Classificação de crises epilépticas ILAE 2017 Flashcards

1
Q

V ou F?

A manifestação mais precoce é a que define o tipo de crise, que pode na sequência progredir para outros tipos de crises.

A

Verdadeiro!

  • As crises focais podem evoluir para crises tônico-clônicas bilaterais.
  • Crises generalizadas recrutam redes neuronais bilaterais desde o início.
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2
Q

Introdução

Crises de início focal

A
  • Crises focais são opcionalmente subdivididas em
  1. Crises focais perceptivas
  2. Crises com comprometimento da percepção.
  • Classificadores específicos motores e não motores podem ser adicionados.
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3
Q

Introdução

Crises de início generalizado

A
  • Motoras:
  1. Tônico-clônicas
  2. Clônicas
  3. Tônicas
  4. Mioclônicas
  5. Mioclono-tônico-clônicas
  6. Mioclono-atônicas
  7. Atônicas
  8. Espasmos epilépticos
  • Não motoras (ausências):
  1. Ausências típicas
  2. Ausências atípicas
  3. Ausências mioclônicas
  4. Ausência com mioclonias palpebrais
  • Descritores adicionais e texto livre são encorajadas para caracterizar as crises.
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4
Q

V ou F?

Os sinais e sintomas chaves não podem ser associados a tipos de crises utilizando relações do tipo um-a-um, já que alguns sintomas aparecem em mais de um tipo de crise.

A

Verdadeiro!

  • Atividade tônico-clônica pode estar presente no início das crises generalizadas ou surgir no curso de uma crise focal.
  • Parada comportamental, por exemplo, ocorre tanto em crises focais com comprometimento da percepção quanto em crises de ausência.
  1. Crises de ausência típicas apresentam uma
    recuperação das funções mais rápida que as crises focais com comprometimento da
    percepção ou disperceptivas.
  • Em alguns casos, informações adicionais de EEG,
    imagem e estudos laboratoriais são necessárias para que possamos classificar as crises de forma apropriada.
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5
Q

Categorização das crises por tipo de início

Crises de início focal

A
  1. Iniciadas em redes neurais limitadas a um hemisfério.
  2. Podem ser bem localizadas ou mais difusamente distribuídas.
  3. Podem originar-se em estruturas subcorticais
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6
Q

Categorização das crises por tipo de início

Crises de início generalizado

A
  1. Crises iniciadas em algum local de uma rede neuronal com rápido envolvimento de redes distribuídas bilateralmente
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7
Q

Categorização das crises por tipo de início

Crises de início desconhecido

A
  • Pode apresentar algumas evidências que a define como crise com características motoras (ex. tônico-clônica) ou não motora (ex. parada comportamental).
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8
Q

Classificação adicional

A
  • É opcional
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9
Q

Classificação adicional

Percepção durante a crise focal

A
  • Refere-se a consciência durante a crise, e não ao fato do paciente ter ou não percebido a ocorrência da crise
  • Usado para determinar se o nível de consciência está ou não afetado.
  • Durante uma crise focal perceptiva, a consciência estará intacta.
  • Se a percepção do evento está comprometida em qualquer parte da crise, então crise deve ser classificada como crise focal com comprometimento da percepção ou disperceptiva.
  • De uma forma prática, uma crise focal com comprometimento da percepção implica na habilidade da pessoa que teve a crise de verificar que a consciência permaneceu intacta.
  • Ocasionalmente crises podem produzir uma amnesia epiléptica transitória com percepção preservada
  1. Classificação destas crises seria necessária uma documentação excepcionalmente clara feita por observadores.
  2. Alguns utilizariam a abreviação “focal disperceptiva”.
  3. É importante notar que a percepção pode estar comprometida sem que o paciente esteja totalmente inconsciente.
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10
Q

Classificação adicional

Responsividade

A
  • Pode estar tanto intacta ou afetada em crises com ou sem comprometimento da percepção
  • Não é utilizada na classificação da ILE 2017 para designar um tipo específico de crise.
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11
Q

V ou F?

A classificação básica das crises também permite a classificação em crises com sintomas de início motor e início não motor (por exemplo, sensorial).

A

Verdadeiro!

