Síndromes respiratórias neonatais Flashcards

1
Q

Quais são as 4 fases de desenvolvimento pulmonar?

A
  1. Estágio pseudoglandular (5-17 semanas)
  2. Estágio canalicular (16-25 semanas)
  3. Estágio sacular terminal (24 semanas até nascimento)
  4. Estágio alveolar (após nascimento)

As mudanças ocorrem para melhorar a troca gasosa.

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2
Q

O que ocorre com o tecido conjuntivo durante o desenvolvimento pulmonar?

A

Redução do tecido conjuntivo que melhora a interface entre o epitélio escamoso e os capilares

Isso facilita as trocas gasosas.

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3
Q

Como a ramificação da via aérea afeta a troca gasosa?

A

Aumenta a área de troca e o contato entre capilares e alvéolos

Isso melhora a eficiência da troca gasosa.

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4
Q

Qual é o risco associado a crianças prematuras em relação às patologias pulmonares?

A

Maior risco de patologias pulmonares porque o pulmão ainda está em fase de desenvolvimento

Quanto mais prematura a criança, maior o risco.

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5
Q

Descreva o estágio pseudoglandular.

A

Epitélio cuboide com células de maior tamanho, dificultando as trocas gasosas

Ocorre entre 5 a 17 semanas de gestação.

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6
Q

Descreva o estágio canalicular na embriologia pulmonar.

A

Epitélio escamoso com células mais finas, mais adaptadas à hematose

Ocorre entre 16 a 25 semanas de gestação.

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7
Q

Qual é o estágio pulmonar preferido para o nascimento dos recém-nascidos?

A

Estágio alveolar (após nascimento)

Recém-nascidos nesse estágio estão mais bem adaptados à vida extrauterina.

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8
Q

O que acontece com o pulmão do recém-nascido após o choro?

A

As trocas gasosas ocorrem no pulmão, há perda do líquido pulmonar e redução da resistência vascular pulmonar

Isso é essencial para a troca gasosa após o nascimento.

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9
Q

Como eram realizadas as trocas metabólicas no período intrauterino?

A

Através da placenta

O pulmão não possuía funcionalidade e estava repleto de líquido.

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10
Q

O que causa a alta resistência vascular pulmonar no feto?

A

Estar repleto de líquido

Isso resulta em vasoconstrição.

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11
Q

Qual é a principal causa de admissão na UTI neonatal?

A

Desconforto respiratório do RN

Isso está muito associado com as doenças respiratórias do período neonatal.

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12
Q

Antes de pensar em doenças pulmonares, quais causas devem ser afastadas?

A

Causas metabólicas, centrais e cardiopatias congênitas

Essas causas podem mimetizar ou agravar o desconforto respiratório.

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13
Q

Quais são os 3 grupos de patologias das doenças respiratórias do período neonatal?

A
  • Por imaturidade pulmonar: Síndrome do Desconforto do RN (SDR)
  • Por intercorrências perinatais: Síndrome de aspiração meconial (SAM), Taquipneia transitória do RN (TTRN), Pneumonia, Hipertensão pulmonar persistente do RN (HPPRN)
  • Por malformações pulmonares ou por herniação diafragmática

Conhecer esses grupos é essencial para a prova.

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14
Q

Quais parâmetros da história clínica ajudam no diagnóstico dos distúrbios respiratórios neonatais?

A
  • Idade gestacional
  • Características do líquido amniótico
  • Comorbidades maternas (HAS, DM2, asma etc.)
  • Características e presença de trabalho de parto
  • Risco de infecção perinatal
  • Hipóxia perinatal

Esses parâmetros são importantes para uma avaliação clínica adequada.
Cesárea eletiva: pensar em TTRN

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15
Q

Qual escala é utilizada para avaliar o desconforto respiratório?

A

Boletim de Silverman-Andersen

Avalia 5 parâmetros para determinar a gravidade do desconforto respiratório.

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16
Q

Quais são os 5 parâmetros avaliados no Boletim de Silverman-Andersen?

A
  • Retração intercostal superior
  • Retração intercostal inferior
  • Retração xifoide
  • Batimento de asas do nariz
  • Gemido expiratório

Cada um desses parâmetros contribui para a avaliação do desconforto respiratório.

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17
Q

Qual é o valor no Boletim de Silverman-Andersen que indica desconforto moderado a grave?

