Semiologia Neurológica Flashcards

1
Q

Anamnese

História da Doença Atual

A
  1. Data do início da doença
  2. Modo de instalação da doença
  3. Evolução cronológica dos sintomas
  4. Exames e tratamentos realizados com os respectivos resultados
  5. Estado atual do enfermo
  6. Antecedentes
  • Condições pré-natais
  • Condições do nascimento
  • Condições do desenvolvimento psicomotor
  • Vacinações
  • Doenças anteriores
  • Hábitos de vida
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2
Q

Data do início da doença

A

Estabelecer a duração da doença, se muito recente (horas ou dias), recente (semanas ou poucos meses) ou de longa duração (muitos meses ou anos).

Exemplo: Uma hemorragia cerebral instala-se rapidamente; a meningite subaguda e uma doença degenerativa, como a esclerose lateral amiotrófica, têm histórico de muitos dias ou até alguns meses ou anos.

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3
Q

Modo de instalação da doença

A
  • Quando o sistema nervoso é comprometido agudamente, costuma-se afirmar que, se não foi por traumatismo, terá sido por distúrbio vascular.
  • Ao contrário, uma enfermidade de instalação lenta levanta a suspeita de processo degenerativo ou neoplásico.
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4
Q

Evolução cronológica dos sintomas

A

Saber quando e como os sintomas foram surgindo ou desaparecendo.

Exemplos:

  • Tumor cerebral: os sintomas surgem gradativamente, de modo rápido ou não, dependendo do local e da natureza do tumor
  • Doença heredodegenerativa do sistema nervoso: a evolução é progressiva, mas se processa muito lentamente
  • Acidentes vasculares cerebrais e poliomielite: as manifestações são súbitas e, após um período de tempo variável, desde que não haja piora gradativa do quadro clínico, ocorre recuperação completa ou incompleta
  • Esclerose múltipla (doença desmielinizante): nesse caso, a evolução é muito sugestiva do diagnóstico. Ou seja, após um surto agudo, verifica-se regressão parcial (ou total) dos sintomas; depois de um período variável, eclode novo surto com piora do quadro clínico e recuperação menos intensa, e, assim, sucessivamente
  • Epilepsia e enxaqueca: as manifestações aparecem de modo paroxístico e, entre as crises, o paciente nada apresenta de anormal.
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5
Q

Exames e tratamentos realizados com os respectivos resultados

A

Sempre é útil saber acerca disso, sobretudo quando se trata de epilepsia, cefaleia e acidentes vasculares cerebrais.

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6
Q

Estado atual do enfermo

A

Apura-se a situação em que se encontra o paciente no momento do exame, a fim de fechar o ciclo evolutivo
que a enfermidade vem apresentando.

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7
Q

Antecedentes Familiares

A

Nos antecedentes familiares, especial ênfase
deve ser dada às doenças musculares e heredodegenerativas do sistema nervoso, ocorridas em pessoas da família. Indaga-se sobre consanguinidade dos pais, doenças contagiosas e incompatibilidade sanguínea materno-fetal.

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8
Q

Antecedentes pessoais

A

Alguns fatos devem ser esmiuçados com maior ou menor destaque, dependendo do que se apurou na história da doença atual, sendo possível esquematizar essas indagações da seguinte maneira:

  • Condições pré-natais
  • Condições de nascimento
  • Condições do desenvolvimento psicomotor
  • Vacinações
  • Doenças anteriores
  • Hábitos de vida
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9
Q

Condições pré-natais

A

Anota-se a ocorrência de traumatismo, toxemia
gravídica, infecções, uso de medicamentos teratogênicos, tentativas de abortamento, movimentos fetais.

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10
Q

Condições do nascimento

A

É preciso esclarecer se o parto foi normal e a termo; se cesáreo, qual o motivo; se houve demora no
trabalho do parto; se o fórceps foi usado; se existiu circular de cordão; se houve necessidade de manobra de reanimação ou de incubadora; o peso e a estatura do recém-nascido; se ocorreu icterícia, cianose ou palidez; se chorou ou não logo ao nascer.

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11
Q

Condições do desenvolvimento psicomotor

A

Apura-se como ocorreu o aleitamento; se o bebê sugou os seios e a mamadeira de modo eficiente; em que época firmou a cabeça (normal até os 4 meses), sentou (normal até os 7 meses), andou e falou (normal até os 16 meses).

