Síndrome ictérica - Hepatites Flashcards

1
Q

A Síndrome de Gilbert se dá através do aumento leve da Bilirrubina

A

Indireta

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2
Q

Entre os desencadeantes da Sd de Gilbert, estão

A

Jejum, atividade física intensa e álcool

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3
Q

A Sd. de Gilbert é mais comum em homens que mulheres (3/1), e decorre de defeito na enzima

A

Glicorunil transferase

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4
Q

A maior causa de hiperbilirrubinemia indireta é

A

Hemólise

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5
Q

Doenças que decorrem do aumento da BI:

A
  1. Hemólise (anemia hemolítica, esferocitose hereditária, anemia falciforme, def. de B12)
  2. Captação prejudicada: ICC, shunt portossitêmico, drogas (rifampicina, probenecida)
  3. Conjugação prejudicada: Gilbert, Crigler-Najjar, neonatal, hipertireoidismo, doença hepática avançada, drogas (gentamicina, cetoconazol, inibidor de protease, etinilestradiol).
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6
Q

Doenças que decorrem do aumento da BD:

A
  1. ISOLADA
    • Condições Hereditárias: síndrome de Dubin-Johnson e síndrome de Rotor.
  2. PADRÃO HEPATOCE LULAR
    • Hepatite viral (A, B, C, D, E, EBV, CMV,
    herpes-simplex), álcool, drogas (paracetamol, isoniazida, toxinas), hepatite autoimune, Doença de Wilson, Febre Amarela.
  3. PADRÃO COLESTÁTICO – INTRA-
    -HEPÁTICO
    • Hepatite viral (principalmente A), alcoólica e
    algumas drogas (esteroide, clorpromazina).
    • Cirrose biliar primária.
    • Síndrome do desaparecimento de ductos
    biliares – vanishing bile duct syndrome.
    • Hereditária (colestase recorrente benigna;
    colestase intra-hepática familiar progressiva).
    • Outros: gravidez, NPT, sepse de origem não
    biliar; colestase pós-operatória; síndrome
    paraneoplásica; doença veno-oclusiva;
    doença enxerto versus hospedeiro; infiltrativa
    (TB, linfoma, amiloidose); leptospirose.
    PADRÃO COLESTÁTICO – EXTRA-
    -HEPÁTICO
    Benigna:
    • Coledocolitíase
    • Síndrome de Mirizzi
    • Estenose biliar pós-operatória
    • Colangite esclerosante primária
    • Pancreatite crônica
    • Colangiopatia associada à AIDS
    • Ascaridíase e outros parasitas
    Maligna:
    • Colangiocarcinoma
    • Câncer de cabeça de pâncreas
    • Câncer de vesícula biliar
    • Câncer periampular
    • Acometimento de linfonodos hepáticos
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7
Q

A acolia fecal decorre da deficiência de:

A

Bilirrubina direta

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8
Q

A Colúria decorre de

A

Presença de BD na urina

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9
Q

Na síndrome colestática, os marcadores AST, ALT, FA e GGT estão

A

GGT e FA > AST e ALT

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10
Q

Na Lesão hepatocelular, os marcadores AST, ALT, FA e GGT estão

A

AST e ALT > GGT e FA

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11
Q

Se o aumento de transaminases for maior que 10 vezes o normal, a síndrome deve ser:

A

Hepatocelular

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12
Q

Se o aumento da FA exceder em 4 vezes o normal, a síndrome deve ser:

A

Colestática

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13
Q

Níveis de Transaminases superiores a 1.000 U/L, com TGP > TGO são bastante sugestivos de

A

Hepatite Viral Aguda
Outras causas
são: intoxicação por paracetamol, isquemia
hepática grave.

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14
Q

Nas hepatites em geral, os níveis de TGP costumam ser superiores aos de TGO – a inversão deste padrão clássico, em especial quando TGO > 2x TGP, sugere bastante a

A

Hepatite Alcoólica

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15
Q

Dentre as doenças hereditárias que cursam com síndrome ictérica, quais decorrem de alterações na BI e na BD?

A
BI:
   - Sd. de Gilbert
   - Dç de Crigler-Najjar
BD:
   - Sd. de Rotor
   - Sd Dubin-Johnson
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16
Q

A síndrome de hepatite viral aguda apresenta 3 fases:

A
  1. Prodrômica
  2. Ictérica
  3. Convalescência
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17
Q

Os vírus hepatotrópicos mais comuns são

A

Vírus A, B, C, D e E.