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12
Q

Tipo focal evoluindo para tônico-clônica bilateral

A
  • Categoria especial por conta da sua ocorrência comum e importância, apesar de refletir mais um padrão ictal de propagação que um tipo específico de crise.
  • Substitui o termo antigo “crise tônicoclônica secundariamente generalizada”.
  • Na nova classificação, “bilateral” é utilizada para crises com padrão de propagação e “generalizada” para crises de início generalizado.
  • Crises de início generalizado são divididas em crises motoras e não motoras (ausência).
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13
Q

V ou F?

O grau de percepção é utilizado como classificador para crises generalizadas

A

Falso!

  • Não é utilizado como classificador para crises generalizadas, já que a maioria das crises generalizadas (embora não todas) estão associadas a alteração da mesma.
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14
Q

V ou F?

Para ser definida na seção generalizada da classificação, a atividade motora deve ser bilateral desde o início, mas na classificação básica o tipo de atividade motora não precisa ser especificado.

A

Verdadeiro!

  • Nos casos em que o início da atividade motora bilateral é assimétrica, pode ser difícil determinar se a crise tem início focal ou generalizado baseado apenas na semiologia.
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15
Q

Crises de ausência

A
  • Prefixo “início generalizado” pode ser assumido
  • Súbita parada da atividade e da percepção
  • Tendem a ocorrer em indivíduos jovens
  • Seu início e final são mais abruptos
  • Geralmente são acompanhadas de automatismos menos complexos do que aqueles observados nas crises focais com comprometimento da percepção
  1. Informação eletroencefalográfica pode ser necessária para uma classificação acurada.
  2. Atividade epileptiforme focal está associada a crises focais e espícula-onda lenta bilateral e síncrona pode ser vista nas crises de ausência.
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16
Q

V ou F?

Crises de início desconhecido podem ser categorizadas em motoras, incluindo tônico-clônicas, não-motoras e não classificadas. O termo não classificadas engloba tanto crises com padrão que não se encaixa nas outras categorias como crises com informações insuficientes para categorização.

A

Verdadeiro!

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17
Q

Visão geral dos tipos de crises

A
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18
Q

Classificação expandida

Crise focal perceptiva e disperceptiva

A
  • Podem opcionalmente ser classificadas adicionando-se um dos termos relacionados dentro dos subitens do quadro
  1. ‘de início motor’ (automatismo, atônicas, clônicas, espasmos epilépticos, hipercinéticas, mioclônicas ou tônicas)
  2. ‘não motor’ (autonômicas, parada comportamental, cognitivas, emocionais, sensoriais)
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19
Q

V ou F?

Na nomenclatura da crise focal a menção sobre o grau de percepção pode ser omitida caso seja inaplicável ou desconhecido e a classificação pode ser feita utilizando diretamente os sinais motores e não motores mais precoces.

A

Verdadeiro!

  • Para as crises de início focal, o clínico deve avaliar o grau de percepção assim como descrito na classificação básica (caso seja conhecido)
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20
Q

Como deve ser a conduta para a percepção durante as crises?

A
  • Pergunte ao paciente se a percepção para eventos ocorridos durante a crise estava preservada ou comprometida, mesmo quando a pessoa não fosse capaz de responder ou compreender a linguagem durante a crise.
  • Se alguém entrar no quarto durante uma crise, a presença desta pessoa seria lembrada posteriormente?
  • Perguntas para as testemunhas podem esclarecer a natureza do comportamento durante a crise.
  • Diferenciar o período ictal do pós-ictal, já que a percepção retorna após a crise.
  • Se o grau de percepção é duvidoso, a crise é classificada como focal mas a percepção não é especificada.
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21
Q

Comportamentos no início da crise motora

A
  1. Atônica (perda de tônus focal)
  2. Tônica (contratura focal sustentada)
  3. Clônica (abalos rítmicos focais)
  4. Mioclônica (abalos focais breves e irregulares)
  5. Espasmos epilépticos (flexão e extensão dos braços e flexão do tronco).
  • A distinção entre clônica e mioclônica é arbitrária, mas clônica implica em abalos mantidos, estereotipados e ocorrendo de forma regular; enquanto que mioclônico é menos regular e mais breve.
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22
Q