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12
Q

Vacinações

A

Cumpre indagar sobre a vacinação antipoliomielite, antissarampo e outras.

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13
Q

Hábitos de vida

A

Registram-se dados sobre a alimentação, moradia, uso de bebidas alcoólicas e drogas ilícitas. Hábitos sexuais podem ser importantes, dependendo da suspeita clínica, principalmente da AIDS.

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14
Q

Principais sinais e sintomas das afecções do SN

A
  • Distúrbios da consciência
  • Cefaleia
  • Dor na face
  • Tonturas e vertigens
  • Convulsões
  • Ausências
  • Automatismos
  • Amnésia
  • Movimentos involuntários
  • Distúrbios visuais
  • Distúrbios auditivos
  • Náuseas e vômitos
  • Disfagia
  • Distúrbios da marcha
  • Paresias
  • Paralisias
  • Distúrbios da sensibilidade
  • Dores radiculares
  • Distúrbios esfincterianos
  • Distúrbios do sono
  • Distúrbios das funções cerebrais superiores.
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15
Q

Distúrbios da consciência

A
  • A consciência pode ser perdida de modo agudo e breve, como nas síncopes, convulsões, na concussão cerebral por traumatismo de crânio leve.
  • Quando a consciência é comprometida de modo pouco intenso, mas seu estado de alerta é discreto a moderadamente comprometido, chama-se obnubilação.
  • Na sonolência, o paciente é facilmente despertado, responde mais ou menos apropriadamente e volta logo a dormir.
  • A confusão mental ou delirium configura-se por perda de atenção, o pensamento não é claro, as respostas são lentas e não há percepção normal temporoespacial, podendo surgir alucinações, ilusões e agitação.
  • Se a alteração de consciência é mais pronunciada, mas o paciente ainda é despertado por estímulos mais fortes, tem movimentos espontâneos e não abre os olhos, caracteriza-se o estupor ou torpor. Se não há despertar com essa estimulação, e o paciente está sem movimentos espontâneos, ocorre o estado de coma.
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16
Q

V ou F?

Atualmente, tem-se evitado usar as expressões citadas anteriormente pelo fato de, eventualmente, vários observadores terem noções diferentes sobre cada uma delas.

A

Verdadeiro.

Hoje tem sido utilizada a escala de coma de Glasgow, que ajuda a determinar os níveis de consciência, importante valor preditivo de sobrevivência nos casos de traumatismos cranioencefálicos.

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17
Q

Escala de Coma de Glasgow

Parâmetros

A
  • Abertura ocular
  • Reação motora
  • Resposta verbal
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18
Q

Escala de Coma de Glasgow

Como são obtidos os parâmetros?

A

São obtidos por vários estímulos, desde a atividade espontânea e estímulos verbais até estímulos dolorosos (de preferência, provocados por lápis ou caneta que comprimem o leito ungueal; o estímulo doloroso supraorbital pode provocar fechamento dos olhos).

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19
Q

Cefaleia

Tipos

A
  • Cefaleia vascular
  • Cefaleia da hipertensão intracraniana
  • Cefaleia tensional
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20
Q

Cefaleia vascular

A
  • Cefaleia primária
  • Caráter pulsátil, latejante, pois acompanham os batimentos cardíacos
  • Melhor exemplo é a enxaqueca
  • Cefaleia em salvas, é um tipo de cefaleia vascular
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21
Q

Cefaleia vascular

Enxaqueca

A
  • Geralmente hemicraniana (frontotemporal), de intensidade crescente, às vezes precedida por alterações visuais transitórias ( escotomas cintilantes, hemianopsias, escurecimento visual) ou por parestesias fugazes (dormência em uma das mãos, por exemplo).
  • Quase sempre outros sintomas acompanham a enxaqueca, como náuseas e vômitos, fotofobia, irritabilidade, hiperacusia, que levam o paciente a se recolher em quarto escuro e silencioso.
  • Cada crise dolorosa dura até 72 h, no máximo.
  • A enxaqueca típica se manifesta por meio de crises intercaladas por períodos de acalmia de duração variável
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22
Q