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18
Q

Dentre os vírus multissistêmicos que podem causar Hepatite aguda estão:

A
EBV
CMV
HSV
Rubéola
Febre Amarela
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19
Q

A fase da Sd. de hepatite viral aguda que cursa com síndrome gripal inespecífica, podendo ter artrite, rash/urticária e laboratório com leucopenia e linfocitose atípica, é chamada de

A

Prodrômica

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20
Q

Na fase ictéria da Sd. de hepatite viral aguda, o hepatograma demonstra:

A

AST e ALT > 10x limite superior de normalidade e > FA e GGT.

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21
Q

A fase da Sd. de hepatite viral aguda que cursa com síndrome hepatocelular é chamada de

A

Ictérica

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22
Q

A tríade de Charcot é composta de_____ e é característica de qual doença?

A

Febre, Icterícia e Dor em Hipocôndrio direito.

Colangite aguda

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23
Q

O que significa Necrose em saca bocado presente nas Hepatites virais?

A

Se refere à agressão na placa limitante (interface
entre o pseudolóbulo e o tecido fibroso circunjacente), quando células inflamatórias
literalmente vão penetrando entre os hepatócitos da periferia, resultando em necrose
de alguns deles.

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24
Q

Quais as únicas situações que exigem terapia específica dentre as Hepatites virais?

A

(1) a hepatite C aguda, para prevenir a sua evolução para hepatite crônica
(2) as formas graves de hepatite B aguda.

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25
Q

O vírus de Hepatite que mais pode gerar Síndrome colestática é o tipo

A

Hepatite A (síndrome colestática prolongada)

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26
Q

Quais os vírus de Hepatite que mais complicam para Hepatite fulminante?

A
  • Hepatite A (Incid.= 0,3%, maior nos adultos),
  • Hepatite B (Incid. < 1%, embora represente > 50% das hepatites VIRAIS fulminantes),
  • Hepatite E (sobretudo em gestantes).
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27
Q

Quais os vírus de Hepatite que mais complicam para Hepatite recorrente?

A

Hepatites A, B ou C.

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28
Q

Quais os vírus de Hepatite que mais complicam para Hepatite crônica?

A
  • Hepatite B (1-5% em adultos),

- Hepatite C (80-90%).

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29
Q

Quais dos vírus de Hepatite, é o único a ser de DNA?

A

Hepatite B

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30
Q

É o primeiro marcador de doença, também chamado de antígeno Austrália, sendo que na hepatite aguda ele cai em até 6 meses e, se permanecer elevado em mais de 6 meses, indica hepatite crônica.

A

AgHbs ou HBsAg

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31
Q

Marcador presente nas infecções agudas pela presença de IgM e crônicas pela presença de IgG. Representa contato prévio com o vírus.

A

Anti-HBc Total

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32
Q

Marcador de infecção recente, encontrado no soro até 32 semanas após a infecção

A

Anti-HBc IgM

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33
Q

Marcador de replicação viral. Sua positividade indica alta infecciosidade e está mais presente na Hepatite B crônica:

A

HBeAg ou AgHBe

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34
Q

Surge após o desaparecimento do HBeAg, indica o fim da fase replicativa.

A

Anti-HBe

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35
Q

Único anticorpo que confere imunidade ao HBV. Está presente no soro após o desaparecimento do HBsAg, sendo indicador de cura e imunidade e, isoladamente, em pessoas vacinadas.

A

Anti-HBs

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36
Q

Os tipos de transmissão da Hepatite B são:

A
  • sexual, (MAIS COMUM)
  • perinatal (vertical)
  • percutânea.
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37
Q

O diagnóstico de Hepatite A se dá pela dosagem e presença no soro de:

A

Anti-HAV IgM

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38
Q

O tratamento da Hepatite A envolve

A
  • Repouso (maior ou igual a 02 semanas)
  • Evitar álcool por 6 meses
  • Aporte calórico
  • Sintomáticos (evitar paracetamol)
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39
Q

A Prevenção da Hepatite A é feita com

A

Vacina inativada, 01 dose IM aos 15 meses ou 01 dose em qualquer tempo, desde que os pacientes tenham os devidos critérios (doenças autoimunes, hepatites prévias, transplantados, anemia falciforme, imunossupressos…)

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40
Q

A profilaxia pós-exposição para Hepatite A é feita segundo 2 critérios:

A
  1. Marcador Anti-HAV negativo

2. Até 02 semanas após exposição.

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41
Q

Como fazer a profilaxia pós-exposição na Hepatite A?