Comportamentos focais menos óbvios

A
  1. Atividade hipercinética (pedalar, movimentos bruscos de membros)
  2. Automatismos: atividade motora repetitiva, mais ou menos coordenada, mas sem objetivo.
  • Alguns automatismos sobrepõem-se a outros comportamentos motores, como por exemplo, atividade hipercinética ou de pedalar, levando a classificação ambígua.
  1. A classificação da ILAE de 2017 arbitrariamente agrupa a atividade de pedalar com as crises hipercinéticas, ao invés de crises com automatismos.
  2. Automatismos podem ser vistos nas crises focais e nas crises de ausência.
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23
Q

Crise motora focal com parada comportamental

A
  • Parada do movimento e arresponsividade.
  • Já que uma parada comportamental breve no início de muitas crises é comum e de difícil identificação, uma crise focal com parada comportamental deve incluir crises que tenham a parada comportamental como a característica predominante durante toda a crise.
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24
Q

Crises autonômicas

A
  1. Sensações gastrointestinais
  2. Sensação de calor e frio
  3. Rubor
  4. Piloereção (arrepio)
  5. Palpitação
  6. Excitação sexual
  7. Alterações respiratórias
  8. Outras alterações autonômicas
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25
Q

Crises focais cognitivas

A
  • Paciente reporta ou exibe déficits de linguagem, pensamento ou outras funções corticais superiores durante a crise e quando estes sintomas prevalecem sobre outras manifestações ictais.
  • Déjà vu, jamais vu, alucinações, ilusões ou pensamento forçado são exemplos de fenômenos cognitivos induzidos anormais.
  • Um termo mais correto seria “crises focais com cognição alterada”, mas o termo cognição alterada pode ser assumido, já que a função cognitiva nunca melhora durante as crises.
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26
Q

Crises focais emocionais

A
  • Apresentam-se com alterações emocionais:
  1. Medo
  2. Ansiedade
  3. Agitação
  4. Paranoia
  5. Prazer
  6. Felicidade
  7. Êxtase
  8. Risos (gelástica)
  9. Choro (dacrística)
  • Alguns deste fenômenos são subjetivos e precisam ser lembrados pelo paciente ou cuidador.
  • Os sintomas emocionais incluem um componente subjetivo; enquanto que sinais afetivos podem ou não ser acompanhados por emoção subjetiva.
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27
Q

V ou F?

Comprometimento da percepção para eventos durante a crise não classifica a crise como focal cognitiva, pois o comprometimento da percepção pode ser aplicada a qualquer crise focal.

A

Verdadeiro!

28
Q

Crise focal sensorial

A
  • Pode produzir sensações:
  1. Somatossensitivas
  2. Olfatórias
  3. Visuais
  4. Auditivas
  5. Gustatórias
  6. Sensação de quente e frio ou vestibulares
29
Q

V ou F?

O clínico precisa definir se a crise é um evento único, com manifestações que progridem ao longo do tempo, ou se são duas crises distintas.

A

Verdadeiro!

  • Sinais e sintomas com uma evolução lenta e continua e o padrão eletroencefalográfico (quando disponíveis) falam a favor do evento ser uma única crise.
  • Repetição estereotipada e sequencial de sinais e sintomas e mudanças no EEG em momentos distintos falam a favor de uma única crise.
30
Q

V ou F?

Crises focais unitárias são nomeadas de acordo com a manifestação inicial e preservação ou comprometimento da percepção em alguma parte da crise.

A

Verdadeiro!

31
Q

V ou F?

Eventos não estereotipados, interrompidos e descontínuos, apontam para a classificação em mais de um tipo de crise.

A

Verdadeiro!