A

Valores ≥5

Valores iguais ou superiores a 5 indicam a necessidade de intervenção.

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18
Q

Que tipos de exames complementares são utilizados na avaliação do desconforto respiratório?

A
  • Avaliação laboratorial
  • Avaliação radiológica

Esses exames ajudam a identificar a causa do desconforto respiratório.

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19
Q

O que é a Síndrome do desconforto respiratório (SDR)?

A

A Síndrome do Desconforto Respiratório (SDR) é uma condição pulmonar grave causada pela deficiência de surfactante, resultando em colabamento alveolar, comprometimento da troca gasosa e insuficiência respiratória, sendo mais comum em recém-nascidos prematuros.

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20
Q

Qual é a principal causa da SDR?

A

Imaturidade pulmonar por deficiência quantitativa e qualitativa do surfactante alveolar.

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21
Q

Onde é sintetizado o surfactante?

A

Pneumócitos tipo II dos alvéolos.

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22
Q

Quando começa a produção de surfactante durante a gestação?

A

Aproximadamente na 20ª semana de gestação.

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23
Q

Qual é o pico de produção de surfactante?

A

Na 35ª semana de gestação.

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24
Q

Por que a SDR é mais comum em recém-nascidos com idade gestacional ≤34 semanas?

A

Devido à imaturidade pulmonar e deficiência de surfactante.

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25
Q

O que acontece com os alvéolos na ausência de surfactante?

A

Tendem ao colabamento devido a forças elásticas e à tensão superficial interna.

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26
Q

Como a frequência de SDR se relaciona com o peso de nascimento e a idade gestacional?

A

A frequência de SDR e mortalidade são inversamente proporcionais ao peso de nascimento e à idade gestacional.

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27
Q

Quais fatores de risco estão associados à SDR?

A

Prematuridade (≤ 34 semanas)
Sexo masculino
Diabetes materno
Asfixia perinatal
Ausência de corticoide antenatal

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28
Q

Qual é um fator protetor contra a SDR?

A

Condições que levam à liberação de cortisol pelo feto.

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29
Q

Qual é o quadro clínico da SDR?

A

Desconforto respiratório precoce e progressivo, aumento na necessidade de O2, apneia e cianose.

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30
Q

Quando o desconforto respiratório inicia e qual é sua progressão?

A

Início em 24h, pico em 48h, melhora após 72h.

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31
Q

Quais são os achados no exame físico para SDR?

A

MV↓ difusamente + estertores crepitantes difusos.

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32
Q

Como é classificada a SDR radiologicamente?

A

Grau I a IV, com aumento do grau indicando maior gravidade.

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33
Q

Qual é o padrão radiográfico característico da SDR?

A

Padrão em ‘vidro moído’.

O vidro moído corresponde a um infiltrado reticulogranular difuso.

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34
Q

Quais são as medidas de suporte no tratamento da SDR?

A

Controle térmico
Controle metabólico
Suporte nutricional

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35
Q

Qual é o suporte respiratório inicial recomendado para SDR?

A

CPAP precoce.

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36
Q

Quando se considera a ventilação mecânica assistida (VMA) na SDR?

A

Nos casos de hipoxia acentuada e acidose respiratória grave.

37
Q

Quando é indicado o surfactante pulmonar exógeno?

A

Em casos graves de SDR com necessidade crescente de FiO2 ou com necessidade de VMA.

Idealmente, aplicar antes de 2h de vida.

O surfactante exógeno na síndrome do desconforto respiratório neonatal pode ser administrado de forma minimamente invasiva, por meio de cateter fino na traqueia com visualização direta ou videolaringoscopia, mantendo o CPAP, ou pelo método INSURE, que envolve intubação breve com sedação, administração do surfactante e extubação posterior.

38
Q

Preencha a lacuna: A SDR é mais comum em recém-nascidos com idade gestacional ______.

A

≤34 semanas.

39
Q

Qual é o Grau I da síndrome do desconforto respiratório na radiografia?

A

Granulações finas e poucos broncogramas

40
Q

Quais são as características do Grau II da síndrome do desconforto respiratório na radiografia?

A

Granulação bem evidente em ‘vidro moído’, com broncograma além do mediastino

O vidro moído corresponde a um infiltrado reticulogranular difuso.

41
Q

O que caracteriza o Grau III da síndrome do desconforto respiratório na radiografia?

