ISTs (Introdução & lesões Ulcerosas) Flashcards

1
Q

Muitos pcts com ISTs são assintomáticos, dificultando diagn. V/F

A

V

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Q

Fatores de risco

A
• Paciente com idade entre 15 – 24 anos
• Solteiras
• História prévia de IST
• Uso prolongado de drogas ilícitas
• Múltiplos parceiros sexuais
• Contato com profissionais do sexo
• Uso inadequado de preservativo/
ou não uso
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3
Q

Foco da História Sexual na investigação de ISTs

A
  • Parceiros novos nos últimos 60 dias
  • História de múltiplos parceiros
  • Presença de úlceras genitais
  • Tipo de exposição sexual
  • Frequência de uso de preservativo
  • Idade de coitarca
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4
Q

Principais agentes etiológicos de doenças que causam úlceras genitais (DUG)

A

Herpes simplex vírus, Trepomena Pallidum, Chlamydia

trachomatis, Haemophilus ducreyi e Klebsiella granulomatis.

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5
Q

Causa mais comum de DUG

A

Herpes simples (causada por HSV-tipo 1 e 2)

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6
Q

Pacientes portadoras de HSV-tipo 2 têm mais chance de contrair que doença?

A

HIV

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7
Q

Fatores que dificultam controle da doença

A

Muitas pacientes são portadoras assintomáticas do vírus, porém contaminantes, o que dificulta o controle da doença.

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8
Q

Primoinfecção herpética da HSV geralmente se apresenta como?

A

Geralmente subclínica e a paciente torna-se portadora assintomática.

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9
Q

Forma sintomática da primoinfecção herpetica

A

Nos casos sintomáticos, período de incubação de 4-7 dias, observam-se lesões eritematopapulosas de 1 a 3 mm em pe
quenos lábios, clitóris, grandes lábios ou fúrcula vaginal que evoluem para vesículas agrupadas com conteúdo
citrino, que se rompem e dão origem a ulcerações muito dolorosas. Adenopatia inguinal bilateral pode estar
presente em 50% dos casos. Quando presente, a cervicite herpética cursa com corrimento genital aquoso. A
paciente pode apresentar ainda sintomas gerais como febre, mal estar e mialgia. Após 3 semanas o vírus entra em estado de latência em gânglios medulares ou de nervos cranianos.

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10
Q

Característica das lesões herpéticas

A

Vesículas agrupadas sobre uma base eritematosa, que evoluem para pequenas úlceras arredondadas, dolorosas, com bordas lisas. Posteriormente são recobertas por crostas sero-hemáticas até a cicatrização. A lesão tem regressão espontânea em 7-10 dias.

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11
Q

Taxa de reicidiva da herpes genital

A

90 – 60% dos pacientes tem recidiva em 1 ano por reativação dos vírus

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12
Q

Quadro clínico da herpes recidivante

A

O quadro clínico é menos intenso do que na primo-infecção, sendo precedido por aumento da sensibilidade, prurido, queimação e “fisgadas” nas pernas, quadris e região anogenital.

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13
Q

Fatores que podem promover recidiva da herpes

A

estresse físico ou emocional, imunodeficiência, uso prolongado de antibióticos, trauma local, mudanças hormonais do ciclo menstrual, exposição à radiação ultravioleta.

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14
Q

Localização da herpes recidivante.

A

As lesões tendem a ocorrer na mesma região da lesão inicial

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15
Q

Evolução natural da herpes recidivante

A

Regressão espontânea em 7 a 10 dias.

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16
Q

Diagnóstico de HSV

A

Essencialmente clínico, por meio da história e características
da lesão. O diagnóstico laboratorial também pode ser feito.

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17
Q

Teste laboratorial de escolha para diagn de HSV

A

PCR, pois possuem uma sensibilidade mais alta que a cultura ou o teste direto de anticorpos imunofluorescentes.