  • Considere um evento iniciando com déjà vu, movimentos oromastigatórios repetitivos e sem propósito, comprometimento da percepção,
    versão cefálica forçada da cabeça para direita e endurecimento do membro superior
    direito.
  1. Esta evolução estável implica em uma crise única, que seria classificada como crise focal disperceptiva (ou com comprometimento da percepção) cognitiva.
  2. Seria útil anexar (como uma descrição opcional, não um tipo de crise) informações sobre a progressão para automatismos e para versão tônica.
  • Em um outro cenário, o clinico poderia encontrar uma crise com medo e comprometimento da percepção. O paciente recuperou e 30 minutos depois tem um evento caracterizado por parestesia no braço direito com percepção preservada.
  1. Tal sequência reflete duas crises separadas
  2. A primeira sendo crise focal disperceptiva emocional
  3. A segunda uma crise focal perceptiva sensorial.
32
Q

Outros tipos de crises focais

A
  • Crises tônicoclônicas focais, que não são frequentes o suficiente para serem classificadas como um tipo específico de crise.
33
Q

Classificação expandida

Crises de início generalizado

A
  • Percepção é usualmente comprometida, dessa forma não deve ser usada como um termo classificador
  • A principal subdivisão é entre tipos de crise motoras e não motoras (ausências)
  1. Classificação sobre as quais não se tem mais informações adicionais
  2. Termos “motor” e “não motor (ausências)” podem ser omitidos se o nome da crise é clara, por exemplo, “crise generalizada tônica”.
  • A palavra “generalizada” pode ser omitida para crises como as de ausência em que o início é sempre generalizado.
  • O termo tônico-clônica permanece como o nome que substitui o tipo de crise “grande mal”
34
Q

V ou F?

Já que existe um novo tipo de crise caracterizada por movimentos mioclônicos precedendo os movimentos tônicos (contração) e clônicos (abalos rítmicos sustentados), é importante documentar os sintomas precoces da crise tônico-clônica como sendo tônicos.

A

Verdadeiro!

35
Q

Classificação expandida

Crise tônico-clônica

A
  • A fase clônica tipicamente apresenta um redução regular na frequência dos abalos no decorrer do curso do evento
  • Durante a crise, a percepção é alterada antes dos movimentos de contração e dos abalos.
  • Algumas crises podem ser precedidas por sentimento inespecífico de uma crise prestes a acontecer ou por um curto período de versão cefálica ou de membros, nenhum dos quais invalida o início generalizado, já que o processo biológico nunca exibe uma sincronia perfeita.
  • O clínico deve julgar se houve ou não um início verdadeiramente focal.
  • Crises clônicas generalizadas começam, progridem e terminam com abalos rítmicos e sustentados de ambos os membros em ambos os lados do corpo e frequentemente na cabeça, pescoço, face e tronco.
  • Crises clônicas generalizadas são menos comuns que as crises tônico-clônicas, e geralmente ocorrem em crianças e devem ser diferenciadas dos eventos não epilépticos de agitação e do tremor
  • Crises tônicas generalizadas manifestam-se como contração ou elevação bilateral dos membros, frequentemente com rigidez cervical.
  • A classificação presume que a atividade tônica não é seguida por movimentos clônicos.
36
Q

V ou F?

A atividade tônica pode ser uma postura anormal sustentada, em extensão ou flexão, as vezes acompanhada por tremor de extremidades.

A

Verdadeiro!

37
Q

Atividade tônica x postura distônica

A
  • Pode ser difícil diferenciar
  • Postura distônica é definida como contração sustentada de ambos os músculos agonistas e antagonistas
  1. Produz movimentos atetoides ou de torção, que quando prolongados podem produzir posturas anormais.
38
Q

Classificação expandida

Crises mioclônicas

A
  • Crises mioclônicas generalizadas podem ocorrer de forma isolada ou em conjunto com atividade tônica e atônica.
  • Mioclonia difere de crise clônica por ser mais breve e irregular.
  • O sintoma mioclonia pode ter etiologia epiléptica ou não epiléptica.
  • Crises generalizadas mioclono-tônico-clônicas iniciam com alguns abalos mioclônicos seguidos de atividade tônico-clônica.
  1. Frequentemente vistas em pacientes com epilepsia mioclônica juvenil
  2. Ocasionalmente associadas a outras epilepsias generalizadas.
  • Uma crise mioclono-atônica envolve breves abalos dos membros e tronco, seguidos por queda.
  1. Mais frequentemente vistas na síndrome de Doose
  2. Podem também ser vistas na síndrome de Lennox-Gastaut e outras síndromes.
39
Q

Classificação expandida

Crises atônicas

A
  • Atônica significa sem tônus
  • Quando o tônus das pernas é perdido durante uma crise generalizada atônica, o paciente cai ao solo de nádegas ou as vezes cai para frente sobre a face e joelhos.
  • A recuperação ocorre em segundos.
  • Ao contrário, as crises tônico-clônicas ou tônicas geralmente propulsionam o paciente para trás; portanto, o paciente cai de costas.
40
Q

