Reumatologia Flashcards

1
Q
A

Dica do autor: A descrição dos sintomas no caso deste jovem é altamente sugestiva de uma doença inflamatória de origem reumatológica, considerando a lombalgia crônica, dor sacroilíaca, rigidez matinal que melhora com a atividade física e dificuldade na expansão torácica. Esses sinais são característicos de um grupo de doenças que afetam a coluna vertebral, conhecidas como espondiloartrites. Entre elas, a espondilite anquilosante é a principal suspeita, especialmente por envolver dor lombossacra que piora durante o repouso (incluindo dor noturna) e melhora com exercício, o que é típico dessa condição.

Alternativa A: INCORRETA. A artrite reumatoide é uma doença inflamatória crônica que afeta predominantemente as pequenas articulações das mãos e pés, com características típicas de rigidez matinal prolongada e simetria das articulações envolvidas. No entanto, o envolvimento axial (coluna vertebral e sacroilíacas) é raro na artrite reumatoide, o que torna essa hipótese menos provável no caso descrito.

Alternativa B: INCORRETA. A esclerose sistêmica é uma doença autoimune caracterizada por fibrose progressiva da pele e órgãos internos, e não está associada a lombalgia crônica, dor sacroilíaca ou rigidez matinal como os sintomas predominantes. A doença manifesta-se com fenômeno de Raynaud, espessamento da pele e disfunções vasculares, o que não é observado no caso.

Alternativa C: INCORRETA. A doença de Crohn é uma doença inflamatória intestinal, que pode ter manifestações articulares, mas o quadro típico envolve sintomas gastrointestinais como dor abdominal, diarreia e perda de peso. O acometimento articular relacionado à doença de Crohn não seria o quadro principal, especialmente sem outros sintomas digestivos importantes.

Alternativa D: INCORRETA. A artrite reativa pode ocorrer em pacientes com infecções, incluindo infecções por HIV, mas o quadro típico de artrite reativa envolve uma artrite assimétrica, frequentemente das grandes articulações, e geralmente segue um evento infeccioso. Embora possa haver lombalgia, os sintomas descritos no caso (rigidez matinal, dor noturna, dificuldade em expandir a parede torácica) são mais sugestivos de espondilite anquilosante do que de artrite reativa.

Alternativa E: CORRETA. A espondilite anquilosante é o diagnóstico mais provável. Essa condição inflamatória crônica afeta primariamente o esqueleto axial, incluindo a coluna vertebral e as articulações sacroilíacas, e apresenta sintomas como dor lombossacra crônica, rigidez matinal que melhora com exercícios, e dor que desperta o paciente durante a noite. A dificuldade na expansão torácica também é um achado frequente em casos avançados devido à inflamação e fusão das articulações costovertebrais.

Resposta: Alternativa E

Link da aula: https://sanarflix.sanar.com.br/portal/sala-aula/654a984d7890feba5faa8fa8/654a98997890feba5faa9347/video/5e389ef6eb8137001c5f6eee/654a98c27890feba5faa9560

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2
Q
A

Dica do autor: O herpes-zóster é uma reativação do vírus varicela-zóster, e em pacientes imunossuprimidos, como no caso do paciente em tratamento para lúpus eritematoso sistêmico com uso de corticoide e ciclofosfamida, o quadro pode se apresentar de forma mais grave, podendo evoluir para formas disseminadas da infecção.

No caso em questão, estamos diante de um subgrupo mais grave da herpes-zoster que seria a presença de imunossupressão. Alguns critérios definiriam a Herpes-zoster como complicada:

Herpes-zoster disseminada: envolvimento cutâneo >2 dermátomos contíguos, bilateralidade ou envolvimento de >2 dermátomos; ou envolvimento visceral;
Manifestações oculares
Síndrome de Ramsay-Hunt: paralisia facial; otalgia e veículas no canal auditivo.
Complicações neurológicas.

A conduta terapêutica em pacientes imunossuprimidos requer atenção especial, e a administração de aciclovir parenteral é frequentemente indicada nesses casos para prevenir complicações graves.

Alternativa A: INCORRETA. A prescrição de aciclovir oral é uma prática comum em casos leves de herpes-zóster em pacientes imunocompetentes. No entanto, neste caso, o paciente é imunossuprimido, o que aumenta o risco de complicações graves, como disseminação do vírus. Por esse motivo, a via oral não é a mais indicada, sendo preferível o aciclovir parenteral.

Alternativa B: INCORRETA. A profilaxia dos contactantes com a vacina contra varicela-zóster pode ser uma medida preventiva útil em determinadas situações, especialmente se os contactantes não forem imunizados. Porém, o foco principal deve estar no tratamento ativo do paciente com herpes-zóster, que, neste caso, requer aciclovir parenteral devido ao estado imunossuprimido.

Alternativa C: CORRETA. Dado o estado de imunossupressão do paciente, a internação hospitalar para isolamento respiratório e de contato, além do tratamento com aciclovir parenteral, é a conduta mais apropriada. Isso previne complicações graves, como a disseminação do herpes-zóster, uma vez que pacientes imunossuprimidos têm um risco maior de evolução desfavorável.

Alternativa D: INCORRETA. O uso de aciclovir parenteral não deve depender do tempo de evolução das vesículas em pacientes imunossuprimidos. O tratamento parenteral é necessário independentemente da duração dos sintomas, para prevenir a disseminação viral e complicações graves. Além disso, a profilaxia dos contactantes com vacina não substitui o tratamento agressivo do paciente infectado.

Alternativa E: INCORRETA. A internação hospitalar é indicada, mas o uso de pressão negativa não é necessário para o isolamento de pacientes com herpes-zóster. Além disso, o erro mais relevante nesta alternativa é a sugestão de que o aciclovir pode ser administrado por via oral. Em pacientes imunossuprimidos, o aciclovir parenteral deve ser a escolha para garantir maior eficácia e prevenir complicações. Portanto, o tratamento por via oral não seria suficiente para essa condição clínica.

Resposta correta: Alternativa C.

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