A

Broncograma aéreo mais evidente, opacidade borrando a área cardíaca

42
Q

Qual é a descrição do Grau IV da síndrome do desconforto respiratório na radiografia?

A

Opacidade total dos campos pulmonares, área cardíaca não visualizável

43
Q

O que é Taquipneia transitória do recém nascido (TTRN)?

A

A Taquipneia Transitória do Recém-Nascido (TTRN) é um distúrbio respiratório autolimitado causado pela reabsorção retardada do líquido pulmonar fetal, levando a taquipneia, retrações e desconforto respiratório leve a moderado nas primeiras horas de vida, mais comum em neonatos de parto cesáreo.

Também chamada de síndrome do pulmão úmido devido à sua fisiopatologia.

44
Q

Qual é a patogênese da Taquipneia transitória do recém nascido?

A

Retardo da absorção/eliminação do líquido pulmonar fetal, leve deficiência de surfactante e pequeno grau de imaturidade pulmonar.

A patogênese é crucial para compreender a fisiopatologia da condição.

45
Q

Quais são os fatores de risco associados à Taquipneia transitória do recém nascido?

A
  • Parto antes de 39 semanas (a termo precoce)
  • Parto cesariano eletivo
  • Asfixia perinatal
  • Diabetes ou asma materna
  • Policitemia

O parto normal pode auxiliar na absorção do líquido pulmonar.

46
Q

Quais são os sinais clínicos da Taquipneia transitória do recém nascido?

A

Início logo após o nascimento com taquipneia importante, sem muitos sinais de desconforto respiratório, sendo desproporcional à necessidade de O2.

Geralmente, há baixa necessidade de O2.

47
Q

Qual é o tratamento recomendado para Taquipneia transitória do recém nascido?

A
  • Medidas de suporte (nutricional, hidroeletrolítico, acidobásico, térmico)
  • Oxigenioterapia (paciente com necessidade; não é a regra)
  • Suporte ventilatório (é rara a necessidade de IOT)

A melhora geralmente ocorre em 48-72 horas, que é o mais comum.

48
Q

Verdadeiro ou falso: A necessidade de oxigenioterapia é comum em casos de Taquipneia transitória do recém nascido.

A

Falso

Na maioria dos casos, a necessidade de oxigenioterapia não é a regra.

49
Q

Como se apresenta a TTRN na radiografia?

A

Evidências de hiperinsuflação pulmonar, caracterizada por retificação dos arcos costais e, ocasionalmente, do diafragma. Além disso, pode-se observar infiltrado perihilar e presença de líquido nas fissuras interlobares (cisurite).

50
Q

Qual é a clínica típica da pneumonia neonatal?

A

Quadro inespecífico; pode ocorrer desde desconforto respiratório/taquipneia até intolerância alimentar, redução de grau de atividade do RN e instabilidade hemodinâmica.

A suspeita clínica é a chave do diagnóstico.

51
Q

Qual é a chave do diagnóstico da pneumonia neonatal?

A

Suspeita clínica.

O diagnóstico diferencial é difícil e deve ser definido através dos fatores de risco perinatais.

52
Q

Quais são os fatores de risco perinatais para pneumonia neonatal?

A
  • RPMO
  • Tempo de bolsa rota ≥ 18h
  • Febre intraparto
  • Corioamnionite materna
  • Trabalho de parto prematuro sem causa
  • Colonização materna por GBS

Esses fatores de risco são também inespecíficos.

53
Q

Quais exames complementares são utilizados para confirmar o diagnóstico de pneumonia neonatal?

A
  • Hemograma/Hemocultura
  • Radiografia

A radiografia pode mostrar condensação uni ou bilateral, padrão reticulogranular e broncogramas aéreos, que são típicos também de outras patologias respiratórias neonatais, como a SDR.

54
Q

Qual é o tratamento recomendado para pneumonia neonatal?

A

Antibioticoterapia e medidas de suporte.

Na sepse precoce, deve-se cobrir os agentes do canal de parto com ampicilina + gentamicina.

55
Q

O que é o Síndrome de aspiração meconial (SAM)?

A

É uma condição patológica onde o mecônio chega às vias aéreas, causando um quadro que se retroalimenta.

O SAM é frequentemente associado a complicações respiratórias em recém-nascidos.

56
Q

Quais são as alterações obstrutivas causadas pelo SAM?