Espasmos epilépticos

A
  • Previamente conhecidos como espasmos infantis (continua adequado para espasmos na lactância).
  • Apresenta-se como uma flexão, uma extensão ou um movimento misto de flexão-extensão súbitos dos músculos predominantemente proximais e do tronco.
  1. Usualmente ocorrem em grupos e são mais frequentes durante a infância.
41
Q

Crises de ausência

A
  • Os tipos de crises generalizadas não motoras compreendem alguns tipos de crises de ausência.
  1. Crises de ausência típicas e atípicas
  2. Tipos usualmente associados a achados eletroencefalográficos, síndromes epilépticas, terapias e prognósticos distintos
  • De acordo com a classificação de 1981, crises de ausência eram consideradas atípicas quando eram associadas a mudanças de tônus mais pronunciadas ou quando o início ou final não eram abruptos.
  • Um EEG pode ser necessário para assegurar a distinção entre ausências típicas e atípicas.
42
Q

Crises de ausência mioclônicas

A
  • Crises de ausência com movimentos mioclônicos rítmicos (3 por segundo)
  1. Causa lenta abdução dos membros superiores, levando a elevação progressiva dos braços
  2. Associada a descargas de espícula-onda lenta generalizadas de 3 Hz.
  • A duração é tipicamente de 10-60 segundos.
  • O comprometimento da percepção pode não ser óbvia.
  • Ocorrem em uma variedade de condições genéticas e em epilepsias com etiologias desconhecidas
43
Q

Mioclonias palpebrais

A
  • Abalos mioclônicos das pálpebras e desvio dos globos oculares para cima
  • Frequentemente precipitados por fechamento ocular e pela luz.
  • Podem estar associadas a ausências, mas também podem constituir uma manifestação de crises motoras não associadas a ausência, tornando-difícil sua categorização
  • A classificação de 2017 agrupa as mioclonias palpebrais com as crises não motoras (de ausência), o que pode ser contra-intuitivo, mas as mioclonias nesse caso estão ligadas a ausência, em vez de não motora.
  • Síndrome de Jeavons: Crise de ausência com mioclonias palpebrais, crises ou paroxismos eletroencefalográficos induzidos por fechamento ocular ou fotossensibilidade
44
Q

Classificação expandida

Visão geral

A
45
Q

Crises de início desconhecido

A
  • Podem ser motoras e não motoras
  • O uso mais importante para esta seção da classificação é para crises tônico-clônicas com o início obscurecido.
  • Informações adicionais poderão permitir uma reclassificação como crises de início focal ou generalizado.
  • Espasmos epilépticos e parada comportamental são outros possíveis tipos
  1. No caso dos espasmos epilépticos pode ser necessário a monitorização detalhada com vídeo-EEG para elucidar a natureza do início dos espasmos, pois um início focal pode significar uma patologia focal tratável.
  2. Uma parada comportamental com início desconhecido pode representar uma crise focal disperceptiva com parada comportamental ou uma crise de ausência.
46
Q

Crise não-classificável

A
  • Pode ser não classificável devido a informações inadequadas ou inabilidade de encaixar a crise em outras categorias.
  • Se um evento não é claramente uma crise, então não deve ser chamado de crise não classificável.
  • O termo crise não classificável é reservado para crises incomuns que não são caracterizadas na classificação.
  • A força tarefa adotou uma diretriz geral com um grau de 80% de certeza de que o início foi focal ou generalizado
47
Q

Descritores comuns

A
  • Tem o objetivo de facilitar a terminologia comum das crises
  • Estes não são intrínsecos à classificação
  • Podem ser adicionados à classificação de crises para detalhar as manifestações individuais das crises, mas não definem tipos específicos de crises nesta classificação.
48
Q

Descritores comuns

Cognitiva

A
  1. Acalculia
  2. Afasia
  3. Alteração de atenção
  4. Déjà vu ou jamais vu
  5. Dissociação
  6. Disfasia
  7. Alucinações
  8. Ilusões
  9. Alteração de memória
  10. Negligência
  11. Pensamento forçado
  12. Alteração de responsividade
49
Q

