Rotura Prematura de Membranas Ovulares Flashcards
O que é RPMO?
É a rotura espontânea antes do TP
Como é a classificação de RPMO?
Pré-termo: < 37 semanas
Precoce: no início do TP
Oportuna: final do período de dilatação
Tardia: concomitante à expulsão fetal (se nascer envolto pelas membranas é empelicado)
Quais são as principais causas de RPMO?
Infecção e inflamação
Quais fatores de risco de RPMO?
- Exames invasivos
- Incompetência Istmocervical
- Inserção baixa de placenta
- Macrossomia, polidrâmnio, gemelaridade
- TP prematuro
- Passado de parto prematuro
- Infecções genitais (estrepto B, gonococo, VB)
- Tabagismo
- Deficiências nutricionais
- Atividade sexual
- Traumatismo
- Doenças maternas
Qual a história típica da RPMO?
História de líquido claro ou amarelado escorrendo subitamente pelas pernas (confirmar pelo exame especular)
Pode fazer o toque vaginal em caso de RPMO?
Deve ser evitado pelo risco de infecção. Pode fazer se estiver em TP franco
Quais são os testes que podem ser feitos para confirmar o RPMO?
Fita de nitrazina (ph vaginal), teste do fenol vermelho, teste da cristalização da secreção vaginal, presença de elementos fetais em secreção vaginal, alfafetoproteína, AmniSure
Qual achado da USG?
A USG é importante para medir o índice de líquido amniótico (ILA) que se baseia pela medição do maior bolsão vertical (se < 2cm indica oligodrâmnia)
Se o USG for normal, pode-se descartar RPMO?
Não. O USG tem baixa sensibilidade
Quais são as complicações do RPMO?
Infecção, prematuridade, distócias, compressão de cordão (pela oligodramnia), anormalidade da FC, malformações (sequência de Potter), retenção placentária, risco de cesariana
Qual a conduta em casos de RPMO na presença de infecção?
- Na presença de infecção, é obrigatório a interrupção da gravidez, de preferência pela via vaginal.
- Deve-se instituir antibioticoterapia imediatamente: ampicilina 2g IV de 6/6h + gentamicina 5mg/Kg/dia ou 1,5mg/Kg 8/8h –> deverá ser mantida por 48h após último episódio febril
- É possível adicionar ao esquema Clindamicina (900mg IV 8/8h) ou Metronidazol (500mg IV 8/8h) caso seja necessário cesariana (para amplicar a cobertura de anaeróbios)
Qual o quadro clínico clássico de corioamnionite?
Febre materna + 2 critérios:
- Leucocitose materna > 15.000 cels/mm³
- Taquicardia materna > 100bpm
- Taquicardia fetal > 160bpm
- LA com odor fétido
Outros marcadores podem auxiliar: PCR ou VHS, interleucina-6, análise do LA por amniocentese (GRAM, cultura e glicose)
Qual as condutas em casos de RPMO na ausência de infecção?
IG maior ou igual a 34 semanas:
- Interrompe a gestação (não usa tocolíticos nem corticoide)
IG entre 24-34 semanas:
- Conduta conservadora:
- Mantem hospitalizada, em repouso com hidratação abundante
- Pesquisa de infecção e sofrimento fetal frequente (curva térmica, hemograma seriado 2x/semana, PCR ou VHS, ausculta fetal, CTG e PBF)
- Corticoterapia
- Tocólise
- ATB profilático: Ampicilina 2g IV 6/6h por 48h + Azitromicina 1g VO DU (Eritromicina 250mg 6/6h IV - fora do Brasil) seguida de Amoxicilina 500mg 8/8h VO por 5 dias (250 mg - fora do Brasil)
IG < 24 semanas
- Definir com a família a conduta
- Repouso absoluto e controle da temperatura corporal até 24 semanas (quando passa para o protocolo de 24-34 semanas)
- Não deve administrar tocolíticos, ATB ou corticoides
Como é feita a profilaxia para infecção por streptococos do grupo B?
Penicilina G (ataque 5.000.000 U e manutenção 2.500.000U 4/4h até 48h) ou Ampicilina (ataque 2g e manutenção 1g 4/4h até 48h) Mantem por 48h se não tiver resultado da cultura, mesmo tendo realizado a antibioticoprofilaxia na conduta conservadora do RPMO, a profilaxia para Streptococos do grupo B se mantém caso a paciente entre em TP