Cefaleia vascular

Cefaleia em Salvas

A
  • Episódios de dor muito intensa, de caráter pulsátil ou não pulsátil, na região frontotempororbitária, sistematicamente unilateral, ocorrem de tempos em tempos, com períodos de dor de 8 a 12 semanas. Esses períodos, separados pelos de acalmia, são denominados salvas.
  • Cada episódio de dor geralmente dura de 15 a 180 min e, frequentemente, ocorre durante a madrugada. Durante a crise álgica, o paciente refere rinorreia, congestão nasal, lacrimejamento, hiperemia conjuntiva!, sudorese frontal e intensa agitação.
  • Raramente essas crises permanecem por meses ou anos sem acalmia, sendo, então, chamadas de cefaleia em salvas crônica.
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23
Q

Cefaleia da hipertensão craniana

A
  • Quando aumenta a pressão no interior da caixa craniana, o sintoma principal é uma cefaleia pulsátil, que toma a cabeça toda. Geralmente, perdura dias ou meses, tornando-se cada vez mais intensa e, com o passar do tempo, resistente aos analgésicos.
  • Quase sempre se exacerba pela manhã, quando passa a ser acompanhada de vômitos .
  • Os sintomas associados mais comuns são náuseas e vômitos (estes podem ser abruptos, sem náuseas, projetados a distância e chamados de vômito em jato ou vômito cerebral), diplopia, diminuição da acuidade visual, convulsões, alterações psíquicas que variam desde a apatia e indiferença até a excitação e agressividade
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24
Q

Cefaleia Tensional

A
  • A dor é descrita como constritiva, em aperto, às vezes como um peso na cabeça.
  • Em geral, há um fundo doloroso constante, de intensidade leve a moderada, com pioras ocasionais.
  • Localiza-se preferencialmente nos músculos da nuca, podendo, entretanto, difundir-se.
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25
Q

Dor na face

A
  • Podem ser afecções odontológicas, sinusais, oftalmológicas, defeitos da articulação temporomandibular, defeitos do septo nasal.
  • É importante chamar a atenção para uma dor facial muito característica, embora pouco frequente: a neuralgia essencial do trigêmeo.
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26
Q

Dor na face

Neuralgia essencial do trigêmeo

A
  • Trata-se de uma dor extremamente intensa, evidenciada por meio de agulhada (como se fosse choque ou faísca) no território de um dos três ramos periféricos do V nervo craniano.
  • Além disso, é estritamente unilateral, podendo ser desencadeada por estimulação em uma determinada área (zona-gatilho), sendo a comissura labial o ponto mais comum.
  • Este fato obriga o paciente a não sorrir, conversar ou mastigar, sempre com o intuito de não mover os lábios.
  • A neuralgia do trigêmeo é quase exclusiva de pessoas idosas.
27
Q

Tontura x Vertigem

A

Embora distintas, uma e outra podem estar associadas ou não, mas, provavelmente, o mecanismo da tontura se assemelha ao da vertigem. Nesta, há o caráter rotatório subjetivo, enquanto, na tontura, prevalecem a sensação de instabilidade do equili’brio e a insegurança durante a marcha.

28
Q

Tonturas

Tipos

A
  • Tontura com nítida sensação de rotação
  • Tontura com sensação de iminente desmaio
  • Tontura manifestada com a sensação de desequilíbrio
  • Tontura com sensação desagradável na cabeça
29
Q

Tonturas

Tontura com nítida sensação de rotação

A
  • É representada pela vertigem, na qual o paciente tem a sensação de girar em torno do ambiente, ou vice-versa.
  • Com frequência, a vertigem se instala agudamente e é acompanhada de náuseas, vômitos, desequilíbrio, palidez e sudorese.
  • Se estiver na posição vertical, parada ou andando, o paciente pode cair.
  • A sensação vertiginosa independe da posição em que se encontre o paciente, persistindo, inclusive, quando este está com os olhos fechados, e é suficientemente incômoda a ponto de obrigá-lo a repousar no leito.
  • A vertigem decorre predominantemente de lesão ou disfunção das vias vestibulares, em especial de sua porção periférica (canais semicirculares e ramo vestibular do VIII nervo craniano), constituindo a síndrome vestibular periférica.
  • Suas causas principais são infecções, intoxicações, neoplasias e edema do labirinto.
30
Q