A
  1. Saudável, entre 12-40 anos: VACINA DOSE ÚNICA

2. Idade < 12 anos ou > 40 anos ou Imunossupressão: IMUNOGLOBUINA HUMANA CONVENCIONAL.

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42
Q

O período de incubação da hepatite B costuma ser de

A

1-6 meses (média de 8-12 semanas)

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43
Q

Os 3 principais antígenos e anticorpos na Hepatite B são:

A
AGHBS = ANTI-HBS
AGHBC = ANTI-HBC
ABHBE = ANTI-HBE
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44
Q

Julgue V ou F
I. A presença de HBsAg (+) e Anti-HBc total (-) indica resultado falso positivo ou fase inicial da infecção, devendo ser repetida a sorologia em trinta dias.
II. A presença de HBsAg (+) e Anti-HBc total (+) indica infecção aguda ou crônica, devendo ser solicitado anti-HBc IgM.
III. A presença de HBsAg (-) e Anti-HBc total (+) indica resultado falso positivo ou cura, devendo ser solicitado Anti-HBs

A
  1. V
  2. V
  3. V
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45
Q

RN 28 dias, ictérico desde nascimento, às custas de BI, reticulócitos 2%, Hb 12,5, VGM 37, sem hepatoesplenomegalia, EF sem alterações. Qual HD mais provável?

A

Síndrome de Gilbert

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46
Q

Para profissionais de saúde que fizeram o esquema vacinal com as 3 doses para Hepatite B, recomenda-se fazer sorologia entre 1-2 meses após última dose do esquema vacinal. No caso de sorologia Anti-HBs negativa, a recomendação é repetir

A

O esquema vacinal completo e, após 2 meses, colher sorologia.

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47
Q

Para profissionais de saúde que fizeram o esquema vacinal com as 3 doses para Hepatite B, recomenda-se fazer sorologia entre 1-2 meses após última dose do esquema vacinal. No caso de sorologia Anti-HBs realizada no tempo recomendado, deve-se:

A

Repetir primeiramente apenas 1 dose da vacina e repetir sorologia.

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48
Q

Se perfil sorológico de paciente com hepatite C: anti-hcv (elisa) positivo, anti-HCV(imunoblot) positivo, HCV RNA (PCR) negativo e ALT normal trata-se de:

A

Hepatite C resolvida

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49
Q

O tratamento medicamentoso com TDA ou Entecavir para Hepatite B só deve ser feito se 2 situações presentes:

A

Coagulopatia ou

Icterícia > 14 dias

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50
Q

A vacina para Hepatite B é do tipo:

A

Recombinante

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51
Q

A quantidade de doses para imunização contra Hepatite B na Criança é de

A

4 doses

  • 1ª dose - do nascimento até 12h de vida - monovalente
  • 2ª dose - 2º mês de vida - pentavalente
  • 3ª dose - 4º mês de vida - pentavalente
  • 4ª dose - 6º mês de vida - pentavalente
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52
Q

A quantidade de doses para imunização contra Hepatite B no Adulto é de

A

3 doses, vacina monovalente, nos tempos de 0, 1 e 6 meses.

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53
Q

Quais os grupos que devem dosar anti-HBs após vacinação?

A
  1. Profissionais de saúde
  2. Imunossuprimidos
  3. Diálise
54
Q
Os paineis sorológicos abaixo indicam:
I - HBsAg +; Anti-HBc IgM +
II - HBsAg +; Anti-HBc IgM -
III - HBsAg -; Anti-HAV IgM +
IV - Anti-HCV +
V - HBsAg -; AntiHBc IgM +
A
I: Hepatite B aguda
II :Hepatite B crônica 
III: Hepatite A aguda
IV: Hepatite C
V: Hepatite B aguda; HBsAg abaixo do limiar de identifação
55
Q

O padrão sorológico de HBsAg, anti-HBs,
HBeAg e anti-HBe correspondente ao quadro
de hepatite B crônica com baixa replicação
viral caracteriza-se por ser, respectivamente:

A

HBsAg +
Anti-HBs -
HBeAg -
Anti-HBs +

56
Q

Em relação à Heptatite B, existe um momento no curso desta infecção, geralmente no final da fase ictérica, em que o HBsAg pode começar a circular em níveis indetectáveis ou estar realmente ausente. Tal situação é conhecida como:

A

Janela Imunológica

57
Q

O encontro de IgM anti-HBc, quaisquer que sejam os resultados dos outros marcadores, fecha o diagnóstico de:

A

Hepatite B aguda

58
Q

Quando temos somente a IgG anti-HBc positivo, IgG anti-HBc + / anti-HBs +, é sinal que o paciente teve sim um episódio de hepatite no passado, mas se curou completamente e adquiriu imunidade, chamado de

A

Cicatriz Imunológica

59
Q

A negatividade para todos os antígenos e anticorpos para hepatite B, exceto para o anti-HBs, idenfica o indivíduo como

A

Vacinado

60
Q

O padrão sorológico HBsAG +, HBeAg - e Anti-HBe +, indica um indivíduo em estado

A

Portador Inativo, ou Soroconversão

Não é a cura, mas sim a parada da replicação.

61
Q

O padrão sorológico HBsAG -, Anti-HBs +, ALT, AST e HBV-DNA elevado, indica um indivíduo em estado

A

Hepatite B oculta

62
Q

Em geral, não existe necessidade de biópsia
hepática para o diagnóstico de Hepatite B. Mas se realizarmos uma biópsia em
um paciente cujo diagnóstico é duvidoso, ou
mesmo quando desejarmos excluir a existência
de alguma outra condição hepática, existe
um achado histopatológico mais específico
que são as

A

Ground-Glass Inclusions ou, em português, inclusões em “vidro fosco”

63
Q

Após um quadro de hepatite B aguda, qualquer que seja sua forma evolutiva, as chances de cronificação em ADULTOS, CRIANÇAS E RN, respectivamente, são:

A

ADULTOS: 1-5%.
CRIANÇAS: 20-30%
Recém-nascidos: 90%

64
Q

Sobre o diagnóstico da Hepatite B, para MAIORES DE 18 MESES, os testes para TRIAGEM e CONFIRMAÇÃO são:

A

TRIAGEM: HBsAg

CONFIRMAÇÃO: se HBsAG +, dosar Anti-HBc TOTAL E/OU HBV-DNA ?

65
Q

Sobre o diagnóstico da Hepatite B, para MENORES DE 18 MESES, os testes para TRIAGEM e CONFIRMAÇÃO são:

A

TRIAGEM: HBsAg

CONFIRMAÇÃO: se HBsAG +, dosar SEMPRE Anti-HBc TOTAL E HBV-DNA !

66
Q

Sobre o diagnóstico da Hepatite, se suspeita de Hepatite B oculta, qual exame solicitar?

A

HBV-DNA

67
Q

A chance de transmissão vertical depende do

A
HBeAg
Mãe HBe.Ag + >> 90% de chance para
transmitir o vírus para seus filhos
Mãe HBe.Ag - >> 10-15% de chance para
transmitir o vírus para seus filhos
68
Q

Dentre as vias de transmissão da Hepatite B, a mais comum hoje em dia é

A

Via sexual

69
Q

Quais as vias de transmissão para Hepatite B:

A

(1) Relação sexual / Contato íntimo.
(2) Transmissão perinatal (vertical).
(3) Percutânea: Compartilhar agulhas (usuários
de droga IV), lâminas de barbear, acidentes
com material contaminado, hemodiálise.
(4) Hemotransfusão (raríssima).
(5) Transplante de órgãos.

70
Q

A profilaxia para hepatite B pode ser feita em dois momentos diferentes: pré-exposição com _____ e pós-exposição com ______.

A
Pré-exposição = Vacina (HB)
Pós-Exposição = Imunoglobulina Hiperimune (IGHAHB) + Vacina (HB)
71
Q

Quais as 5 indicações para a Profilaxia Pós-exposição com uso da Imunoglobulina Hiperimune (IGHAHB) ?