Descritores comuns

Automatismos

A
  1. Agressão
  2. Piscamento palpebral
  3. Movimentos laterais de cabeça
  4. Manuais
  5. Orofaciais
  6. Pedalar
  7. Movimentos pélvicos
  8. Perseveração
  9. Corrida (cursiva)
  10. Sexual
  11. Despir
  12. Vocalização/fala
  13. Andar
50
Q

Descritores comuns

Emocional ou afetivo

A
  1. Agitação
  2. Raiva
  3. Ansiedade
  4. Choro (dacrística)
  5. Medo
  6. Risos (gelástica)
  7. Paranóia
  8. Prazer
51
Q

Descritores comuns

Motor

A
  1. Disartria
  2. Distonia
  3. Postura de esgrimista (figura de 4)
  4. Incoordenação
  5. Jacksoniana
  6. Paralisia
  7. Paresia
  8. Versiva
52
Q

Descritores comuns

Autonômica

A
  1. Assistolia
  2. Bradicardia
  3. Ereção
  4. Rubor
  5. Gastrointestinal
  6. Hiper ou hipoventilação
  7. Náusea ou vômito
  8. Palidez
  9. Palpitações
  10. Piloereção
  11. Alterações respiratórias
  12. Taquicardia
53
Q

Descritores comuns

Sensorial

A
  1. Auditiva
  2. Gustatória
  3. Sensações frio-quente
  4. Olfatória
  5. Somatossensitiva
  6. Vestibular
  7. Visual
54
Q

Descritores comuns

Lateralidade

A
  1. Esquerda
  2. Direita
  3. Bilateral
55
Q

Classificação das crises

Regras

Início

A
  1. Focal
  2. Generalizado
  3. Desconhecido
56
Q

Classificação das crises

Regras

Percepção

A
  • Utilizada para crises focais
  • Grau de alteração da percepção ou omitir este item da classificação
  • Crise focal com alteração da percepção caso a percepção esteja alterada em qualquer momento durante a crise
57
Q

Classificação das crises

Regras

Início como determinante

A
  • Classifique a crise focal de acordo com o primeiro sinal e sintoma proeminente.
  • Não considere a parada comportamental transitória.
58
Q

Classificação das crises

Regras

Parada comportamental

A
  • Crise focal com parada comportamental deverá assim ser classificada quando a parada comportamental é a característica mais proeminente de toda crise.
59
Q

Classificação das crises

Regras

Motor/não-motor

A
  • Crises focais com ou sem alteração da percepção podem ser adicionalmente sub-classificadas de acordo com as características motoras e não motoras.
    1. Podem ser classificadas de acordo com as características motoras e não motoras, sem especificar a alteração da perceptividade (Ex: crise focal tônica).
60
Q

Classificação das crises

Regras

Termos adicionais

A
  • Termos como motoras e não motoras podem ser omitidos quando o tipo de crise é evidente (Ex. crise focal clônica)
61
Q

Classificação das crises

Regras

Descritores adicionais

A
  • Descritores de outros sinais e sintomas
  • Estes não alteram o tipo de crise. Exemplo: crises focais emocionais com atividade tônica em braço direito e hiperventilação.
62
Q

Classificação das crises

Regras

Bilateral x Generalizado

A
  • Bilateral: crises tônicoclônicas que se propagam para ambos os hemisférios
  • Generalizadas: crises que aparentemente originam-se simultaneamente em ambos os hemisférios
63
Q

Classificação das crises

Regras

Ausência atípica

A
  • Início e final graduais
  • Tônus ou EEG com descargas de ponta-onda lenta com frequência inferior a 3 por segundo.
64
Q

Classificação das crises

Regras

Clônico x Mioclônico

A
  • Clônico: abalos rítmicos sustentados
  • Mioclônico: abalos irregulares, não sustentados
65
Q

Classificação das crises

Regras

Mioclonia palpebral

A
  • Ausência com mioclonias palpebrais refere-se a abalos das pálpebras com desvio dos olhos para cima durante uma crise de ausência.
66
Q

Glossário

A
  • Revisar no material antes da prova
  • Pág 174 do pdf