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18
Q

TT da primoinfecção de HSV

A

Aciclovir 400mg, via oral, de 8 em 8 horas, por 5-10 dias OU

Valaciclovir 500, via oral, de 12 em 12horas, por 5-10 dias

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19
Q

TT de recidiva de HSV

A

Aciclovir 800 mg, via oral, de 8 em 8 horas, por 2 dias

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20
Q

TT de recidiva de HSV em imunosup

A

Aciclovir endovenoso, 5-10 mg/kg de peso, EV, de 8/8h, por 5 a 7
dias, ou até resolução clínica

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21
Q

Taxa de transmissão vertical do HSV em gestantes

A

O maior risco de transmissão ocorre no momento de passagem do fetopelo canal de parto (50% dos casos).

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22
Q

Perigo de primoinfecção de HSV em gestantes

A

Pode causar aborto espontâneo pela alta resposta imunológica (não ocorre em casos recidivantes)

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23
Q

TT de gestante com HSV

A

terapia antirretroviral- Aciclovir ou Velaciclovir (esta no final da
gestação). Recomenda-se a cesariana em todas as mulheres com lesões genitais ativas ou sintomas prodrômicos (dor e/ou ardência vulvar) no momento do parto.

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24
Q

Agente etiológico da sífilis

A

Treponema pallidum, bactéria Gram-negativa, do grupo das

espiroquetas.

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25
Q

Tranmissão da sífilis

A

A transmissão se dá, quase que exclusivamente, por contato, principalmente sexual, com pacientes com lesões genitais ativas.

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26
Q

Incubação da sífilis primária (cancro duro)

A

10-90 dias, em média de 3 semanas.

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27
Q

Clínica e história natural da sífilis primária

A

Inicialmente ocorre o aparecimento de lesão genital ulcerada, quase sempre única, indolor, de bordos endurecidos, de fundo limpo e rica em treponemas. Além disso, ocorre adenopatia saté-
lite inguinal bilateral, indolor. A lesão dura cerca de 2 a 6 semanas e desaparece espontaneamente.

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28
Q

Linfadenopatia da sífilis primária

A

regional, unilateral, múltipla, indolor, não supurativa, sem flogismo, aparecendo uma semana após a lesão primária.

29
Q

Período de incubação da sífilis secundária

A

6 semanas a 6 meses após cancro duro

30
Q

Característica das lesões da sífilis secundária

A

desde lesões cutâneo-mucosas, como roséola sifilítica (exantema
morbiliforme não pruriginoso), sífilis papulosa palmo-plantar, alopecia areata e lesões pápulo-hipertróficas
nas mucosas ou pregas cutâneas

31
Q

Evolução natural da sífilis secundária

A

As lesões desaparecem entre 4-12 semanas, sem cicatrizes.

32
Q

forma grave de sífilis secundária que ocorre em pacientes gravemente imunocomprometidos, principalmente os infectados por HIV, e é caracterizada por lesões cutâneas ulcerativas não resolvidas.

A

Lues Maligna

33
Q

Incubação da sífilis terciária

A

Surge após 2 - 40 anos da infecção.

34
Q

Clínica da sífilis terciária

A

Apresenta manifestações cutâneas (lesões gomosas e nodulares), neurológicas (tabes dorsalis, parestesia generalizada,
meningite), ósseas (osteíte gomosa, periostite, osteíte esclerosante) e cardiovascular (aortite sifílica).

35
Q

Padrão-ouro para diagn de treponema. Limitações.

A

Microscopia de padrão-escuro (faz-se a pesquisa direta do Treponema através de material colhido de raspagem da lesão primária), mas raramente disponível.

36
Q

Principal teste não-treponêmico. Utilidade. Limitação

A

VDRL.É bastante sensível e utilizado como screening populacional. É um teste para seguimento clínico e incremento ≥ 4 vezes o valor inicial (exemplo: de 1:4 para 1:16) do VDRL correlaciona-se com doença em atividade.