Tonturas

Tontura com sensação de iminente desmaio

A
  • Durante esse quadro, o paciente se torna pálido, apresenta escurecimento visual e transpiração profusa.
  • Tais sintomas regridem quando o paciente assume a posição deitada.
  • Na presença de doença cardiovascular subjacente, as manifestações surgem de súbito e têm curta duração.
  • Ao contrário, e mais frequentemente, se os sintomas tiverem instalação gradual e forem persistentes, deve-se pensar em queda do fluxo sanguíneo cerebral por mecanismo reflexo de vasodilatação periférica (síncope reflexa ou vasovagal).
  • Outras vezes, esse tipo de tontura é oriundo da redução difusa do fluxo sanguíneo ou de nutrientes cerebrais, à semelhança do que se passa na chamada hipotensão postura!.
31
Q

Tonturas

Tontura manifestada com a sensação de desequilíbrio

A

Condição própria de descontrole do sistema motor e só aparece quando o paciente se põe a andar e regride quando sentado.

32
Q

Tonturas

Tontura com sensação desagradável na cabeça

A
  • É um tipo de difícil caracterização por ser mal definida e vagamente descrita pelos pacientes (“cabeça oca, leve ou grande”).
  • Nessas circunstâncias, vale lembrar a possibilidade da presença de hiperventilação, depressão ou ansiedade.
33
Q

Movimentos Involuntários

Tipos

A
  • Convulsões
  • Tetania
  • Fasciculações
34
Q

Movimentos Involuntários

Convulsões

A
  • São movimentos musculares súbitos e incoordenados, involuntários e paroxísticos, que ocorrem de maneira generalizada ou apenas em segmentos do corpo.
  • As crises epilépticas são convulsões que podem ser generalizadas e parciais ou focais,
35
Q

Epilepsia

Tipos

A
  • Tônicas: se caracterizam por serem sustentadas
    e imobilizarem as articulações.
  • Clônicas: são rítmicas, alternando-se contrações e relaxamentos musculares em ritmo mais ou menos rápido.
  • Tônico-clônico
36
Q

Convulsões

Crises convulsivas generalizadas

A
  • As convulsões são descritas com as expressões acesso e congestão.
  • O quadro mais típico se constitui de perda abrupta da consciência com queda ao solo, seguido de uma fase de enrijecimentovglobal (fase tônica), substituída, por sua vez, por contraçõesvmusculares sucessivas, generalizadas e intensas (fasevclônica).
  • Ao final de 2 a 5 min, a crise cessa, e o paciente entravem relaxamento total e sono profundo, do qual dificilmente é despertado.
  • Acorda após algum tempo, confuso e atordoado, sem noção do que aconteceu.
  • Antigamente eram chamadas de Grande Mal.
  • Durante o episódio convulsivo, observam-se, em geral, cianose, sialorreia, incontinência de esfíncteres, mordedura da língua e ferimentos
    diversos
37
Q

Convulsões

Crises não convulsivas

A
  • Nas manifestações não convulsivas, há classicamente as assim chamadas ausências.
  • São breves períodos de perda de consciência (de 5 a 30 segundos), que podem passar despercebidos pelo próprio paciente e pelos familiares.
  • Ocorrem quase exclusivamente em crianças, sendo descritos como se o paciente estivesse parado como uma estátua.
  • Durante esse curto período, ela nem chega a cair; apenas interrompe brevemente suas atividades.
  • Pode também apresentar um leve tremor de pálpebras.
  • A recuperação da consciência é rápida, e prossegue a atividade prévia como se nada tivesse ocorrido.
  • Corresponde ao quadro clínico da epilepsia tipo pequeno mal.
38
Q

Crises epilépticas

Parciais ou focais

A
  • Nas crises epilépticas parciais ou focais, as manifestações clínicas, que dependem do ponto afetado, ocorrem devido a descargas bioelétricas em locais restritos do encéfalo.
  • Verificam-se duas possibilidades: as parciais simples e as parciais complexas.
39
Q

Crises epilépticas

Parciais simples

A
  • No caso das parciais simples, não existe alteração de nível de consciência e de contato com o ambiente.
  • O exemplo clássico são crises bravais-jack.sonianas, em que descargas na área do giro pré-central determinam abalos nos membros e face contralaterais.
40
Q

