Rickettsioses Flashcards

1
Q

Características gerais das ricketsioses?

A

pequenos cocobacilos pleomórficos, intracelulares obrigatórios que não sobrevivem muito tempo fora
das células do hospedeiro, excepto a Coxiella burnetti e as Bartonellas. Transmitidos por artrópodes. Partilham AG, mas n conferem protecção cruzada
diagnosticam-se por serologia nos meios de cultura é complicado fazer crescer o microorganismos

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2
Q

Como é feito o diagnóstico das ricketsioses?

E o tratamento?

A

Pela epidemiologia e serologias (no dx e 4S depois) ou biologia molecular/PCR. Mas como mts x’s a serologia no inicio é negativo, temos de fazer dx com sintomas: febre e rash cutaneo
O tratamento é feito com tetraciclinas: doxiciclina.

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3
Q

O que é a febre escaro-nodular/febre da carraça?

A

R. conorii. Prevalência elevada na área Mediterrânea/ sul da Europa (tbm em África e Ásia). Vertebrados: cães, roedores selvagens. Incidência: meses quentes.
Escaras onde as carraças picam. Período de incubação: 4-10D

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4
Q

Como se forma a tache noir da febre escaro-nodular?

A

local da picada -> proliferação das rickettsias nas cels endoteliais -> lesão vascular -> vasculite* e aumento da permeabilidade vascular -> edema e necrose cutânea-> escara: “tache noir”
*pode haver proliferação linfática e hematogénea c/ sépsis

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5
Q

Sintomas da febre escaro-nodular?

A

Inicialmente cefaleias intensas, associado a rash maculopapulonodular ( traduz-se em micronódulos mt profundos e cilíndricos) no 3ºD c/ atingimento tronco, membros, palmas das mãos e plantas dos pés (a Sífilis tem a mesma apresentação). Não tem características pruriginosas nem descamativas.
Febre: quadro típico de febre alta (38-40ºC), mialgias e
cefaleias intensas, principalmente retro-orbitárias

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6
Q

Quais algumas das complicações da febre escaro-nodular?

A

CID (trombocitopenia, d-dimeros + e tempos de
coagulação >); aparecimento de ARDS, complicações neurológicas; rabdomiólise; nefrite e insuf renal; hepatomegália, esplenomegalia; vómitos, diarreia, desconforto abdominal; arritmias, miocardite, pericardite, IC, TVP e TEP, pneumonite, pleurite

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7
Q

Qual a forma mais comum de apresentação da evolução para doença crónica da febre escaro-nodular?

A

ENDOCARDITE. COM HEMOCULTURAS NEGATIVAS, FAZER SEROLOGIA!!-> ANTICORPOS DE FASE 1 (FASE AGUDA TEM DE FASE 2)

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8
Q

Qual o tratamento da febre escaro-nodular?

A

Doxiciclina 100 mg de 12 em 12h, po ou EV

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9
Q

Características gerais da febre Q?

A

Tbm tem transmissão por aerossol, n é necessário contacto direto com o gado -> é mt virulento
Não tem prevalência nem nenhuma estação do ano, atinge todas as idades
Reação de Weil Felix negativa
Rash é mt mais raro, n é tipico
alteração da virulência - fase I com elevada virulência e fase II com baixa virulência

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10
Q

Qual o período de incubação da febre Q? Qual o quadro clínico?

A

P. Incubação : 3 a 30 dias
Quadros clínicos: Síndroma febril auto limitado (2 a 14 dias) - mais frequente - devemos tratar o doente msm q a febre passe para evitar cronicidade
pneumonia, endocardite, hepatite, osteomielite,
No hospedeiro imunocomprometido: Manif neurológicas

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11
Q

Quais as características da pneumonia da febre Q?

A

Início gradual ou súbito; febre, cefaleias intensas, tosse seca, diarreia. Rapidamente progressiva : sinais de consolidação pulmonar, simulando doença dos Legionários
Achado acidental no decurso de uma doença febril
RX tórax: opacidades segmentares ou não segmentares, múltiplas c ou s derrame pleural
Lab: leucograma normal ( por vezes leucocitose); aumento freq das transaminases
tratamento c beta lactamico + macrolido, pvezes necessario tetraciclina

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12
Q

Quais as características da hepatite da febre Q?

A

S.F.I. com granulomas n caseificantes na biópsia hepática (forma de “doughnut”): granulomas
centrados por um vacúolo lipídico e envolvidos por
um denso anel de fibrina.
gama-GT como a fosfatase alcalina irão estar mais elevadas que as transaminases - pq é uma lesao ocupante de espaço -> colestase

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13
Q

Quais as características da endocardite da febre Q?

A

Manifestação + importante da Febre Q “crónica”.
+ frequente em válvulas cardíacas anormais ou
próteses -> FAZER ECOCARDIOGRAMA
Q. clínico semelhante ao das endocardites com
culturas negativas, mas, frequentemente, sem febre.
Rash purpúrico, por vasculite, em 20% casos.

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14
Q

Afeções neurológicas da febre Q?

A

Cefaleias intensas (+frequente), Meningite asséptica - liquor transparente , Encefalite, Paralesias dos nervos cranianos, Doença extra piramidal, Miller Fisher (variante do síndrome de Guillain Barré)

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15
Q

Como é feito o diagnóstico de febre Q?

A

PCR no sangue ou soro
Serologia : (IFI), Elisa, fixação do complemento;
Aguda: AG fase II (igG e iGM) Cronica: fase I (igG)
Infecção passada : títulos baixos de IgG

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16
Q

Qual a terapêutica da febre Q aguda vs cronica?

A

aguda: Doxiciclina 100mg 2x dia, durante 2-3S.
Alternativa: Quinolonas; Grávidas: Trimetoprim-
sulfametoxazol
crónica: Doxiciclina 100 mg 12/12 h + hidroxicloroquina
200mg 8/8 h durante, pelo menos,18 meses.