37
Q

Se VDRL for positivo, seguir com o que?

A

teste treponêmico (FTA-ABS) que, se for positivo, fecha diagnóstico

38
Q

Tempo para VDRL dar positivo

A

2 a 3 semanas após aparecimento do cancro duro

39
Q

Teste treponêmico de triagem. Se for positivo, fecha diagnóstico?

A

Teste rápido de sífilis. Não! Se positivo, confirmar com FTA-ABS (exceto se for gestante. Aí inicie tt imediatamente)

40
Q

Teste rápido de sífilis positivo confirma infecção ativa?

A

Não! Tanto a especificidade não é boa, como ele testa anticorpos, o que o torna incapaz de diferenciar infecção anterior com atual

41
Q

FTA-ABS positivo diferencia nova infecção de antiga?

A

NÃO (uma vez FTA-ABS positivo, sempre FTA-ABS positivo)

42
Q

TT da sífilis primária, secundária ou latente recente

A

Penicilina G Benzatina 2,4 milhões UI, intramuscular (1,2 milhões em cada nádega), em dose única. Alternativas: 100 mg, VO, 12/12h, por 15 dias,

43
Q

TT da sífilis terciária ou latente tardia/indeterminada

A

Penicilina G Benzatina 2,4 milhões UI, intramuscular (1,2 milhões em cada nádega), semanal, por 3 semanas. Alternativa: Doxiciclina 100 mg, VO, 12/12h, por 30 dias;

44
Q

TT da neurosífilis

A

Penicilina G Penicilina cristalina, 18-24 milhões UI/dia, IV, administrada em doses de 3-4 milhões UI, a cada 4 horas ou por
infusão contínua, por 14 dias.

45
Q

TT da parceria sexual de pct com sífilis

A

Segue recomendação da sífilis primária

46
Q

Acompanhamento de pcts com sífilis

A

Os pacientes devem ser acompanhados de 2-3 meses no primeiro ano, 6 meses no segundo ano e as gestantes mensalmente, para avaliação de falha terapêutica e necessidade de retratamento.

47
Q

Indicativo de cura terapêutica da sífilis

A

Após o tratamento espera-se, pelo menos,

redução de 4x no título do VDRL ao longo de 6 meses.

48
Q

O que é a Reação de Jarisch-Herxheimer?

A

Nas primeiras 24h após a primeira dose de penicilina, principal-
mente na sífilis secundária, a paciente pode apresentar a Reação de Jarisch-Herxheimer, caracterizada por febre,
artralgia, mal-estar e exacerbação das lesões cutâneas. Essa reação não configura alergia à penicilina e ocorre em res-
posta ao derrame de proteínas e de outras estruturas dos treponemas mortos pela penicilina na corrente sanguínea.
O tratamento é feito com analgésicos e antitérmico.

49
Q

Agente etiológico do Linfogranuloma venéreo (LGV)

A
Chlamydia trachomatis (L1, L2 ou L3) bactéria gram
negativa intracelular obrigatória.
50
Q

Fatores de risco para LGV

A

múltiplos parceiros sexuais, a soro positividade para o HIV e sexo anal.

51
Q

Transmissão do LGV

A

Contato sexual

52
Q

Fase de inoculação do LGV

A

O período de incubação é de 3 a 12 dias. Inicialmente, surgimento de pápulas ou pústulas na região vulvar, evoluindo com
úlcera indolor ou reação inflamatória no local da inoculação. Regride espontaneamente em 3 a 5 dias.

53
Q

Fase de disseminação linfática regional do LGV

A

Ocorre em 1 a 6 semanas após o aparecimento da primeira lesão e corresponde a infecção dos linfonodos regionais, com adenite inguinal, sendo 70% dos casos unilateral.

