural e subdural
limão e banana
44
Consequências do rompimento de veias ponte
Hematoma subdural; Drenam para o seio sagital superior → estiramento; Maior risco em cérebros pequenos; Resultado frequente de agressão física a bebês; Nos idosos, podem ser casos subagudos ou crônicos; Atrofia cortical;
45
Evolução do hematoma subdural
Agudo (48h): sangue coagulado; Subagudo (3-14 dias): sangue coagulado ou líquido; Crônico: líquido turvo, escuro + sangue fresco + cápsula fibrovascular;
46
como ocorre contusão cerebral
Contato ou aceleração-desaceleração;
47
evolução da contusão cerebral
clínica favorável → micro-hemorragias focais em áreas não vitais; Associação com outros traumas + edema + SHIC + deterioração do estado geral 24-48h → levam a um quadro demencial, sem intervalos de lucidez;
48
lesão axonal difusa (TUDO)
Lesão mais importante em morbimortalidade; • Inconsciência e amnésia; • Afeta áreas profundas centro-axiais; • Geralmente ocorre por aceleração-desaceleração brusca rotacional na direção lateral → tração-torção; • Lesões visíveis nos pontos de fixação para os hemisférios cerebrais → focos de hemorragia no corpo caloso (cisalhamento) e parte rostral do tronco encefálico; • Microscopia: o Tumefação, lobulação, fragmentação; o Áreas de retração; o Esferoides e bulbos axonais; • Grau I: apenas esferoides/bulbos axonais; • Grau II: lesão axonal + hemorragia de corpo caloso; • Grau III: quadro acima + hemorragia dorsolateral da porção rostral do tronco encefálico;
49
tríade de cushing
hipertensão (↓ perfusão → ativação do SNAS), confusão mental e bradicardia
50
hérnia tonsilar
↓ FR, tríade de Cushing; Não fazer punção liquórica, quando meningite → queda da pressão intracraniana fará com que a hérnia “desça” → óbito;
51
hérnia de uncus
parte medial do lobo temporal é comprimida contra o tentório; Midríase ipsilateral: compressão do nervo oculomotor; Hemianopsia heterônima; Infarto da a. cerebral posterior; Compressão do pedúnculo → hemiparesia e hemiparalisia ipsilateral;
52
etiologia das meningites purulentas
RN: Streptococcus sp. do grupo B e E. coli; Adultos (18-50): pneumococo e meningococo; Idosos: pneumococo, meningococo e Listeria; Trauma: estafilococo e estreptococo;
53
patogenia da meningite purulenta
Passagem da bactéria pela BHE provavelmente devido ao uso de exotoxinas e LPS → produção de citocinas pró-inflamatórias; Disseminação pela circulação liquórica; ↑ leucócitos e proteínas; ↓ glicose (1/3 da glicemia → glicorraquia deve ser pressão capilar → trombos, isquemia;
54
complicações da meningite purulenta (podem ser 5)
Meningoencefalite purulenta: acometimento do parênquima; Arterites/flebites purulentas ou trombose: acometimento das artérias e veias leptomeníngeas → pequenos infartos cerebrais; Ventriculite purulenta: acometimento dos ventrículos → distensão caso haja obstrução na circulação liquórica (hidropioencéfalo) → comum destruição do epêndima e comprometimento do tecido nervoso subependimário; Fibrose da leptomeninge em casos crônicos → hidrocefalia e compressão de nervos; Efusão subdural: líquido claro ou pouco hemorrágico sob a dura-máter por provável ruptura da aracnoide;
55
sequelas da meningite purulenta
Comprometimento de NCs; Distúrbios cognitivos; Espasticidade e hemiparesia; Crises convulsivas recorrentes; SHIC por hidrocefalia/edema;
56
morfologia da meningite purulenta
Primeiras 48h: alterações pouco evidentes. Hiperemia, marginação de leucócitos, discreta infiltração de neutrófilos e numerosas bactérias livres; Dias subsequentes: distensão do espaço subaracnoide por exsudato de aspecto opalescente; Cronificação do processo: mononucleares e proliferação fibrovascular. Congestão de leptomeninge, dificuldade de visualizar os giros. Hidrocefalia;
57
diferença entre a cavidade do abscesso e a do infarto
Cavidade diferente da do infarto cerebral por ser irregular e possuir uma cápsula residual;