A
  • Obstrução total da via aérea (ex.: bronquíolo)
  • Obstrução parcial (mecanismo valvular)

A obstrução total leva ao colabamento/atelectasia, enquanto a obstrução parcial causa hiperinsuflação.

57
Q

Quais são as consequências da obstrução total das vias aéreas no SAM?

A

Colabamento/atelectasia, causando prejuízo de hematose, resultando em hipóxia, hipercapnia e acidose.

A hematose é o processo de troca gasosa nos pulmões.

58
Q

O que pode ocorrer devido à obstrução parcial das vias aéreas no SAM?

A

Hiperinsuflação e aumento do risco de barotraumas e pneumotórax.

O mecanismo valvular permite que o ar entre, mas dificulta a saída, podendo levar a pneumtórax.

59
Q

Quais são as consequências da hipoxia, hipercapnia e acidose no contexto do SAM?

A

Podem levar a hipertensão pulmonar.

A hipertensão pulmonar é uma condição que pode resultar em sérias complicações cardiovasculares.

60
Q

Como a inflamação afeta o surfactante no SAM?

A

Inativa o surfactante e aumenta o risco de infecção, piorando o padrão respiratório.

O surfactante é crucial para manter a tensão superficial nos alvéolos e prevenir o colabamento.

61
Q

Quais são os sinais clínicos de SAM?

A
  • Desconforto respiratório precoce
  • Gravidade variável
  • Aumento do diâmetro anteroposterior (hiperinsuflação)
  • Labilidade importante da saturação

A labilidade da saturação de O2 é um indicativo importante de SAM.

62
Q

Qual é o perfil típico de uma criança com SAM?

A

Geralmente é uma criança pós-termo que cursou com sofrimento fetal.

O sofrimento fetal é um fator de risco para a liberação de mecônio.

63
Q

O que deve ser suspeitado quando há líquido meconial associado a desconforto respiratório?

A

Síndrome de aspiração meconial (SAM).

A presença de mecônio no líquido amniótico é um sinal de alerta.

64
Q

Quais condições podem levar à liberação de mecônio no intraútero?

A
  • Sofrimento fetal
  • Condições intrauterinas adversas

Essas condições podem incluir hipoxia e estresse fetal.

65
Q

Quais são os achados radiográficos típicos no SAM?

A
  • Opacidades irregulares e grosseiras
  • Atelectasias
  • Hiperinsuflação
  • Pneumotórax

A radiografia é fundamental para o diagnóstico e avaliação da gravidade do SAM.

66
Q

A associação entre SAM e qual patologia pulmonar grave deve ser lembrada?

A

Pneumotórax

A hiperinsuflação e a obstrução aumentam o risco de pneumotórax.

67
Q

Qual é a patogênese da hipertensão arterial pulmonar do RN?

A

Desordem do processo de transição da circulação da vida fetal para a circulação após o nascimento

Pode ocorrer devido a asfixia neonatal, sepse, doenças parenquimatosas, malformação ou hipoplasia pulmonar, policitemia e idiopático.

68
Q

Quais fatores podem causar hipertensão pulmonar persistente?

A
  • Asfixia neonatal
  • Sepse
  • Doenças parenquimatosas
  • Malformação ou hipoplasia pulmonar
  • Policitemia
  • Idiopático

Exemplos de malformações incluem hérnia diafragmática.

69
Q

O que ocorre durante a transição da circulação intraútero para extraútero?

A

O líquido intrapulmonar é expulso e iniciam-se as trocas gasosas do pulmão

Isso requer a presença dos vasos pulmonares dilatados.

70
Q

O que acontece quando a resistência vascular pulmonar permanece alta após o nascimento?

A

Prejuízo do funcionamento do ventrículo direito e formação de shunts na circulação

O canal arterial pode permanecer aberto, causando cianose.

71
Q

Qual é o efeito da hipertensão pulmonar no canal arterial?

A

Pode se manter aberto por mais tempo, permitindo que o sangue vá da artéria pulmonar para a aorta sem passar pelo pulmão, ou seja, sangue não oxigenado indo para circulação sistêmica.

Isso resulta em shunt direita-esquerda devido à pressão pulmonar aumentada.

72
Q

Quais são os principais sinais clínicos da hipertensão pulmonar no RN?