A
  1. Prevenção de infecção perinatal (0,5 ml mm vasto lateral da coxa)
  2. Vítimas de acidentes com material biológico positivo/suspeito
  3. Comunicantes sexuais de casos agudos de hepatite B
  4. Vítimas de abuso sexual
  5. Imunodeprimidos após exposição de risco, mesmo que previamente vacinados
72
Q

Você é chamado para avaliar um recém-nascido com 2 horas de vida cuja mãe é portadora de hepatite B. Sorologias maternas: HBSAg = positivo, HBeAg = negativo, anti-HBe = positivo. A CONDUTA EM RELAÇÃO À CRIANÇA É:

A

Administrar imunoglobulina e vacina para Hepatite B nas primeiras 12 horas de vida.

73
Q

Na hepatite crônica pelo vírus B, a transmissão vertical ocorre, predominantemente, quando estão positivos os marcadores:

A

HBsAg e HBeAg.

74
Q

Um profissional de saúde sem resposta vacinal após

a 1a série (três doses) de vacina, com paciente fonte tendo HBsAG positivo, deve:

A

Fazer IGHAHB + 1a dose da vacina contra hepatite B da nova série de três doses.

75
Q

Um profissional de saúde sem resposta vacinal após

a 2a série (seis doses) de vacina, com paciente fonte tendo HBsAG positivo, deve:

A

Fazer IGHAHB (2x), com intervalo de mês entre as doses.

76
Q

Um profissional de saúde sem resposta vacinal após

a 2a série (seis doses) de vacina, com paciente fonte tendo HBsAG negativo, deve:

A

Não fazer nenhuma medida.

77
Q

Um profissional de saúde sem resposta vacinal após

a 2a série (seis doses) de vacina, com paciente fonte tendo HBsAG desconhecido ou não testado, deve:

A

Fazer IGHAHB (2x), com intervalo de mês entre as doses.

78
Q

Um profissional de saúde sem resposta vacinal após

a 1a série (três doses) de vacina, com paciente fonte tendo HBsAG desconhecido ou não testado, deve:

A

Iniciar nova série de vacina (três doses)

79
Q

Sobre o tratamento de escolha para a Hepatite B crônica, a droga de escolha é

A

Tenofovir, 300 mg/dia

80
Q

A duração do tratamento da Hepatite B crônica pode ser para sempre no paciente com

A

Cirrose hepática

81
Q

Uma das indicações para cessar o tto com Tenofovir na Hep. B crônica é quando se encontra o desfecho ideal, notado com:

A

Soroconversão (portador inativo) OU HBsAG/ HBV-DNA negativos por 2 anos seguidos.

82
Q

Se paciente não tolerar o Tenofovir, qual droga pode ser usada no tto da Hep. B crônica?

A

Entecavir (0,5mg/dia CHILD A, 1mg/dia CHILD B ou C)

83
Q

As 3 drogas para tto da Hep. B crônica são

A

Tenofovir
Entecavir
Alfa-PEG-IFN

84
Q

O uso da Alfa-PEG-IFN deve ser feito como opção para

A

Pacientes com HBeAg positivos, duração 48 semanas.

85
Q

A principal forma de contágio da Hepatite C é

A

Sangue

86
Q

O diagnóstico da Hepatite C se dá com

A

Dosar Anti-HCV (elisa ou TR) + PCR quantitativo

87
Q

O tratamento da Hepatite C aguda em paciente sintomático, não precisa ser imediato, iniciando apenas com positividade do HVC-RNA. Este, deve ser dosado após

A

12 semanas dos sintomas

88
Q

No tratamento da Hepatite C aguda em paciente assintomático, deve-se iniciar tto imediato com

A

IFN convencional em dose alta por 24 semanas OU

IFN convencional em dose baixa + Ribavirina por 24 semanas

89
Q

Só há hepatite delta se for positivo o marcador

A

HBsAg

90
Q

Dentre as manifestações extra-hepáticas da Hep. C crônica, estão

A
  1. Crioglobulinemia mista
  2. Porfiria cutânea tardia
  3. Liquen plano
91
Q

O dg da Hep. C crônica em menores de 18 meses deve ser feito com qual teste inicialmente:?

A

HCV-RNA ou antígenos HCV

Só depois, pedir Anti-HCV entre 12-18 meses

92
Q

O dg da Hep. C crônica em maiores de 18 meses deve ser feito com qual teste inicialmente:?

A

Triagem: Anti-HCV (elisa / pcr)
Confirmação: HCV-RNA
EXCETO SE ACIDENTE OCUPACIONAL: PEDIR DIRETAMENTE O HCV-RNA.

