Síndromes Urinárias Flashcards
Refluxo Vesicoureteral: definição.
Refluxo retrógrado de urina da bexiga para ureter e sistema pielocalicial.
Refluxo Vesicoureteral primário: mecanismo.
Alteração na junção ureterovesical (JUV).
Pode ser:
- Congênito (mais comum)(encurtamento do trajeto ureter através do m. detrusor da bexiga. Alteração no angulo de implantação do ureter na bexiga. Forte componente genético);
- Associado à outras malformações.
Refluxo Vesicoureteral secundário: mecanismo.
Alterações anatômicas ou funcionais geram um processo obstrutivo, de modo que a bexiga ao se contrair encontra resistência para se esvasiar. O aumento da pressão intravesical leva ao refluxo.
Exemplos:
- Válvula de uretra posterior;
- Bexiga neurogênica.
Refluxo Vesicoureteral: diagnóstico.
Uretrocistografia miccional.
Trata-se de um raio-x contrastado do trato urinário que avalia uretra e bexiga durante enchimento e esvaziamento.
Refluxo Vesicoureteral: classificação.
Feito através da uretrocistografia:
Grau I: refluxo apenas no ureter, sem dilatação;
Grau II: refluxo na pelve renal e cálices sem dilatação;
Grau III: dilatação leve a moderada do ureter, pelve renal e cálices;
Grau IV: dilatação moderada da pelve renal e cálices, com tortuosidade ureteral moderada;
Grau V: dilatação grave da pelve renal, cálices e ureter, com tortuosidade ureteral e perda da impressão papilar.
Refluxo Vesicoureteral: tratamento.
Grau I-II: acompanhamento.
Grau III-V: profilaxia antimicrobiana, abordagem cirúrgica/ endoscópica.
Sempre tratar disfunção vesico-intestinal.
Distúrbios da micção: dois exemplos.
Enurese;
Bexiga hiperativa.
Enurese: definição.
Incontinência urinária durante o sono em > 5 anos, com episódios presentes pelo menos 3 meses consecutivos, 2 vezes por semana, ou 1 vez por mês.
Enurese: classificação.
Primária: criança nunca teve o controle miccional noturno.
Secundária: criança que teve o controle miccional noturno por pelo menos 6 meses (período seco de 180 dias), mas voltou a ficar incontinente nos últimos 3 meses.
Enurese primária: possíveis causas.
- Alta ingesta de líquido à noite;
- Poliúria noturna;
- Variação na produção de hormônio antidiurético (produz muita urina à noite);
- Hiperatividade do m. detrusor;
- Incapacidade de acordar com a distensão do m. detrusor.
Enurese secundária: possíveis causas.
- ITU;
- Diabetes;
- Traumas, abuso, violência.
Enurese: classificação de acordo com os sintomas.
Monossintomática, ou,
Não monossintomática: incontinência diurna, urgência miccional, etc.
Enurese primária e monossintomática: tratamento.
É autolimitado (vai passar espontâneamente);
Leva aproximadamente o mesmo tempo que os pais levaram para ter o controle miccional noturno;
O tratamento é baseado no grau de transtorno que a enurese trás para a criança:
- Uroterapia (orientar medidas comportamentais);
- Reforço positivo;
- Alarmes noturnos (detecta urina na roupa íntima);
- Oxibutinina;
- Desmopressina;
- Amitriptilina.
Bexiga Hiperativa: manifestações clínicas.
- Urgência miccional;
- Incontinência urinária;
- Aumento da frequência urinária;
- Manobras de contenção (cruzar as pernas, contrai a pelve, etc).
Bexiga Hiperativa: tratamento.
Medidas comportamentais;
Tratamento da constipação associada;
Anticolinérgicos (oxibutinina; piora constipação).