Semiologia Neurológica Flashcards

1
Q

Quais são as 7 etapas (aspectos analisados) do exame neurológico?

A
  1. Estado mental
  2. Motricidade
  3. Reflexos superficiais e profundos
  4. Sensibilidade
  5. Sinais de irritação meníngea
  6. Funções autonômicas
  7. Nervos cranianos
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2
Q

O que analisamos no exame do estado mental em uma consulta neurológica?

A
  • Consciência (alerta, sonolento, torporoso e comatoso)
  • Agitação psicomotora
  • Humor: apatia, depressão, ansiedade
  • Cognição:
    • orientação (tempo e espaço - “LOTE”)
    • atenção
    • memória
    • linguagem (compreensão, repetição, nomeação, leitura)
    • Mini mental (rastreio) - max- 30 pts (depende do nº de anos de estudo)
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3
Q

Qual a diferença entre linguagem e fala?

A

Linguagem: entender e se expressão

Fala: articulação motora

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4
Q

O que devemos avaliar quanto à motricidade no exame neurológico?

A
  1. força
  2. tônus
  3. marcha
  4. coordenação
  5. equilíbrio
  6. movimentos involuntários
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5
Q

Como avaliamos a força do paciente?

A
  • Teste de força contra a gravidade (manobras deficitárias)
    • Mingazinni de ​MMSS em supinação por _30s / olhos fechados_ (deficit: pronação ou queda)
    • MMII: Mingazzini por 30s (~ litotomia com pernas sempre separadas) / Barré por 2 min
  • Teste de força contra resistência (manobas de oposição) - sempre estabilizar as articulações
    • ​ombros (elevação e abdução)
    • cotovelo (flexão e extensão do cotovelo)
    • dedos (flexão e extensão)
    • quadril (flexão, extensão abdução e adução)
    • joelho (flexão e extensão)
    • tornozelo (flexão plantar e dorsiflexão)

​Graduação de 0 a 5

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6
Q

Como graduamos a força do paciente?

A

​Graduação de 0 a 5

0- Nenhuma contração é percebida

1- Percebe-se fasciculações mas sem efetivação de movimento

2- Movimentação somente se removida a gravidade

3- Movimentação contra a gravidade mas não contra resistência

4- Movimentação contra resistência mas com força reduzida

5- Força normal contra resistência total

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7
Q

O que é o tônus e como podemos classificar um paciente quanto a esse aspecto?

A

Estado de tensão permanente de um músculo relaxado

  • Hipotônico
  • Normotônico
  • Hipertônico
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8
Q

Como podemos avaliar o tônus de um paciente?

A
  • Inspeção (postura em flexão ou extensão)
  • Palpação (mm. enrijecidos ou flácidos)
  • Movimentação passiva (resistência contra movimento)
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9
Q

Em casos de AVC ou de outras lesões de 1º neurônio motor, é comum a ocorrência de hipertonia ____________ ou ____________ ou ainda ____________. A hipertonia predomina nos mm. ____________ dos MMSS e nos ____________ dos MMII, o que leva à postura de Wernicke-Mann ou atitude de ____________.

A

Em casos de AVC ou de outras lesões de 1º neurônio motor, é comum a ocorrência de hipertonia piramidal ou espástica ou ainda rigidez elástica. A hipertonia predomina nos mm. flexores dos MMSS e nos extensores dos MMII, o que leva à postura de Wernicke-Mann ou atitude de decorticação.

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10
Q

Em casos de Parkinson ou de outras lesões de núcleos da base, é comum a ocorrência de hipertonia ____________ ou ____________. A hipertonia predomina nos mm. ____________ e do ___________._

A

Em casos de Parkinson ou de outras lesões de núcleos da base, é comum a ocorrência de hipertonia extrapiramidal ou plástica. A hipertonia predomina nos mm. cervicais e do tronco.

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11
Q

Quais são sinais clínicos patognomônicos da Hipertonia plastica e da espástica?

A

Hipertonia espástica: resistência inicial com facilitação posterior (“sinal do canivete”)

Hipertonia plástica: resistências periódicas (“roda denteada”)

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12
Q

Qual o nome da marcha descrita? Qual estrutura foi lesada?

“movimentos desajeitados e cambaleantes com base alargada, passos irregulares, oscilações (dificuldade em seguir uma linha reta - tandem) e piora um pouco com os olhos fechado”

A

Marcha atáxica, ebriosa ou cerebelar

lesão cerebelar - se for em um hemisfério só = desvia para o lado lesado

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13
Q

Qual o nome da marcha descrita? Qual estrutura foi lesada?