93
Q

Anti-HBs é um anticorpo marcador de:

A

Imunidade (Cura ou Vacinação)

94
Q

Anti-HBc é um anticorpo marcador de:

A

Contato

95
Q

HBsAg positivo indica a presença do Vírus e deve ser confirmado pela solicitação de

A

HBV-DNA

96
Q

HBeAg e Anti-HBe são marcadores de:

A

Replicação (ativa e controlada, respectivamente)

97
Q

A principal indicaçao para o tto medicamentoso na Hepatite C crônica é

A

Presença biópsia com Metavir F3 ou F4

98
Q

Duas contraindicações ao novo esquema de tratamento da Hepatite C crônica, são:

A
  • Gestação
  • Arritmias cardíacas
  • evitar gravidez até 24 semanas após término do tratamento
99
Q

O principal objetivo no tratamento da Hepatite C crônica é

A

Tornar o HCV-RNA indetectável após 12 semanas (se esquema sem IFN) ou após 24 semanas (se esquema com IFN)

100
Q

Qual tipo de Hepatite Viral que mais cronifica?

A

Hep. C

101
Q

Dentre as hepatites virais, pode-se encontrar

o antiLKM-1 no tipo:

A

Hep. C

102
Q

Dentre as hepatites virais, pode-se encontrar

o antiLKM-3 no tipo:

A

Hep. D

103
Q

Dentre as hepatites virais, qual é a principal causa de cirrose e transplante?

A

Hep C

104
Q

A Hepatite viral D está associada à presença de HBsAG no organismo. Existem dois tipos de apresentações. A COINFECÇÃO e a SUPERINFECÇÃO, que são

A

COINFECÇÃO: adquire JUNTO com o HBV

SUPERINFECÇÃO: adquire se HBV CRÔNICO.

105
Q

O único hepatovírus citopático é o da hepatite

A

D

106
Q

A Hepatite E geralmente é do tipo aguda. Os genótipos associados à forma de Hepatite E crônica são

A

Gen 3 e 4, casos autóctones (em alguns locais do globo, carne de porco mal cozida)

107
Q

A Hepatite E possui 4 tipos de genes diferentes, associados a 2 tipos de formas:

A

Epidêmica (gen 1 e 2)

Autóctone (gen 3 e 4)

108
Q

Em gestante, dentre as Hepatites virais, qual a mais associada à evolução para Hepatite fulminante?

A

Hepatite E aguda

109
Q

Paciente com HBsAG - , Anti-HBc total + , Anti-HBs + , Anti-HCV negativo, apresenta:

A

Hepatite B curada, e não há indicação de tto.

110
Q
  1. AgHBs +, Anti-HBs -, Anti-HBcIgM +, AgHBe +,
    Anti-HBe - =
  2. AgHBs +, Anti-HBs -, Anti-HBcIgG +, AgHBe +,
    Anti-HBe - =
  3. AgHBs -, Anti-HBs +, Anti-HBcIgG +, AgHBe -,
    Anti-HBe + =
  4. AgHBs -, Anti-HBs +, Anti-HBcIgG +, AgHBe -,
    Anti-HBe + =
  5. AgHBs -, Anti-HBs +, Anti-HBcIgG -, AgHBe -,
    Anti-HBe - =
A
  1. Hepatite B aguda
  2. Hepatite B crônica replicativa
  3. Cicatriz sorológica por Contato
  4. Cicatriz sorológica por Contato
  5. Imunização por vacina
111
Q

A vacina contra Hepatite B deve ser feita para todas as crianças ao nascimento, ainda nas primeiras 12 horas. No entanto, há uma particularidade: nas nascidas com < 33 semanas e/ou < 2000 g, sempre deverá ser feita

A

4 doses (0, 2, 4 e 6 meses) - PNI

112
Q

A estrutura anatômica que divide o fígado em direito e esquerdo é

A

Veia porta

113
Q

Agressão autoimune do tecido hepático,
compondo uma das três “grandes doenças
autoimunes hepáticas”, ao lado da colangite
esclerosante e da cirrose biliar primária:

A

Hepatite autoimune

114
Q

Clínica da Hepatite Autoimune

A

(1) Síndrome hepatocelular clássica + artralgias + estigmas de autoimunidade.
(2) Fulminante.
(3) Hepatite Crônica – oligossintomática ou flutuante.