Crises epilépticas

Parciais complexas

A
  • Nas parciais complexas, as descargas ocorrem em áreas nas quais existe alteração do estado de consciência.
  • Nesse quadro, ocorrem, com frequência, os chamados automatismos, que se caracterizam por fenômenos complexos em que há perda de consciência, durante a qual o paciente executa atos de modo ordenado ou desordenado.
41
Q

Movimentos Involuntários

Tetania

A
  • É uma forma particular de movimento involuntário e caracteriza-se por crises exclusivamente tônicas, quase sempre localizadas nas mãos e nos pés, por isso denominadas espasmos carpopodais.
  • A tetania pode ocorrer independentemente de qualquer manobra, contudo, às vezes, é necessário usar um artifício para desencadeá-la, o que é feito com uma compressão do braço com o manguito do esfigmomanômetro.
  • A compressão adequada corresponde a um nível pressórico intermediário entre a máxima e a mínima, isto é, se a pressão arterial do paciente for de 140/90 mmHg, insufla-se o manguito até 110 mmHg de 3 a 10 min, ao fim dos quais poderá aparecer um movimento involuntário naquela extremidade, o qual nada mais é do que um espasmo carpal.
  • É chamado “mão de parteiro” e o fenômeno em sua totalidade recebe a designação de sinal de Trousseau.
42
Q

Movimentos Involuntários

Fasciculações

A
  • São contrações breves, arrítmicas e limitadas a um feixe muscular. Não devem ser confundidas com as mioquimias.
  • As fasciculações acontecem em virtude da perda da inervação muscular, ocorrendo nas neuropatias periféricas e, principalmente, em doenças do corno anterior da medula.
43
Q

Amnésia

A
  • Significa perda da memória, podendo ser não somente permanente, como nos idosos, mas também transitória, em crises, confundindo-se, às vezes, com alguns tipos de perda da consciência.
  • Bastante característica é a amnésia pós-traumática, quando o paciente permanece por tempo indeterminado sem se lembrar de alguns fatos (amnésia parcial), ou mesmo de toda a sua vida pregressa (amnésia total).
  • Ressalte-se que não há perda de consciência de forma global, mas, sim, perda seletiva de uma das funções superiores - a memória
44
Q

Distúrbios visuais

A
  • Ambliopia
  • Amaurose
  • Hemianopsia
  • Dipoplia
45
Q

Distúrbios Visuais

Ambliopia

A

Redução da acuidade visual.

46
Q

Distúrbios visuais

Amaurose

A

Perda total da visão

47
Q

Distúrbios visuais

Relação entre ambliopia e amaurose

A
  • Tanto a ambliopia como a amaurose podem ter caráter uni ou bilateral, definitivo ou transitório, súbito ou gradual, e estão habitualmente na dependência de lesões da retina (oclusão da artéria central, obstrução da carótida, coriorretinite macular), da papila ou do nervo óptico (papilite, neurite retrobulbar, neoplasia, hipertensão intracraniana).
  • Podem também ocorrer por descolamento da retina, hemorragia e glaucoma.
  • Vale lembrar que essas alterações podem estar presentes em pacientes neuróticos (transtorno de conversão ou histérico) e nos simuladores.
48
Q

Distúrbios visuais

Hemianopsia

A
  • Hemianopsia corresponde a um defeito campimétrico,no qual o paciente perde a visão da metade do campo visual, podendo ser homônima ou heterônima.
  • Nesta, o defeito é por lesão do quiasma óptico (neoplasia da região selar, aracnoidite), e naquela, a lesão situa-se na via óptica retroquiasmática (distúrbios vasculares, infecções, neoplasias, doenças desmielinizantes).
49
Q

Distúrbios visuais

Diplopia

A
  • A diplopia, ou visão dupla, é um sintoma bastante incômodo, no qual a pessoa vê em dobro as imagens, levando-a a fechar um dos olhos na tentativa de corrigir o defeito.
  • Ocorre nos casos de estrabismo convergente e divergente, uni ou bilateral, refletindo paresia ou paralisia de um ou mais músculos ligados aos movimentos dos olhos (UI, IV e VI).
50
Q

Distúrbios auditivos

A
  • Hipoacusia
  • Acusia
  • Zumbidos
51
Q

Distúrbios auditivos

Hipoacusia

A
  • É uma perturbação auditivo-deficitária parcial, podendo situar-se em um ou em ambos os lados.
  • Na hipoacusia discreta, o paciente, muitas vezes, não se dá conta da deficiência; Há pacientes que têm dificuldade auditiva apenas para a voz cochichada
52
Q

Distúrbios auditivos

Acusia

A

É uma perturbação auditivo-deficitária total, podendo situar-se em um ou em ambos os lados.