54
Q

Fase de sequelas

A

Há drenagem do material purulento, com for-
mação de cicatrizes e retrações. A lesão da região anal pode levar a proctite e proctocolite hemorrágica. O contato orogenital pode causar glossite ulcerativa difusa, com
linfadenopatia regional. Podem ocorrer manifestações intestinais e sistêmicas, como febre, mal-estar,
emagrecimento, sudorese noturna, artralgia e meningismo. A obstrução linfática crônica leva à elefantíase genital, que na mulher é de nominada estiomene. Além disso, podem ocorrer fístulas retais, vaginais, vesicais e estenose retal.

55
Q

Diagnóstico da LGV

A

Dificilmente o diagnóstico é feito apenas com base na clínica. Laboratorialmente, realiza-se pesquisa de C. tracomatis por PCR ou captura hídriba. Sorologia IgG positiva não consegue distinguir infecção atual ou passada.

56
Q

TT da LGV

A

Doxiciclina 100 mg, , via oral, de 12 em 12 horas, por 21 dias.

57
Q

Parcerias de pct com LGV devem ser tratados?

A

Sim! Os parceiros devem ser tratados da mesma forma, caso sejam sintomáticos. Se os parceiros forem assintomáticos, recomenda-se o tratamento com Azitromicina 1g, via oral, dose única

58
Q

Agente etiológico do cancro mole

A

Haemophilus ducreyi, coco bacilo gram negativo.

59
Q

Epidemiologia do cancro mole

A

3a causa mais comum de úlceras genitais

60
Q

Transmissão do cancro mole (CM)

A

Contato sexual

61
Q

Lesão do cancro mole

A

As lesões características do cancro mole são múltiplas, dolorosas, com bordas irregulares, base amolecida, contornos eritemato-edematosos, fundo irregular, recoberto por exsudato necrótico, amarelado e fétido, podendo ainda iniciar como uma pápula e depois sofrer processo de ulceração.

62
Q

Diagnóstico de CM

A

O diagnóstico é clínico, deve ser pensado após excluir sífilis e pelas características das lesões. O diagnóstico laboratorial é pouco utilizado, mas pode-se realizar exame à fresco com
pesquisa microscópica de H. ducreyi

63
Q

TT do cancro mole

A

Azitromicina 1g, via oral, dose única ou Ceftriaxone 250-

500mg, intramuscular, dose única.

64
Q

Parcerias de pct com CM precisa ser tratado?

A

Sim! Com mesma dose do pct, mesmo se assintomático

65
Q

Agente etiológico da donovanose

A

Klebisiella granulomatis, bactéria intracelular gram negativa.

66
Q

O que fazer com pct com úlcera genital presente, mas SEM IST como causa provável?

A

Referenciar

67
Q

Plano de ação de qualquer IST uma vez que diagn tiver sido feito

A

Informação/Educação em saúde
Oferta de preservativos e gel lubrificante
Oferta de testes para HIV e demais IST (sífilis, hepatite B, gonorreia e clamídia), quando disponíveis
Ênfase na adesão ao tratamento
Vacinação para HBV e HPV, conforme estabelecido
Oferta de profilaxia pós-exposição para o HIV, quando indicado
Oferta de profilaxia pós-exposição às IST em violência sexual
Notificação do caso, conforme estabelecido
Comunicação, diagnóstico e tratamento das parcerias sexuais (mesmo que assintomáticas)

68
Q

Perguntas essenciais a se fazer na investigação de lesões ulcerosas

A

1- IST como causa provável?
2-Tem laboratório disponível? (Se sim, coletar material para microscopia, e tratar. Se não, seguir fluxograma)
3-História ou evidência de lesões vesiculosas? (Se sim, tratar como HSV. Se não, continuar)
4- Lesão tem mais de quatro semanas? (Se sim, tratar como sífilis, cancroide e donovanose. Realizar biópsia. Se não, tratar como sífilis e cancroide).
5- Sintomas persistem por mais de 15 dias? (Se sim, referenciar. Se não, alta)