A
  • Início nas primeiras horas de vida
  • Diferença SatO2 pré e pós-ductal
  • Cianose
  • Hiperfonese de B2
  • Labilidade de saturação
  • Disfunção cardiovascular
  • Hipoxemia desproporcional

A hipoefluxo leva a uma trama vascular diminuída na radiografia.

73
Q

Como é identificado o quadro de hipertensão pulmonar em radiografia?

A

Cardiomegalia e ↓ vasculatura pulmonar

O hipofluxo resulta em trama vascular diminuída.

74
Q

Qual exame é utilizado para o diagnóstico de hipertensão arterial pulmonar?

A

Ecocardiograma

É utilizado tanto para diagnóstico quanto para acompanhamento do tratamento.

75
Q

Quais são as opções de tratamento para hipertensão pulmonar no RN?

A
  • Suporte geral
  • ↓ manuseio e estímulos
  • Analgesia e sedação
  • Suporte hemodinâmico
  • Suporte ventilatório
  • Óxido nítrico
  • Inibidores de fosfodiesterase
  • ECMO (em casos refratários)

O tratamento depende da gravidade da condição.

76
Q

O óxido nítrico é utilizado em qual contexto no tratamento da hipertensão pulmonar?

A

Como vasodilatador em casos graves

Sua ação ajuda a reduzir a resistência vascular pulmonar.

77
Q

O que caracteriza a labilidade de saturação na hipertensão pulmonar do RN?

A

A saturação de oxigênio (SatO2) pode cair quando a criança chora

Isso reflete a dificuldade do ventrículo direito em vencer a pressão elevada.

78
Q

O que é a hérnia diafragmática?

A

Formação incompleta do diafragma que leva à herniação do conteúdo abdominal e hipoplasia pulmonar.

A hipoplasia pulmonar significa que o pulmão não se desenvolve adequadamente.

79
Q

Qual é a localização mais comum da hérnia diafragmática?

A

À esquerda.

A hérnia diafragmática é frequentemente associada a anomalias cardiovasculares, o que aumenta a mortalidade.

80
Q

Quais são os principais sinais de diagnóstico da hérnia diafragmática?

A

Desconforto respiratório, intolerância alimentar, abdome escavado, MV↓ do lado da hérnia, RHA no tórax.

Um achado característico é a ausculta cardíaca desviada para a direita.

81
Q

Como a hérnia diafragmática afeta o mediastino?

A

Desvia o mediastino para a direita.

Isso ocorre porque as hérnias são mais comuns à esquerda.

82
Q

Qual é a recomendação para um RN com desconforto respiratório e abdome escavado?

A

Suspeitar de hérnia diafragmática e intubar.

Essa é uma dica importante para o manejo inicial.

83
Q

Quais exames podem ser utilizados para diagnosticar hérnia diafragmática?

A

Radiografia e ecocardiograma.

A radiografia mostra a posição das vísceras no tórax e o deslocamento do mediastino, enquanto o ecocardiograma avalia anomalias associadas.

84
Q

Qual a importância da ecocardiograma em casos de hérnia diafragmática?

A

Avaliar a presença de anomalias cardiovasculares associadas.

É comum que anomalias cardiovasculares estejam presentes em casos de hérnia diafragmática.

85
Q

Quais são as medidas de manejo para a hérnia diafragmática?

A

Encaminhar para serviço especializado, IOT na sala de parto, descompressão gástrica, ventilação mecânica, óxido nítrico, ECMO, cirurgia.

A descompressão gástrica é ideal para evitar a distensão das alças intestinais.

86
Q

Qual é a função do óxido nítrico no manejo da hérnia diafragmática?

A

Utilizado se HPP grave sem resposta à sedação e à ventilação mecânica.

HPP se refere a hipertensão pulmonar persistente.

87
Q

Quando a cirurgia é realizada em casos de hérnia diafragmática?

A

Após estabilização do paciente.

A estabilização é essencial antes de qualquer intervenção cirúrgica.

88
Q

O que é a hipoplasia pulmonar?

A

Desenvolvimento inadequado do pulmão.

Isso ocorre frequentemente em casos de hérnia diafragmática, resultando em dificuldades respiratórias.

89
Q

Filho de mãe diabética com desconforto respiratório, uma patologia a ser pensada nos diagnósticos diferenciais?

A

Síndrome do desconforto respiratório neonatal

A síndrome do desconforto respiratório neonatal resulta da imaturidade pulmonar, sendo a diabetes materna um fator de risco associado a complicações como a policitemia neonatal.