53
Q

Distúrbios auditivos

Causas de hipoacusia e/ou acusia

A

As causas mais frequentes de hipoacusia e/ou acusia
estão relacionadas com as várias partes do aparelho auditivo:

Cerume, corpo estranho e atresia da orelha externa; otite, otosclerose e colesteatoma na orelha média; defeitos neurossensoriais (congênitos, presbiacusia, neoplasia do ângulo pontocerebelar, síndrome de Méniere, traumatismo, labirintite, medicamentos) referentes à orelha interna.

54
Q

Distúrbios auditivos

Denominações

A

Conforme a sede da lesão, as deficiências auditivas são
denominadas de condução, quando localizadas no ouvido externo e médio, e neurossensoriais, quando há comprometimento da cóclea e das demais partes do nervo auditivo.

55
Q

Distúrbios auditivos

Zumbido

A

O zumbido ou tinido, uni ou bilateral, constante ou não,
deve ser encarado como um processo de estimulação anormal do ramo coclear do VIII nervo craniano, decorrente de múltiplas causas, mas, na maioria das vezes, não há causa determinada.

56
Q

Náuseas e Vômitos

A
  • As náuseas, ou enjoo, correspondem a uma
    sensação de mal-estar, tanto na região epigástrica como na faríngea.
  • São acompanhadas de palidez cutânea, bradicardia, sudorese, repulsa à ingestão de alimento e quase sempre precedem os vômitos.
  • Podem ser encontradas em doenças neurológicas, agudas ou crônicas, que aumentam a pressão intracraniana (meningite, neoplasia, hemorragia, traumatismo cranioencefálico).
  • Nas encefalopatias, o vômito não é precedido de náuseas. É o chamado vômito central ou cerebral ou também, impropriamente, vômito em jato.
57
Q

Disfagia

A

Trata-se da alteração do transporte do alimento da
boca ao estômago, a qual pode ou não culminar na entrada de alimento na via respiratória.

58
Q

Disfagia

Penetração laríngea

A

Quando tem saída espontânea ou forçada, é representada pelo termo penetração laríngea.

59
Q

Disfagia

Aspiração

A

Se não houver saída do alimento, mas direcionamento para os pulmões, ultrapassando o nível das pregas vocais, denomina-se aspiração.

60
Q

Disfagia

Causas

A
  • Neurológicas
  • Mecânicas
  • Mais raramente, psicológicas

Obs.: de forma geral, quando a disfagia tem causa neurológica, é mais intensa para sólidos e
líquidos, notadamente para a ingestão destes sob a forma de goles contínuos. Ao ingerir líquidos, há tendência de refluxo pelo nariz e/ou penetração na árvore traqueobrônquica.

Obs2.: as principais alterações localizam-se nos nervos cranianos bulbares, isolados ou não, surgindo, então, paralisia da língua (XII) e do palato faríngeo (IX e X). A dificuldade se exacerba quando as alterações são bilaterais.

61
Q

Dores Radiculares

A
  • As raízes nervosas são muito sensíveis e desencadeiam dores quando submetidas a quaisquer fatores nocivos, especialmente a compressão e a inflamação.
  • As dores radiculares mais frequentes são as cervicobraquialgias, as nevralgias intercostais e as lombocitalgias
62
Q

Bexiga

Inervação

A

Formada por fibras musculares lisas, a bexiga
é inervada pelo simpático (trígono), parassimpático (músculo detrusor) e pelos plexos intramurais, os quais têm atividade bem menor nos casos em que a bexiga se desliga do sistema nervoso.

63
Q

Bexiga

Como ocorre a micção?

A
  • A micção ocorre quando a parede da víscera se distende e estimula as raízes parassimpáticas aferentes, as quais, por sua vez, acionam o centro reflexógeno S2-S3-S4, que envia impulsos para a contração do detrusor, por meio das fibras eferentes.
  • Trata-se, portanto, de um reflexo automático, de nível medular.