“paciente bate o pé com força no chão, elevando-os excessivamente. Base pouco alargada e passos regulares. Grande piora com olhos fechados”

A

Marcha tabética

ataxia sensitiva (perda de sensibilidade proprioceptiva - lesões dos funículos posteriores da medula ou de nervos periféricos)

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14
Q

Qual o nome da marcha descrita? Qual estrutura foi lesada?

“desvio unilateral da marcha, sendo que quando está de olhos fechados e é instruido a dar 5 passos para frente e 5 para tras, há um desvio ipsilateral - desenha um asterisco no chão”

A

Marcha vestibular** ou **em estrela

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15
Q

Qual o nome da marcha descrita? Qual estrutura foi lesada?

“hipertonia em extensão do membro superior unilateral, mudando o passo com a abdução da coxa sobre a bacia”

A

Marcha ceifante ou espástica ou hemiparética

lesão de primeiro neurônio motor unilateral

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16
Q

Qual o nome da marcha descrita? Qual estrutura foi lesada?

“hipertonia em extensão do membro superior bilateral, mudando o passo com a abdução da coxa sobre a bacia”

A

Marcha ceifante ou em tesoura ou paraperética

lesão de primeiro neurônio motor bilateral

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17
Q

Qual o nome da marcha descrita? Qual estrutura foi lesada?

“elevação exagerada da coxa e perna ao caminhar para nao arrastar a ponta do pe”

A

Marcha escarvante

fraqueza dos dorsiflexores dos pés (lesões locais, lesões de nervos periféricos, poliomielites e etc)

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18
Q

Qual o nome da marcha descrita? Qual estrutura foi lesada?

“passos curtos, lenta, rígida e arrastada”

A

Marcha parkinsoniana

parkinson ou outras doenças extrapiramidais

19
Q

O que é a ataxia?

A

Incoordenação ou perda da acurácia do movimento que não seja devido a fraqueza muscular, tônus anormal ou mov. involuntário

20
Q

Qual a diferença do tremor parksoniano e da ataxia?

A

tremor parksoniano = constante

tremor da ataxia = evidente em moviemntos voluntários, espasmóticos e mais amplos quando próximo a um alvo

21
Q

Pacientes com ataxia cerebelar apresentam hiper ou hipotonia?

A

hipotonia

22
Q

Qual a caracteristisca da fala de Pacientes com ataxia cerebelar ?

A

disartria: perda da capacidade de articular as palavras de forma normal

23
Q

Pacientes com ataxia cerebelar possuem distúrbios oculares?

A

(problemas na movimentação ocular extrínseca)

  • Decomposição do movimento ocular ao seguir um objeto
  • Nistágmo da ataxia cerebelar não melhora com a fixação do olhar em um ponto
24
Q

Qual o tipo de marcha mais comum em pacientes com ataxia cerebelar?

A

Ebriosa

25
Q

Qual a diferença entre o nistagmo de pacientes com ataxia cerebelar e pacientes com distúrbios vestibulares?

A

Nistágmo da ataxia cerebelar não melhora com a fixação do olhar em um ponto

26
Q

Como avaliamos a coordenação do tronco de um paciente? Quais manobras podem ser usadas para detectar essas alterações?

A

Prova de Babinski (em decúbito dorsal, tentar sentar com os braços cruzados sobre o tronco - normal: dobrar os jelhos / ataxia: figura)

27
Q

Cite uma forma de diferenciarmso pacientes com ataxia cerebelar e pacientes com distúrbios vestibulares usando uma manobra de membros superiores.

A
  • braços estendidos de bárany (braços estendidos e indicadores apontados para frente por 20 segundos de olhos fechados)
    • desvio dos dois braços para um lado = vestibular
    • desvio de só um braço - cerebelar
28
Q

Como avaliamos a coordenação dos membros de um paciente? Quais manobras podem ser usadas para detectar alterações na coordenação?

A
  • (com olhos abertos e fechados / varias vezes)
  • Índex-nariz
  • calcanhar o joelho (passando pela crista tibial)
  • hálux - índex
  • observar movimentos, marcha e etc
29
Q

Como chamamos a incapacidade de realizar mov rápidos e alternados? A qual estrutura esse tipo de distúrbio está associado? Como avaliamos esse aspecto?

A

Disdiadococinesia (lesões cerebelares - ataxia)

  • index-nariz alternado
  • pronação-supinação das mãos
  • prova do rechaço (imagem)
30
Q

Como chamamos a incapacidade de controlar a velocidade, força e direção do movimento, levando a um errdo do alvo? A qual estrutura esse tipo de distúrbio está associado?

