Doenças das Vias Biliares - Neoplasias Flashcards
Também chamada de Cisto de colédoco congênito, mais comum em mulheres e asiáticos, na maioria das
vezes, apresenta-se na infância, tem principal fator de risco é a junção pancreatobiliar anormal, manifesta-se com dor no QSD recorrente, por vezes com icterícia flutuante e surtos de colangite bacteriana aguda:
CISTOS BILIARES (DOENÇA DE CAROLI)
- tto sempre cirúrgico
A imensa maioria deles é pequena e benigna e não traz maiores preocupações, embora seja interessante acompanhar a USG anualmente, para observar se haverá seu crescimento.
PÓLIPOS DA VESÍCULA BILIAR
Quando indicar colecistectomia na presença de PÓLIPO BILIAR ?
- Casos sintomáticos (dor biliar episódica) e nos assintomáticos com maior risco de malignidade,
que são aqueles com pelo menos um dos seguintes: (1) associado à colelitíase, (2) idade > 60 anos, (3) diâmetro > 1 cm, (4) crescimento documentado na USG seriada.
Os Pólipos Biliares podem se distribuir em 2 grandes grupos:
- Pólipos hiperplásicos (benignos): benignos): constituem a maioria dos casos.
- Pólipos neoplásicos: são mais raros, predominando na população idosa e muito associados à colelitíase
Os Pólipos hiperplásicos possuem dois subtipos:
- Pólipos de colesterol (os mais comuns)
2. Pólipo adenomiomatoso (adenomiomatose da vesícula ou “colecistite glandularis proliferans”)
Os Pólipos neoplásicos possuem dois subtipos:
(1) Pólipo adenomatoso
(2) Pólipo carcinomatoso
Tipo de Pólipos que, se presentes, preenchem toda a mucosa da vesícula, recebendo a denominação de “vesícula em morango” ou “colesterolose vesicular”;
Pólipos de colesterol
É um pólipo grande (> 1 cm) e único, localizado no fundo da vesícula. É de formato séssil, umbilicado com microcistos, sendo constituído por tecido miomatoso, com formações glandulares (seios de Ashoff-Rokitanski).
Pólipo adenomiomatoso
É um tipo de Pólipo Biliar que representa uma neoplasia benigna, difícil de distinguir do adenocarcinoma. A grande diferença é que não faz invasão transmural;
Pólipo adenomatoso
É um tipo de Pólipo Biliar que é o próprio carcinoma de vesícula biliar, em sua fase precoce.
Pólipo carcinomatoso
O subtipo histológico mais comum no CARCINOMA DE VESÍCULA BILIAR é o
Adenocarcinoma (90%),
Dentre os FATORES DE RISCO para CARCINOMA DE VESÍCULA BILIAR, o mais importante é
Colelitíase* (presente em 90% dos casos)
OUTROS:
Vesícula em porcelana, anomalia da junção pancreatobiliar, cisto de colédoco, pólipo adenomatoso, colangite esclerosante primária, obesidade, infecção por Salmonella typhi.
Doença cujo tumor geralmente se origina no fundo ou corpo da vesícula, evoluindo assintomático até o estágio avançado. Sintoma mais comum: dor biliar episódica (igual ao da colelitíase não complicada, com relato de piora recente do padrão de dor). Pode apresentar anorexia + emagrecimento, sem icterícia
CARCINOMA DE VESÍCULA BILIAR
O Exame de escolha para diagnóstico de Carcinoma de Vesícula Biliar é
USG abdominal
S = 70- 100% (massa heterogênea ocupando a vesícula ou paredes irregulares).
Para os casos de icterícia, qual o achado típico da Colangiografia na suspeita de Carcinoma de Vesícula Biliar ?
Estreitamento do ducto hepático comum
Estadiamento (TNM) para CARCINOMA DE VESÍCULA BILIAR
T1: descoberto ao acaso na peça de colecistectomia,
confinado à vesícula, que invade lâmina própria (T1a) ou invade camada muscular (T1b);
• T2 - invade tecido conjuntivo perimuscular, sem ultrapassar a serosa;
• T3 (localmente avançado) - ultrapassa a serosa
e/ou invade o fígado e/ou UM outro órgão
abdominal ou ductos biliares extra-hepáticos;
• T4 - invade veia porta ou artéria hepática ou
MÚLTIPLOS órgãos extra-hepáticos;
• N1 - linfonodos regionais (ducto cístico, colédoco,
artéria hepática e/ou veia porta);
• N2 - linfonodos periaórticos, pericavais, a.
mesentérica superior e/ou tronco celíaco.
Estágios: 0 (câncer in situ); I (T1 N0 M0); II
(T2 N0 M0); IIIA (T3 N0 M0); IIIB (T1-T3 N1
M0); IVA (T4 - M0); IVB (- - M1 ou - N2 - ).
Tratamento para CARCINOMA DE VESÍCULA BILIAR
(1) Para os tumores ressecáveis (minoria):
T1a e T1b com margens livres: colecistectomia
simples;
T1b com invasão perineural, linfática ou
vascular e T2: colecistectomia estendida (ou
cirurgia de Fain, com hepatectomia dos segmentos
IVB e V + linfadenectomia regional)*.
T3 e T4: colecistectomia radical (associar
hepatectomia direita estendida – segmentos
IV, V, VI, VII e VIII).
*O benefício do tratamento adjuvante com quimio e radio é questionável e os tratados de Cirurgia (referências para os concursos médicos no tema) não recomendam.
(2) Para os tumores irressecáveis (M1): terapia paliativa – endoprótese biliar (stent), analgesia, bloqueio do plexo celíaco. Quimio e radio são questionáveis, pois não alteraram a sobrevida nos trabalhos.
Sobre o Prognóstico do CARCINOMA DE VESÍCULA BILIAR:
Muito ruim, pois a maioria é irressecável ao diagnóstico
Sobrevida em cinco anos dos tumores ressecáveis:
T1 – 85-100%;
T2– 70%;
T3/T4 – 20-50%.
M1 – sobrevida de um a três meses.
Mulher de 68 anos queixa-se de dor abdominal
em hipocôndrio direito, de moderada intensidade,
de caráter constante, há 1 mês. Relata
ainda surgimento de icterícia há 2 semanas e
febre ocasional. Nega calafrios e refere anorexia
desde o início do quadro. Perdeu cerca de 6 kg nesse período. Ao exame: icterícia ++/4+;
abdome flácido com dor em hipocôndrio direito
e massa palpável; sinal de Murphy +. Ultrassonografia:
massa heterogênea na projeção da
vesícula biliar com sombra acústica presente,
ausência de bile; vias biliares intra-hepáticas
moderadamente dilatadas. Qual o diagnóstico
mais provável?
Câncer de vesícula biliar.
O tipo mais comum de COLANGIOCARCINOMA é
Adenocarcinomas
O COLANGIOCARCINOMA do tipo adenocarcinoma, ainda é subdividido em três tipos:
- esclerosante,
- nodular e
- papilar
O tipo mais comum de tumor do grupo do COLANGIOCARCINOMA, é
Tumor de Klatskin
O Tumor de Klatskin tem localização:
Peri-hilar, na confluência dos ductos hepáticos.