Sangramento Uterino Anormal FEBRASGO Flashcards
Definição
O Sangramento Uterino Anormal (SUA), agudo ou crônico, é definido como o sangramento
proveniente do corpo uterino, com anormalidade, seja na sua regularidade, no volume, na
frequência ou duração, em mulheres que não estão grávidas.
Classificação etiológica
Causas estruturais (lesões anatômicas no útero) e não-estruturais (disfuncionais)
Repercussão sobre a vida da pct
Dor/Dismenorreia Limitação para atividades Absenteísmo (da escola/trabalho) Procedimentos cirúrgicos Piora da qualidade de vida Influência sobre aspectos psicológicos Influência sobre aspectos sociais Anemia
Investigação inicial da SUA uma vez excluído gravidez
história detalhada do sangramento e de antecedentes, com foco em fatores de risco para câncer de endométrio, coagulopatias, medicações em uso, doenças concomitantes, além de exame físico completo, com foco em sinais da síndrome dos ovários policísticos, resistência insulínica, doenças da tireoide, petéquias, equimoses, lesões da vagina ou colo do útero, além de tamanho do útero.
Exames importantes para complementação diagnostica
hemograma, dosagem de ferritina e ultrassonografia pélvica.
PALM-COEIN (Causas estruturais)
Pólipo
Adenomiose
Leiomioma
Malignidade
PALM-COEIN (Causas não-estruturais)
Coagulopatia Ovulatória Endometrial Iatrogênica Não-classificada
TT de primeira linha
Farmacológico sempre que possível
TT no geral depende do que?
Etiologia. Só em casos de sangramento intenso e agudo que pode ser tt sem considerar isso
Lesões que precisam ser descartadas no exame físico inicial
lesões vaginais, do colo e uterinas.
Sensibilidade e especif do UST para lesões endometriais em geral
Altíssima (98%), mas especif baixa (13%)
Exame para lesão intracavitária sem conclusão diagnostica
histerossonografia ou histeroscopia (a última permite biópsia)
Exame para diagn definitivo de neoplasia endometrial
biópsia de lesão difusa ou focal, sendo que nessa última a
biópsia guiada por histeroscopia tem maior sensibilidade (94,4%) e especificidade (99,6%)
Diagn definitivo da adenomiose
Análise histopat após histerectomia
TT do SUA por pólipo endometrial. Eficácia.
polipectomia histeroscópica. Alta, com recuperação rápida e retorno precoce às atividades
TT inicial do Mioma
Farmacológico clínico semelhante ao dos SUA não-estruturais.
TT de Mioma se tt inicial fracassar
Cirúrgico. Tipo varia.
Localização de mioma mais associada ao SUA
Mioma submucoso
Via cirúrgica caso mioma esteja, em sua maior parte, intracavitário
Historoscópica
Via cirúrgica caso mioma esteja, em sua maior parte, intramural
laparoscopia ou, na impossibilidade dessa, devem ser realizadas por via laparotômica.
Ambiente para remoção de miomas < 2cm
Ambulatorial
Pct com mioma <3cm, mas que pode ser removido por histeroscopia. Como deve ser a cirurgia?
Miomas maiores do que três centímetros apresentam risco aumentado de complicações operatórias e danos ao miométrio circundante. Nesses casos, uma alternativa é realizar a miomectomia em dois tempos cirúrgicos
TT pré-cirúrgico para miomas muito grandes
Análogo de GnRH previamente a cirurgia por 3 meses (reduzir volume de mioma)
Quando indicar histerectomia para tt de miomas
Na impossibilidade de realização de miomectomia ou quando não há desejo de preservar a fertilidade
Indicação para embolização das artérias uterinas para tt de mioma
Em alguns casos de miomas uterinos com desejo de preservação da fertilidade, e também em casos de adenomiose severa.
Mecanismo da embolização das artérias uterinas
cateterização das artérias nutrizes dos miomas e injetado Gelfo-
am® ou esferas de polipropileno, cessando o fluxo sanguíneo dos miomas ou do órgão, eliminando assim os miomas ou reduzindo-se a adenomiose.
Risco de reabordagem após embolização de artéria uterina
Alto (15%-20% após embolização
bem-sucedida e até 50% nos casos de isquemia incompleta).
TT mais comum da adenomiose
Histerectomia