115
Q

Síndrome de lesão hepatocelular + hipergamaglobulinemia policlonal (> 2,5 g/dl) com predomínio de IgG + níveis baixos de IgA. Os autoanticorpos são essenciais para confirmar a doença, embora eles pareçam estar mais associados às manifestações extra-hepáticas.

A

Hepatite autoimune

116
Q

A Hepatite autoimune TIPO I é a mais comum e apresenta dois picos de incidência:

A

Mulheres jovens e

Próximas à menopausa

117
Q

A Hepatite autoimune TIPO I possui positividade para os anticorpos:

A

FAN e antimúsculo liso (antiactina).

118
Q

A Hepatite autoimune TIPO II tem sua evolução é mais

grave que a do Tipo I, e pode ser subdividida em:

A

Tipo IIA: crianças do sexo feminino / anti-LKM em altos títulos / hipergamaglobulinemia pronunciada / boa resposta aos corticoides; e

Tipo IIB: homens mais velhos / associação à hepatite C crônica / anti-LKM em baixos títulos/ boa resposta ao interferon.

119
Q

Entre os Fatores associados à pior progressão na Hepatite Autoimune, estão:

A
  1. Aumento de aminotransferases > 10 vezes o LSN.
  2. Hipergamaglobulinemia*, Hipoalbuminemia, TAP alargado.
  3. HLA B8 e DR3 (olha que interessante: o HLA-DR4 teria um prognóstico bem melhor!).
  4. Histologia com necrose em ponte ou colapso multilobar.
  5. Bilirrubinas que não caem após 2 semanas de tratamento.
120
Q

Entre as Complicações Temidas: da Hepatite Autoimune estão 3:

A
  1. Hepatite Fulminante.
  2. Progressão para Cirrose.
  3. Carcinoma Hepatocelular (menos comum que na hepatite viral)
121
Q

O Tratamento da Hepatite Autoimune é feito com

A

Imunossupressão por 12-18 meses após remissão
da doença:

  • Corticoides,
  • Azatioprina (derivado da mercaptopurina) e
  • 6-mercaptopurina
122
Q

Devemos considerar o transplante hepático na Hepatite Autoimune em:

A

Pacientes não respondedores e

Pacientes com hepatopatia descompensada.

123
Q

Quem NÃO deve ser tratado na Hepatite Autoimune?

A

Pacientes assintomáticos, com cirrose inativa

e intolerância às drogas.

124
Q

Quem DEVE ser tratado na Hepatite Autoimune?

A
  1. Crianças (risco de progressão em longo
    prazo).
  2. Pacientes que preencham critérios para
    diagnóstico provável ou definitivo e, pelo
    menos, um dos itens a seguir:
    • Pacientes com aminotransferases ≥ 10
    vezes o LSN.
    • Pacientes com aminotransferases ≥ 5 vezes
    o LSN + níveis séricos de globulina ≥
    2 vezes o LSN.
    • Pacientes com biópsia apresentando necrose
    em ponte ou necrose multilobular.
    • Cirrose com atividade inflamatória presente.
    • Presença de sintomas constitucionais incapacitantes.
125
Q

Doença muito comum em mulheres (9/1),entre 40-60 anos, muitos assintomáticos, que cursa com prurido, fadiga, xantelasmas e xantomas, hiperpigmentação, icterícia, dor óssea, além da muita elevação da FA:

A

Cirrose Biliar Primária

126
Q

A Cirrose Biliar Primária se manifesta pela colestase do tipo

A

Intrahepática

127
Q

O tratamento da Cirrose Biliar primária é feito com a droga:

A

Ácido ursodesoxicólico 13-15 mg/kg/dia para sempre

128
Q

O diagnóstico da Cirrose Biliar Primária, é feito com

A
  1. Anticorpo antimitocondria + (>1:80)

2. Clínica compatível

129
Q

Se Anticorpo antimitocondria for negativo, qual exame pedir como ferramenta diagnóstica?

A

Biópsia Hepática

130
Q

O transplante Ortotópico de Fígado na Cirrose Biliar Primária é feito em alguns casos:

A
  1. Bilirrubinas >6
  2. Cirrose descompensada
  3. Ascite resistente, PBE, Encefalopatia, Sangramento recorrente, HCC.