A

Dismetria (cerebelo - ataxia)

31
Q

Como avaliamos o equilíbrio/sensibilidade?

A
  • Teste de romberg: paciente em pé, olhos fechados, pés juntos, braços ao lado do corpo por 1-2 minutos
    • queda sem latência e “dança dos tendões” - problemas proprioceptivos
    • queda unilateral e com latência - vertibular ou cerebelar
      • mudança da cabeça modifica lateralização - vestibular
  • Avaliar instabilidade postural: pull-test (puxar ou empurrar)
32
Q

Quais os aspectos dos reflexos profundos devem ser observados (utilize a nomenclatura técnica)?

A
  • Presença/ausência
  • simetria
  • intensidade: arreplexia, hiporreflexia, fisiológico, vivo e exaltado
33
Q

Em quais situações os reflexos estão ausentes ou diminuidos?

A

comprometimento dos elementos que compõem o arco-reflexo (neuropatia, radiculopatia, fase aguda de lesão no SNC e etc)

34
Q

Em quais situações os reflexos estão exacerbados?

A

lesões do trato piramidal (= córtico-espinhal) - para de modular/inibir o reflexo

35
Q

Quais são os principais reflexos profundos que devem ser pesquisados na consulta neurológica?

A
  1. Reflexo dos flexores dos dedos das mãos
  2. Reflexo bicipital
  3. Reflexo tricipital
  4. Reflexo aquileu
  5. Reflexo patelar
36
Q

Quais são os principais reflexos superficiais que devem ser pesquisados na consulta neurológica?

A

esgotam-se (esperar 1-2 min)

  1. Reflexo cutâneo-abdominal (patológico: abolido)
  2. Reflexo cuâneo-plantar (patológico: extensor)
37
Q

Quais as características dos movimentos involuntários do parkinsonismo?

A

síndroma motora: bradicinesia + 2 ou + dos seguintes aspectos (rigidez plástica, tremor ou instabilidade postural)

  • outros: micrografia, redução balanço passivo dos MMSS na marcha, fáscies em máscara (↓ piscamento / boca entreaberta), freezing de marcha (dificultade de inicar, parar ou mudar a marcha/direção), alterações posturais

causa mais comum: parkinson

38
Q

Como avaliamos a sensibilidade de um paciente?

A
  • Sensibilidade:
    • dolorosa: objeto pontiagudo
    • tátil: gaze ou monofilamentos
    • térmica (primeira a ser perdida na hanseníase): potinhos com água quente/fria
    • vibratória: diapasão em extremidades ósseas (sensibilidade profunda)
    • propriocepção: mudar a posição dos dedos e perguntar onde está
  • explicar ao paciente
  • Comparar lados e distal com proximal
  • olhos fechados
39
Q

Nomeie os conceitos:

  • abolição das modalidades sensoriais
  • aumento/diminuição da duração ou intensidade de uma modalidade sensorial
  • queixa que cocrre espontâneamente sem estímulo externo (ex: formigamento, ardência, agulhadas, dor, prurido e etc.)
  • sensação desagradável espontânea ou por pervensão de um estímulo
  • dor causada por um estímulo que em condições normais não o faria
A
  • abolição das modalidades sensoriais - anestesia
  • aumento/diminuição da duração ou intensidade de uma modalidade sensorial - hiper/hipoestesia
  • queixa que cocrre espontâneamente sem estímulo externo (ex: formigamento, ardência, agulhadas, dor, prurido e etc.) - parestesia
  • sensação desagradável espontânea ou por pervensão de um estímulo - disestesia
  • dor causada por um estímulo que em condições normais não o faria - alodínea
40
Q

Se um paciente apresenta queixa de hipoestesia de mão e rosto homolaterais, é mais provável que isso decorra de um acometimento periférico ou central?

A

central (áreas corticais responsáveis pela mão e rosto estão próximos no córtex)

41
Q

Se um paciente apresenta queixa de hipoestesia “em luva”, é mais provável que isso decorra de um acometimento periférico ou central?

A

periférico (polineuropatia)

42
Q

Se um paciente apresenta queixa de hipoestesia abaixo do umbigo, é mais provável que isso decorra de um acometimento periférico ou central?

A

central (medular)

43
Q

Cite sinais de irritação meníngea

A
  • Rigidez de nuca (decúbito dorsal - fletir o pescoço = dor e rigidez)
  • Sinal de Kernig (decúbito dorsal - fletir o quadril = dor)
  • Sinal de Brudzinsk (decúbito dorsal - fletir o pescoço = flexão dos joelhos)