58
grau, epidemiologia e localização do astrocitoma pilocítico
Grau I; quase sempre benignos com crescimento lento; Glioma mais comum em crianças; Localização: fossa posterior → cerebelo, III ventrículo, NC II;
59
morfologia do astrocitoma pilocítico
Macroscopia: Císticos, bem circunscritos, podendo ser infiltrativos; Microscopia: Aspecto bifásico com padrão macrocístico frouxo e áreas fibrilares; Aumento de vasos sanguíneos; Incomum ter necrose e mitose; Núcleos picnóticos Fibras de Rosenthal: Corpos granulares e eosinofílicos; Prolongamento de astrócitos;
60
grau, epidemiologia e localização do astrocitoma difuso ou fibrilar
Grau II; Acomete adultos de 25-35 anos nos lobos temporal ou frontal;
61
morfologia do astrocitoma difuso ou fibrilar
Densidade celular baixa a moderada; hipercromasia; Macroscopia: Difícil delimitação por ser infiltrativo; Expansão de um dos hemisférios;
62
método de identificação do astrocitoma difuso ou fibrilar
GFAP: Técnica imuno-histoquímica de identificação de proteína glial;
63
epidemiologia, grau, aspecto e tratamento do astrocitoma anaplásico
Mais comum em adultos; Grau III; Difusamente infiltrativo e grande; Tratamento: hemisferectomia;
64
sobrevida em 5 anos do portador do astrocitoma anaplásico
1/3
65
morfologia do astrocitoma anaplásico
Não tem necrose; Muito celular; muita mitose; núcleo hipercrômico;
66
grau, epidemiologia e localização do glioblastoma
Grau IV; 50% dos gliomas; Mais frequente em homens (3:2); Geralmente encontrado sem lesões precursoras, podendo desenvolver-se de astrocitomas de graus II/III; Geralmente supratentorial → hemisférios; Atinge 5ª-6ª década de vida, sobrevida média de 1 ano;
67
classificação do glioblastoma
Glio primário (IDH – wild type): 90% dos casos. Idade avançada, evolução rápida (<6 meses); Sem evidência de lesão precursoras; Glio secundário (IDH – mutante): Pacientes mais jovens com evolução mais lenta (3-4 anos); Originado de lesões precursoras menos malignas;
68
glioblastoma na imagem
Lesão irregular com “anel de contraste” periférica; Área central hipodensa → necrose;
69
morfologia do glioblastoma
Macroscopia: Lesão com necrose e hemorragia que atravessa a linha média; Microscopia: Hiperplasia endotelial com padrão glomerular; Necrose em pseudopaliçada: pseudorreação glial; Células mais bizarras;
70
local, epidemiologia e grau do meduloblastoma
Neoplasia mal diferenciada da fossa posterior; Grau IV – tumor embrionário maligno do cerebelo → em crianças mais velhas ocorre lateralização e atinge o vérmis; 50% dos casos se manifestam aos 5-9 anos;
71
tratamento do meduloblastoma
Ressecção incompleta e metástases têm pior prognóstico; É radiossensível → sobrevida de 60% após 5 anos;
72
imagem do glioblastoma
Na TC: massa sólida e afim de contraste – parecida com o astrocitoma pilocítico;
73
morfologia do medublastoma
Macroscopia: Bem circunscrito, acinzentado e friável; Microscopia: Células pequenas com citoplasma escasso; Mitoses frequentes; Presença de rosetas neuroblásticas de Homer-Wright;
74
Tumor supratentorial neuroectodérmico primitivo (PNET do SNC):
Tumores histologicamente similares aos meduloblastomas nos hemisférios cerebrais, mas geneticamente diferente;
75
grau do meningioma
I
76
critério de malignidade para meningioma
Infiltração do SNC; Mitoses frequentes; Necrose;
77
localização do meningioma
50% em localização parassagital
78
classificação do meningioma
Meningioma sincicional: Ninhos celulares psamomatosos; Meningioma fibroso: Células alongadas entremeadas por abundante deposição de colágeno;
79
Tumores metastáticos de leptomeninge e espaço subaracnoide:
Tumores de células pequenas; Mama (câncer lobular), pulmão (câncer de pequenas células), leucemias, linfomas, etc; Ocorre SHIC rapidamente;
80
aspecto dos tumores metastáticos
Bem delimitados, múltiplos;